28 outubro 2021

A popularização do Halloween


Como pais, precisamos ficar atentos aos discursos e práticas que envolvem nossos filhos e netos. Há muitos eventos, disfarçados de festas culturais, mas que trazem grande opressão espiritual.

Por Elaine Cruz / Publicado no site Mulher Cristã


Todos temos percebido como vem aumentando a popularidade do dia das bruxas. Conhecido mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, onde é chamado de Halloween, este evento começou a ser introduzido em cursos de inglês e colégios bilíngues, mas está sendo incorporado a outros colégios, além de ser celebrado por meio de grupos de adultos.

A palavra "Hallow" é um termo antigo para "santo", e "eve" é o mesmo que "véspera". O termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro. Assim sendo, no dia 31 de outubro de cada ano, os celtas comemoravam o fim do verão e o início de um novo ciclo anual, e para eles, este dia era cheio de superstições, incluindo a crença de que os mortos ficavam vagando em busca de corpos humanos para incorporar.

Contudo com o passar dos anos, esta festa pagã passou a focar no culto aos mortos, envolvendo rituais macabros para celebrar o mundo dos mortos.

No Brasil, como em todo o mundo, este dia entrou no calendário de festas, e será celebrado no dia 31 de outubro. Neste dia as pessoas vão de porta em porta atrás de doces, e enfeitam as casas com adereços que celebram a morte, como caveiras e caixões. Contudo, assim como nos Estados Unidos e na Europa, vem aumentando a frequência de festas a fantasia em escolas, empresas e clubes.

O que mais me assusta, entretanto, é o fato de que algumas igrejas “evangélicas" têm se rendido a esta festa, fazendo eventos em torno do Halloween para crianças e jovens. Enfeitam as salas e salões com temas de morte, e as pessoas se fantasiam para o evento, colocando roupas de esqueleto, e usando camisetas com figuras que fazem alusão à morte e outras referências macabras. Algumas igrejas estão fazendo isto no Brasil, mais uma vez copiando igrejas norte americanas e europeias – que no ano passado usaram inclusive o culto de domingo para celebrar o Halloween!

É triste perceber o quanto nossos filhos e netos estão sujeitos a um evangelho cada vez mais confuso, em que o profano se mescla com o que é santo. Afinal, o Halloween é uma versão comercializada e infantilizada da bruxaria, que já está presente em muitos lares através de bonecas de bruxas, desenhos e jogos ditos infantis. E isto não é só uma aparência do mal, mas traz em seu bojo um grande disfarce de uma atuação maligna.

Como pais, precisamos ficar atentos aos discursos e práticas que envolvem nossos filhos e netos. Há muitos eventos, disfarçados de festas culturais, mas que trazem grande opressão espiritual. Não se trata só de balas e doces, mas da construção de valores em torno da vulgarização da morte, onde o mundo espiritual maligno é apresentado de forma lúdica, como se não fosse extremamente perigoso e maléfico.

Não podemos esperar que a igreja evangelize e oriente nossos filhos quanto ao que comprar e consumir. Precisamos acompanhar mais de perto os muitos brinquedos e eventos que eles participam, ressaltando os valores bíblicos, que são muitos claros: "Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor têm repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês." (Deuteronômio 18:10-12).

No Novo Testamento, ainda temos as histórias de Simão e de Elimas no livro de Atos, que nos advertem a respeito da seriedade do evangelho que pregamos, e apontam para o fato de que precisamos manter a fé genuinamente evangélica – e o evangelho fala de vida, de vida plena e eterna, e não de morte!

Jesus será, sempre, o caminho, a verdade e a vida!


Sobre a autora:

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

EXPRESSÕES - CHAVE NA DOUTRINA DE PAULO

 

Para entendermos um pouco mais sobre o conteúdo da pregação de Paulo, é importante conceituarmos três expressões chave, usadas por ele em seus escritos: Evangelho de Cristo, Cristo Crucificado e Cristo Ressurreto. Estas expressões nos dão a dimensão da doutrina que Paulo ensinava. 

1. “Evangelho de Cristo”. A palavra Evangelho traduz o termo grego "euangelion", que por sua vez, é formado por duas palavras gregas: "eu", que significa "bem" ou "bom" e "angelia", que significa notícia ou novidade. Portanto, Evangelho quer dizer "Boa notícia" ou "Boas novas". Entre os gregos, a palavra era usada para se referir à recompensa que o portador de uma boa notícia recebia. Depois passou a ser usada para se referir à própria notícia. Com relação ao Evangelho, no sentido bíblico, trata-se da mensagem de Jesus Cristo, que veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10).

Logo no início do ministério de Jesus, a palavra Evangelho está presente. Marcos diz que, depois que João foi preso, Jesus começou a pregar dizendo: “O tempo está cumprido. O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1.15). Esta palavra aparece nos Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João. No Novo Testamento há  76 vezes referências a ela, sendo 54 delas nas Epístolas de Paulo. Isso nos mostra que era um ponto central da pregação do apóstolo. 

Logo no início da Epístola aos Romanos, Paulo faz menção ao Evangelho: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.” (Rm 1.1). Depois, no versículo 16 do mesmo capítulo, ele diz quenão se envergonha do Evangelho, pois ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer.” Em seguida, no versículo 17, Paulo diz que no Evangelho se descobre a Justiça de Deus.”  Paulo usa muitas vezes a palavra Evangelho para se referir a todo o conteúdo da sua pregação (2 Co 11.7; 1 Ts 2.2,8,9; Rm 11.15,16). Ele se sentia devedor, tanto aos judeus quanto aos gentios, de lhes anunciar o Evangelho (Rm 1.14,15). 

O Senhor Jesus incumbiu a sua Igreja de pregar o Evangelho a toda criatura, em todos os lugares. (Mt 28.18-20; Mc 16.15; At 1.8). Não há outra forma das pessoas escaparem da condenação eterna, que não seja através da fé em Cristo Jesus, o Nosso Senhor. Por isso, esta deve ser a principal atividade da Igreja neste mundo. O próprio Paulo assim escreveu: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14).

2. “Cristo Crucificado”. Paulo pregava o Evangelho de Cristo, ou seja, as boas notícias de salvação ao mundo perdido. O ponto central do Evangelho pregado por Paulo era o Cristo crucificado, que em 1 Coríntios 1, ele chama de “a palavra cruz”. Esta expressão é uma referência ao sacrifício vicário de Cristo pelos pecadores. 

O plano de Salvação elaborado por Deus, antes da fundação do mundo, começa com a vinda de Jesus ao mundo, para morrer em nosso lugar, como expiação dos nossos pecados. A morte de Cristo é uma morte vicária e expiatória. Vicária, porque é substitutiva. Ele morreu em lugar dos pecadores, pois não tinha nenhuma culpa. Expiatória, vem de expiação e traz a ideia de cobrir ou ocultar os pecados diante de Deus. No Antigo Testamento, era feita a expiação dos pecados, mediante os sacrifícios de animais, para cobrir o pecado. Entretanto, a morte de Cristo foi mais além, pois ela não apenas cobre, mas “...tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29). 

O ser humano, morto em seus pecados e delitos, não consegue entender a profundidade deste tema. Somente o Espírito Santo de Deus pode vivificar o ser humano e torná-lo capaz de entender a mensagem da cruz. 

Infelizmente, em nossos dias, a mensagem da cruz tem sido cada vez mais rara. Até mesmo nos cultos da Ceia do Senhor, onde o tema deve ser a morte e  ressurreição de Cristo, canta-se e prega-se sobre outros assuntos que nada tem a ver com o sacrifício de Cristo em nosso lugar. Precisamos urgentemente, voltar a pregar o Cristo crucificado ou a mensagem da cruz: 


Sim, eu amo a mensagem da Cruz! 

Té morrer, eu a vou proclamar. 

Levarei eu também minha cruz, 

Té por uma coroa trocar”.  

(Refrão do Hino 291, da Harpa Cristã)


3. “Cristo Ressurreto”.  O “Cristo ressurreto” é o complemento da mensagem do “Cristo Crucificado”. Falamos acima, da importância do sacrifício de Cristo no processo de Salvação. Sem a morte de Cristo, não pode haver salvação, pois não há outro tipo de sacrifício, que possa purificar o ser humano dos seus pecados e todos, sem exceção, pecaram (Rm 3.23). Entretanto, o sacrifício de Cristo estaria incompleto, se Ele não tivesse ressuscitado. Paulo deixa isso bem claro: “Cristo, morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.3.4). Depois, ele diz que se Cristo não ressuscitou — como alguns diziam — é vã a nossa fé, ainda permanecemos nos nossos pecados e os mortos estão todos perdidos. (1 Co 15.17,18).

Ao longo da história da Igreja têm surgido vários ensinos heréticos sobre a morte e ressurreição de Cristo. Os gnósticos diziam que Ele não veio em carne e, portanto, não morreu. 

Os muçulmanos diziam que ele não foi crucificado e negam a doutrina da expiação. Hoje, não podem mais negar a crucificação, pois a história a confirma, então dizem apenas que a sua morte não teve a finalidade de apagar os nossos pecados e que e Ele não ressuscitou. 

As Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus foi pregado em uma estaca e não em uma cruz, e dizem que Ele não ressuscitou corporalmente, apenas em Espírito. 

O Espiritismo também nega a doutrina expiação e vêem a morte de Cristo apenas como um martírio comum e negam a ressurreição. 

Todos estes ensinos não se sustentam à luz da Bíblia. A Bíblia mostra claramente que Jesus morreu por nossos pecados: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. (1 Co 15.3). Mostra também que Ele ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao Céu. “E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Co 15.4). E mostra que Ele ressuscitou corporalmente: “Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.” (Jo 20.27).

 

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Pb. Weliano Pires

27 outubro 2021

A CENTRALIDADE DA PREGAÇÃO DE PAULO


Comentário do 1º tópico da lição 05: Jesus Cristo, e Este Crucificado - A Mensagem do Apóstolo.

Paulo, em suas Epístolas, falou sobre muitos assuntos para as Igrejas. Escrevendo aos Coríntios, Paulo falou sobre as dissensões na Igreja, o incesto, o litígio entre os irmãos, o uso do véu, o modo correto de celebrar a Ceia do Senhor, os dons espirituais, etc. Aos Efésios, Paulo falou sobre os dons ministeriais e sobre as relações trabalhistas e familiares, entre outros temas. Aos Colossenses, Paulo falou a respeito das heresias dos cultos aos anjos e as questões dos judaizantes que queriam impor a guarda do sábado e outras coisas da Lei. Nas Epístolas aos Romanos e aos Gálatas, Paulo tratou a respeito da Lei e da Graça, explicando que o Cristão não está mais debaixo da Lei. Mas, o centro da mensagem pregada por Paulo era o Cristo crucificado. Paulo diz que nada propôs saber senão a Cristo e este crucificado. Esta também deve ser a mensagem central da Igreja na atualidade. 

 

1. O ministério de pregação e o Cristo Crucificado. Sem dúvida nenhuma, Paulo foi o maior teólogo e doutrinador do Cristianismo. Até mesmo os pensadores que não são cristãos reconhecem a importância de Paulo para Cristianismo. O filósofo ateu Friedrich Nietzsche, crítico ferrenho do Cristianismo, dizia que Paulo foi o verdadeiro fundador do Cristianismo e que o Cristianismo deveria se chamar "Paulinismo". Claro que isto não é verdade, pois Paulo apenas proclamou aquilo que o próprio Senhor Jesus lhe entregou. 


Apesar de todo o seu conhecimento das Escrituras hebraicas e das culturas gregas e romanas, Paulo teve como o ponto central da sua pregação o Cristo Crucificado, expondo para judeus e gentios a importância da morte de Cristo no processo de salvação. No tópico dois desta lição falaremos mais sobre o significado desta expressão "Cristo Crucificado". 


O renomado pastor e escritor, Ciro Sanches Zibordi, escreveu um livro com o título "Evangelhos que Paulo jamais pregaria". Neste livro, o pastor Ciro fala sobre vários falsos evangelhos que se prega na atualidade, que o apóstolo Paulo jamais pregaria: o evangelho antropocêntrico, que coloca o ser humano como o centro de tudo; o evangelho da auto ajuda, que limita-se a oferecer ajuda a pessoas que estão com problemas; o evangelho do pragmatismo, que ensina que tudo aquilo que "funciona" deve ser adotado; entre outros. 


Paulo nunca pregou esse tipo de Evangelho e escreveu que se alguém, mesmo que seja um apóstolo ou um anjo, pregar outro evangelho, além do que ele já havia pregado, deveria ser considerado anátema (Gl 1.9). Paulo pregava que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que veio a este mundo, para padecer pelos pecadores, dos quais, ele se considerava o principal. O hino 192 da nossa Harpa Cristã diz que o tema do bom pregador é "o Calvário". Evidentemente, o Calvário aqui não se refere ao lugar onde Cristo foi Crucificado e sim ao sacrifício de Cristo. Sem a crucificação de Cristo não há nenhuma possibilidade de salvação. 


2. A palavra da Cruz é a loucura da pregação. A cruz era um instrumento cruel, usado na execução de criminosos de alta periculosidade e contra aqueles que se rebelavam contra o domínio romano, com o intuito de servir de exemplo, para que outras pessoas não ousassem mais praticar os mesmos crimes. Era algo tão cruel e desprezível, que os romanos não aplicavam esta pena aos seus cidadãos.


Segundo a mentalidade das pessoas da época, a ideia de alguém morrer em uma cruz para salvar os pecadores, era considerada uma afronta, tanto aos religiosos judeus, como aos filósofos gregos  (1 Co 1.18).  Ainda hoje, em muitas religiões, a palavra da cruz é considerada absurda. O Espiritismo crê que o sacrifício de Cristo foi apenas um martírio e não teve a finalidade de salvar os pecadores. Há outras religiões que negam a existência do pecado e, portanto, a necessidade de salvação. Os católicos romanos, embora creiam no sacrifício de Cristo como obra expiatória para perdão dos pecados, acrescentam outras práticas como forma de se ter os pecados perdoados, como a confissão ao padre, as penitências, o purgatório, as missas pelos mortos, etc. 


Entretanto, a Palavra de Deus é muito clara sobre este assunto. João Batista disse que Jesus Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O apóstolo João disse que “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”  (1 Jo 1.7). O autor da Epístola aos Hebreus também escreveu: “...o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas…” (Hb 9.14b). Pedro escreveu: “sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula.” (1 Pe 1.18,19).

 

3. Para os judeus e gregos. Tanto judeus como gregos se chocavam com a mensagem da cruz. O judeus imaginavam que o Messias seria um rei guerreiro como Davi, que viria para pelejar por Israel e livrá-lo do domínio e da opressão romanos. Logo, alguém que morreu crucificado e humilhado publicamente, seria um derrotado e não um salvador. Os judeus esperavam sinais visíveis para crer. Era um povo movido a milagres. Por isso, durante o ministério terreno de Jesus, muitos creram nEle, quando viam os seus milagres. No entanto, era uma crença superficial e de circunstâncias. Quando Jesus lhes falou do pão vivo que desceu do Céu e da sua morte na Cruz, muitos se escandalizaram e não quiseram mais segui-lo. 


Os gregos, por sua vez, eram muito ligados aos debates e argumentos filosóficos e não viam nenhuma lógica na cruz. Acreditavam que era algo muito simples e sem nenhuma fundamentação lógica. Mas, a sabedoria humana jamais irá compreender as coisas de Deus. Paulo disse que “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Co 2.14). 


A importância da cruz não está nela mesma, nem mesmo na morte de alguém através deste instrumento. Se fosse assim, bastaria ao homem ser crucificado e salvar a si mesmo e aos seus. A importância do sacrifício de Cristo reside, primeiro, em quem morreu na cruz, que foi o Cordeiro imaculado de Deus e, segundo, na ressurreição dele. Se fosse qualquer outra pessoa que morresse na cruz, o sacrifício seria inválido diante de Deus. Isso é chamado de propiciação. Propiciação é a forma escolhida por alguém, para perdoar o seu ofensor.  Duas vezes, o apóstolo João disse que Jesus é ‘a propiciação pelos nossos pecados’  (1 Jo 2.2; 4.10). Paulo também fala da redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs como ‘propiciação’ (Rm 3.24,25). O sacrifício de Jesus, portanto, é a única maneira do pecador ser reconciliado com Deus, através da fé nEle. Por outro lado, o sacrifício de Cristo sem a ressurreição seria vão. Se Ele não tivesse ressuscitado, nós também não ressuscitaríamos: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Co 15.14).

 

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Pb. Weliano Pires

25 outubro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 5: “JESUS CRISTO E ESTE CRUCIFICADO” - MENSAGEM DO APÓSTOLO


Na lição passada falamos sobre a vocação ou chamada de Paulo para ser apóstolo. Paulo faz questão de enfatizar em suas epístolas que ele era apóstolo não por vontade de homem algum, mas do próprio Senhor Jesus. Vimos que o passo inicial para a chamada ministerial de Paulo tem base na presciência divina. A chamada de Paulo foi efetivada pelo Cristo ressurreto, mudando completamente a vida dele. Por último, falamos sobre a preparação ministerial de Paulo. O Senhor o enviou para o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido. Distante das sinagogas e da filosofia grega, Paulo passou a depender completamente de Deus e teve revelações profundas do próprio Jesus.


Na lição desta semana estudaremos sobre a mensagem pregada por Paulo, que era Jesus Cristo crucificado. A mensagem pregada por paulo era cristocêntrica e não antropocêntrica e de autoajuda. Falar sobre a mensagem da cruz hoje, em um país como o Brasil, onde a maioria diz crer em Jesus, embora não o siga, não causa muito espanto. Mas nos dias de Paulo, a ideia de que o Filho de Deus morreu crucificado para salvar os pecadores era considerada absurda. Para os Judeus, isso era uma blasfêmia, pois a lei dizia que maldito é aquele que for pendurado em madeiro (Dt 21.23; Gl 3.13). Para os gregos era uma loucura, pois eles esperavam argumentos filosóficos e consideravam a ideia de salvação pela morte de Cristo, algo muito simples e desprezível. 


No primeiro tópico falaremos sobre a centralidade da mensagem pregada por Paulo. Jesus Cristo crucificado, este era o centro da mensagem que Paulo pregava. Sem se importar com a rejeição de judeus e gregos, Paulo ensinava que o sacrifício de Cristo era o único meio do homem ser reconciliado com Deus.  Falaremos ainda neste tópico sobre a palavra da cruz como a loucura da pregação e a visão de judeus e gregos sobre este assunto. 


No segundo tópico falaremos sobre algumas expressões-chave da doutrina ensinada por Paulo:  “Evangelho de Cristo”, “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto''. Explicaremos neste tópico os conceitos teológicos de cada uma destas expressões. 


No terceiro e último tópico falaremos sobre os efeitos da mensagem da cruz. Paulo escreveu que o Evangelho é o Poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer. (Rm 1.16). A mensagem da cruz se contrapõe a toda a arrogância humana e nos constrange a viver uma vida de humildade e completa dependência do Espírito. 


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23 outubro 2021

Lição 05 – “Jesus Cristo, e este Crucificado” – Mensagem do Apóstolo

Texto Áureo:

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” (1 Co 1.23)


Verdade Prática:

“O Cristo Crucificado, o centro da mensagem de cruz, é a encarnação da verdadeira sabedoria para a salvação.”


HINOS SUGERIDOS: 182, 291, 350 da Harpa Cristã.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Co 1.18

A palavra da Cruz é o poder de Deus

Terça – 2 Co 11.3

A simplicidade da mensagem de Paulo

Quarta – 1 Ts 2.2; 8,9; 2 Co 11.7

A pregação de Paulo é o Evangelho de Deus

Quinta – Rm 1.15-18

O Evangelho é a manifestação do poder de Deus

Sexta – 1 Co 1.20

Onde está a sabedoria do mundo?

Sábado – 1 Co 2.3,4

A mensagem da cruz revela quem nós somos


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 1.18-25; 2.1-5


1 Coríntios 1

18- Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus

19- Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a Inteligência dos Inteligentes.

20- Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?

21- Visto como, no sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação

22- Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria

23- mas nos pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos

24- Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

25- Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.


1 Coríntios 2

1 - E eu, irmãos, quando fui ter convosco anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.

2- Porque nada me propus saber entre vós, sendo a Jesus Cristo e este crucificado

3- E eu estive convosco em fraquezas e em temor, e em grande tremor.

4- A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder.

5- para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Nos dias de Paulo, nem todos acreditavam na possibilidade de que um homem crucificado seria o Filho de Deus. Para os judeus, isso era blasfêmia; para os gregos, loucura. Entretanto, o apóstolo Paulo não deixava de falar a respeito do Cristo Crucificado tanto para os judeus quanto para os gentios. Nele, está a verdadeira sabedoria de vida. Converse com seus alunos e mostre que a cruz de Cristo não pode ser ignorada em nossa mensagem. Essa é a razão de pregar as boas novas de salvação. Ore ao Senhor, pedindo que os alunos não tenham vergonha de cruz e corajosamente, possam repetir as palavras do poeta “Sim eu amo a mensagem da cruz / Té morrer eu a vou proclamar”.


OBJETIVO GERAL:

  • Ressaltar que Jesus Cristo, e este crucificado, é o centro de mensagem cristã


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Destacar a centralidade da pregação de Paulo:

  • Elencar as expressões-chave na doutrina de Paulo:

  • Pontuar os efeitos da mensagem da cruz



INTRODUÇÃO


Paulo descobriu a verdade sobre o Cristo crucificado e ressurreto e, por isso, sua missão de vida foi pregar aos judeus e aos gentios. O Cristo Crucificado era o Salvador prometido nas profecias dos antigos profetas de Israel. Assim, o Cristo Crucificado foi sua mensagem central. Para ressaltar essa centralidade, devemos prestar atenção nas expressões que se destacam em suas cartas: “Evangelho de Cristo”, “Cristo Crucificado” e “Cristo Ressurreto”. Nesta lição, veremos o quanto a mensagem da cruz traz impacto à nossa vida espiritual e pessoal.


PONTO CENTRAL: Jesus Cristo, o Crucificado, é o centro da mensagem cristã.


I- A CENTRALIDADE DA PREGAÇÃO DE PAULO


1. O ministério de pregação e o Cristo Crucificado. Sem menosprezar os demais escritores do Novo Testamento, indiscutivelmente, o apóstolo Paulo foi o maior teólogo cristão e doutrinador do Cristianismo. Suas cartas, baseadas na fidelidade aos ensinos de Cristo, lançaram os fundamentos das doutrinas cristãs. Embora Paulo não tenha convivido fisicamente com Jesus, ele recebeu toda a revelação do próprio Cristo (Gl 1.12) para pregar o Evangelho sem se opor aos ensinos dos outros apóstolos. Por intermédio desse ministério, judeus e gregos, orgulhosos de sua religiosidade e conhecimento, descobriram que a manifestação de sabedoria de Deus ao mundo é o “Cristo Crucificado”. Por isso, judeus e gentios são chamados por Deus para ver no “Crucificado” o único meio de salvação e de verdadeira sabedoria (1 Co 1.24).


2. A palavra da Cruz é a loucura da pregação. Em uma das cartas de Paulo, lemos: “Porque a palavra da cruz é loucura” (1 Co 1.18) Havia uma mentalidade na época paulina em que “a palavra da cruz” era uma afronta aos religiosos e filósofos. Por exemplo, acreditar que uma execução romana podia ser um instrumento pelo qual a salvação de pecadores fosse consumada, era tolice para eles. Nesse sentido, a cruz de Cristo não produziu atração, mas rejeição, pois era um instrumento de suplício e morte.


3. Para os judeus e gregos. A cruz era considerada loucura porque chocava a sabedoria humana. Enquanto os judeus queriam sinais físicos, milagres visíveis, os gregos desejavam argumentos filosóficos que mostrassem a lógica da mensagem. Assim, o conteúdo da mensagem de Paulo gerava escândalo para os judeus, pois a cruz não era um espetáculo suntuoso; e, ao mesmo tempo, contrariava a retórica erudita dos filósofos gregos por causa de sua simplicidade (2 Co 11.3). Entretanto, embora simples, a mensagem de Paulo era poderosa em Deus (1.18) A palavra da cruz preenche as necessidades da alma humana, enquanto a sabedoria humana não o faz. O Evangelho é poderoso para salvar o homem que crer. Logo, para os que perecem, a palavra da cruz é loucura, mas para nós, os cristãos, é o poder de Deus para salvar o ser humano.


SÍNTESE DO TÓPICO

Jesus Cristo, o Crucificado, é o centro de mensagem de Paulo


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Escreva na lousa a seguinte indagação: Por que a mensagem da Cruz é considerada loucura da pregação? De um tempo para que os alunos elaborem uma resposta. Após passar o tempo determinado, permite que cada aluno exponha a sua própria resposta. Aqui, não é importante saber se as respostas estão corretas. A ideia é introduzir a aula a partir do conhecimento prévio dos alunos. Depois das respostas deles faça a exposição deste primeiro tópico e, ao final, peça aos alunos que respondam à pergunta novamente, comparando com as respostas anteriores. A Escola Dominical é uma oportunidade de conhecer a cultura bíblica de modo proativo.


II - EXPRESSÕES-CHAVE NA DOUTRINA DE PAULO

Há algumas expressões de grande importância no ministério de pregação do apóstolo Paulo: “Evangelho de Cristo, “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto''. Vejamos:


1. “Evangelho de Cristo”. Além de aparecer nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), a palavra "evangelho” também aparece nas cartas de Paulo: “evangelho de Cristo” (Rm 1.16). Das 76 ocorrências dessa palavra no NT, 54 vezes a encontramos nas cartas paulinas. Por isso, podemos dizer que ela é central para a doutrina ensinada pelo apóstolo. No Novo Testamento, a palavra grega para “evangelho” e euangelion. O prefixo eu é uma forma neutra da palavra que significa “bom, bem feito”. Assim, a palavra “evangelho” significa boa-nova, boa notícia que se leva às pessoas. Nosso Senhor ordenou que fosse levada a boa-nova da sua doutrina a toda criatura (Mc 16.15) Paulo fez assim e, não por acaso, identificava sua pregação como “o evangelho de Deus” (1 Ts 2.2,8,9; 2 Co 11.7; Rm 11.15,16). O seu Evangelho era a manifestação do poder de Deus (Rm 1.16.17) É um poder divino e dinâmico que atua de maneira imediata na vida do pecador.


2. “Cristo Crucificado”. Em Gálatas 3.1, Paulo escreve: "Não foi diante dos olhos de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (NAA). A palavra de cruz, na lógica paulina, é o tema dominante na mensagem do Evangelho. Se o mundo julgava como loucura a mensagem do Messias Crucificado, o apóstolo afirmava que a mensagem era a mais sublime demonstração da sabedoria de Deus. Ora, a cruz traz uma ideia de fraqueza ou loucura a quem não crê, mas “poder” e “sabedoria” de Deus para os que creem no Senho. Esse contraste entre “sabedoria” e “loucura” está presente na mensagem de Paulo (1 Co 2.6). Os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina, pois estão escravos do pecado e, por isso, para eles essa sabedoria é loucura. Por isso que o Evangelho não foi anunciado por mera sabedoria humana, mas apresentado por meio de “Jesus Cristo, o Crucificado” (1 Co 2.2). Não podemos deixar de pregar o Cristo Crucificado. O tema da expiação dos pecados deve ser mais pregado e ensinado em nossas igrejas.

 

3. “Cristo Ressurreto”. Não há importância na morte de Cristo se Deus não o tivesse ressuscitado. Sem a ressurreição, a cruz não teria sentido. Em vão seria a nossa pregação sobre a morte de Jesus Cristo (1 Co 15.14). Por isso, o apóstolo descreve de maneira sublime: “Cristo, morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.3.4) A ressurreição de Cristo é reafirmada pelo apóstolo; ela completou a obra de salvação, consumando a nossa libertação do domínio do pecado e a nossa justificação diante do Senhor. Logo, a relação entre a cruz e o túmulo vazio de Jesus expressa o real significado da cruz. Ora, a crucificação e a ressurreição formam uma unidade. Portanto, nosso Senhor é proclamado como o Crucificado e, ao mesmo tempo, o Ressurreto.


SÍNTESE DO TÓPICO II

“Evangelho de Cristo” “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto são expressões-chave no doutrina de Paulo


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Paulo não se envergonhava porque pregava sobre as Boas Novas a respeito de Cristo, uma mensagem de salvação que tem o poder de transformar vidas e é destinada a todos, sem exceção. Quando você sentir-se constrangido, lembre-se do significado das Boas Novas. Se fixar sua atenção somente em Deus e naquilo que Ele está fazendo, não em sua inaptidão você não sentirá vergonha anunciar o evangelho. As Boas Novas revelam como Deus foi justo em seu plano para nos salvar e como podemos estar prontos e adequados para a vida eterna. Ao confiar em Cristo, nosso relacionamento com Deus torna-se perfeito” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro CPAD, 2003, p.1557).


CONHEÇA MAIS


A Cruz de Cristo


A cruz de Cristo está cheia do poder de Deus, porque foi o meio pelo qual Jesus realizou nossa salvação quando derramou o seu sangue e morreu por nós. Tentar explicar a cruz ou deduzir sua importância em termos de sabedoria e filosofia humanas implicará furtá-la do seu poder, ou seja, da sua capacidade de transformar os pecadores em santos. É exatamente isto que os teólogos liberais estão fazendo hoje. Para ler mais, consulte o “I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções”, editado pela CPAD, p.28.


III - OS EFEITOS DA MENSAGEM DA CRUZ


1. Uma vida no poder de Deus. A mensagem da cruz é uma mensagem de poder (1 Co 1.18). Por isso, devemos esperar a manifestação do poder ativo de Deus em nossa vida. O Senhor Jesus pode nos usar como instrumentos para salvar o pecador, curar enfermos e libertar as almas dos demônios (Mc 16.15-18). Os milagres de salvação, cura e libertação devem acompanhar a nossa vida no serviço do Reino de Deus. A mensagem que pregamos não é filosofia humana, mas o poder divino para a transformação da vida de quem crê no Evangelho (Rm 10.17).


2. Uma vida de humildade. Quem é sábio em Deus contrasta a sabedoria de cruz com a deste mundo (1 Co 1.20). Esta exclui a Deus, enaltece o narcisismo humano e recusa reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus; enquanto aquela nos faz prostrar diante de Deus (Mt 211), reconhecer a nossa miséria (Is 6.5) e descobrir quem verdadeiramente é Jesus, manso e humilde de coração (Mt 11.29). A mensagem da cruz nos constrange a viver a humildade.


3- Uma vida na dependência do Espírito. Nada melhor do que a mensagem da cruz para revelar quem nós somos (1 Co 2.3). Como o apóstolo Paulo (v3), devemos ter a plena consciência das nossas fraquezas humanas, limitações pessoais, medos interiores. Por isso, as Escrituras nos estimulam a jamais depender ou confiar em nós mesmos, mas exclusivamente do Espírito Santo (1 Co 2.4), O Espírito nos faz agir, ter criatividade e fazer as coisas de modo que glorifiquem a Deus. A mensagem da cruz nos ensina a depender exclusivamente do Espírito.


SÍNTESE DO TÓPICO III

Os efeitos da mensagem da cruz se revelam por meio de uma vida no poder de Deus, de humildade e dependência do Espírito Santo.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“[…] A cruz de Cristo está cheia do poder de Deus, porque foi o meio pelo qual Jesus realizou nossa salvação quando derramou o seu sangue e morreu por nós. Tentar explicar a cruz ou deduzir sua importância em termos de sabedoria e filosofia humanas implicaria furtá-la do seu poder, ou seja, da sua capacidade de transformar os pecadores em santos. É exatamente isto que os teólogos liberais estão fazendo hoje. Mas Paulo proclamou seu poder para salvar, libertar do pecado e de Satanás, curar, restabelecer a comunhão com Deus e o mesmo devemos fazer. O Espírito Santo tomara reais a cruz e o seu poder para os corações famintos (cf. Rm1.16). Deus sabe que a sabedoria humana não pode conhecê-lo. Em sua sabedoria, agradou-lhe usar a pregação do que o mundo chamou de tolice a fim de salvar os que creem. A pregação da cruz, junto com a declaração de que o Jesus crucificado e ressuscitado e o Senhor e Salvador L (HORTON, Stanley. I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.29).


CONCLUSÃO


A mensagem da igreja é a cruz de Cristo. Essa cruz dá conta do Cristo Crucificado e de Ressurreto. Essa mensagem traz escândalo ao mundo, mas poder para nós. Ela salva, cura e liberta o pecador, ao mesmo tempo que nos revela uma vida de poder de Deus, humildade e dependência do Espírito. A mensagem gloriosa da cruz transforma o homem inteira.


QUESTIONÁRIO


1. Que mentalidade havia na época de Paulo? 

Havia uma mentalidade na época paulina em que a palavra da cruz era uma afronta aos religiosos e filósofos.

 

2. Por que a cruz era considerada loucura? 

A cruz era considerada loucura porque chocava a sabedoria humana.


3. O que significa a palavra “Evangelho”? 

A palavra "evangelho'' significa “boa-nova”: boa notícia que se leva as pessoas.


4. Segundo a lição, por que os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina? 

Os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina, pois estão escravos do pecado e, por isso, para eles é loucura.


5. O que a mensagem da cruz nos ensina? 

A mensagem da cruz nos ensina a depender do Espírito, não de nós mesmos.


JESUS, A PORTA DAS OVELHAS

(Comentário do 1º tópico da Lição 6: O Bom Pastor e as suas ovelhas)  Ev. WELIANO PIRES No primeiro tópico, falaremos do tema Jesus, a porta...