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26 janeiro 2022

PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA



Comentário do 2° tópico da lição 5: Como ler as Escrituras)


Os críticos do Pentecostalismo costumam nos acusar de valorizar mais a experiência do que a Palavra de Deus, ou colocá-la em pé de igualdade com ela. Entretanto, estas acusações não têm fundamento, pois o Movimento Pentecostal nasceu sob a égide das Escrituras e da oração. Não se deve confundir Pentecostalismo com Neopentecostalismo ou aberrações de pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. 


1. Autoridade da Bíblia. Na lição 1, estudamos sobre a autoridade da Bíblia. Vimos naquela lição que a Bíblia é de origem divina. Ela é a revelação escrita que Deus fez de Si mesmo à humanidade. Falamos também sobre autenticidade e supremacia das Escrituras. Portanto, ao lermos as Escrituras, a primeira coisa que devemos ter em mente é que ela tem autoridade absoluta, pois é a inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus. 

Quando falamos de autoridade, devemos lembrar que somente Deus tem autoridade absoluta, pois Ele é o Criador de todas as coisas e, portanto, o Soberano do universo. Toda autoridade no Céu e na Terra pertence a Ele. Se alguém possuir alguma autoridade, ela foi concedida por Deus. Ao interrogar Jesus e ver que ele não lhe respondia, Pilatos indagou:

– Não respondes a mim? Não sabes que tenho autoridade para soltar-te, ou para mandar crucificar-te? (Jo 19.10)

Jesus lhe respondeu:

– Nenhuma autoridade terias contra mim, se não fosse concedida por meu Pai. (Jo 19.11). 

Portanto, a Palavra de Deus tem autoridade absoluta e não pode jamais ser questionada, relativizada ou desobedecida. Quem faz isso, peca contra Deus. 


2. A iluminação do Espírito Santo. O segundo pressuposto pentecostal para ler a Bíblia é a doutrina da iluminação do Espírito Santo. Nós pentecostais cremos que a Bíblia é a revelação escrita de Deus, produzida mediante a inspiração do Espírito Santo de Deus. Portanto, para se compreender esta revelação, precisamos da iluminação do Espírito Santo. A Bíblia não é um livro humano, para ser entendida somente através do intelecto humano na academia. 

O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios declarou: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (1 Co 2.14). Então, sendo a Bíblia a revelação de Deus, só é possível compreendê-la, mediante a ação do Espírito Santo em nossa mente. 

Entretanto, é preciso destacar que a iluminação do Espírito Santo para compreendermos as Escrituras não se trata de uma nova revelação ou nova inspiração divina. A Palavra de Deus é completa e suficiente. O Espírito Santo nos ajuda a compreender aquilo que já foi revelado. Paulo escreveu que "ainda que um dos apóstolos ou mesmo um anjo anunciasse outro Evangelho, além daquele que ele havia anunciado, deveria bater considerado anátema." (Gl 1.8). 


3. O valor da experiência. Somos chamados de pentecostais, porque acreditamos que aquilo que aconteceu com os discípulos no dia de Pentecostes, é válido para os nossos dias. Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. A base para a nossa crença, no entanto, não é a experiência ou uma nova revelação, como fazem algumas seitas, mas a própria Bíblia: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” (At 2.39). 

As doutrinas bíblicas devem ser vivenciadas pela Igreja de Cristo. O Cristianismo não é uma religião de discursos filosóficos e moralistas. O Espírito Santo passa a morar naqueles que crêem Jesus e opera os milagres na vida deles: o novo nascimento, a santificação, o Fruto do Espírito e concede dons espirituais, visando aquilo que for útil: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (1 Co 12.7). 

As experiências ou mesmo os dons espirituais, no entanto, não podem ser equiparados à Palavra de Deus. Os dons espirituais podem e devem ser julgados pela Igreja (1 Co 12.10; 14.29; 1 Jo 4.1). Mas, a Palavra de Deus tem completa autoridade sobre a Igreja e não pode jamais ser julgada ou questionada. Os verdadeiros pentecostais interpretam as experiências ou manifestações espirituais à luz das Escrituras e não o contrário. Toda e qualquer experiência, milagre ou manifestação espiritual que não estiverem de acordo com as Escrituras devem ser rejeitados.


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 481.   

HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, págs..46,48.

REVISED, Joseph Angus. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos, 1 Ed. 2008.    


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Pb. Weliano Pires

29 dezembro 2021

INTRODUÇÃO A LIÇÃO 1: A AUTORIDADE DA BÍBLIA


Neste primeiro trimestre de 2022, inaugurando o Novo Currículo das Revistas de Escola Dominical, na classe de adultos estudaremos o tema: a Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Estudaremos treze lições dentro da matéria de Bibliologia. Enfatizaremos durante este trimestre a autoridade suprema da Bíblia, como o manual de fé e prática para a Igreja do Senhor. 


Nesta primeira lição, estudaremos sobre a autoridade da Bíblia. Falaremos sobre a origem da Bíblia, sua autenticidade e sobre a mensagem revelada em suas páginas. Vivemos em uma época em que tudo é questionado: a religião, a família, as autoridades, as leis, os valores dos nossos antepassados, etc. Com a Bíblia não é diferente. Os acadêmicos, escritores, jornalistas e até supostos cristãos, questionam a autoridade da Bíblia e a consideram um livro ultrapassado. 


Alguns dizem que a Bíblia foi adulterada e que aquilo que temos hoje em nosso idioma, não corresponde aos manuscritos originais. Outros aceitam a Bíblia apenas como um livro histórico da antiguidade, mas que não deve ditar a nossa conduta nos dias atuais. O fato é que a Bíblia é a inspirada (foi soprada por Deus), inerrante (não contém erros em seu conteúdo), infalível (não falha naquilo que ela prediz), Palavra de Deus. Durante este trimestre, teremos uma lição para cada um destes tópicos. 


A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor, que é Deus. Portanto, a Bíblia é a revelação de Deus escrita. A sua autoridade depende total e exclusivamente do próprio Deus e não dos homens. Por isso, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. As doutrinas, costumes, tradições, liturgia e práticas da Igreja, tem que estarem, obrigatoriamente, embasadas na Bíblia Sagrada. Um dos principais erros do Catolicismo romano é colocar a Bíblia no mesmo patamar da tradição e do magistério da Igreja. Aliás, eles consideram a Bíblia inferior, pois, onde a Bíblia contraria a tradição e o ensino da Igreja eles ficam com os outros dois. 


Sobre a Bíblia Sagrada, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil assim professa:

“Cremos e ensinamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito Santo para a humanidade […] nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus”.

No primeiro tópico da lição, falaremos sobre a origem da Bíblia. A Bíblia é a revelação escrita que Deus fez de si mesmo à humanidade. Falaremos neste tópico sobre as revelações gerais de Deus, na história, no universo e no próprio ser humano. Falaremos por último sobre a revelação especial, que foi através da pessoa de Cristo e das Escrituras. 


No segundo tópico falaremos sobre a autenticidade da Bíblia. A Bíblia Sagrada autentica-se a si mesma. A sua veracidade pode ser confirmada por evidências internas, através da sua unidade, consistência, ação do Espírito Santo na vida dos seus leitores e através das profecias que já se cumpriram. Por outro lado, a veracidade da Bíblia pode ser confirmada através das evidências externas, que são as confirmações das suas narrativas históricas, pelas descobertas arqueológicas.


No terceiro e último tópico falaremos sobre a mensagem da Bíblia. Destacaremos neste tópico a Supremacia das Escrituras, pois ela é a poderosa Palavra de Deus, a única autoridade infalível em matéria de fé e prática. Por último, falaremos do propósito das Escrituras, que é levar-nos à redenção em Jesus Cristo.


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Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS

LIÇÕES BÍBLICAS. Revista do Professor. 1° TRIMESTRE DE 2022. RIO DE JANEIRO, CPAD.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras - A inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. 1ª edição: 2021. RIO DE JANEIRO, CPAD.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus: RIO DE JANEIRO, CPAD.

VENCENDO OS DIAS MAUS

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