26 abril 2024

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada) 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apóstolo Paulo para vencer os dias maus: Primeiro, remir o tempo, ou seja, conduzir-se neste mundo de forma proveitosa e sábia. Segundo, remir o tempo, na perspectiva da volta do Senhor, aproveitando as oportunidades para nos preparar para o retorno do Senhor e não ficar presos a coisas banais deste mundo. Por último, atentar para o alerta de Paulo de que os dias são maus, ou seja, vivemos em um mundo que jaz no maligno e precisamos nos fortalecer no Senhor e vigiar para não ser vencido pelo mal. 

 

1. Remindo o tempo. Na sequência da orientação do apóstolo Paulo aos Efésios, sobre a forma de se conduzir do cristão, com prudência, não como tolos e sim como sábios, ele diz que os crentes devem remir o tempo. O verbo remir, usado por Paulo, no grego é exagorázō. Conforme explicou o comentarista, este verbo tem dois significados: 1) Resgatar uma propriedade que está em poder de outrem, mediante o pagamento de resgate; 2) Comprar algo para uso próprio. Estes são os sentidos literais deste verbo. Era usado para se referir aos compradores que esperavam  o momento certo, para comprar por um preço melhor. Remir foi o que Jesus fez por nós: pagou o preço do nosso resgate para nos salvar da condenação eterna. 


Paulo, no entanto, usa este verbo em sentido figurado, para se referir ao uso proveitoso do tempo, em relação às pessoas de fora, aproveitando as oportunidades. A Nova Versão Internacional (NVI) traduz desta forma: “... Aproveitando ao máximo, cada oportunidade…”. A Nova Almeida Atualizada também segue nesta mesma linha e traduz assim: “... Aproveitando bem o tempo…”. Deus deu a cada um de nós um tempo de vida e nos dá também as oportunidades. 


Como mordomos do tempo que Deus nos deu, devemos fazer bom uso dele. O tempo passado é algo que não se pode resgatar. Uma vez passado, não temos como voltar atrás e fazer diferente. Então, é neste sentido que Paulo está falando para os Efésios, aproveitarem as oportunidades, pregando o Evangelho e dando testemunho com o seu procedimento. Deus coloca pessoas diante de nós e aquela oportunidade pode ser a única que estas pessoas tinham para ouvir o Evangelho. Não podemos desperdiçar as oportunidades que estiverem diante de nós. 


2. Remindo o tempo e a Volta do Senhor. O apóstolo tinha em mente a proximidade da volta do Senhor, quando falou sobre o uso proveitoso do tempo. Neste sentido, não podemos perder tempo com coisas banais, pois o Senhor pode voltar a qualquer momento, ou nós podemos partir para eternidade. Não sabemos o dia e nem a hora, em que o Senhor virá. Nem tampouco sabemos o dia da nossa morte. 


A nossa vida passa muito rápido e não podemos perder tempo. É comum em velórios, vermos pessoas se lamentando, dizendo que se soubessem que a pessoa iria morrer teriam feito isso e aquilo. Outros fazem declarações de amor e demonstrações de afeto. Ora, isso não servirá mais, pois o falecido não está mais em condições de ver, ouvir, ou sentir o que estamos fazendo. Aproveitemos, portanto, as oportunidades para anunciar o Evangelho, demonstrar amor e fazer o bem. Amanhã poderá ser tarde demais. Como diz o hino 16 da nossa Harpa: “Nada fiz e vão-se os dias. Que lhe posso apresentar?”. 


3. Os dias são maus. Por último, o apóstolo coloca como razão para aproveitar o tempo, o fato dos dias serem maus. A Igreja do Senhor sempre viveu em meio às trevas, pois o mundo sempre foi mau, desde a entrada do pecado no mundo. Entretanto, a maldade irá se intensificar cada vez mais nestes dias que antecedem a volta do Senhor. 


O mundo atual está mergulhado na maldade, doenças, perturbações, violência, imoralidade, etc. Por isso, não podemos ficar inertes quanto à situação dos perdidos. Precisamos exalar o bom cheiro de Cristo e ouvir o clamor do mundo. Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo teve uma visão, na qual lhe apareceu um da Macedônia, rogando para que ele fosse para lá e os ajudasse. Imediatamente, ele entendeu que Deus o estava enviando para aquela região e seguiu para lá. 


Embora vivemos em um mundo de trevas, há muitas coisas boas que podemos fazer. Precisamos nos reunir mais para adorar a Deus, orar, ensinar a Palavra de Deus e anunciar o Evangelho. Podemos também nos dedicar à nossa família e amigos, fazendo sempre o bem e nos dedicando a quem de nós precisar. 


Devemos aproveitar o tempo também, no sentido de fortalecer a nossa vida espiritual, fugindo do pecado e de toda a aparência do mal. Estamos neste mundo para influenciar e não para sermos influenciados. Também não devemos ficar apontando os que tropeçaram, mas tomar cuidado para não cairmos também, pois o pecado nos rodeia de perto. Para isso, devemos manter uma vida de oração, comunhão com Deus e vigilância constante.


REFERÊNCIAS:
GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.535,536.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. Romanos — Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 450,451.

21 ANOS DE CASADOS: BODAS DE ZIRCÃO


Para nós, hoje é uma data festiva

Nosso aniversário de casamento

Data do nosso eterno juramento

De unirmo-nos numa perspectiva

De fidelidade mútua e definitiva

Nos conhecemos e nos admiramos 

Iniciamos o namoro e noivamos 

Amigos e familiares aprovaram

Vinte e um anos já se passaram

Desde o dia em que nos casamos


Quando te vi, teu brilho me ofuscou

Notei que não era algo deste mundo 

Era um brilho diferente e profundo

Pelo qual meu coração se encantou

A sua ternura logo me conquistou 

Uma bela amizade nós iniciamos

Sempre após os cultos conversamos 

Mas aquelas conversas avançaram 

Vinte e um anos já se passaram

Desde o dia em que nos casamos


Da amizade, avançamos ao namoro

Do namoro, seguimos ao noivado

Em oração e com Deus ao nosso lado

Sem nunca perder o pudor e o decoro

Aos laços do matrimônio fizemos coro

Em Barueri, nosso sonho realizamos

Diante de testemunhas confirmamos

Nossas vidas, enfim, se entrelaçaram

Vinte e um anos já se passaram

Desde o dia em que nos casamos


No decorrer destes anos nós crescemos

Com as lutas e dificuldades enfrentadas

Em tudo, a nossa união foi aperfeiçoada

Muitas coisas boas também  já vivemos

E em todas as circunstâncias aprendemos

Bodas de Zircão hoje comemoramos

A firmeza do nosso amor consolidamos

Em muitas bodas que para trás já ficaram

Nas comemorações que se realizaram

Vinte e um anos já se passaram

Desde o dia em que nos casamos


Te amo e sempre te amarei, 

Meu eterno amor, Márcia Ramalho


Weliano Pires

25 abril 2024

FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

(Comentário do 2º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, veremos que nossa caminhada deve ser feita com prudência e sabedoria. A prudência na Bíblia está relacionada à vida com compreensão e discernimento. O apóstolo Paulo recomendou aos Efésios para não andarem como néscios e sim como sábios (Ef 5.15). O néscio vive uma vida de ignorância espiritual. O sábio, por sua vez, anda com discernimento e sabedoria, não a sabedoria deste mundo, mas a que vem de Deus. 


1. O que é prudência? Neste tópico, o comentarista faz uma exegese capítulo 5 de Efésios, com destaque para o texto da leitura bíblica em classe, que está em Efésios 5.15-17, que diz: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.” 


A palavra “portanto” neste texto é uma conjunção que remete à conclusão do raciocínio anterior. No caso, é a conclusão dos versículos 8 a 14, que falam do modo de vida do cristão como filho da luz, em oposição ao modo de vida anterior à sua conversão, como filho das trevas. 


É neste contexto, que o apóstolo recomenda ao cristão que ande prudentemente, não como néscio e sim como sábio. A prudência é a virtude que faz a pessoa agir com cautela, discernimento e precaução, para evitar os perigos e fugir deles. 


No Antigo Testamento, a prudência é amplamente destacada no Livro de Provérbios, contrapondo-se à insensatez. Por exemplo, em Provérbios 8.12, a prudência aparece como companheira da sabedoria: “Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho a ciência dos conselhos”. 


O homem prudente é descrito como alguém que age com base no conhecimento, ao contrário do tolo, que expõe a sua insensatez (Pv 13.16). A prudência aparece também como uma virtude de alguém que aceita a repreensão do pai, ao contrário do tolo que a despreza: “O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repressão prudentemente se haverá”. (Pv 15.5). 


No Novo Testamento a prudência aparece nos ensinos de Jesus. No final do Sermão do Monte, Jesus compara aqueles que ouvem os seus ensinos e os colocam em prática, a um homem prudente que edificou a sua casa sobre uma rocha e ela não caiu, mesmo sendo submetida a ventos e tempestades (Mt 7.24,25). Em contrapartida, os que ouvem os ensinos de Jesus e não os praticam são comparados ao insensato, que constrói a sua casa na areia. Vindo os ventos e tempestades, a casa é destruída.


Quando enviou os doze apóstolos em missão, Jesus disse que estava enviando-os como ovelhas para o meio dos Lobos, que são os seus predadores. Por isso, recomendou-lhes que fossem “prudentes como as serpentes” (Mt 10.16). As serpentes andam cuidadosamente e, ao primeiro sinal de perigo, recuam e se preparam para a autodefesa. Algumas espécies fogem rapidamente. 


No Sermão Profético, o Senhor Jesus novamente fala sobre a prudência, associando-a às cinco virgens que esperaram o noivo provendo-se de azeite em suas vasilhas, ao contrário das tolas, que não levaram azeite reserva e ficaram de fora, pois a porta se fechou enquanto foram comprar o azeite (Mt 25.1-13). 


2. Não andeis como néscios! Depois de falar para os cristãos andarem com prudência, Paulo esclarece que isso significa não se comportar como “néscios”, ou como tolos, como aparece na Nova Almeida Atualizada. A palavra traduzida por “néscio” ou “tolo”, no grego é “asophos”, que é formada pelo prefixo de negação “a”, mais a palavra “sophos” que significa “sábio”. Portanto, é alguém que age sem sabedoria (Gr. Sophia) e sem pensar. 


No Antigo Testamento, principalmente nos livros poéticos, o néscio ou tolo é bastante destacado em oposição ao sábio. Nos Salmos 14 e 53, é chamado de néscio aquele que nega a existência de Deus (Sl 14.1; 53.1). No Livro de Provérbios há muitas referência ao néscio/tolo, como alguém que se mete em questões alheias, que despreza a repreensão e que se diverte em praticar a iniquidade. (Pv 20.3; 15.15; 10.23). O néscio aparece em Provérbios no paralelismo hebraico, sempre em oposição ao sábio e prudente. A mulher tola é descrita como alguém que destrói a própria família, ao contrário da mulher sábia que a edifica (Pv 14.1).


No Novo Testamento, Jesus chamou os discípulos que vinham pelo caminho de Emaús, de “néscios e tardos de coração para crer” (Lc 24.25). Mesmo depois de terem ouvido todos os ensinos de Jesus durante três anos, dizendo que Ele seria morto, mas ressuscitaria, e ouvindo o testemunho das mulheres e dos outros discípulos que o tinham visto já ressuscitado, eles continuavam incrédulos. Portanto, Jesus chama de néscio alguém que tem dificuldade para crer em suas palavras. 


No ensino de Paulo, os néscios são aqueles que vivem na ignorância espiritual e andam segundo os desejos da sua natureza carnal, corrompida pelo pecado (Ef 2.2,3; Rm 1.31). Os que andam segundo a carne, disse Paulo, não podem agradar a Deus (Rm 8.8). 


3. Andeis como sábios! Depois de falar para os cristãos de Éfeso andarem prudentemente, não como como néscios (Gr. asophos), Paulo os recomenda a andarem como sábios (Gr. Sophos), que é o oposto de andar como néscio (Gr. asophos). É uma referência a alguém que anda no Espírito e é dirigido por Ele. 


A sabedoria na Bíblia não está relacionada ao conhecimento humano, adquirido através dos estudos, ou à capacidade intelectual da pessoa. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, sábio é a pessoa que teme a Deus e se afasta do mal. Tanto em Salmos, como em Provérbios, é dito que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 110.10; Pv 9.10). 


Muitas pessoas confundem sabedoria com conhecimento ou capacidade intelectual. Outros ainda confundem sabedoria com boa memória e eloquência. Já vi pessoas elogiando pregadores ou palestrantes, dizendo que eles têm muita sabedoria, sendo que os tais falaram em seus discursos muitas coisas que não tem nenhum fundamento. O mesmo acontece com escritores e professores. 


A verdadeira sabedoria é dom de Deus, logo só pode ser sábio quem teme a Deus. A sabedoria também não está associada diretamente à capacidade intelectual. É possível um analfabeto ser sábio e um doutor ser tolo. Tiago recomendou às pessoas que não tem sabedoria, que peçam-na a Deus: “Se alguém tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não lança em rosto e ser-lhe-á dada.” (Tg 1.5). 


Depois, o mesmo Tiago fez uma comparação entre a sabedoria que vem de Deus e a sabedoria deste mundo, e nos mostrou algumas características da verdadeira sabedoria: pureza, paz, moderação, amabilidade, misericórdia, bons frutos, imparcialidade e sem hipocrisia (Tg 3.13-17).


REFERÊNCIAS:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.535,536.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. Romanos — Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 450,451.

24 abril 2024

O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

(Comentário do 1º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada) 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos do padrão de conduta do cristão, apontando Jesus como o nosso modelo em todas as coisas. Jesus viveu neste mundo para fazer a vontade do Pai e espera dos seus discípulos que também façam a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Falaremos também do padrão do cristão neste mundo, que torna a sua vida cristã bem sucedida. 

 

1. Jesus como nosso padrão de conduta. Devido ao afastamento de Deus e dos princípios da Sua Palavra, a sociedade pós-moderna adotou o relativismo e o politicamente correto. Segundo este modelo não existe verdade ou padrão absoluto, tudo é relativo. Quando falamos em padrão, referimo-nos a algo que serve para ser imitado como modelo, ou um parâmetro que é usado como base para estabelecer uma comparação. Só é possível saber se algo está errado, se houver um padrão que o defina como errado. 


No caso da conduta do cristão, que é o nosso assunto aqui, há um padrão a ser seguido e quem estiver fora dele está errado. Os princípios e práticas do que é certo e errado no Cristianismo estão fundamentados nas Escrituras Sagradas, que é o padrão de Deus e permanece inalterado (Mt 24.35). Os seus princípios não podem jamais ser relativizados, revogados ou adaptados aos interesses humanos, pois, o que norteia o padrão de conduta do cristão é a Palavra de Deus. 


Jesus é o nosso modelo em tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, durante a nossa vida neste mundo. Ele não é alguém que está longe da nossa realidade e exige um padrão de conduta que Ele não conhece de perto. Jesus fez-se homem e viveu neste mundo, sujeito às mesmas dificuldades e tentações que nós. Ele foi tentado de todas as formas, mas nunca pecou (Hb 4.15). Se o cristão deseja saber se algo está certo ou errado, precisa  saber o que as Escrituras falam sobre o assunto e se Jesus faria tal coisa. 


2. Fazendo a vontade de Deus. Jesus viveu neste mundo como homem e em tudo fez a vontade do Pai: “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (Jo 6.38). Quando Ele estava em profunda agonia no Getsêmani, orou ao Pai dizendo: “Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.” (Mt 26.42). Infelizmente, em nossos dias, vemos pessoas que se dizem cristãs, querendo impor a Deus as suas próprias vontades e não querem submeter-se à vontade de Deus, expressa nas Escrituras. Estes, certamente, não aprenderam com Jesus. São pessoas egoístas, que querem apenas satisfazer os próprios desejos e não buscam agradar a Deus.  


No Sermão do Monte, Jesus deixou claro que a condição para alguém entrar no Reino dos Céus não é apenas a sua confissão de fé ortodoxa, os sinais sobrenaturais, nem os serviços prestados na Obra de Deus. Segundo o ensino de Jesus, o que define alguém como um verdadeiro discípulo dele é “fazer a vontade do meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21). Tiago também disse que até os demônios crêem na existência de Deus e estremecem, mas não obedecem (Tg 2.19). 


Escrevendo aos Romanos, o apóstolo Paulo disse: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2). Aos Tessalonicenses, Paulo escreveu: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: Que vos abstenhais das prostituição”. (1 Ts 4.3). Se o cristão não entristecer o Espírito Santo e mantiver a comunhão com Deus, afastando-se do pecado, estará fazendo a vontade de Deus. 


A vontade de Deus é aquilo que está revelado em Sua Palavra. Deus deseja que o homem creia em Jesus Cristo, arrependa-se dos seus pecados e viva uma vida santa. Evidentemente, nenhum ser humano conseguirá fazer isso, por si mesmo, pois os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8). A parte que cabe ao ser humano é decidir seguir a Jesus. A partir desse momento, ele é justificado pela fé em Cristo, o Espírito Santo passa a morar em seu interior e realiza o milagre do novo nascimento e a santificação.


3. Uma vida cristã bem-sucedida. Segundo os padrões deste mundo, ser bem-sucedido está relacionado ao ter e não ao ser. Na sociedade pós-moderna, os bem-sucedidos são aqueles que têm uma situação financeira próspera, ou uma carreira artística de sucesso. Alguém que vive na pobreza, mesmo que tenha uma boa conduta, uma família bem estruturada e seja fiel a Deus, não é visto como um vencedor. 


Do ponto de vista bíblico, não é assim. O que nos torna bem-sucedidos na vida cristã é sermos aprovados por Deus em nossa conduta. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a Palavra da Verdade.” (2Tm 2.15). Portanto, o que nos faz bem sucedidos na vida cristã é a fidelidade ao Senhor e não aquilo as nossas posses e títulos. 


Infelizmente, muitos cristãos se deixam levar pelo engodo da teologia da prosperidade e deturpam o conceito de ser abençoado. Consideram que são abençoados por Deus, somente aqueles que prosperam financeiramente ou que têm carreiras de sucesso, seja como cantores ou pregadores. Se fosse assim, João Batista, Estevão, Tiago, filho de Zebedeu, Paulo, Silas, Pedro e o próprio Jesus, teriam sido um fracasso, pois além de não terem sido ricos, foram perseguidos e executados por seus algozes. 


REFERÊNCIAS:
GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.535,536.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. Romanos — Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.450,451.

23 abril 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 04: COMO SE CONDUZIR NA CAMINHADA


Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada, estudamos sobre o ponto de chegada da nossa corrida neste mundo, que é o Céu. Depois de passar por uma vida de lutas e tribulações, vivendo neste mundo como peregrinos e forasteiros, finalmente chegaremos ao nosso lar eterno, que é o Céu. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, vimos que o Céu é o alvo de todo cristão. Falamos do significado da palavra Céu, no Antigo e no Novo Testamento, mostrando os diferentes tipos de locais aplicados à palavra Céu na Bíblia. Depois, falamos do Céu conforme o ensino do apóstolo Paulo. Por último, falamos do Céu como o nosso alvo. O Céu é a nossa linha de chegada, no final desta maratona que estamos correndo neste mundo. 


No segundo tópico, falamos da descrição do Céu conforme o Livro do Apocalipse. Discorremos sobre o Novo Céu e a Nova Terra vistos por João. Falamos também da linda cidade que João viu, que será a nossa nova morada, onde não haverá mais morte, tristezas nem dores. 


No terceiro tópico, falamos do Céu como o fim da jornada cristã. No final desta jornada, nós estaremos onde Deus habita e o veremos face a face, como Ele é. Vimos que as lágrimas cessarão ali, pois o Senhor enxugará dos nossos olhos toda lágrima e todos os males e sofrimentos deste mundo cessarão. Por último, falamos do Céu como o nosso eterno descanso, não no sentido de passar a eternidade entediados e ociosos, pois no Céu haverá bastante atividade.


LIÇÃO 04: COMO SE CONDUZIR NA CAMINHADA


INTRODUÇÃO


Nesta lição trataremos da forma que deve ser a nossa conduta neste mundo, enquanto esperamos a vinda gloriosa do Senhor, para nos levar ao Céu, conforme vimos na lição passada. 

O Senhor deixou registrado em Sua Palavra, as orientações para que os seus seguidores não se embaracem e prossigam até o final da jornada. O apóstolo Paulo, por sua vez, recomendou aos cristãos de Éfeso a não viverem como néscios e sim como sábios, remindo o tempo, pois os dias são maus.

Vivemos em uma sociedade que jaz no maligno e é dominada pelo pecado. O padrão de conduta do cristão neste mundo é o estilo de vida vivido por Jesus e não os padrões vividos pelo mundo. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falaremos do padrão de conduta do cristão, apontando Jesus como o nosso modelo em todas as coisas. Jesus viveu neste mundo para fazer a vontade do Pai e espera dos seus discípulos que também façam a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Veremos também que o cristão neste mundo tem um padrão a ser seguido, que o levará a uma vida cristã bem sucedida. 


No segundo tópico, veremos que nossa caminhada deve ser feita com prudência e sabedoria. A prudência na Bíblia está relacionada à vida com compreensão e discernimento. Portanto, refere-se agir com cuidado diante das situações difíceis. O apóstolo Paulo recomenda aos Efésios para não andarem como néscios e sim como sábios (Ef 5.15). O néscio vive uma vida de ignorância espiritual. O sábio, por sua vez, anda com discernimento e sabedoria, não a sabedoria deste mundo, mas a quem vem de Deus. 


No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apóstolo Paulo para vencer os dias maus: Primeiro, remir o tempo, ou seja, conduzir-se neste mundo de forma proveitosa e sábia. Segundo, remir o tempo, na perspectiva da volta do Senhor, aproveitando as oportunidades para nos preparar para o retorno do Senhor e não ficar presos a coisas banais deste mundo. Por último, atentar para o alerta de Paulo de que os dias são maus, ou seja, vivemos em um mundo que jaz no maligno e precisamos nos fortalecer no Senhor e vigiar para não ser vencido pelo mal. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.535,536.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. Romanos — Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.450,451.

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...