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05 fevereiro 2022

A BÍBLIA E A PRUDÊNCIA PARA A VIDA



(Comentário do 3⁰ tópico da LIÇÃO 6: A BÍBLIA COMO UM GUIA PARA A VIDA)


Decisões e ações precipitadas, são a causa de muitos problemas. Casar com uma pessoa, fazer um negócio, mudar de cidade, trocar de emprego, fazer um empréstimo ou financiamento, sair da Igreja, etc., são coisas que muitas pessoas fazem sem pensar. Mas estas e outras decisões trazem consequências, muitas vezes irreversíveis para a vida toda. Por isso é necessário pensar antes de tomar decisões, avaliando sempre as consequências dos nossos atos. A Bíblia nos traz inúmeras recomendações neste sentido principalmente no Livro de Provérbios. 


1. O conceito de prudência. No Antigo Testamento, a prudência na Bíblia é usada em dois sentidos: 

a. No sentido positivo. É usada a palavra hebraica "arum", para se referir a uma pessoa sensata, prudente e cautelosa, que não reage às ofensas (Pv 12.16); não ostenta o próprio conhecimento (Pv 12.23); procura entender os seus caminhos (Pv 14.8); pensa cautelosamente antes de agir (Pv 14.15); e, por ter cautela, percebe os perigos à sua volta e evita-os (Pv 22.3).

b. No sentido negativo. A mesma palavra hebraica "arum" é usada para se referir à astúcia e sagacidade de uma pessoa, para enganar e levar outros à ruína. A Bíblia usa está palavra para descrever a serpente no Jardim do Éden: "Ora a serpente era a mais astuta [arum] de todos os animais do campo…" (Gn 3.1); também no Salmo 83, Asafe usa esta palavra para se referir às artimanhas dos inimigos de Israel: "Tomaram astuto conselho contra o teu povo” (Sl 83.3).

No Novo Testamento, a prudência é usada em sentido positivo, em referência à sensatez e sabedoria no agir (Mt 7.24); na cautela diante dos perigos (Mt 10.16) Na vigilância de um servo que aguarda a volta do seu senhor (Mt 24.45; Mt 25). Também é usada em sentido negativo, como presunção ou arrogância (Rm 11.25; 12.16). Em resumo, ser prudente é pensar bem antes de agir e fazer boas escolhas, para evitar consequências trágicas para si e para os outros. 


2. A prudência dos justos. Na profecia sobre o nascimento de João Batista, Lucas usa a palavra grega "phonesis",  para se referir ao modo de sentir e pensar: "...para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência [phonesis] dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." (Lc 1.17). A ideia aqui é que a pregação de João Batista iria convencer os pecadores a pensar e agir corretamente, de acordo com os padrões de Deus. O Evangelho de Cristo produz renovação no entendimento das pessoas e, consequentemente, transformação dos seus atos (Rm 12.2). Por esta razão, devemos sempre pregar as verdades bíblicas ao povo. Se encontrar terreno fértil, a semente brotará e crescerá. 


3. Os benefícios da prudência. Conforme já dissemos anteriormente, quando a Bíblia proíbe alguma coisa é porque, em última análise, aquilo seria prejudicial à própria pessoa ou ao próximo. O contrário também é verdadeiro. Aquilo que a Bíblia recomenda, faz bem a nós mesmos e aos nossos semelhantes. A prudência é recomendada pela Bíblia e traz muitos benefícios aos que a praticam. 

3.1. Alguns benefícios de uma pessoa prudente, apresentados no Livro de Provérbios: 

a. Humildade para não exibir conhecimento (Pv 12.23). A pessoa prudente não é exibida e não se vangloria do próprio conhecimento. 

b. Não se precipita por afrontas (Pv 13.16). O prudente encobre as afrontas e não perde a serenidade. Isso o livra de brigas desnecessárias. 

c. Não é manipulado ou mal influenciado (Pv 14.15). O prudente não se deixa levar por palavras e presta atenção nas ações, para não ser manipulado. 

d. Boa reputação e alta posição (Pv 14.35). Os governantes sérios preferem pessoas prudentes em funções estratégicas, para não arrumar confusões desnecessárias. 

e. Aprendizado e a correção (Pv 15.5). Uma pessoa prudente tem humildade para receber instruções e repreensões. Com isso, aprende mais e não erra. 

f. Livramento de perigos (Pv 22.3). Uma pessoa prudente, através de soluções antecipadas, consegue escapar de muitos perigos. 

3.2. Nos Evangelhos também, o Senhor Jesus enfatizou as coisas importantes na vida de uma pessoa prudente:

a. Tem segurança diante das tempestades da vida (Mt 7-24). Conforme já vimos, a pessoa que ouve e pratica a Palavra de Deus prudente é comparada a quem constrói a sua casa em um fundamento sólido.

b. Procede com retidão e cumpre seus deveres com fidelidade (Mt 24.45). Jesus comparou os servos vigilantes com um servo prudente que faz tudo certo enquanto aguarda a volta do seu senhor, o qual será colocado como administrador dos  bens do patrão. 

c. Cuida da sua vida espiritual e mantém acesa a chama do Espírito (Mt 25.4). Jesus também comparou os seus servos vigilantes às virgens prudentes que aguardaram a vinda do noivo, tendo azeite reserva para manter as suas lâmpadas acesas, em uma possível demora do noivo. O azeite representa a presença do Espírito Santo na vida do crente.


REFERÊNCIAS: 

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CHAMPLIN, Russell Norman. Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2606.    

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 4. pág. 537-538.    

LOPES, Hernandes Dias. Provérbios, Manual de sabedoria para a vida. Editora Hagnos. pág. 252-253. 

LOPES, Hernandes Dias. EFÉSIOS: Igreja, A Noiva Gloriosa de Cristo. Editora Hagnos. pág. 28.    



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Pb. Welian Pires


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