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09 dezembro 2021

A IGREJA COMO GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA (1 Tm 3.14,15)


(Comentário do 3º tópico da lição 11: O zelo do apóstolo Paulo pela Sã Doutrina).

Neste terceiro e último tópico, falaremos da Igreja como a coluna e firmeza da verdade, com base nas palavras do apóstolo Paulo a Timóteo. Falaremos também sobre a finalidade da Igreja ao zelar pela sã doutrina que é preservar o amor e a fé não fingida nos crentes. Por último, falaremos sobre a primazia do amor, como instrumento eficiente para barrar os falsos ensinos. Em uma Igreja onde não há a preocupação de ensinar a verdade bíblica e combater os falsos ensinos à luz da Palavra de Deus, os crentes permanecem imaturos, carnais, tribulosos e podem até morrer espiritualmente, 

1. A Igreja é “coluna e firmeza da verdade”. Escrevendo a Timóteo, que na ocasião liderava a Igreja em Éfeso, Paulo afirma que a Igreja é “Coluna e firmeza da verdade”. O apóstolo utiliza duas palavras gregas para falar sobre a que há entre a Verdade do Evangelho e a Igreja de Cristo. Estas palavras possuem traduções muito parecidas, mas suas aplicações são bem diferentes. A primeira palavra, traduzida por “coluna”, no grego é “stylos” que significa um pilar em forma de estátua, É provável que Paulo a tenha usado em referência ao templo da deusa Diana, em Éfeso, que era uma das maravilhas do mundo antigo. Neste suntuoso templo havia cento e vinte e sete colunas de mármore. Cada uma delas era presente de um rei e tinha pedras preciosas encravadas. De longe, era possível contemplar a beleza do edifício. A ideia de Paulo aqui é mostrar que a Igreja deve mostrar ao mundo a Verdade do Evangelho, não apenas com o seu discurso, mas também com as suas obras.

A segunda palavra usada por Paulo, traduzida por “firmeza”, na Versão Revista e Corrigida, e por “fundamento”, na Nova Almeida Atualizada, no grego é “hedraioma”. Esta palavra se refere ao fundamento ou alicerce de um edifício que o mantém de pé. A ideia aqui é mostrar que a Igreja tem a obrigação de sustentar a verdade e defendê-la diante de falsos ensinos, sejam teológicos, filosóficos ou científicos. Para isso, a Igreja necessita do poder do Espírito Santo que a  capacita para esta tarefa. Estêvão, o primeiro mártir do Cristianismo, defendeu a verdade do Evangelho diante das autoridades religiosas enfurecidas e eles não conseguiam resistir à sabedoria com que ele falava. Por isso, levantaram falso testemunho de blasfêmia e o apedrejaram. (At 6.9-12; 7.58).

2.   O objetivo do zelo pela sã doutrina. Infelizmente, ainda vemos pastores que acham que a Igreja não deve se preocupar com o ensino bíblico e defesa da fé. Esse tipo de obreiro acredita que basta orar e fazer campanhas que Deus resolve tudo. O resultado disso são Igrejas com todo tipo de heresias e inovações e crentes sem nenhuma firmeza. Paulo sempre alertou os obreiros mais novos para ensinassem a verdade à Igreja, quer ouvissem, quer não. “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.” (1 Tm 4.13). O objetivo do ensino bíblico na Igreja é para “Preservar o amor de um coração puro e de uma fé não fingida”. (1 Tm 1.5). Da mesma forma que o ensino da Sã doutrina produz transformação nos corações, os falsos ensinos produzem contendas, dissensões e vários tipos de pecado, ameaçando a santidade e a comunhão da Igreja. Portanto, se a Igreja vive em confusão e não abandona o pecado, certamente está faltando zelo pela sã doutrina. 

3.   A primazia do amor. “O fim do mandamento é o amor” (1 Tm 1.5). Conforme vimos na lição passada, o amor é a mais importante virtude do Cristianismo. O amor é superior a todos os dons espirituais. É o cartão de identidade do cristão. Quando Paulo diz que o “fim do mandamento é o amor”, ele usa a palavra grega “telos”, que significa “fim ou finalidade”. A intenção aqui é mostrar que motivação para o ensino ou mesmo para a repreensão é sempre o amor. Onde há amor, há uma “boa consciência” e não pode haver parcialidade, fingimento, hipocrisia, falsidade ou simulação. A orientação de Paulo é para que Timóteo ensine a verdade, sem ferir as pessoas. Na defesa da verdade, não pode haver a perda do amor ao próximo. O amor é sempre equilibrado, humilde, paciente e sacrificial. Os falsos mestres são desprovidos de amor e, portanto, são soberbos, arrogantes, presunçosos, vaidosos e egoístas. 


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do Apóstolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021.    

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 5. pag. 280-281; 316.  

LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo. O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pag. 40-41; 91-92.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.662).  


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