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13 setembro 2023

CRISTO E O RELACIONAMENTO COM A IGREJA

(Comentário do 2º tópico da Lição 12:  Sendo a Igreja do Deus Vivo).


Ev. WELIANO PIRES



No segundo tópico, abordaremos o relacionamento de Cristo com a Sua Igreja. Este relacionamento é pautado pela santidade, pureza e caráter irrepreensível. A Igreja sem Cristo estará morta, pois sem Ele nada podemos fazer. 

Falaremos da santidade e pureza da Igreja. Santidade e pureza se referem à separação do pecado e aproximação do Senhor. É um processo contínuo realizado pelo Espírito Santo na Igreja até a glorificação do nosso corpo. 

Depois falaremos da qualificação da Igreja de Cristo: gloriosa e irrepreensível. Paulo compara a Igreja de Cristo a uma noiva pura que aguarda o seu noivo para a festa nupcial, com as suas vestes brancas e limpas. Da mesma forma, a Igreja do Senhor o espera em santidade, com as suas vestes brancas, sem nenhuma mancha de ordem moral ou espiritual. 

1. Santificação e pureza. A Bíblia assegura que sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). O Senhor Jesus é absolutamente santo e puro. Portanto, a sua Igreja também precisa ser santa e pura. Entretanto, nenhum de nós consegue por si mesmo se santificar e se purificar. Somente o Senhor Jesus, através do seu sacrifício expiatório, pode nos santificar e nos purificar de todo pecado. 

Temos aqui dois aspectos da Salvação: a regeneração e a santificação. O primeiro refere-se ao novo nascimento que o Espírito Santo opera em nós, gerando-nos de novo pela Palavra. O segundo refere-se ao afastamento de tudo o que é mau e a consagração a Deus. Tanto a regeneração quanto a santificação são obras do Espírito Santo. Sem Ele, ninguém consegue nascer de novo e ser santo. 

É importante lembrar também que a santificação não significa que a pessoa se torna divina ou sem pecado. A santificação é posicional, progressiva e futura. Quando nos entregamos a Cristo alcançamos a posição de santos. Depois somos santificados diariamente em nossa caminhada com Cristo. Por último, seremos santificados plenamente, na glorificação do nosso corpo, quando estaremos livres da presença do pecado. 

2. Gloriosa e irrepreensível. A Igreja de Cristo está intimamente ligada a Ele. Para exemplificar esta união, o Senhor Jesus comparou-se a uma videira e os seus discípulos aos ramos. A Bíblia também compara o relacionamento de Cristo e a sua Igreja com a relação que existe entre marido e esposa (2 Co 11.2). Assim, a Igreja é a noiva de Cristo, que se prepara para a festa nupcial (Ap 21.2,9). 

Durante essa espera, por meio do Espírito Santo, Cristo santifica-a para apresentá-la a si mesmo totalmente pura (2 Ts 2.13). No contexto em que Paulo escreveu, a marcha nupcial era diferente da nossa. Aqui é o esposo que espera a noiva se preparar para encontrá-lo e ele espera ansioso a chegada da sua noiva, linda e exuberante. No oriente antigo, era a noiva que esperava a chegada do noivo e se preparava para recebê-lo. 

A Igreja, como a noiva de Cristo, está sendo preparada pelo Espírito Santo para receber o seu noivo amado, que espera encontrá-la gloriosa e irrepreensível. A palavra "gloriosa" no grego é "endoxon", derivada de "doxa" (glória) que é o irradiar de Deus, o brilho e a manifestação do seu ser. Irrepreensível, por sua vez, significa que a Igreja não pode ter nada de que possa ser acusada, segundo os padrões de Deus. 


REFERÊNCIAS: 

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 145-156.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 94. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pág. 42.

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.537,538, 544-546.

06 dezembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 11: O ZELO DO APÓSTOLO PAULO PELA SÃ DOUTRINA



REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada falamos sobre o amor de Paulo pela Igreja do Senhor, no âmbito local. Paulo demonstrou um profundo amor pelas Igrejas que ele plantou. Ele escreveu o capítulo 13 de 1 Coríntios, dedicando-o inteiramente ao amor, fazendo afirmações profundas sobre o amor. 


No primeiro tópico, falamos sobre o amor de Paulo pela Igreja de Tessalônica, não apenas por ela, mas pelas demais também. Paulo tinha um amor de pai para filhos para com os irmãos de Tessalônica, não por interesses pessoais, mas, pelo modo como eles viviam o Evangelho. Vimos também que nós devemos demonstrar amor pela Igreja que congregamos.


No segundo tópico falamos sobre a relação que há entre amor e fé. Em suas epístolas frequentemente Paulo faz questão de demonstrar a grandeza do amor de Deus, revelado no sacrifício de Cristo, que morreu pelos pecadores, que não mereciam ser amados. A fé, por sua vez, vai muito além da crença na existência de Deus. Ela representa uma confiança inabalável em Deus a ponto de obedecê-lo incondicionalmente. 


No terceiro e último tópico falamos a respeito das três virtudes chamadas de ‘teologais', que estão presentes na Igreja de Tessalônica: fé, esperança e amor. São assim chamadas, porque são virtudes que tem origem em Deus e nos são concedidas por Sua infinita graça. Paulo fala destas três virtudes em 1 Coríntios 13.8 e diz que elas permanecem juntas, mas o amor é a maior delas.


LIÇÃO 11: O ZELO DO APÓSTOLO PAULO PELA SÃ DOUTRINA


Na lição desta semana falaremos a respeito do zelo do apóstolo Paulo para com a doutrina bíblica, que ele chama de Sã doutrina em seus escritos. Conforme já falamos em lições anteriores, Paulo foi o grande doutrinador da Igreja Cristã. Ele recebeu o Evangelho diretamente do Senhor Jesus e o entregou fielmente às Igrejas que ele fundou e discipulou. 


No primeiro tópico da lição trataremos das definições das palavras ortodoxia e heterodoxia. Em resumo, ortodoxia é o ensino que está de acordo com ensinaram Cristo e os apóstolos. Qualquer ensino que não se enquadre nisso é heterodoxia. São dois termos técnicos muito importantes, para entendermos a diferença entre um ensino genuinamente bíblico e doutrinas humanas ou de demônios. 


No segundo tópico falaremos a respeito da ameaça da corrupção doutrinária. Paulo advertiu as Igrejas, a respeito de alguns obreiros que ensinavam "outra doutrina" ou "outro evangelho". Entre estes ensinos diferentes (heterodoxos), estavam os judaizantes, que se ocupavam com fábulas judaicas e genealogias; e os gnósticos, conforme vimos na lição 9. 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre a Igreja como a guardiã da Sã Doutrina. Escrevendo a Timóteo Paulo declarou que a Igreja é a coluna e firmeza da verdade. Cabe a ela, portanto, anunciar e defender a verdade bíblica perante o mundo, contra as vãs filosofias, doutrinas de homens e de demônios.  Nesta era pós moderna, uma das suas características é o relativismo moral e a idéia de que não há verdade absoluta. A Igreja de Cristo não pode se curvar diante deste discurso, mas deve sustentar a verdade de Deus, custe o que custar. 


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Pb. Weliano Pires


30 novembro 2021

O AMOR DE PAULO PELA IGREJA


A cidade de Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia e uma das mais importantes cidades do Império. Ficava às margens da grande estrada romana Via Egnatia, que atravessava a Macedônia e dava acesso ao mar Egeu, onde os viajantes atravessavam para a Itália. Esta importante estrada ligava Roma a Constantinopla.

O nome original desta cidade era "Thermal", que significa "fontes quentes" devido às fontes de águas que havia no local. Posteriormente, o General Cassandro reedificou a cidade e mudou o seu nome para Tessalônica, em homenagem à sua mulher, que era irmã de Alexandre, o Grande. 

Paulo chegou a Tessalônica, na sua segunda viagem missionária, depois de ter passado por Filipos. Na ocasião, Paulo e Silas foram açoitados publicamente em Filipos e presos. À meia noite, enquanto eles oravam e cantavam, veio um terremoto e quebrou as cadeias de bronze que os prendiam. O carcereiro quando viu aquilo, quis se matar. Paulo gritou para que ele não fizesse aquilo, pois os presos não haviam escapado. Todo trêmulo, o carcereiro e todos da sua casa se converteram (At 16.19-40). 

Partindo de Filipos, Paulo passou por Anfípolis e Apolônia e chegou a Tessalônica. Como de costume, disputava com os judeus na Sinagoga e, por três sábados seguidos, lhes anunciou a Cristo. Muitos creram, mas alguns judeus movidos de inveja, provocaram tumulto, assaltaram a casa de Jason e Paulo e Silas fugiram para Beréia, onde continuaram pregando o Evangelho (At 17.1-14). 


1.   O Amor como o de um pai para um filho. A Igreja de Tessalônica nasceu em meio a intensa perseguição dos judeus. Os tessalonicenses aprenderam na prática que, ser cristão é sinônimo de viver constantemente sendo perseguido e passar por muitas tribulações. 

Paulo desenvolveu um profundo amor por aquela Igreja. De Tessalônica, Paulo fugiu para Beréia, passou por Atenas e chegou a Corinto, onde passou um ano e meio. Silas e Timóteo retornaram a Tessalônica e depois trouxeram boas notícias a Paulo, sobre a fé e amor desses irmãos (1 Ts 3.6). De Corinto, Paulo escreveu duas cartas, encorajando-os a não desanimarem e a perseverar na fé. Paulo elogiou aquela Igreja, dizendo que eles se tornaram exemplos para todos da Macedônia e da Acaia (1 Ts 1.7). Os cristãos de Tessalônica eram filhos na fé do apóstolo Paulo e ele os amava com um amor de pai para filho: "Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos". (1 Ts 2.10). Paulo fala da figura do pai espiritual: “Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo” (4.15). A palavra “preceptor” usada aqui, no grego é 'paidagogos', que diz respeito a um escravo que era responsável por cuidar de uma criança e levá-la à escola. O 'paidagogo' não era o professor. Era a pessoa que conduzia a criança até o professor. 

Paulo regozijava-se por ver o fruto do seu trabalho prosperar, mesmo em meio às perseguições e tribulações vividas por ele em Filipos, Tessalônica e Beréia. 

2.   O amor motivado pelo modo de viver o Evangelho. O amor de Paulo pelos tessalonicenses não era baseado em afeições particulares ou interesses próprios. O que motivou o apóstolo a amá-los foi o modo de vida deles, digno do Evangelho de Cristo. Naquela época, a comunicação não era em tempo real como hoje. Não havia telefone, internet e redes sociais. Paulo saiu fugido de Tessalônica e não pôde retornar. Ficou sem notícias sobre o andamento do trabalho lá. Quando Timóteo retornou, trazendo notícias de que aqueles irmãos haviam abandonado totalmente a idolatria e perseveravam na fé e no amor, Paulo se alegrou e passou a amá-los ainda mais por causa da vida santa que eles viviam. 

3.   O amor deve nortear a nossa vida na igreja local. Vivemos na atualidade, um tempo de muito egoísmo e individualismo. As pessoas que não servem a Deus já vivem isso por natureza, pois não buscam a Deus, que é a fonte do amor. Entretanto, este comportamento egoísta tem adentrado em nosso meio. Jesus, em seu Sermão profético, alertou que o amor de muitos esfriaria, com o aumento da iniquidade. 

Hoje vemos muitas pessoas que não trabalham para promover o amor e a harmonia entre os irmãos. Vivem a falar mal uns dos outros, provocando discórdias e confusões. Mas, este comportamento não é compatível com a Igreja do Senhor. Jesus disse que seríamos reconhecidos como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros (Jo 13.35). Paulo também falou que "todas as nossas coisas devem ser feitas em amor." (1 Co 16.14). O apóstolo João também falou que "aquele não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.'' (1 Jo 4.8). Portanto, o amor é o verdadeiro cartão de identidade do cristão.


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REFERÊNCIAS: CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do apóstolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021. LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Editora Hagnos. pag. 13-16; 38-39. HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 651. LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: Como Resolver Conflitos na Igreja. Editora Hagnos. pag. 82. CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 4. pág. 65, 71.



VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...