31 março 2023

INTERFERÊNCIA NO PLANO DE DEUS

(Comentário do 2º tópico da lição 01: Quando a família age por conta própria).


Ev. WELIANO PIRES


Vimos no tópico anterior que, Abrão teve dúvidas diante da espera pelo cumprimento das promessas de Deus, mas Deus sanou as suas dúvidas e reafirmou as suas promessas. Abrão creu no Senhor e isso lhe foi imputado por justiça. Tudo parecia estar resolvido, mas, o tempo foi passando e Sarai ficando cada vez mais avançada em idade e impossibilitada de gerar filhos. 


Sarai teve a ideia de oferecer ajuda para que as promessas de Deus se cumprissem, adotando um costume daquela época, de oferecer a escrava ao marido para ter filhos dele. Abrão, que no capítulo anterior havia demonstrado a sua fé nas promessas de Deus, agora deu ouvidos à sua esposa e ambos vacilaram na fé. Esta atitude precipitada, no entanto, trouxe graves problemas não apenas para aquela família, mas para os seus descendentes ao longo dos séculos, perdurando até os dias atuais. 


1. A tentativa de Sarai em “ajudar” a Deus. Dez anos se passaram desde que Abrão e Sarai chegaram a Canaã, com a promessa de Deus de que seriam pais de uma grande multidão. Nesta ocasião, Abrão já estava com 85 anos e Sarai com 75. Conforme falamos no tópico anterior, pelos meios naturais seria impossível gerarem filhos. Além da esterilidade que ela tinha, pois, nunca tivera filhos, ainda tinha a idade avançada e o ciclo menstrual encerrado. Diante deste quadro, Sarai entendeu que seria impossível gerar filhos. Ela, então, teve uma ideia, para ajudar a Deus, no cumprimento da promessa e disse ao seu esposo: “E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela.” (Gn 16.2). 


Do ponto de vista cultural, legal e humano, a atitude de Sarai era compreensível, pois era um costume daquela sociedade. Entretanto, era algo completamente fora do propósito de Deus, pois Ele não precisa de subterfúgios humanos e “jeitinhos” para cumprir as suas promessas. Em seu desespero, Sarai teve uma interpretação equivocada das promessas de Deus e entendeu que a promessa era de um filho a Abrão e poderia ser, não necessariamente dela. Ela estava convicta da sua decisão e convenceu Abrão de que esta seria a única forma de Abrão ter um filho, que pudesse ser o seu herdeiro. 


A precipitação é a atitude de agir sem pensar e sem medir as consequências. Infelizmente, muitas pessoas, inclusive crentes, causam sérios problemas a si mesmas, à família e à Igreja, atitudes precipitadas. Muitos perdem o casamento, ministério, trabalho e até a própria vida, por tomarem decisões sem consultar ao Senhor e sem pensar nas consequências. 


2. Os dois vacilam na fé. Abrão, sem questionar, deu ouvidos à sua esposa e fez o que ela sugeriu. Sarai errou ao tomar uma atitude precipitada, tentando “ajudar a Deus”. Mas, Abrão também falhou. Primeiro, porque ele era o patriarca da família e foi a ele que fez as promessas. Abrão era um homem de fé, amigo de Deus. Como líder da família, cabia a ele passar as orientações sobre Deus à sua família. Naquela sociedade patriarcal, a palavra do patriarca era uma lei. Portanto, era dele a responsabilidade de ensinar a sua família sobre o caráter de Deus.


É claro que o homem deve conversar com a sua esposa e ouvir as opiniões e queixas dela e vice-versa. Entretanto, quando estas opiniões, sugestões ou decisões contrariarem a Vontade de Deus, devem ser imediatamente rechaçadas. O casal deve sempre conversar e buscar a vontade de Deus, antes de tomar decisões. Um deve encorajar o outro em momentos de crises de fé e não seguir decisões precipitadas sem questionar.

3. O problema da precipitação. Com o passar dos anos, Sarai abandonou a confiança nas promessas de Deus e decidiu agir por conta própria. Foi uma atitude precipitada, pois ela não consultou a Deus e não pensou nas consequências da sua atitude. A precipitação é a atitude de agir sem pensar e sem medir as consequências. Infelizmente, muitas pessoas, inclusive crentes, causam sérios problemas a si mesmas, à família e à Igreja, atitudes precipitadas. Muitos perdem o casamento, ministério, trabalho e até a própria vida, por tomarem decisões sem consultar ao Senhor e sem pensar nas consequências. Na Bíblia temos exemplos de várias pessoas que agiram precipitadamente e as consequências foram terríveis. Um deles foi Aarão, irmão de Moisés. Moisés subiu ao Monte e o povo que ele demorava a voltar, pressionaram Aarão para que fizesse um bezerro de ouro. Sem pensar nas consequências deste ato, Aarão deu ouvidos ao povo e fez este ídolo: “E depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.” (Ex 32.8). O resultado desta ação precipitada de Aarão foi a morte de três mil pessoas. (Ex 32.28).

Temos também o caso do rei Saul na guerra contra os amalequitas. Deus mandou que ele destruísse tudo, por causa do mal que aquele povo fez a Israel. Chegando lá, Saul agiu por conta própria, feriu apenas o povo e destruiu apenas as coisas sem valor. O rei dos amalequitas e o melhor do gado e das ovelhas, ele poupou, com a desculpa de oferecer sacrifícios a Deus. Quando Samuel retornou, perguntou-lhe porque ele não obedeceu a voz do Senhor. Quando Samuel retornou, perguntou a Saul: "Por que, pois, não deste ouvidos à voz do Senhor, antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia mau aos olhos do Senhor?" (1 Sm 15.19). Saul retrucou, dizendo que tinha obedecido e colocou a culpa no povo, dizendo que trouxera aqueles animais para sacrificar ao Senhor. Samuel o repreendeu, dizendo que Deus não tem tanto prazer em sacrifícios, como tem em que se obedeça a Sua Palavra. Disse ainda que a rebelião é com o pecado da feitiçaria. (1 Sm 15.22,23). Esta desobediência e precipitação de Saul custou-lhe o reino, pois Deus o rejeitou para que não fosse mais rei em Israel e escolheu Davi.


REFERÊNCIAS: 

CABRAL, Elienai. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 14-15.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 123.

LOPES, Hernandes Dias. Gênesis, O Livro das Origens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2021.

DEUS FAZ PROMESSAS A ABRÃO.


(Comentário do 1º tópico da Lição 01: Quando a família age por conta própria).

Ev. WELIANO PIRES


Neste primeiro tópico estudaremos três aspectos da promessa de Deus a Abrão. Primeiro veremos como se deu o encontro de Deus com Abrão, em Ur dos Caldeus. Na sequência veremos que Abrão sabendo que as promessas que Deus lhe fizera só poderiam se cumprir se ele tivesse filhos e que, tanto ele como a sua esposa estavam com idade avançada para terem filhos, duvidou do cumprimento das promessas e questionou a Deus. Por último, veremos a garantia de Deus a Abrão de que as Suas promessas estavam de pé e iriam se cumprir. Deus reafirmou a Abrão tudo o que havia prometido no momento da sua chamada.


1. O encontro de Deus com Abrão. Abrão aparece pela primeira vez na Bíblia, no capítulo 11 de Gênesis. Após o relato da confusão das línguas, na tentativa frustrada da construção da Torre de Babel, os descendentes de Noé se espalharam por várias partes do mundo conhecido da época. A partir daí, o relato bíblico traz a genealogia de Sem, filho de Noé e pai dos povos semitas. A genealogia segue desde Sem, até chegar a um homem chamado Terá, que vivia em Ur dos Caldeus e teve três filhos: Abrão, Naor e Harã. Este último morreu em Ur dos Cadeus, antes da morte do seu pai (Gn 11.27). A partir daí, Terá seguiu de Harã, com os seus filhos Naor e Abrão, e o seu neto Ló, filho do seu falecido filho Harã.


O texto bíblico relata os nomes das esposas de Naor e Abrão, respectivamente, Milca e Sarai. Na sequência, a Bíblia registra que Sarai era estéril e não tinha filhos. Estes dados são importantes, para entendermos a sequência dos fatos relacionados à chamada de Abrão. A história de Abrão e Sarai começou em Ur dos Caldeus, uma importante cidade da antiga Suméria. Nesta cidade havia uma diversidade de povos, que eram politeístas, inclusive Terá, o pai de Abrão servia a outros deuses (Js 24.2). Abrão não pertencia à etnia dos sumérios, mas era da etnia dos povos semitas.


Inicialmente vemos que Terá, o pai de Abrão, liderava a comitiva que saiu de Ur dos Caldeus, com os seus filhos Abrão e Naor, e o seu neto Ló, filho de Harã, o seu filho falecido, em Ur dos Caldeus. Após a morte de Terá, Deus chamou Abrão e ordenou que ele deixasse a sua terra e os seus parentes e fosse à terra que Deus iria lhe mostrar. Abrão creu nas promessas de Deus e saiu, sem saber para onde ia. A partir do capítulo 12 de Gênesis, Abrão se torna o principal protagonista da narrativa bíblica, permanecendo até o capítulo 25, que traz o relato da sua morte.


As promessas de Deus a Abrão incluíam: fazer dele uma grande nação, abençoá-lo, engrandecer o seu nome, abençoar os que o abençoassem e amaldiçoar os que lhe amaldiçoarem. Desde que saiu de Ur dos Caldeus, passando por Harã, com o seu pai e o seu irmão Naor, Abrão vinha de uma sequência de prosperidade financeira. Ele creu nas promessas de Deus, mesmo sem entender a dimensão destas promessas e saiu sem saber o que, de fato, lhe aconteceria. Estas promessas, evidentemente, necessitavam que ele tivesse pelo menos um filho, mas, até aquele momento, ele não tinha. Para piorar, a sua esposa era estéril e eles já estavam com a idade um tanto avançada para ter filhos.


A partir da saída de Abrão, confiando unicamente nas promessas de Deus, sem que lhe fosse revelado como estas promessas se cumpririam, visto que a esterilidade e a idade da sua esposa não lhe favoreciam, ele ainda teve vários problemas. Primeiro Abrão também enfrentou fome e buscou socorro na terra dos Filisteus e no Egito, em mais de uma ocasião. Devido à beleza da sua esposa, ele temendo ser morto por causa dela, mentiu e disse que ela era sua irmã. Ela foi levada por Faraó, rei do Egito, e por Abimeleque, rei de Gerar. Só não foi abusada por causa da intervenção divina.


Depois, os empregados do seu sobrinho Ló se desentenderam com os empregados dele e ele teve que se separar dele. Depois, houve uma guerra de reis da região em que o seu sobrinho foi morar, com outros de outra região e o seu sobrinho levado como prisioneiro. Ele teve que reunir os seus empregados e entrar em guerra para resgatá-lo. Para completar a sequência de problemas, o seu sobrinho Ló foi morar na cidade de Sodoma, em uma região extremamente pecaminosa, e por causa disso, Deus destruiu as cidades da região. Tudo isso acontecendo, o tempo passando e Abrão não via as promessas de Deus se cumprirem em sua vida.


2. A dúvida diante da espera. Depois de passar vários problemas, vendo o tempo passar e ele envelhecendo, sem ver o cumprimento das promessas de Deus em sua vida, Abrão teve uma visão, na qual o Senhor lhe disse: "...Não temas, Abrão, Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão." Gn 15.1b). A dúvida tomou conta de Abrão, por causa dos anos de espera e agora, ele ouviu o Senhor reafirmar as promessas que lhe fizera no momento da sua chamada. Imediatamente, ele indagou a Deus: "Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro." (Gn 15.2,3). Este relato nos mostra que a sua fé passava por um momento de crise.

Para nós, que hoje temos os relatos de como a história se desenvolveu e vários exemplos na Bíblia das promessas de Deus sendo cumpridas, fica fácil criticar a dúvida de Abrão em relação ao cumprimento das promessas de Deus. Porém, Abrão não tinha a retrospectiva da história. Ele saiu da sua terra, do meio dos seus familiares, para ir a uma terra que Deus prometeu lhe mostrar, na esperança de que seria pai de uma grande nação, cujo nome seria engrandecido a ponto de todas as famílias da terra serem abençoadas através dele. A realidade, no entanto, é que alguns anos haviam se passado, a sua esposa já havia cessado o ciclo menstrual e eles não tiveram filhos.

Diante das dificuldades, limitações ou mesmo impossibilidades, se olharmos apenas para os meios naturais e lógicos, a dúvida tomará conta de nós. Não existe lógica alguma, um povo desarmado, marchar em direção a mar, com um exército poderoso atrás, acreditando que o mar irá se abrir, quando um homem estender uma vara para ele. Também não há possibilidade natural de cair as muralhas de segurança de uma cidade, com a largura de dois carros um ao lado do outro, só porque um grupo de pessoas rodeou esta cidade, uma vez durante sete dias e sete vezes no sétimo dia, com o toque de buzinas de sacerdotes. Estas e outras atitudes registradas na Bíblia, parecem loucura sob a ótica humana. Se não tivesse uma ordem expressa de Deus para fazerem isso, não faria nenhum sentido. Porém, se Deus mandou, pode fazer tranquilo, pois Ele sabe o que faz e se responsabiliza por suas palavras.

Viver pela fé não significa viver uma vida irresponsável e sair por aí cometendo loucuras em nome da fé. É confiar em Deus em qualquer circunstância, fazendo a nossa parte e descansar, pois Ele tem cuidado de nós. Deus é soberano, justo, fiel e para Ele não existe nada impossível.


3. Deus garante a Abrão o cumprimento da promessa. Neste momento de dúvidas do patriarca, o Senhor reafirma sua promessa a Abrão, dizendo para não temer, pois o seu herdeiro não seria o seu mordomo e sim, um filho seu: "Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro." (Gn 15.4). Numa linguagem mais atualizada, Deus falou que o herdeiro de Abrão teria o DNA dele. Na sequência, Deus o chamou para fora da tenda e mandou que ele contasse as estrelas, se conseguisse, e prometeu que assim seria a sua descendência. Abrão creu no Senhor e isso lhe foi imputado como justiça.

O autor da Epístola aos Hebreus no capítulo 11, que é conhecido como a galeria dos heróis da fé, inicia o capítulo dizendo que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Isto significa que ter fé é crer naquilo que Deus prometeu, mesmo que todas as circunstâncias estejam em sentido contrário. Ter fé em Deus é ter plena confiança nEle e descansar na Sua fidelidade. A fé não precisa de comprovação ou indícios de que algo pode acontecer. Não existe nada difícil ou impossível para Deus.


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 11-12.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 101-102.

Stamps, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Editora CPAD. pag. 50. 

SWINDOLL, CHARLES R. Abraão Um homem obediente e destemido. Ed. 2003. Editora Mundo Cristão.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthehw Henry. Deuteronômio.  Editora CPAD. 4 Ed 2004. pag. 90.









29 março 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: QUANDO A FAMÍLIA AGE POR CONTA PRÓPRIA


Ev. WELIANO PIRES

Com a ajuda do Espírito Santo, iniciamos o segundo trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical, no ano de 2023. Estudaremos um tema muito importante e extremamente necessário para os dias atuais: Relacionamentos em família: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. 


O comentarista deste trimestre é o renomado pastor Elienai Cabral, escritor, conferencista, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD) e consultor doutrinário e teológico da CPAD. O pastor Elienai Cabral tem larga experiência não apenas como teólogo, escritor, conferencista e comentarista de Lições Bíblicas, mas também no exercício do ministério pastoral. 


Pr. Elienai é filho do saudoso pastor Osmar Cabral e da irmã Jardelina Cabral, pioneiros da Assembléia de Deus em Santa Catarina, e como tal, foi criado no ambiente ministerial. Foi ordenado ao ministério de evangelista aos 21 anos, em 1966. Por indicação da Convenção do Estado de Santa Catarina, foi trabalhar na cidade de Rio do Sul-SC, como pastor auxiliar.

Depois, atendendo ao convite do missionário Bernhard Johnson Jr. passou a integrar a equipe de evangelistas da Cruzadas Boas Novas, que realizava cruzadas evangelísticas em todo o Brasil, atuando como dirigente das cruzadas e de programas de rádios e como cantor. Em 1968 foi ordenado pastor e organizou e fundou Institutos bíblicos em Santos-SP, Niterói-RJ e Fortaleza-CE. Foi vice-presidente da Assembleia de Deus em Bela Vista, Fortaleza-CE, e pastoreou por muitos anos a Assembleia de Deus em Sobradinho - DF.


Estudaremos neste trimestre as seguintes lições:

LIÇÃO 1: Quando a família age por conta própria.

LIÇÃO 2: A predileção dos pais por um dos filhos 

LIÇÃO 3: Ciúme, o mal que prejudica a família.

LIÇÃO 4: Ídolos na família.

LIÇÃO 5: Motim em família.

LIÇÃO 6: Pais zelosos e filhos rebeldes.

LIÇÃO 7: O relacionamento entre nora e sogra 

LIÇÃO 8: A importância da paternidade na vida dos filhos.

LIÇÃO 9: Uma família nada perfeita.

LIÇÃO 10: Quando os pais sepultam os seus filhos.

LIÇÃO 11: Os prejuízos da mentira na família.

LIÇÃO 12: Criando filhos saudáveis.

LIÇÃO 13: A amizade de Jesus com uma família em Betânia.


Nesta primeira lição, tomando como exemplo o casal Abrão e Sarai, estudaremos o tema: Quando a família age por conta própria. Abrão, que depois se tornou Abraão, é conhecido e reverenciado pelas três religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Os israelitas e os árabes são descendentes de Abraão. Jesus Cristo, o Salvador, também veio a este mundo através da descendência de Abraão.

Deus em sua presciência, chamou a Abrão e ordenou que ele saísse da sua terra, do meio dos seus parentes e fosse a uma terra que Deus iria lhe mostrar. É provável que Abrão tenha entendido errado e, não se sabe ao certo, se Abrão contou esta ordem divina ao seu pai. O texto de Gênesis 11.31 diz: "E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali". Deus chamou Abrão, ordenou que ele deixasse a sua terra e os seus parentes, prometeu abençoá-lo e fazer dele uma grande nação. Porém, o casal Abrão e Sara não tinham filhos e tinham idade avançada para isso. Abrão tinha 75 anos e Sarai, 65.

Abrão creu na promessa do Senhor e saiu em direção à terra que Deus lhe prometeu. Porém, não se desligou completamente da sua parentela e levou consigo o seu sobrinho Ló. Isso causou desentendimento entre os empregados de ambos e, posteriormente, tiveram que se separar. Abrão teve também outros problemas, com Faraó e Abimeleque, por não esperar a orientação divina e seguir para o Egito e Gerar. Sem dúvida nenhuma, o maior problema do casal foi não esperar o cumprimento da promessa de Deus de que lhe daria um filho e a precipitação em adotar um costume da época, das mulheres estéreis, terem filhos através do relacionamento do seu marido com suas escravas.

 

REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pags. 9-11.

Quem é o Pr. Elienai Cabral (Seara News).

LINDSAY, Gordon. Abraão, o amigo de Deus: Série heróis do Antigo Testamento Retratos dos personagens notáveis. Volume 3. Graça Artes Gráficas e Editora Ltda. 

25 março 2023

AVIVAMENTO: QUESTÃO DE VIDA OU DE MORTE

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 13: Aviva ó Senhor a tua obra)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro e último tópico, veremos que o avivamento, é questão de vida ou morte. O profeta Habacuque sabia que o seu povo havia pecado e que o juízo seria inevitável, por isso apelou para a misericórdia de Deus. Deus é misericordioso, compassivo e bondoso. O profeta Jeremias, em suas lamentações disse que "as misericórdias do Senhor é a causa de não sermos consumidos". (Lm 3.22). Clamemos, pois a Deus pela sua misericórdia e por um avivamento em nossa geração. 


1- O clamor pela misericórdia de Deus. Por último, em seu clamor, o profeta Habacuque pediu que na ira, Deus se lembrasse da Sua misericórdia. Ele sabia perfeitamente, que o povo havia ultrapassado todos os limites na iniquidade e que os juízos de Deus seriam justos e inevitáveis. Por isso, rogou que usasse de misericórdia na Sua ira: “[…] na tua ira, lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2c). Deus é Santo, Justo e não compactua com o pecado. Mas, Ele é também misericordioso e compadece de nós. Onde houver corações contritos e arrependidos, Deus estará pronto para perdoar e restaurar o pecador. O avivamento não acontece por merecimento do crente, mas pelo favor de Deus, quando Ele se compadece de nós e usa de misericórdia.


2- Deus é misericordioso. Um dos maiores equívocos teológicos é a ideia de que o ser humano tem algum mérito ou direito diante de Deus. Com a entrada do pecado no mundo, o homem tornou-se inimigo de Deus. O apóstolo Paulo assim escreveu: 'Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). Sendo assim, todos nós, sem exceção, éramos por natureza merecedores da condenação divina. O mesmo apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios disse: "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus". (Ef 2.4-6). 

A palavra portuguesa misericórdia vem da junção de duas palavras latinas: miseratio, derivada de miserere que significa “compaixão por“, e “cordis” que significa “coração”. Sendo assim, a idéia de misericórdia em latim é “coração compassivo”.

A misericórdia é um dos atributos comunicáveis de Deus. Em vários textos do Antigo Testamento é dito que Deus é misericordioso e que as suas misericórdias não têm fim. (Ex 34.6; Sl 100.5; Sl 103.4,8; Lm 3.22).


3- Clamemos a Deus. O mundo atual a cada dia está se afundando a cada dia no pecado. A depravação moral tem alcançado níveis insuportáveis. O mais grave é que até mesmo no meio evangélico, comportamentos que há anos atrás eram reprovados até por aqueles que não serviam a Deus, hoje são considerados normais em muitas Igrejas. 

Estes dias que antecedem a vinda de Jesus foram descritos por Jesus e pelos seus apóstolos como tempos de apostasia, ódio aos cristãos, aumento da iniquidade e esfriamento do amor. (Mt 24.9-12; 1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2; Jd 1). A frieza espiritual tem tomado conta de muitas Igrejas e, quando isso acontece, a tolerância ao pecado e o relativismo moral toma conta e a Igreja perde a sua condição de sal da terra e luz do mundo. 

Precisamos urgente, seguir a orientação de Deus a Salomão: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (2 Cr 7.14). Em vez de reclamarmos que a nossa Igreja está fria e o pecado tem invadido o nosso arraial, devemos nos humilhar diante de Deus e clamar a Ele em oração por um poderoso avivamento. Aviva, ó Senhor a tua obra! 


REFERÊNCIAS: 

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento: Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 1131.

CHAMPLIN, Russell Norman,. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 3. 11 ed. 2013. pág. 298-299.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 296-297.

O AVIVAMENTO PELA PALAVRA

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 13: Aviva, ó Senhor a tua obra).

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico falaremos sobre o avivamento pela Palavra, com base nas palavras de Habacuque diante da resposta de Deus ao seu clamor. Falaremos da importância de se ouvir a Palavra de Deus. Depois veremos o que significa temer a Deus. Por último, falaremos sobre a necessidade de clamar ao Senhor por avivamento. 


1- Ouvir a Palavra de Deus. Depois de fazer o seu clamor, angustiado pela situação pecaminosa em que vivia o seu povo, e questionar a Deus pela aparente indiferença, o profeta Habacuque teve uma resposta da parte de Deus. Conforme vimos no tópico anterior, esta resposta de Deus não foi a que ele esperava. Entretanto, diante da resposta de Deus, o profeta teve uma atitude louvável, respondendo a Deus: "Ouvi, Senhor a tua Palavra…". (Hc 3.1a). Mesmo não as ações de Deus ao usar os caldeus como chicote para corrigir o povo de Judá, o profeta deu ouvidos à Palavra de Deus. 

No Livro de apoio, o pastor Elinaldo Renovato traz algumas características da Palavra de Deus, que aparecem na Bíblia:

" ...A Palavra de Deus purifica os caminhos (Sl 119.9); dá condições para o crente não pecar contra Deus (Sl 119.11); alegra o coração de quem se lembra dela (119.16); vivifica o coração (119.25); fortalece a alma (119.28); traz salvação (119.41); produz a piedade de Deus (119.58); consola o aflito (119.76); veio do céu e permanece no céu (119.89); é lâmpada e luz para o caminho da vida (119.105); a Palavra de Deus sustenta (119.116); ordena os passos (119.133); é muito pura (119.140); a Palavra de Deus é a verdade desde o princípio (119.160); ela dá entendimento (119.169); é gozo e alegria no coração (Jr 15.16); a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17).

A Palavra de Deus é o único manual de doutrina e conduta do cristão. Através da oração nós falamos com Deus e através da Palavra de Deus, Ele fala conosco. Por isso, não pode haver um avivamento genuíno, onde não há exposição bíblica.

Quando lemos a Bíblia, não podemos questionar, relativizar, ou discordar dos seus ensinos. Nenhum escrito, tradição, tratado ou opinião humana podem ser equiparados à eterna, infalível, inspirada, inerrante e completa Palavra de Deus. A Bíblia não está sob julgamento, pois ela é a Palavra de Deus. A nós cabe única e exclusivamente, ouvir e cumprir o que ela determina. A Palavra de Deus é fonte inesgotável de conhecimento e é poderosa para produzir uma profunda transformação nos corações daqueles que dão ouvidos a ela: "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hb 4.12). 


2- Temer a Deus. Depois de ouvir a Palavra de Deus, o profeta Habacuque disse que 'temeu". Temer a Deus não é ter medo, pavor ou viver aterrorizado. Temer a Deus significa reverenciá-lo, respeitá-lo e obedecê-lo em todas as áreas da nossa vida, mesmo quando ninguém está vendo, ou quando as leis dos homens não nos obrigam a fazer isso.  O salmista descreve o temor a Deus, como o princípio da sabedoria:

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10).

Tanto importante quanto crer na Palavra de Deus e ouvir os seus ensinos, é temer a Deus. Quem tem a Deus, obedece a Ele voluntariamente e foge de toda a aparência do mal. Temos na Bíblia o exemplo de José, que era escravo no Egito e foi assediado sexualmente pela esposa do seu senhor. Ele estava sozinho com ela em casa e o que acontecesse ali, ninguém ficaria sabendo. Mas, por temor a Deus e respeito ao seu senhor, mesmo em sua ausência, ele preferiu fugir, arriscando a própria vida. Por causa disso, ele foi parar na prisão injustamente. Entretanto, não traiu a Deus, nem ao seu senhor. Depois, Deus honrou a sua fidelidade, colocando-o como governador geral do Egito. 

O temor a Deus também é condição indispensável para que aconteça um verdadeiro avivamento. Infelizmente, em nossos dias, há pessoas que falam em avivamento mas não tem nenhum temor a Deus. Falam e praticam coisas reprováveis à luz da Palavra de Deus. Deus é absolutamente santo e também exige santidade do seu povo. (1 Pe 1.16). 


3- O clamor pelo avivamento. Habacuque ouviu a Palavra de Deus e esta Palavra produziu temor em seu coração. Ele entendeu, pela resposta de Deus, que o juízo seria inevitável. Então, ele clamou a Deus por um avivamento espiritual em Judá: "… aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). 

Conforme já vimos em lições anteriores, o avivamento espiritual não é algo produzido pelo homem. Só quem produz o avivamento é Deus e Ele não se submete a agendas humanas. Por isso, é preciso clamar a Deus por um avivamento, como fez Habacuque. O tempo do avivamento também é determinado por Deus, por isso o profeta clamou a Deus para que avivasse a Sua obra no meio dos anos e não apenas na sua geração. É tempo de buscarmos a Deus em oração por um avivamento de Deus sobre a sua Igreja. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

LOPES, Hernandes Dias. HABACUQUE: Como transformar o desespero em Cântico de vitória. Editora Hagnos. pág. 140-141.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento: Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pág. 1131.

PALMER, Robertson. Comentário do Antigo Testamento: Naum, Habacuque e Sofonias. Editora Cultura Cristã. pág. 277.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Habacuque. Editora Batista Regular. pág. 20-21.

24 março 2023

O CLAMOR PELO AVIVAMENTO


(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 13: Aviva ó Senhor a tua obra)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico falaremos sobre o clamor pelo avivamento. Veremos a intercessão angustiada do profeta Habacuque, que após ter uma visão sobre os horrores da invasão babilônica e diante da aparente indiferença de Deus, fez uma oração, questionando a Deus, perguntando até quando ele clamaria a não teria resposta. Veremos também a resposta imediata de Deus ao profeta. 


1- A intercessão angustiada do profeta. Não temos informações sobre o profeta Habacuque em seu livro, ou em outra parte da Bíblia sobre a pessoa do profeta. O livro o identifica apenas como “o profeta Habacuque”. Isso pode ser um indicativo de que ele era bem conhecido. O nome Habacuque significa “aquele que abraça” e, no final da sua profecia, o nome faz sentido, pois, o profeta se apegou a Deus. 

As referências ao templo (Hc 2.20) e a oração em forma de canto no capítulo 3, com referência ao cantor-mor e instrumentos musicais, são indicativos de que Habacuque deve ter sido um levita e cantor do templo. Habacuque iniciou seu ministério por volta do ano 609 a.C., no governo de Jeoaquim, rei de Judá (2 Rs 23.30-34) e profetizou durante os últimos momentos do império da Assíria e início da ascensão da Babilônia. Foi contemporâneo de Jeremias, Ezequiel, Daniel e Sofonias. 

O livro de Habacuque começa com a perplexidade do profeta diante da violência e da iniquidade que presenciava. Diante disso, ele clamou a Deus com várias perguntas, questionando porque Deus não o respondia e permitia que os ímpios (Caldeus) punissem ao povo de Israel (Hc 1.4-6). No capítulo 2, o Senhor lhe respondeu dizendo: “Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.” (Hc 2.2). O Senhor lhe mostrou que o povo de  Judá não era justo e mereceu a punição. No capítulo 3, Habacuque fez uma oração em forma de canto, suplicando a misericórdia do Senhor,  louvando-o por seu poder e demonstrando a sua confiança em Deus em qualquer circunstância. O versículo chave de Habacuque é: “O justo viverá pela sua fé (fidelidade)”. (Hc 2.4).

Warren Wiersbe, comentando sobre esse clamor de Habacuque, escreveu: "Habacuque orou pedindo a Deus que tomasse uma providência quanto à violência, às contendas e às injustiças na terra, mas Deus pareceu não ouvir [….] O profeta usa o verbo “clamar”, que significa simplesmente “pedir socorro”, mas em seguida diz: 'gritar-te-ei', que no original significa: 'clamar com um coração perturbado'. "


2- A aparente indiferença de Deus. O profeta Habacuque clamou a Deus, angustiado com a violência e a iniquidade do seu povo. Inicialmente, ele teve a impressão de que Deus não estava indiferente a tudo aquilo e perguntou até quando, Deus ficaria em silêncio diante daquela situação (Hc 1.2,3). Entretanto, esta aparente demora de Deus em agir, na verdade, era a sua misericórdia e longanimidade para com os transgressores. Deus não tem prazer na morte dos ímpios e dá tempo para que eles se arrependam. 

Antes de destruir os povos de Canaã, Deus esperou que o limite da maldade deles se completasse (Gn 15.16).  O povo de Israel permaneceu na escravidão por 430 anos e os cananeus praticavam as mais terríveis abominações. Queimavam os próprios filhos a Moloque, adoravam ídolos e praticavam a prostituição sagrada. Deus, em sua longanimidade, esperou completar o limite da iniquidade, antes de destruir aquelas nações. 

Com o povo de Israel não foi diferente. Eles pecavam e Deus mandava os profetas para repreendê-los e exortá-los ao arrependimento. Muitos reis ímpios, além de não se arrependerem, ainda perseguiam e matavam os profetas. No Reino do Norte, todos os reis foram mais. O rei Acabe e a rainha Jezabel mandaram matar os profetas do Senhor. Alguns foram escondidos em covas por Obadias, mordomo do rei, para escaparem da morte. Muitas maldades foram praticadas, mas o Senhor esperou muitos anos até permitir o cativeiro da Assíria. 

No Reino do Sul, que era governado pela dinastia de Davi, houve muitos reis piedosos, como Asa, Josafá, Uzias, Jotão, Ezequias e Josias. Mas também teve reis ímpios como Roboão, Jeorão, Acazias, Acaz, Manassés, Amom e Zedequias. Estes reis ímpios levaram o povo à idolatria e praticavam a injustiça. Deus os alertou através dos profetas para que abandonassem o pecado, mas eles não deram ouvidos. Por isso, foram entregues ao cativeiro da Babilônia. 

Atualmente também as pessoas mergulham em todo tipo de pecado e maldade, como se Deus não existisse. O Filho de Deus veio a este mundo, pregou a mensagem de salvação e fé, muitos milagres. Mas o seu próprio povo o rejeitou e o crucificaram. Mas Ele ressuscitou e subiu ao Céu. Os seus discípulos continuaram pregando a mensagem dEle e foram barbaramente torturados e mortos pelos judeus e pelos romanos. Hoje, nós continuamos pregando, mas as pessoas não dão ouvidos à nossa pregação. Entretanto, Deus não está indiferente a tudo isso. Ele é longânimo e espera que as pessoas se arrependam e cheguem ao conhecimento da Verdade. Mas um dia, Ele julgará os ímpios e os condenará. 


3- A resposta pronta de Deus. Habacuque clamou a Deus e ficou incomodado porque a resposta não vinha. Entretanto, quando a resposta de Deus veio, ele ficou mais incomodado ainda, pois Deus não deu a resposta que ele esperava. O profeta imaginava que Deus levantaria pessoas entres os nobres de Judá para punir os pecados e crimes que eram praticados ali. Quando Deus lhe revelou que usaria a Babilônia como instrumento de punição ao povo judeu, Habacuque ficou perplexo e indagou a Deus, perguntando por que Ele usaria alguém para punir Judá, sendo aquele povo mais ímpio do que Judá (Hc 1.13). Em sua resposta, no capítulo 2, Deus explicou a Habacuque que os caldeus também receberiam a sua punição pelo que fariam ao povo de Judá (Hc 2.17). 

Na atualidade também há muitas pessoas que clamam a Deus e querem que Ele lhes responda de acordo com a vontade deles. Outros querem ser mais justos e mais misericordiosos do que Deus, dizendo que Deus não condenará ninguém ao lago de fogo e que não há sofrimento eterno. O falso ensino do Universalismo ensina que no final dos tempos Deus salvará a todos. Mas não é isso que a Bíblia ensina. Jesus deixou claro que há dois caminhos: um largo e outro estreito. O caminho estreito conduz à vida e poucos são os que o encontram. O caminho largo, por sua vez, conduz à perdição e muitos são os que entram por ele. Deus é soberano e não submete as suas decisões à opinião humana. Ele é absolutamente justo em tudo o que faz. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

LOPES, Hernandes Dias. HABACUQUE: Como transformar o desespero em Cântico de vitória. Editora Hagnos. pág. 37-41; 47-48.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos.  3615, 3516. 

PALMER, Robertson. Comentário do Antigo Testamento: Naum, Habacuque e Sofonias. Editora Cultura Cristã. pág. 181-182.

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