Na lição passada estudamos sobre o cativeiro do Reino do Norte e o seu triste fim, sendo levados para a Assíria e, os poucos que ficaram, sendo misturados a outros povos, perdendo completamente a sua identidade nacional e religiosa. A partir do cativeiro, o Reino do Norte deixou de existir e os registros dos livros dos Reis voltaram para o Reino do Sul. O último reinado do Sul que estudamos foi Joás, que começou bem, mas depois da morte do seu tutor, o sacerdote Joiada, ele se entregou à idolatria e foi morto pelos seus servos.
O reinado de Amazias
Depois de Joás, tivemos o reinado de Amazias, seu filho. Amazias também iniciou bem o seu reinado e matou os assassinos do seu pai, porém, não matou os filhos deles, pois a Lei de Moisés proibia essa prática que era comum na época. Depois, Amazias venceu os edomitas e se fortaleceu no reino. Entretanto, quando voltou da guerra contra os edomitas, Amazias trouxe os ídolos deles, ajoelhou-se diante destes ídolos e lhes queimou incenso. Por causa dessa idolatria, Deus usou um profeta para repreendê-lo, mas ele não deu ouvidos. Depois disso, Amazias procurou acordo com Jeoás, rei de Israel, mas ele não quis e iniciaram uma guerra, na qual Amazias foi derrotado e preso. Após a morte de Jeoás, Amazias ainda viveu quinze anos. A insatisfação do povo contra ele era grande. Houve uma conspiração contra ele e ele fugiu. Mas, foi morto em Laquis, na fronteira com os filisteus.
O reinado de Uzias ou Azarias Após a conspiração contra Amazias, o povo tomou o seu filho Uzias, que também é chamado de Azarias e o proclamaram como rei aos 16 anos. Iniciou o seu reinado bem e se esforçou para buscar ao Senhor. Uzias Venceu os filisteus e outros inimigos. Depois reforçou os muros de Jerusalém e se impôs contra os vizinhos. Era um rei muito inteligente e é considerado o segundo mais sábio depois de Salomão. Uzias cavou poços e incentivou a agricultura, o que rendeu prosperidade a Israel. Também inventou armas de defesa e equipou bem o seu exército. Entretanto, quando se viu fortalecido, tornou-se orgulhoso, entrou no templo e quis queimar incenso. Foi repreendido pelo sumo sacerdote, mas o ignorou e ficou leproso pelo resto da vida. O reinado Jotão Quando Uzias se tornou leproso, foi considerado imundo e não pôde continuar no reino. Então, o seu filho Jotão se tornou co-regente e foi proclamado rei após a morte do pai. Jotão reinou dezesseis anos e foi um bom rei. Venceu os amonitas e fez reformas importantes no templo e nos muros de Jerusalém e edificou cidades, bosques e castelos nas montanhas de Judá. Após a sua morte, Acaz, seu filho reinou em seu lugar. O reinado de Acaz Acaz foi um rei terrivelmente ímpio, que fez imagens de Baal para adorar e queimou os seus filhos em sacrifício a Moloque, no Vale de Hinom (2 Cr 28.2,3). Por isso, durante o seu reinado, Peca, rei de Israel, se aliou ao rei da Síria para guerrear contra ele. Não conseguiram tomar-lhe o reino, porém, fizeram grandes estragos e levaram muitos prisioneiros (2 Cr 28.5). Os estragos só pararam, porque Deus teve misericórdia e usou o profeta Obede, para advertir o rei de Israel. Além do Reino do Norte e do rei da Síria, ainda se levantaram os filisteus contra Judá e lhe tomaram parte do seu território. Desesperado, Acaz buscou o apoio do rei da Assíria, mandando para ele os tesouros da Casa do Senhor, em troca de apoio militar. Entretanto, o rei da Assíria, além de não o ajudar, ainda lhe impôs pesados tributos. O reinado de Ezequias Após a morte de Acaz, o seu filho Ezequias reinou em seu lugar. A conduta de Ezequias foi completamente oposta à de seu pai, tanto que em nosso texto áureo diz que ele foi considerado o melhor rei de Judá (2 Rs 18.5). Ezequias começou a reinar aos vinte e cinco anos e reinou vinte e nove anos no Reino do Sul. Logo no primeiro ano de governo, ele reabriu as portas do Templo que o seu pai havia fechado e fez uma reforma geral. Em seguida, trouxe de volta os sacerdotes e levitas e os convocou à santificação. No primeiro tópico falaremos sobre o justo reinado de Ezequias. Destacaremos a ampla reforma religiosa promovida por Ezequias, a purificação dos lugares sagrados e a volta da adoração nacional ao Deus de Israel. Ezequias mandou celebrar a Páscoa e convocou o povo a adoração. O resultado disso foi um grande avivamento entre o povo. Quando retornaram do Templo, eles destruíram todos os ídolos e altares de deuses pagãos. No segundo tópico falaremos a respeito da invasão de Senaqueribe, rei da Assíria. O temido império da Assíria estava em expansão por toda a região, dominando povos e se impondo pelo terror e crueldade aos povos dominados. Agora, haviam invadido Jerusalém e fizeram duras ameaças e afrontas, não apenas a Ezequias, mas também ao Deus de Israel. Diante das ameaças e afrontas, Ezequias não respondeu nada, mas rasgou as suas vestes, vestiu-se de saco e entrou no Templo para orar. Em seguida, mandou consultar o profeta Isaías, para saber o que fazer. No terceiro e último tópico, falaremos a respeito da oração de Ezequias e a resposta de Deus. O rei da Assíria, além de ameaçar e afrontar Ezequias e ao próprio Deus, mandou escrever cartas em hebraico para que o povo entendesse, exigindo que Judá se rendesse. Ezequias pegou as cartas com as afrontas e as apresentou diante de Deus. Deus usou o profeta Isaías para responder e confortar Ezequias, dizendo que faria com que Senaqueribe ouvisse um grande barulho e retornasse à sua terra, pois, Deus iria derrotá-lo na própria terra dele e assim aconteceu. Um anjo do Senhor feriu cento e oitenta e cinco mil soldados assírios e os próprios filhos de Senaqueribe o mataram.