29 abril 2021

Estudo da lição 05: Dons de elocução


 

O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS


Imagem: Portal EBD


Conforme vimos no tópico anterior, através do dom de variedade de línguas, o crente é capacitado pelo Espírito Santo a entregar uma mensagem de Deus, em uma língua desconhecida dele. Por isso, há a necessidade do dom de interpretação de línguas, que complementa o dom de variedade de línguas. 

1. Definição do dom. É a capacidade concedida pelo Espírito Santo, para interpretar no próprio idioma, uma mensagem pronunciada em língua estranha. É importante destacar que interpretar não é traduzir. É decifrar ou decodificar uma mensagem transmitida em língua desconhecida. A tradução está relacionada às palavras, frases e idiomas. A interpretação está relacionada à mensagem. 
A interpretação é algo sobrenatural, tanto quanto o dom de variedade. Assim como falar em línguas não é ser poliglota e sim, falar línguas que a pessoa desconhece, interpretar não é ser um tradutor. É trazer o significado de uma mensagem do Espírito, que foi transmitido em uma linguagem que a pessoa desconhece, tanto quem fala, como aquele que interpreta. 

2. Diferença entre o dom de interpretação e o de profecia. Os dons de interpretação e o de profecia são parecidos, pois ambos trazem uma mensagem de Deus à Igreja.
A diferença é que no dom de profecia, a mensagem vem diretamente no idioma de quem a ouve e no dom de interpretação, primeiro a mensagem é transmitida em língua estranha e depois interpretada. 

Pb Weliano Pires


28 abril 2021

O DOM DE VARIEDADE DE LÍNGUAS

 

Imagem do blog Sal e luz

A evidência inicial do Batismo do Espírito Santo é falar em línguas, conforme o Espírito Santo concede. (At 2.4). No dia de Pentecostes, todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar novas línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Depois, na casa de Cornélio, enquanto Pedro pregava, o Espírito Santo desceu sobre os ouvintes e eles falaram em línguas. (At 10.46). Em Éfeso também, Paulo falou sobre o batismo no Espírito Santo a um grupo de doze crentes que conheciam apenas o batismo de João. Após Paulo impor as mãos sobre eles, foram cheios do Espírito Santo e falaram línguas e profetizaram (At 19.1-7).

Entretanto, o falar em línguas do batismo no Espírito Santo é diferente do dom de variedade de línguas, que faz parte dos dons de elocução. Este dom não é dado a todos, como o batismo no Espírito Santo, mas, é dado a cada um, para aquilo que for útil. (1 Co 12.11,30). Segundo escreveu o saudoso missionário e escritor, Eurico Bergstén, na Revista Lições Bíblicas, do 1º trimestre de 2004, “...Enquanto as línguas como sinal são concedidas a todos os que são batizados com o Espírito Santo (At 2.4; 10.46; 19.6), o dom de variedade de línguas não é dado a todos os que são batizados; tudo depende da soberania, do propósito e da vontade do Espírito Santo (1Co 12.11) e em resposta à busca zelosa do crente (1Co 12.31; 14.1).”  

1. O que é o dom de variedades de línguas? É uma capacidade sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, para falar em uma língua desconhecida da pessoa que fala. Esta fala pode conter uma oração, glorificação a Deus, ou uma mensagem profética. 

Existem dois aspectos do dom de variedade de línguas: Glossolalia e Xenolalia. Glossolalia é uma língua sobrenatural e desconhecida de quem fala e de quem ouve. Xenolalia é uma língua humana, desconhecida apenas de quem fala, mas que pode ser conhecida de outra pessoa que ouve. Entretanto, ambas não são aprendidas. 

2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? A Bíblia demonstra pelo menos cinco finalidades do dom de variedade de línguas. O Pr. Elinaldo Renovato de Lima as descreve em detalhes, no livro de apoio. Segue abaixo um resumo destas finalidades: 

a. Edificação pessoal. O dom de variedade de línguas edifica a princípio, o espírito da pessoa que fala. (1 Co 14.4). 

b. Edificação da Igreja. Serve também para a edificação de outras pessoas, mas, para isso, é necessário que haja o dom de interpretação. (1 Co 14.26).

c. Glorificação a Deus. No dia de Pentecostes, as pessoas ouviam em sua própria língua, os discípulos “falando das grandezas de Deus.” (At 2.11).

d. Comunicação sobrenatural com Deus. Na oração em línguas, o crente pode se comunicar com Deus, na língua dos anjos. (1 Co 13.1).

e. Sinal para os descrentes. O dom de variedade de línguas também é um sinal para os descrentes, desde que haja interpretação. Paulo recomenda que, se não houver intérprete, a pessoa deve falar consigo mesmo e com Deus, para a edificação própria. (1 Co 14.28). 

3. Atualidade do dom. O Livro de Atos dos Apóstolos mostra em abundância, não apenas o ensino como a prática dos dons espirituais na Igreja. Na história da Igreja, também há inúmeros relatos da manifestação do dom de variedade de línguas. Este relato a seguir, publicado pelo Pr. Isael de Araújo, é um exemplo marcante disso: 

“Em sua obra “História das Assembleias de Deus no Brasil”, página 67, Emílio Conde relatou que no primeiro batismo nas águas na cidade de Macapá (AP), em 25 de dezembro 1917, a nova convertida Raimunda Paula de Araújo, ao sair das águas foi batizada com o Espírito Santo: Ela falou em línguas estranhas com tanto poder, que os assistentes encheram-se de temor de Deus. Os judeus negociantes da cidade haviam comparecido ao batismo. Um deles, Leão Zagury, ficou tão emocionado e maravilhado com a mensagem que ouvira que não se conteve e clamou em alta voz no meio da multidão: ‘Eis que vejo a glória do Deus de Israel, pois esta mulher está falando a minha língua’. O judeu não era crente. Porém, Deus, através da crente Raimunda, falou-lhe em hebraico”. (ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007, p.332).

Assim como os outros dons espirituais, o dom de variedade de línguas continua sendo atual. Deus continua usando os seus servos em variedade de línguas para a edificação pessoal, na adoração, oração e louvor e também para a edificação da Igreja, junto com o dom de interpretação de línguas, que veremos no próximo tópico.  

Pb. Weliano Pires

27 abril 2021

DOM DE PROFECIA (1Co 12.10)

Imagem: Biblioteca dos Pregadores

 

1. Definição etimológica. A palavra profeta em hebraico é “nabi”, que significa alguém que proclama uma mensagem recebida, sob orientação de outra pessoa; um porta-voz; um mensageiro. Esta palavra ocorre cerca de 300 vezes no AT e pode se referir aos profetas do Senhor, ou aos falsos profetas. Em grego, a palavra usada para profeta é “prophetes”, de “pro” (antes) e “phemi” (falar), portanto, alguém que anuncia antecipadamente, eventos futuros. 

2. A profecia no Antigo Testamento. Segundo o saudoso pastor Antonio Gilberto, cerca de 30% do texto bíblico consiste em profecia, preditiva ou proclamativa. O Ministério profético do Antigo Testamento durou cerca de 400 anos. Havia duas categorias principais de profetas: os literários e os não literários. Os profetas literários ou canônicos são os que deixaram as suas profecias escritas e fazem parte do texto bíblico. Os não literários são aqueles que entregaram as suas mensagens verbalmente e, se deixaram escritos, são desconhecidos. Entre os não literários temos os profetas nominados, como Abraão, Gade, Micaías, Aías, etc. Os anônimos são chamados na Bíblia de um profeta, um homem de Deus, etc. 

3. A profecia no Novo Testamento. No Novo Testamento temos o dom ministerial de profeta (Ef 4.11), que vamos estudar na lição 07 e o Dom de profecia, que é o nosso assunto neste tópico. Estes dons, embora sejam parecidos, não são a mesma coisa. O ministério de profeta no Novo Testamento não consiste em prever o futuro e sim “em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.” (At 3.12-26; 1Co 14.3). (Bíblia de Estudo Pentecostal).

O Dom de profecia, por sua vez, é uma capacidade concedida pelo Espírito Santo, para falar uma mensagem verbal, em nome de Deus, em um idioma conhecido de quem fala e de quem ouve, com o objetivo de edificar, exortar e consolar. 

2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia não cessou com o fechamento do cânon, como dizem os cessacionistas. Deus continua usando os seus servos em profecia, para falar com a sua Igreja, em casos particulares que não são alcançados especificamente pela pregação bíblica. Entretanto, é preciso ter cuidado para não considerar a profecia como um acréscimo à Bíblia, como fazem algumas seitas. 

O dom de profecia é tão importante, que o apóstolo Paulo recomendou os Coríntios a buscá-lo e falou para a Igreja de Tessalônica não desprezar as profecias. (1 Co 14.1; 1 Ts 5.20). Por outro lado, Paulo alertou que deveria haver ordem e decência no exercício deste e dos demais dons espirituais. (1 Co 14.40); que a profecia seja feita uma de cada vez; e a Igreja deve julgá-la. (1 Co 14.29).

As profecias possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Precisamos buscar o discernimento de espíritos, como vimos em lição anterior, para saber a origem da profecia. As profecias hoje não são iguais às do Antigo Testamento e precisam ser julgadas, para saber se estão de acordo com a Palavra de Deus.

3. Propósitos do dom de profecia. O propósito do dom de profecia é tríplice (1 Co 14.3): 

a. Edificar (1 Co 3.9). Esta palavra no grego é "oikodome" e está relacionada a edificar no sentido de construir um edifício. Em sentido figurado, a palavra  é usada para se referir à formação espiritual do discípulo de Jesus, pois, a Igreja é comparada a um edifício. Paulo disse, no entanto, que ninguém pode por outro fundamento, além do que já foi posto, que é Cristo. 

b. Exortar. A palavra exortar no grego é “parakalao” e significa literalmente “chamar para fora”, para ajudar, encorajar, orientar e ensinar. Exortar, portanto, é motivar alguém a seguir a Cristo da maneira correta, aconselhando, ensinando e, se necessário for, repreendendo. A Nova Versão Internacional traduz esta palavra por encorajar. 

c. Consolar. A palavra consolação no grego é “paraklesis”, de “para” (ao lado de) e “Kaleo” (chamar) e tem o sentido de “consolar”, "ajudar'', "dar consolo”, estimular”. Jesus usou a palavra "parakletos", que tem a mesma origem e significa um mediador, ajudador, advogado ou conselheiro, para se referir ao Espírito Santo.

4. Equívocos que devem ser evitados em relação ao dom de profecia. O pastor Elinaldo Renovato de Lima, comentarista deste trimestre,  em seu livro de apoio, “Dons Espirituais e Ministeriais”, publicado pela CPAD, descreve quatro erros que devem ser evitados em relação ao Dom de Profecia, que eu os resumo abaixo: 

a. Usar o dom de profecia para liderar a Igreja. A liderança da Igreja foi outorgada aos pastores. Cabe a ele cuidar do rebanho do Senhor e tomar as decisões, conforme as orientações da Palavra de Deus. 

b. Usar o dom de profecia com oráculo. Muitas pessoas confundem o dom de profecia com vidência e passam a considerar alguém que tem este dom com algum guru, para fazer consultas. O mais grave é que muitos profetizam por dinheiro e presentes. 

c. Usar o dom de profecia para doutrinar a Igreja.  A Palavra de Deus é o nosso único manual de fé e conduta. Nenhuma profecia pode acrescentar, retirar ou alterar aquilo que está escrito. Todas as profecias precisam estar de acordo com a Palavra de Deus. Além disso, compete aos pastores e mestres da Igreja, a função de doutrinar a Igreja, como veremos em lições posteriores. 

d. Usar o de profecia desordenadamente. Em 1 Coríntios 14.40, falando sobre os dons espirituais, Paulo disse que “tudo deve ser feito com ordem e decência”. Infelizmente, muitas pessoas acham que não há limites para a profecia e a usam de forma desordenada, atrapalhando a pregação, a liderança da Igreja e criando confusão para as famílias. Há pessoas que profetizam mentiras sobre casamentos e curas de enfermidades, que depois confirma-se que era mentira. 


Assim como existem os verdadeiros profetas do Senhor, usados por Deus para edificar, exortar e consolar a Igreja, existem também os falsos profetas, que causam confusão na Igreja do Senhor. Os pastores precisam estar em constante oração e buscar o discernimento do Espírito Santo, para não se deixar enganar. Não podem permitir que a Igreja de Deus seja dirigida por profecias, ou que supostos profetas queiram doutrinar a Igreja.


Pb. Weliano Pires

26 abril 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: DONS DE ELOCUÇÃO

Vimos na lição passada os três dons da categoria Dons de poder: o dom da fé, os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Explicamos o significado de fé, os diferentes tipos de fé, a fé como um dom espiritual e os exemplos bíblicos do dom da fé.

Falamos também sobre os Dons de curar, explicando porque a expressão “dons de curar” está no plural; falamos sobre a relação entre a cura e a redenção e sobre a importância da cura divina nos dias atuais. 

Por último, explicamos o significado do Dom de operação de maravilhas. Mostramos alguns exemplos bíblicos deste dom e as distorções que se fazem na atualidade em relação aos dons de curar e de operação de maravilhas. 

Na lição desta semana, estudaremos os três da categoria dos dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Esta categoria de dons manifesta a mensagem de Deus à Igreja. Por isso, são chamados de "dons de expressão ou de elocução". O termo elocução segundo o dicionário significa a ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras; ou o modo de expressar-se, oralmente ou por escrito.

No primeiro tópico, falaremos a respeito do dom de profecia. Falaremos neste tópico, sobre o conceito bíblico do dom de profecia, estabelecendo a diferença entre o ministério profético do Antigo Testamento e o dom de profecia. 

Mostraremos também a relevância deste dom para a Igreja do Senhor. Paulo recomendou que esse dom fosse buscado pela Igreja de Corinto e falou para a Igreja de Tessalônica não desprezar as profecias. (1 Co 14.1; 1 Ts 5.20). Entretanto, o apóstolo alertou que deveria haver ordem e decência no exercício deste e dos demais dons espirituais. (1 Co 14.40) Paulo recomendou que a profecia seja feita uma de cada vez e a Igreja deve julgá-la. (1 Co 14.29).

Por último, ainda o primeiro tópico falaremos sobre os propósitos do dom de profecia, do ponto de vista bíblico, que é edificar, exortar e consolar a Igreja. O dom de profecia não tem o mesmo propósito das profecias canônicas do Antigo Testamento. Naquela época não existia ainda a Palavra de Deus escrita na íntegra, Havia apenas o pentateuco, que são os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Sendo assim, a palavra dos profetas, seja oral ou escrita era considerada a Palavra de Deus. O dom de profecia, no entanto, não tem a prerrogativa de doutrinar a Igreja ou liderá-la. A doutrina da Igreja é estabelecida pela Bíblia Sagrada e a sua liderança está a cargo do pastor da Igreja. 

No segundo tópico, falaremos sobre o dom de variedade de línguas. Mostraremos o conceito do dom de variedade de línguas, a finalidade deste dom e a sua atualidade.  Ao contrário do que dizem os cessacionistas, o dom de variedade línguas, assim como os outros dons espirituais não ficaram restritos ao período apostólico. 

No terceiro e último tópico, falaremos sobre o dom de interpretação de línguas, que é um complemento do dom de variedade de línguas. O dom de interpretação das línguas é a habilidade de interpretar, em nosso próprio idioma, aquilo que foi pronunciado em línguas. Porém, não se trata de tradução e sim de interpretação ou decifração da mensagem. 

Veremos ainda no terceiro tópico a diferença entre o dom de profecia e o de interpretação de línguas. Enquanto a profecia é transmitida diretamente na linguagem do ouvinte, o dom de interpretação depende que alguém esteja falando em línguas. 

Pb. Weliano Pires

 

18 Anos de Casados: Bodas de Turquesa


Nosso casamento atingiu a maioridade

Pela pedra turquesa é representado

Pedra preciosa, que em sua tonalidade 

É um símbolo do mar e do céu azulado


O mar, em dois extremos pode estar 

Agitado, com grande tempestade

Ou pode estar calmo e não ameaçar

Oferecendo brisa e serenidade.


O Céu pode estar azul e ensolarado

Ou encoberto por nuvens e chuvoso

À noite, pode estar azul e estrelado

Ou pode estar escuro e nebuloso.


Assim como nestas representações

Ao longo dos anos, nós passamos

Por turbulências, lutas e aflições

Mas, momentos bons desfrutamos


Nestes dezoito anos crescemos

Com as dificuldades enfrentadas

Muitas coisas, juntos aprendemos

E a nossa união foi aperfeiçoada


Reafirmo hoje o meu compromisso

De te amar sempre e eternamente

No amor a você, não serei omisso

Te amarei plena e intensamente. 


Com muito amor, 


Weliano Pires Neto


24 abril 2021

Estudo da lição 04: Dons de Poder


 

LIÇÃO 05: DONS DE ELOCUÇÃO

 

Imagem: Editora CPAD

TEXTO ÁUREO

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!” (1Pe 4.11).

VERDADE PRÁTICA

“Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo.”

HINOS SUGERIDOS: 33, 77, 185.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 17.17 - A Palavra de Deus é a verdade

Terça - 1Tm 4.14 -  Não despreze o dom de Deus

Quarta - 1Co 14.3 - Os objetivos do dom de profecia

Quinta - 1Co 14.32 - Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons

Sexta - 1Co 14.22-25 - Sinais para os fiéis e para os infiéis

Sábado - 1Co 12.31 - Buscar os dons com zelo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32.


1 Coríntios 12

7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.


1 Coríntios 14

26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.

28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.


INTERAÇÃO COM O PROFESSOR


Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

OBJETIVOS

  • Analisar biblicamente o dom de profecia.

  • Compreender o dom de variedade de línguas.

  • Valorizar o dom de interpretação de línguas.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: “O que é ser profeta?” “Qual é a função do profeta?” Depois de ouvir os alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias, todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de julgar as profecias e discernir os espíritos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO


Palavra Chave

Elocução: Ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras.


O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas manifestações.


I. DOM DE PROFECIA (1Co 12.10)


1. O que é o dom de profecia? De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos “tudo”, julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1Co 14.29-33).


2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Vigiemos!


3. Propósitos da profecia. A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um “profeta” ou uma “profetisa”. Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1Co 14.3).


II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1Co 12.10)


1. O que é o dom de variedades de línguas? De acordo com o teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é “a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”. Segundo Stanley Horton, “alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância”. Ele acrescenta que tal “conclusão é insustentável”, pois as “cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes”. O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.


2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1Co 14.2).


3. Atualidade do dom. É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.


III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1Co 12.10)


1. Definição do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é “a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”. Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1Co 14.27,28).


2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Embora haja semelhança, são dons distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que “não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom”.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

CONCLUSÃO


Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais — os chamados “cessacionistas” — Deus continua abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1 ed., RJ: CPAD, 2006. HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012.

Q U E S T I O N Á R I O


1. Quais são os propósitos da profecia?

Exortar, consolar e edificar.


2. Quais são as três fontes de onde podem proceder as profecias?

Deus, o homem ou o Diabo.


3. Segundo o teólogo Thomas Hoover, o que é o dom de línguas?

“É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”.


4. Qual é a finalidade principal do dom de variedade de línguas?

É a edificação da vida espiritual do crente.


5. Defina, de acordo com a lição, o dom de interpretação de línguas.

“É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico


“Paulo era grato a Deus por falar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1Co 14.26).


Paulo lhes adverte para que cessem de proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: ‘Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las, portanto’. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012, p.242).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico


Natureza Encarnacional dos Dons


Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


Semelhantemente, 1 Coríntios 12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do Espírito.


Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau, uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião era comum no pensamento grego.


Paulo conclama os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed., RJ: CPAD, 2007, p.469).


SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

 

Dons de Elocução


Estudaremos nesta lição os dos dons de elocução. Neste grupo estão relacionados o dom de profecia, variedade de línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.10).


O dom de profecia — Em 1 Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de profecia. O apóstolo incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê? Seria este dom superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a edificação do Corpo de Cristo, pois o dom de profecia tem como propósitos a edificação, a exortação e consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir este dom? Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia “é aquele dom especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de Deus à sua igreja”. Para uma definição mais abrangente, vejamos o que Whendon nos diz: “Uma inspirada pregação; predizendo o futuro, expondo misteriosas verdades, ou pesquisando os segredos do coração e do caráter dos homens”. Ao conceder o dom da profecia, Deus não faz distinção entre homem e mulher. Ana, filha de Famuel, era uma profetisa que aguardava a vinda de Cristo (Lc 2.36). Felipe, o evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9).


Variedade de línguas (1Co 12.10) — O dom de variedade de línguas é diferente das línguas estranhas como evidência do Batismo com o Espírito Santo. Segundo a Bíblia, as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1Co 14.22). Quem possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes dizendo que eles estavam “falando ao ar” (1Co 14.9), ou seja, não havia proveito algum, já que ninguém era edificado. As línguas estranhas continuam sendo um sinal divino para a igreja atual e não deve ser desprezado, todavia quem já possui este dom deve buscar interpretar as línguas.


Interpretação de línguas — É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, que torna o crente capaz de interpretar, na sua própria língua, aquilo que foi dito pelo crente em línguas estranhas. Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao uso deste dom (1Co 14.27,28). Se não há intérprete, a vontade de Deus não é revelada e a igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de interpretação complementa o dom de profecia.


Os dons de poder são para os crentes atuais. Segundo John Sttot, “os dons são atuais, contemporâneos, úteis e necessários”.

23 abril 2021

OS DONS DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10a)



Os dons de operação de maravilhas, ou operação de milagres, assim como os dons de curar, estão no plural, no texto grego. Isso indica que há uma variedade nestes dons e não se referem a apenas um tipo de maravilha. Este dom era uma credencial dos apóstolos, que realizaram muitas maravilhas em Nome do Senhor Jesus. Mas, não é exclusividade dos apóstolos, pois, Jesus é o mesmo e continua operando maravilhas. 

1. O que são os dons de operação de maravilhas. São capacitações sobrenaturais, concedidas pelo Espírito Santo ao crente, para operar sinais miraculosos e espantosos, que fogem da compreensão humana. Através dos dons de operação de maravilhas, o Espírito Santo capacita o crente com poder sobrenatural para intervir e neutralizar forças satânicas, ou para alterar as leis naturais, em uma determinada circunstância. 

Um milagre ou maravilha é sempre algo sobrenatural e espantoso, que causa perplexidade, como a ressurreição de um morto, andar sobre as águas, dar ordens ao vento ou ao mar, fazer flutuar um machado, abrir o mar vermelho, neutralizar o calor de uma fornalha aquecida sete vezes mais, impedir que leões famintos devorem um ser humano, etc. 

Na atualidade, as pessoas chamam coisas corriqueiras de milagres. Mas, milagres são acontecimentos sobrenaturais, inexplicáveis, que fogem da normalidade e causam espanto nas pessoas que os presenciam. Quando Jesus fazia um milagre, as pessoas ficavam espantadas e se perguntavam: Como pode ser isto? Nunca ninguém fez uma coisa dessa! Um grande profeta se levantou entre nós e Deus visitou o seu povo.

2. Exemplos bíblicos de operações de maravilhas. 

a. A abertura do Mar Vermelho (Ex 14,21,22). Moisés estendeu a sua vara sobre o mar, veio um grande vento e as águas se partiram. Além disso, o local onde a água passava não atolou os israelitas. Isso é um fato miraculoso. 

b. A abertura do Rio Jordão (Js 3.15-17). Josué deu ordem aos sacerdotes, para que levantassem a arca e seguissem em direção ao Rio Jordão, que o povo os seguiria, a uma distância aproximada de um quilômetro. Era uma época em que o rio estava cheio. Quando os sacerdotes tocaram os pés nas águas, elas pararam de correr e o povo passou pelo meio do rio em terra seca. 

c. O desafio entre Elias e os falsos profetas (1 Rs  18.36-39). Nos dias do profeta Elias, ele fez um grande desafio aos profetas de Baal e de Aserá. O desafio era o seguinte: Dois altares seriam construídos, com pedras, lenha e o animal para o sacrifício. Porém, não deveriam colocar fogo. A divindade que respondesse com fogo, seria considerada Deus Verdadeiro. Os profetas pagãos clamariam aos seus deuses e depois, Elias clamaria ao Senhor. 

Os falsos profetas clamaram desde a manhã até às três da tarde, se martirizaram, mas, não houve resposta alguma. Quando chegou a vez de Elias, ele consertou o altar do Senhor que estava quebrado e fez uma pequena oração. De repente, desceu o fogo do Céu, consumiu o animal, a lenha, as pedras e até a água. Todos se espantaram e gritaram: Só o Senhor é Deus!

d. Jesus repreendeu o vento e o mar, e estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). Jesus mandou que os discípulos passassem para o outro lado do mar da Galiléia. Quando chegaram ao meio do mar, levantou-se uma grande tempestade e o barco estava enchendo-se de água e prestes a afundar. Jesus dormia tranquilamente, na popa do barco. Os discípulos , apavorados, o despertaram dizendo:  

- Mestre, não te incomodas que pereçamos?

Jesus se levantou, ordenou ao vento e ao mar que se aquietassem e uma grande bonança se fez. Apavorados, os discípulos exclamaram: Q

- Quem é este homem que até o vento e o mar lhe obedecem!

e. A ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17). Passando pela cidade de Naim, na Galiléia, Jesus viu uma grande multidão, que seguia o cortejo fúnebre do filho único de uma mulher viúva. Ao ver a mulher chorando, o mestre se compadeceu dela e ordenou ao defunto que levantasse. Imediatamente, o morto se levantou, começou a falar e Jesus o entregou à sua mãe. A multidão vendo isso, espantada, glorificou a Deus.

f. A ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.21-43). Um chefe da sinagoga, chamado Jairo, prostrou-se publicamente diante Jesus, implorando para que fosse à sua casa, curar a sua filha que estava à beira da morte. Enquanto ele falava, aconteceu a cura da mulher que tinha uma hemorragia e Jesus não foi à casa de Jairo. De repente, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, pedindo para que ele não incomodasse mais a Jesus, pois, a sua filha já havia morrido. Jesus olhou para Jairo e disse para não temer e crer somente. 

Chegando à casa de Jairo, Jesus pediu para todos saírem, exceto o pai e a mãe da menina, Pedro, Tiago e João. Entrando na casa, Jesus pegou na mão da menina e ordenou que ela se levantasse. Imediatamente, ela se levantou e Jesus mandou que lhe dessem comida. 

g. A ressurreição de Lázaro (Jo 11). Lázaro, irmão de Marta e Maria, era de Betânia. Eram amigos próximos de Jesus. Lázaro adoeceu e as suas irmãs mandaram avisar a Jesus, que estava distante, dizendo:

- O teu amigo está doente! 

Recebendo a notícia, Jesus demorou ainda dois dias no lugar onde estava e Lázaro veio a óbito. Jesus, então, disse aos discípulos que Lázaro estava morto e se dirigiram à sua residência. Chegando ao local, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido sepultado. As suas irmãs choravam, dizendo a Jesus, que se estivesse ali, o irmão delas não teria morrido. Jesus foi ao sepulcro e ordenou que tirassem a pedra que fechava o túmulo. Marta relutou, alegando que o corpo já estaria cheirando mal. 

Diante de várias pessoas, Jesus fez uma pequena oração ao Pai e ordenou a Lázaro que viesse para fora. Lázaro, então saiu do túmulo, ainda com as ataduras com que fora sepultado. Todos os presentes viram um morto sepultado há quatro dias, sair vivo do sepulcro.

h. A ressurreição de Dorcas (At 9.40). Os apóstolos continuaram o trabalho de Jesus, operando sinais e maravilhas. Na cidade de Jope havia uma discípula cujo nome em aramaico era Tabita e em grego era Dorcas. Esta mulher fazia muitas esmolas e ajudava as pessoas necessitadas. Por isso era muito querida. De repente, ela adoeceu e veio a falecer. Mandaram chamar a Pedro, que estava naquela região nesta ocasião. Quando Pedro chegou, pediu que todos saíssem, pôs-se de joelhos e orou. Em seguida, ordenou a Tabita que se levantasse. Imediatamente, a falecida levantou.  

3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas.

Acontecem muitas distorções envolvendo milagres. Há pessoas que pensam que são soberanas para realizar milagre o tempo todo, a seu bel prazer. Muitos confundem a própria vontade, com aquilo que Deus está mandando. Por isso, acabam ordenando coisas que Deus não mandou.

Há ainda aqueles que querem dar ordens a Deus, para que milagres aconteçam. Existem também muitas manipulações e fraudes, envolvendo supostos milagres, para enganar as pessoas e ganhar dinheiro. Isso envergonha o Evangelho de Cristo.

Pb. Weliano Pires

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...