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31 maio 2024

RESISTINDO À TENTAÇÃO

(Comentário do 3º tópico da Lição 09: Resistindo à tentação no caminho).

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da resistência à tentação. Veremos que todos nós, sem exceção, seremos tentados, mesmo que observemos as disciplinas da vida cristã. Na sequência, veremos que a melhor estratégia para vencer a tentação é rejeitá-la e fugir dela. Por último, veremos que, se não conseguirmos vencer a tentação e pecarmos, jamais devemos culpar os outros, ou tentar justificar o nosso pecado. O caminho é a confissão do pecado e o arrependimento.

1. Todos somos tentados. A tentação não é exclusividade de alguns e não é possível evitar a tentação. A questão não é se nós seremos tentados, mas quando e de que forma, seremos tentados. Em alguns casos, há a possibilidade de evitarmos algumas situações que nos deixam vulneráveis e expostos ao pecado. Mas, de uma forma ou de outra, seremos tentados a pecar, ou a desviar o nosso foco daquilo que Deus traçou para a nossa vida. 

É importante sabermos que o inimigo tem uma multidão de demônios a seu serviço para fazer o trabalho sujo da tentação. Evidentemente, ele não é onisciente como Deus, para conhecer os nossos pensamentos e intenções. Também não é onipresente para estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Mas, como vimos na lição 06, quando falamos das armas do cristão, o inimigo tem um reino organizado com servos, emissários e potestades (Lc 11.17-22). Ao contrário de muitos cristãos, o reino das trevas não luta contra o seu próprio grupo, o chamado “fogo amigo”. 

Conforme colocou o comentarista, uma das principais características da sociedade pós-moderna é o relativismo, ou seja, dizem que não há valores e regras absolutas, tudo é relativo. O multiculturalismo, predominante no mundo atual, prega a tolerância a todo tipo de cultura e comportamentos. Isso faz com que filósofos, artistas e até teólogos, minimizem ou naturalizem o pecado. Práticas que até pouco tempo atrás eram abominadas até pelas pessoas que não serviam a Deus, hoje são vistas como normais até por certos cristãos. 

Valendo-se deste relativismo da sociedade pós-moderna, o inimigo tenta moldar os cristãos valores deste mundo, fazendo-os pensar que certos comportamentos são normais e “não tem nada a ver”. Quando são confrontados por alguém, chamam tal pessoa de radical e fundamentalista religioso. Mas a orientação bíblica continua sendo a mesma: “Não vos conformeis com este mundo”. (Rm 12.2). O verbo “conformeis”, neste texto de Romanos 12, no grego é “schmatizo”, que significa “tomar a forma” “amoldar-se”. Portanto, não se conformar com este mundo (sistema maligno) é não se adaptar ao estilo de vida dele. 

2. Rejeite a tentação! Com todo o seu exército organizado, o inimigo tem condições de vigiar a nossa vida, investigar os nossos pontos fracos e preparar a dose de tentação adequada para cada um de nós. Por exemplo, se você sempre detestou cigarro, mesmo quando não era crente, evidentemente, o tentador não perder tempo oferecendo cigarro para fazer você pecar. Ele pode colocar uma linda mulher para se insinuar para você. Ou quem sabe, oferecer vantagens financeiras por meios ilícitos. 

Conforme falamos acima, todos nós seremos tentados de alguma forma e não há como evitar ou impedir que a tentação aconteça. Entretanto, podemos impedir que a tentação nos domine. Conforme vimos no primeiro tópico existem tentações que se originam dentro do ser humano, em sua natureza que foi corrompida pelo pecado. Esse tipo de tentação pode ser evitada, e nós podemos fugir dela. 

Temos na Bíblia, exemplos de pessoas que se desviavam do mal, como por exemplo, o patriarca Jó (Jó 1.1). Temos também o caso de José, que foi assediado sexualmente pela sua patroa, e fugiu para não pecar (Gn 39.12). Daniel, por sua vez, decidiu em seu coração, não comer do cardápio do Palácio de Nabucodonosor, pois sabia que ali havia comidas oferecidas aos ídolos (Dn 1.8). O apóstolo Paulo recomendou que devemos “fugir de toda a aparência do mal”. (1 Ts 5.22). 

Por outro lado, temos também os casos de pessoas que não fugiram da tentação, ou brincaram com o pecado e acabaram sendo tragados por ele. Sansão, por exemplo, era nazireu de Deus desde o seu nascimento e tinha regras a seguir (Jz 13.7). Mas, mesmo sendo alertado pelos pais, ele se envolveu com mulheres estrangeiras (Jz 14.1-3) e o seu fim foi trágico(Jz 16.21-31). Davi também, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, ficou ocioso no palácio e viu a mulher do seu soldado se banhando. Ele poderia simplesmente ter fugido daquele local, ou ter ordenado que a mulher fosse se banhar em outro local. Entretanto, ele mandou perguntar quem era aquela mulher e, mesmo descobrindo que era casada, mandou buscá-la para si (2 Sm 11.1-5).

Existem muitos pecados que podem ser evitados com um pouco de prudência, vigilância e fuga. Um dos pecados que mais tem derrubado crentes na atualidade, inclusive obreiros, é o adultério. Isso acontece muitas vezes, porque as pessoas não fecham as brechas. O inimigo se aproveita de momentos de vulnerabilidade, quando a pessoa enfrenta algum tipo de crise no casamento, para induzir a pessoa ao adultério. 

O homem ou a mulher que for casado, na medida do possível, deve sempre andar com o seu cônjuge. Deve também usar a aliança e jamais ficar a sós, conversando com pessoas do sexo oposto, principalmente pessoas que lhe são atraentes. Até os que não são atraentes, podem oferecer perigo. Eu já vi casos de pessoas que traíram os seus cônjuges com outra pessoa, desprovida de beleza. 

Uma mulher, cujo marido não a trata bem, pode ser tentada ao ser bem tratada e elogiada por outro homem. Isso pode levá-la a se apaixonar. Da mesma forma, um homem, cuja mulher não se arruma e não o satisfaz sexualmente, pode ser tentado por mulheres atraentes. Portanto, casais, fechem as brechas e fujam de qualquer situação de perigo. 

Eu citei o caso do pecado do adultério, pois é obra da carne que tem levado muitos crentes à ruína, principalmente por causa da imoralidade e erotização da sociedade pós-moderna. Mas há muitos outros tipos de tentação, das quais podemos fugir e evitar o pecado. Por exemplo, o crente nordestino que era viciado em forró, nos primeiros anos de fé, quando ouve um barulho de sanfona, mesmo em um hino, começa a se balançar, lembrando do Luiz Gonzaga. O ex-pagodeiro, quando ouve o barulho do pandeiro. Alguém que foi viciado em jogos e loterias, quando passa em frente a uma lotérica, é tentado, quando vê o anúncio da Mega Sena acumulada. O mesmo acontece com ex-drogados, ex-alcoólatras, etc. Cabe a cada um identificar os seus pontos de fraqueza e fugir do perigo. 

E se acontecer de não vigiarmos, não fugirmos da aparência do mal, ou não sermos fortes o suficiente para vencer a tentação? Pequei, e agora? Será que tudo está perdido para mim? Bem, esta é outra arma do inimigo para nos afastar totalmente de Deus. Primeiro, ele faz de tudo para convencer a pecar. Depois que pecamos, ele passa a nos acusar, a dizer que somos indignos de servir a Deus, e que a melhor coisa a fazer, é mergulhar de vez no pecado. 

Se acontecer de pecarmos contra o Senhor, devemos voltar ao assunto da lição passada: Confessar e abandonar o pecado. O apóstolo João, em sua primeira Epístola, falando sobre isso, disse: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1 Jo 1.9). No capítulo seguinte, ele escreveu: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (1 Jo 2.1,2). Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal, disse Paulo (1Tm 1.15).

Infelizmente, há crentes que querem ser mais rigorosos contra o pecado que o próprio Deus. Este rigor, no entanto, é apenas contra o pecado dos outros. Quando é ele, ou alguém da sua família que peca, ele fala em amor e compaixão. É evidente que Deus é absolutamente santo e não tolera o pecado. Mas, Ele é também misericordioso e se compadece do pecador arrependido, e está pronto a perdoá-lo. No Salmo 103, o salmista diz: “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades.” (Salmo 103.8-10). Portanto, se você pecou, confesse o seu pecado, arrependa-se e busque o perdão de Deus.

REFERÊNCIAS: 

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2º Trimestre de 2024. Nº 97, pág. 40.

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1908. 

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento — Mateus-Atos. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.31,32. 

23 maio 2024

O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO

(Comentário do 2º tópico da Lição 08: Confessando e abandonando o pecado)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos  do perigo do pecado não confessado. Falaremos dos males dos pecados não confessados. O pecado sempre terá graves consequências, tanto para quem o comete, como para outras pessoas. Falaremos também do pecado de Adão e Eva,  que trouxe consequências, não apenas para eles, mas para toda a raça humana. Por último, falaremos das consequências dos pecados de Davi, que cometeu pecados gravíssimos e, mesmo sendo perdoado por Deus, as consequências vieram sobre a sua família. 

1. Os males dos pecados não confessados. O texto de Provérbios 28.13, que está em nosso texto áureo e foi citado aqui pelo comentarista, diz o seguinte: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28.13). Concluímos, por este texto bíblico, que a confissão dos pecados é uma condição para se alcançar a misericórdia e o perdão de Deus. 

Alguém pode alegar que, pelo fato do texto estar no Livro de Provérbios, não é normativo para a Igreja, pois estamos na Nova Aliança. Entretanto, este ensino é ratificado pelo apóstolo João, no Novo Testamento, quando ele diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” A palavra “se” neste texto é uma conjunção subordinativa condicional, que “indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal”. 

A falta de confissão dos pecados, impede o perdão de Deus e leva o ser humano a viver uma vida dupla, de aparências e de mentira, fazendo transparecer para os que o cercam, um estilo de vida que não corresponde à realidade. Evidentemente, isso o leva à morte espiritual, pois o pecado não perdoado faz divisão entre o ser humano e Deus (Is 59.2). Veremos nos dois subtópicos a seguir, dois exemplos de pecados não confessados e as suas respectivas consequências. 

2. As consequências do pecado de Adão e Eva. Antes de falar das consequências do pecado, é importante esclarecer o que é pecado. A principal palavra traduzida por pecado na Bíblia é “chata’th” em hebraico e o seu correspondente grego, “Hamartia”. Ambas significam literalmente “errar o alvo”. Há outras palavras traduzidas por iniquidade, injustiça, ilegalidade, insubordinação à autoridade de Deus e falta de integridade, que também são referências a vários tipos de pecado. 

Em resumo, o pecado é a transgressão da Lei de Deus, não a Lei Mosaica, como querem os judaizantes, pois não estamos mais debaixo da Lei. O que é normativo para a Igreja, na atual dispensação são os ensinos de Jesus Cristo e dos seus apóstolos. Aquilo que está no Antigo Testamento e continuou sendo mandamento para o cristão na Nova Aliança, foi ratificado no Novo Testamento, como por exemplo, as proibições da idolatria, homicídio, adultério, mentira, furto, falso testemunho, etc. 

Quando falamos de pecado, precisamos ter em mente que ele contaminou toda a raça humana, sem exceção, (Rm 3.23). É importante saber também que todo pecado tem consequências e a principal delas é a morte espiritual, ou a separação imediata de Deus, pois Ele é absolutamente Santo e não pode conviver com o pecado. O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos disse que “... o salário do pecado é a morte…”.  Portanto, ninguém pense que pode pecar livremente e não será punido, nem sofrerá as consequências. 

O primeiro casal, Adão e Eva, vivia feliz no Jardim do Éden, tendo de tudo, principalmente a visitação diária de Deus. Eles receberam a advertência de Deus de que no dia em que comessem do fruto proibido, certamente morreriam. Entretanto, preferiram dar ouvidos à voz do inimigo que, distorcendo a Palavra de Deus, disse que não era bem assim, e que eles não morreriam. 

Depois que desobedeceram a Deus, imediatamente perceberam que estavam nus e foram confrontados por Deus. Diante do questionamento de Deus, ambos procuraram desculpas e não assumiram a culpa, ou seja, não confessaram o seu pecado. Adão, colocou a culpa mulher diretamente e, indiretamente, culpou a Deus: “a mulher que deste, me enganou e eu comi.” Eva, por sua vez, culpou a serpente: “A serpente me enganou e eu comi”. Nenhum dos dois disse: “Pequei, me perdoe!”

Conforme colocou o comentarista, eles colheram amargas consequências do seu pecado, não apenas para si, mas também para a sua posteridade. A primeira delas veio sobre os seus corpos, que tiveram a sua condição alterada e passaram a adoecer e envelhecer. A segunda é que eles passaram a ser mortais. A morte física veio não apenas para eles, mas também para as futuras gerações. Por último, a corrupção da natureza humana, que originou a maldade e diversas tensões no gênero humano. Eles mesmos experimentaram a dor de ter um filho assassinado pelo próprio irmão. 

3. As consequências do pecado de Davi. Davi era o filho mais novo dos oito filhos de Jessé, o belemita, que era filho  de Obede e neto de Rute e Boaz (Rt 4.18-21). Sendo ainda um adolescente ruivo e destemido, Davi era o responsável por pastorear as ovelhas do seu pai nas montanhas de Belém de Judá. Este moço tinha habilidade no manuseio da funda, uma espécie de estilingue que os antigos usavam como arma arremessando pedras. 

Davi aparece pela primeira vez na narrativa bíblica, no capítulo 16, de 1 Samuel, durante o reinado de Saul, quando Deus rejeitou a Saul e ordenou que Samuel fosse à casa de Jessé e ungisse um dos seus filhos como rei de Israel. Samuel relutou, pois temia que Saul o matasse por estar ungindo outra pessoa como rei. Mas Deus lhe deu a estratégia, mandando-o convidar Jessé e os seus filhos para um sacrifício ao Senhor. 

Jessé fez passar os seus sete filhos adultos perante Samuel e Deus não escolheu nenhum deles. Indagado se não tinha mais filhos, Jessé respondeu que ainda tinha o menor, que estava no campo com as ovelhas. Samuel mandou chamá-lo e disse que não se assentaria para comer, antes que ele chegasse. Quando Davi chegou, Deus ordenou que Samuel o ungisse como rei. 

Desde a sua escolha até ele assumir o trono, passaram-se cerca de dez anos. Ele venceu o gigante Golias, um valente filisteu que desafiou o exército de Israel por quarenta dias. Foi ovacionado por todo o Israel, mas isso provou a inveja de Saul que passou a persegui-lo pelo resto da sua vida. 

Davi passou pela escola de Deus nas perseguições, lutas, humilhações e fugas por desertos e cavernas. Ele aprendeu a ser dependente de Deus e, neste período, ele compôs muitos salmos, nas suas angústias e aflições. 

Não restam dúvidas de que Davi foi um homem temente a Deus, desde a sua infância. Era um adorador, poeta e habilidoso tocador de harpa, que temia a Deus e louvava ao Senhor com alegria. Setenta e três dos  Salmos da Bíblia atribuídos a ele. O próprio Deus deu testemunho de Davi, dizendo que era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22). 

Como rei de Israel, Davi foi um homem de Deus. Davi nunca adorou outros deuses e sempre consultava a Deus, antes de tomar decisões importantes no reino. Desejou construir um templo para o Senhor, mas Deus não permitiu. Ele derrotou muitos inimigos do povo de Deus, conquistou Jerusalém e a estabeleceu como a capital do seu reino. Entretanto, isso não significa que Davi foi perfeito e não cometeu erros. 

Quando já estava consolidado no reino de Israel, sendo muito amado pelo seu povo, Davi, cometeu adultério com Batseba, esposa de Urias, um dos soldados mais fiéis do seu exército, e ainda orquestrou o assassinato dele, de forma covarde por meio de Joabe, que o colocou na frente da batalha dele propósito para que fosse morto. 

Depois que Urias foi morto, Davi casou-se com a viúva e calou-se, como se nada de errado tivesse acontecido. Passaram-se dois anos e Deus enviou o profeta Natã para confrontá-lo através de uma parábola. Sem saber que o personagem da parábola era ele próprio, Davi levantou-se irado e proclamou a sentença: 

– Digno de morte é o homem que fez tal coisa! 

O Profeta, então respondeu:

– Este homem és tu, ó rei. 

Após ser confrontado por Deus, Davi confessou o seu pecado e não culpou ninguém por ele, como fizeram Adão e Eva. Entretanto, conforme está escrito em 2 Samuel 12.11,12, Davi iria colher as consequências amargas do seu pecado e dos crimes covardes contra o seu soldado Urias: “Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.”

Depois disto, o seu filho Amnom estuprou a irmã Tamar e depois foi morto por outro filho de Davi chamado Absalão. Absalão fugiu e passou dois anos no exílio. Quando voltou, usurpou o trono do pai e acabou sendo assassinado por Joabe. Quando Davi envelheceu, na sua sucessão, Adonias, o quarto filho, nascido em Hebrom e filho de Hagite (2 Sm 3.4), usurpou o trono e se declarou rei (1 Rs 1.3), mas acabou sendo morto por ordem de Salomão. 

REFERÊNCIAS: 


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2º Trimestre de 2024. Nº 97, pág. 40.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.856

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: RIO DE JANEIRO, CPAD, 2003, p.856. 

DIANA, Daniela. Conjunções Subordinativas. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-subordinativas/. Acesso em: 23 mai. 2024




20 setembro 2023

AS BÊNÇÃOS DE UMA VIDA NO REINO

(Comentário do 2º tópico da Lição 13: O mundo de Deus no mundo dos homens).

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre as bênçãos de uma vida no Reino de Deus. Antes de pertencermos ao Reino de Deus, éramos por natureza, filhos da ira e inimigos de Deus. Agora que entramos no Reino de Deus, através de Jesus Cristo, alcançamos as bençãos deste Reino. 

A primeira bênção de uma vida no Reino de Deus é a remissão dos pecados. O pecado é uma ofensa contra Deus e, portanto, somente Ele pode remir ou perdoar esta ofensa. Somente através do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário, alcançamos o perdão dos nossos pecados. 

A segunda bênção é a adoção de filhos. Adotar um filho é conceder a alguém que não é filho biológico, todos os direitos inerentes a esta condição. Antes de conhecer a Cristo, éramos estranhos e inimigos de Deus. Mas, pela fé em Cristo, recebemos não apenas o perdão dos pecados, mas também o direito de sermos chamados filhos de Deus. 

A terceira bênção é ser herdeiro de Cristo. Deus é o dono de todas as coisas, visíveis e invisíveis, pois Ele tudo criou. Portanto, Ele dá a quem quer e decidiu, soberanamente, conceder as riquezas da sua glória àqueles a quem adotou como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, Seu Filho. 

1. Remissão dos pecados. A palavra remissão deriva do latim remissio, que tem o sentido de perdão, renúncia, desistência, absolvição. O conceito de remissão é a libertação de um cativo, mediante pagamento de resgate, ou cancelamento de uma dívida ou sentença, por parte do credor ou juiz que o sentenciou. 

Só quem pode fazer isso, evidentemente, é a parte ofendida. Eu não posso perdoar a ofensa feita a outra pessoa, ou anular uma sentença condenatória, imposta pela justiça a alguém. O pecado é uma ofensa contra Deus e, portanto, somente Ele pode remir ou perdoar esta ofensa. Somente através do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário, alcançamos o perdão dos nossos pecados: “E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Cl 2.13,14).

Há ideias equivocadas em relação ao pagamento dos nossos pecados, para a remissão deles. Todo cristão concorda que Cristo pagou o preço dos nossos pecados, mediante o seu sacrifício na Cruz do Calvário. Entretanto, há pessoas que dizem Jesus morreu para pagar o resgate ao diabo, para que ele nos libertasse da escravidão em que vivíamos, como se estivéssemos sequestrados pelo inimigo. 

Ora, isso é um absurdo teológico, pois o preço dos nossos pecados foi pago à Justiça de Deus que exige a punição pelo pecado. Jesus, como o Cordeiro imaculado de Deus, foi sacrificado para nos purificar de todos os nossos pecados, mediante a fé nEle. Somente Ele poderia fazer isso. A morte de qualquer ser humano, pois mais justo que fosse, seria incapaz de salvar a si mesmo. As boas obras, o sofrimento, a pobreza, o dinheiro ou a religião, são igualmente insignificantes para libertar o ser humano do pecado. 

2. Adotados por Deus em Cristo. Adotar um filho é conceder a alguém que não é filho biológico, todos os direitos inerentes a esta condição. Paulo é o único escritor do Novo Testamento que usa o termo adoção, em relação aos salvos em Cristo. Isto porque a prática da adoção não fazia parte do sistema legal judaico. Entretanto, era algo comum entre os romanos e bem conhecida dos gentios. 

Antes de conhecer a Cristo, éramos estranhos e inimigos de Deus. Mas, pela fé em Cristo, recebemos não apenas o perdão dos pecados, mas também o direito de sermos chamados filhos de Deus. Muitas pessoas estão enganadas pensando que todos os seres humanos são filhos de Deus. A Bíblia é muito clara e afirma que filhos de Deus são apenas aqueles que crêem em Jesus (Jo 1.12). Jesus é o Filho Unigênito (Gr. monogenes) de Deus (Jo 3.16). Aqueles que nele crêem se tornam filhos de Deus por adoção. Os demais são apenas criaturas de Deus. 

3. Herdeiros de Cristo. Deus é o dono de todas as coisas, visíveis e invisíveis, pois Ele tudo criou. Portanto, Ele dá a quem quer e decidiu, soberanamente, conceder as riquezas da sua glória àqueles a quem adotou como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, Seu Filho. Cristo, como único Filho legítimo de Deus e o herdeiro de tudo: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” (Hb 1.1,2). 

Mas Deus colocou como co-herdeiros de Cristo, todos aqueles que se tornarem integrantes do Seu Reino pela fé nEle: “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Rm 8.17). 

Infelizmente, em nossos dias, há pessoas ensinando que temos “direitos” diante de Deus e que podemos exigir tais direitos. Mas, o fato de sermos herdeiros de Cristo, por termos sido adotados como filhos por Deus, mediante a fé em Cristo, não nos dá tal prerrogativa. Isso deve ser motivo para sermos eternamente gratos a Ele, por ter nos adotado como filhos e feito herdeiros de Deus, sendo nós por natureza, inimigos de Deus. Exigir algo de Deus nesta conjuntura, seria semelhante alguém perdoar uma dívida nossa impagável, colocar-nos dentro da sua casa como se fôssemos um dos seus filhos e nós lhe fazermos exigências.

REFERÊNCIAS: 


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 145-156.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 94. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pág. 42.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1806,1807.


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 1: O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE  Depois de estudar um trimestre muito esclarecedor sobre apologética cristã, teremos neste 2° Trimestre de 2025, ter...