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20 outubro 2021

O PONTO DE PARTIDA PARA A VOCAÇÃO DE PAULO


Paulo foi vocacionado para ser apóstolo, antes do seu nascimento, pela vontade de Deus, conforme ele mesmo mencionou: "Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou para sua graça” (Gl 1.15).


1. Chamada e presciência divina. A vocação de Paulo para ser um apóstolo foi determinada pelo próprio Deus, com base na sua presciência. Esta palavra "presciência", segundo o Dicionário Teológico, publicado pela CPAD, vem do latim "praesentia" que significa ciência inata. Presciência é o atributo metafísico e incomunicável de Deus, através do qual Ele se faz eternamente presente no tempo e no espaço, conhecendo todas as coisas antecipadamente. 

Conhecendo o futuro antecipadamente, Deus chama quem Ele quer, com base não naquilo que a pessoa é ou fez, mas, naquilo que pode se tornar ou vir a fazer. Ananias, ao ser enviado ao encontro do perseguidor Saulo, evidentemente não entendeu e questionou ao Senhor: 

– Senhor, quanto tenho ouvido a respeito deste homem e quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém! 

Mas, o Senhor respondeu com base em seu conhecimento prévio do futuro, dizendo que aquele era um vaso escolhido para levar o Evangelho aos gentios, aos reis e aos filhos de Israel. (At 9.15-16). O homem vê as aparências e as circunstâncias presentes. Mas Deus conhece as intenções dos corações e o futuro. Por isso, a liderança da Igreja deve orar ao Senhor, no momento de separar obreiros, para que o Espírito Santo mostre quem deve ser escolhido para o ministério e não escolher por critérios humanos. 


2. Um ministério na plenitude do Espírito.  O ministério apostólico de Paulo foi confirmado pela atuação poderosa do Espírito Santo, com pregações poderosas, curas, prodígios e maravilhas. No Livro de Atos vemos estas manifestações do Espírito na vida de Paulo, por onde ele passava. Em Listra, ele foi usado por Deus para curar um coxo de nascença (At 14.8-10); Em Pafos, o mágico Elimas, tentou atrapalhar a evangelização do procônsul e ficou cego, com as palavras de Paulo (At 13.8-11); em Filipos, expulsou o espírito maligno de uma jovem adivinhadora e as portas da prisão foram abertas com um terremoto (At 16.18,26). 

Deus fazia milagres extraordinários através de Paulo. Em Atos 19.11, a Bíblia relata que as pessoas levavam os seus lenços e colocavam sobre pessoas enfermas e elas eram curadas e os demônios saíam. Evidentemente, não podemos usar isso como justificativa para operar milagres usando objetos. Não era Paulo que usava lenços para curar ninguém. As pessoas pegavam os seus objetos e colocavam sobre os enfermos. Deus fazia milagre para mostrar o seu poder na vida de Paulo.


3. Deus mudou o nome de Saulo para Paulo?  Há uma polêmica envolvendo os nomes de Saulo e Paulo. Muitas pessoas insistem em dizer que Deus mudou o nome de Saulo para Paulo, mas isso não tem base na Bíblia. Deus mudou o nome de algumas pessoas em Israel: Abrão para Abraão (Gn 17.5; Jacó para Israel (Gn 35.10). Jesus também mudou o nome de Simão para Cefas (Pedro) (Jo 1.42). Isto acontecia, porque em Israel os nomes eram dados de acordo com as circunstâncias. 

Entretanto, isso não aconteceu com Paulo. O seu nome hebraico era Saulo (uma variação do nome Saul). Paulo (em latim Paulus) era o seu nome na cidadania romana. Então, após a conversão, ele usava o nome Paulo porque era o nome pelo qual ele era conhecido entre os gentios. 

Infelizmente, em nossos dias ainda há pessoas evangélicas que acreditam em maldição hereditária ou do nome e, por isso, querem mudar de nome. Mas toda maldição foi quebrada na Cruz e o salvo em Cristo não precisa se preocupar com isso. Evidentemente, há nomes que são constrangedores e, nestes casos, a própria legislação permite a mudança. Imagine um filho de um satanista, ter o nome de Satanás ou Belzebu! Se ele se converter pode pedir para mudar, para não carregar este nome constrangedor no meio do povo de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


10 outubro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO


Na lição passada, estudamos sobre a vida de Saulo antes da sua conversão, como opositor e perseguidor implacável do Cristianismo. Falamos também sobre a perseguição aos cristãos nos dias atuais em muitos países, onde ainda é crime ser cristão. Por último falamos sobre a perseguição sistêmica aos cristãos, seja de forma política, cultural ou religiosa. 


Na lição desta semana, falaremos a respeito da conversão de Saulo de Tarso a Cristo. Esta conversão foi algo tão extraordinário e inimaginável, do ponto de vista humano, que qualquer pessoa da época que ouvisse esta notícia, não acreditaria, devido à perseguição implacável de Saulo aos Cristãos. O próprio Ananias, um discípulo que havia em Damasco e foi enviado pelo Senhor Jesus ao encontro de Saulo, questionou: 

- Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém.” (At 9.13). 


Na ocasião em que se deu a conversão de Saulo, ele se encontrava a caminho de Damasco, de posse de autorização do sumo sacerdote, para prender os cristãos que encontrasse em Damasco e os conduzir a Jerusalém. No meio do caminho, o Senhor Jesus foi pessoalmente ao encontro de Saulo. Um resplendor de luz, mais forte que a luz do sol do meio dia, cercou aquele algoz dos cristãos e ele caiu por terra, sem enxergar nada. O Senhor Jesus dialogou com Saulo e, a partir daquele momento, Saulo nunca mais foi o mesmo. 


No primeiro tópico, falaremos da conversão de Saulo como um ato da Graça de Deus. Veremos neste tópico que a conversão de Saulo se deu através de uma experiência sobrenatural e não através da evangelização. Devido à dureza de coração de Saulo, o próprio Senhor o cercou pessoalmente e o conduziu ao Evangelho, pois era um vaso escolhido para levar o Evangelho aos gentios. 


No segundo tópico, partindo da conversão de Saulo, falaremos da conversão como uma doutrina bíblica. Toda conversão começa do arrependimento e é parte da Doutrina da Salvação. Falaremos neste tópico sobre a definição de arrependimento e sobre a mudança radical que aconteceu na vida de Saulo. De perseguidor valente, implacável e movido pelo ódio, após o encontro com Jesus, Saulo passou a submeter-se totalmente à vontade de Deus. Posteriormente, ele mesmo disse: "...Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim." (Gl 2.20a). 


No terceiro e último tópico falaremos sobre as três faculdades interiores do ser humano, que são transformadas na conversão: faculdade intelectual, faculdade das emoções e faculdade da vontade. Em outras palavras, o Espírito Santo de Deus transforma o nosso modo de pensar, os nossos sentimentos e os nossos desejos. 


Vemos em todo o Novo Testamento, falar sobre arrependimento e conversão, como requisitos indispensáveis à Salvação. Tanto João Batista, quanto Jesus, iniciaram os seus ministérios falando sobre a necessidade de arrependimento. (Mt 3.3; Mc 1.15). Depois, no dia de Pentecostes, após o discurso de Pedro, as pessoas se comoveram e lhe perguntaram o que deveriam fazer. Imediatamente, Pedro lhes respondeu: 

- Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2. 38).


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Pb. Weliano Pires

08 outubro 2021

Lição 03: A Conversão de Saulo de Tarso


Texto Áureo:

“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.3,4)


Verdade Prática:

A verdadeira conversão a Cristo leva em conta o arrependimento, a fé em Jesus e uma completa transformação no pensamento, vontade e ação do homem.


HINOS SUGERIDOS: 15, 18, 19 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 2.8; Tt 2.11 

A Graça de Deus opera na conversão

Terça – Rm 3.23-24 

A graça é um favor outorgado por Deus na conversão

Quarta – Ef 4.22 

Conversão é o despojamento do velho homem

Quinta – Ef 4.23,24 

Conversão é o revestimento do novo homem

Sexta – Jo 16.7-8 

O Espírito Santo atua para o arrependimento na conversão

Sábado – Sl 51.1; 2 Co 7.10 

A conversão manifesta a tristeza pelo pecado


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 9.1-9


1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo-sacerdote,

2 e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.

3 – E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.

4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me

persegues? 5- E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

6 – E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.

7 – E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.

8 E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via ninguém. E guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.

9 – E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Ao se encontrar com Jesus Cristo no caminho para Damasco, Saulo teve a sua vida completamente regenerada. A sua faculdade intelectual foi regenerada, pois seu encontro com o Senhor trouxe-lhe luz à mente. Sua faculdade emocional foi afetada, pois ao longo da vida do apóstolo, vemos sua profunda tristeza em perseguir seus irmãos em Cristo. E, finalmente, a faculdade de sua vontade foi tocada. O apóstolo desejava apenas desgastar-se e deixar-se gastar pela causa do Evangelho. Assim, nada mais teria sentido para Paulo, senão, o de pregar o Cristo Crucificado. Que o Espírito Santo possa tocar nas faculdades intelectual, emocional e da vontade dos nossos alunos. Ore por isso. Clame por essa obra do céu.


OBJETIVO GERAL:

  • Asseverar que a salvação é por meio da graça, acompanhada de arrependimento e fé do pecador como resposta à salvação.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Apresentar a conversão de Saulo como ato da graça de Deus;

  • Relacionar a conversão de Saulo com a doutrina bíblica da conversão;

  • Elencar três faculdades interiores que são transformadas na conversão



INTRODUÇÃO


A conversão de Saulo de Tarso, indiscutivelmente, foi um dos mais importantes acontecimentos da história do Cristianismo. Saulo tornou-se um dos mais célebres defensores da doutrina de Cristo. Nesta lição, veremos como ele passou por uma mudança radical na forma de pensar acerca do nosso Senhor. No caminho para Damasco, de um modo poderoso, Jesus chamou à razão e entendimento de Saulo, e este mudou de atitude por meio de uma impactante experiência sobrenatural. Assim, se por um lado Cristo tomou a iniciativa; por outro, Saulo respondeu com arrependimento e fé.


PONTO CENTRAL: Jesus nos salva por meio da graça e nós respondemos com arrependimentos e fé.


I- A CONVERSÃO DE SAULO: UM ATO DA GRAÇA DE DEUS


1. A conversão de Saulo e sua experiência sobrenatural. Em Atos 9.3, Lucas narra a impactante experiência sobrenatural de Saulo no caminho para Damasco. Surpreendido pelo resplendor do céu, mais forte que a luz do sol do meio-dia, o perseguidor da igreja caiu por terra e ficou cego. Se pelos argumentos racionais Saulo não ouvia sobre Jesus, o Crucificado, “a luz que ofuscou seus olhos” trouxe a voz do próprio Senhor que o confrontou de forma impactante: “Saulo, Saulo, porque me persegues? (At 9.4). Com sua ida a Damasco, o perseguidor tinha a intenção de acabar de vez com os seguidores de Jesus, mas foi surpreendido por uma experiência sobrenatural pela qual nunca havia passado. Segundo seu próprio testemunho, o perseguidor viu literalmente a pessoa de Jesus, o Ressurreto, que o despojou de seu “ego” arrogante. Nessa visão, Saulo pôde compreender quem era Jesus e sua obra redentora no Calvário.


2. A iniciativa de Jesus para transformar a mente de Saulo. O impacto da visão resplandecente no caminho para Damasco tomou Saulo de surpresa. Sob o efeito do sucesso em Jerusalém contra os seguidores de Jesus, imbuído de uma coragem irracional, e bem relacionado com a casta sacerdotal, Saulo havia pedido “carta branca” das autoridades religiosas de Jerusalém para perseguir os seguidores de Jesus, com o mesmo rigor, em Damasco. Entretanto, dada a dureza do coração de Saulo, o Senhor tomou a iniciativa de sacudir a sua estrutura física, psicológica e espiritual, agindo pessoalmente na sua direção.


3. A graça salvadora se manifestou a Saulo. Na Carta aos Efésios 2.8, ele diz: “Pela graça sois salvos por meio da fé, isto não vem de vós, é dom de Deus”. Na epístola a Tito, diz também: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Logo, o ponto de partida da experiência de salvação de todos os homens é a graça de Deus. Essa graça é o favor imerecido de Deus em que sua justiça é satisfeita na morte expiatória de Jesus. Aqui, o mérito todo é de Cristo. Aos Romanos, ele escreve: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.23-24). Ou seja, a graça é favor outorgado por Deus aos pecadores que estão debaixo de sua ira. Evidentemente, a conversão de Saulo foi mais do que um convencimento intelectual sobre Jesus; ela foi fruto da obra regeneradora do Espírito Santo em sua vida, levando-o a confessar que Jesus era o Senhor e Salvador de sua vida.


SÍNTESE DO TÓPICO I

Jesus teve a iniciativa de transformar Saulo. Essa conversão se deu pelo impacto de uma experiência sobrenatural.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Para introduzir esta lição, fale um pouco do processo de conversão como a obra de salvação que Deus efetua no ser humano. Se Ele nos salva por graça mediante a fé, nós respondemos a essa graça com arrependimento e fé. Nesse sentido, com o auxílio da lousa, relacione as etapas em que essa obra é efetuada por Deus e no homem.


De Deus

No homem

Ele justifica

Na faculdade intelectual

Ele regenera

Na faculdade emocional

Ele santifica

Na faculdade da vontade


II- SAULO E A DOUTRINA BÍBLICA DA CONVERSÃO

1. A conversão começa no arrependimento. A palavra “arrepender-se” no grego bíblico é “metanoeo”, que significa “pensar de maneira diferente; sentir remorso”, uma disposição interior para mudar. No Novo Testamento, arrepender-se” traz a ideia de tristeza pelos próprios pecados, acompanhada de um desejo de corrigir o rumo. É a mudança na mente que induz à correção de caráter e de conduta moral (At 3.19); é a contrição do coração, o desejo de mudar de atitude quanto ao comportamento na vida cotidiana (Lc 15.10). Isso é obra do Espírito Santo (Jo 16.7,8). Portanto, a conversão é uma parte do processo de salvação do pecador. Ela assinala o início do despojamento do “velho homem” (Ef 4.22) e aponta para o revestimento do novo homem (Ef 4.24).


2. A conversão de Saulo promoveu uma transformação pessoal. Foi o que aconteceu com Saulo, pois a luz do resplendor do céu cegou-lhe os olhos carnais e o fez ver o Cristo ressuscitado, abrindo-lhe os olhos espirituais para conhecê-lo como Senhor e Salvador (9.3). Essa experiência sobrenatural e impactante o fez indagar ao Cristo ressuscitado sobre o que deveria fazer. De uma vontade egoísta e individualista, Saulo demonstra agora completa resignação à vontade soberana de Cristo (9.6).

 

3. A conversão faz parte da doutrina bíblica da Salvação. O choque da experiência sobrenatural do “resplendor de luz” sobre os seus olhos, transformou a mente de Saulo, levando-o a reconhecer o Cristo que, outrora tanto rejeitava, agora o fazia apóstolo (1 Co 15.8-10). Como vimos, a verdadeira conversão é a que nasce da tristeza para com o pecado e o reconhecimento de que o homem precisa “dar meia volta” para Deus. É uma mudança que tem raízes na obra regeneradora do Espírito Santo efetuada na vida do pecador. Como obra de Deus, a conversão é uma manifestação externa da regeneração operada pelo Espírito no interior do homem, que implica mudança de pensamento, vontade e ação; uma mudança que altera todo o curso da vida do pecador (Ef 4.25-30). É o ato divino pelo qual Deus faz com que o pecador volte para Ele em arrependimento e fé. Portanto, uma verdadeira conversão revela uma poderosa transformação na vida do convertido.


SÍNTESE DO TÓPICO II

A conversão do homem começa no arrependimento e perpassa a transformação pessoal.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador […]. A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5:17; CI 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado […]. e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1576).


CONHEÇA MAIS...


Sobre a conversão de Saulo


“Os versículos 3-9 [Atos 91 registram a conversão de Paulo fora da cidade de Damasco (cf. 2.3-16; 26.9-18). Que sua conversão ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v.11), fica claro à luz do seguinte: (1) Ele obedece às ordens de Cristo!…), Paulo é chamado ‘Irmão Saulo’ por Ananias […]. Para ler mais, consulte a “Bíblia de Estudo Pentecostal“, editada pela CPAD, pp.1648-49.


III- AS TRÊS FACULDADES INTERIORES TRANSFORMADAS NA CONVERSÃO

1. Faculdade intelectual. Nesse campo da alma, o homem muda o seu modo de pensar e reconhece sua condição de pecador. A Bíblia chama isso de “conhecimento do pecado”, conforme Romanos 3.20: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele [de Deus] pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”.


2. Faculdade das emoções. Nesse campo da alma, o pecador experimenta uma mudança de sentimentos na vida interior, onde se manifesta a tristeza pelo pecado contra um Deus santo e justo. Em 2 Coríntios 7.10 está escrito: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. No Antigo Testamento, o salmista Davi demonstra tristeza pelo seu pecado e roga por misericórdia: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Sl 51.1).


3. Faculdade da vontade. Se o homem está convencido em seu intelecto e sentimento a respeito do seu pecado, resta-lhe agora exercer a sua vontade. O pecador agora pode pensar, desejar e fazer o que deve ser feito para a glória de Deus (Fp 4.8,9). Como imagem de Deus, o homem foi dotado com a faculdade de escolher livremente. Entretanto, e infelizmente, o pecado fez a separação entre a vontade do homem e a de Deus. Por isso, o Espírito Santo atua para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8) para, então, tornar unir sua vontade com a de Deus. Há uma teoria que afirma que o homem perdeu completamente o livre-arbítrio por ocasião do pecado. Refutamos essa ideia. Com o auxílio da graça divina, e ajudado pelo Espírito Santo, o homem pode escolher, decidir e mudar de vida.


SÍNTESE DO TÓPICO III

As três faculdades interiores transformadas na conversão são a intelectual, a das emoções e a da vontade.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24) efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6 [João]). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17: Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ’em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24). A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7.8: 5.12; 1 Co 2.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1576).


CONCLUSÃO


A conversão de Saulo foi provocada pelo impacto do resplendor de luz que ofuscou a sua visão e obrigou-o a reconhecer que não podia mais lutar contra Cristo. A conversão é, portanto, uma obra divina em que o homem responde com arrependimento e fé. Na conversão, a soberania de Deus “caminha de mãos dadas” com a responsabilidade humana. Por isso, o arrependimento e a fé conduzem o pecador a ser redimido pelo sangue de Cristo.


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...