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27 setembro 2023

INTRODUÇÃO AO 4° TRIMESTRE DE 2023

 

Ev. WELIANO PIRES

Pela Graça de Deus, chegamos ao último trimestre de estudos do ano de 2023, em nossa Escola Bíblica Dominical. O tema deste Trimestre é: Até os confins da Terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 

O Comentarista deste trimestre é o renomado pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby. Pr Gaby é presidente da Assembléia de Deus em Curitiba-PR desde 2011, conferencista, advogado, major capelão da reserva do Exército Brasileiro, mestre em Teologia, mestre em Educação, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, membro Fundador da Casa de Letras Emílio Conde, escritor de várias obras da CPAD, entre elas: As Doenças do Século, Planejamento e Gestão Eclesiástica, Relações Públicas para Líderes Cristãos, As Parábolas de Jesus. É também comentarista de Lições Bíblicas há vários anos.

Estudaremos neste trimestre o tema Missiologia, que é a matéria da teologia que trata da Grande Comissão de Jesus à Sua Igreja, para ir, ensinar e fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele ordenou aos seus discípulos, conforme está registrado no texto de Mateus 28.18-20 e outros que tratam do mesmo assunto.

Quando falamos de missões, imediatamente precisamos nos remeter ao texto de Atos 1.4-8, quando Jesus antes de subir ao Céu, ordenou aos seus discípulos que aguardassem a promessa do Pai de que seriam batizados no Espírito Santo, poucos dias depois. Em seguida, o Mestre lhes ordenou que, após receberem a promessa do Pai, os discípulos seriam testemunhas do Senhor tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. 

Temos nesta ordem de Jesus aos seus discípulos a abrangência da obra missionária: Missões locais (em Jerusalém), que é a comunidade onde vivemos, ou seja, o nosso bairro e cidade; Missões regionais (Judéia) que é o nosso estado ou província; Missões Nacionais (Samaria), inclui os demais estados e todo o nosso país; Missões Transculturais (Até os confins da terra), refere-se aos povos de uma cultura totalmente diferente daquela do missionário. 

O enfoque deste trimestre será voltado para o aspecto transcultural das missões: Até os confins da terra. Missões não é uma opção para a Igreja, é a principal razão da sua existência. O Senhor Jesus nos chamou dizendo: “Vinde a mim…” (Mt 11.28). Depois que Ele nos salvou, perdoou os nossos pecados e nos deu a virtude do Espírito Santo, Ele disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15). Portanto, a missão está relacionada à nossa salvação, à ordem de Jesus e ao Poder do Espírito Santo. 


Ao longo do trimestre trataremos  questões relacionadas a missões: 


  • A Grande Comissão, um enfoque etnocêntrico: Conceito da Grande Comissão, Missões transculturais e a visão global do Evangelho no mundo.

  • Missões Transculturais: a sua origem na natureza de Deus, o Amor de Deus como o princípio fundamental da história da redenção, a visão bíblica do caráter transcultural da missão.

  • Missões transculturais no Antigo Testamento: Israel, um povo escolhido com um propósito missionário, o amor de Deus para com outras nações e as alianças entre Deus e a humanidade no Antigo Testamento.  

  • Missões transculturais no Novo Testamento: o Deus missionário do Novo Testamento, as missões nos Evangelhos e em Atos dos Apóstolos, as missões no Livro de Atos dos Apóstolos e as missões nas Epístolas e no Apocalipse. 

  • Perspectiva pentecostal de missões: a relação intrínseca entre a obra missionária e o poder do Espírito Santo; 

  • Orando, contribuindo e fazendo missões: a oração pela causa de missões, contribuições para as missões e o chamado para ir ao campo missionário. 

  • A responsabilidade da Igreja local com os missionários: o sistema de apoio da Igreja aos missionários, o cuidado integral para com os missionários e maneiras práticas de se comprometer com os missionários.

  • Missionários fazedores de tendas: a vida profissional de Paulo e sua vocação ministerial, missionários fazedores de tendas e profissionais que fazem de suas profissões um campo missionário.

  • O sustento financeiro dos missionários por parte da Igreja local: a igreja de Filipos e o sustento missionário, princípios básicos acerca do sustento missionário pela igreja e o aprendizado para o investimento na obra missionária;

  • Os desafios da chamada Janela 10/40: a batalha espiritual da janela 10/40, os principais desafios da janela 10/40, estratégias para alcançar países da janela 10/40.

  • Missões e a igreja perseguida: a Igreja nasceu em um contexto de perseguição, a perseguição cristã na atualidade e como ajudar a igreja perseguida. 

  • O modelo missionário da Igreja de Antioquia: a natureza e as características da igreja de Antioquia, uma igreja missionária em ação, uma igreja missionária em ação;

  • O propósito de missões: o alvo da obra missionária, pregar o Evangelho é responsabilidade de todo cristão, 

  • Missões e a volta do Senhor Jesus: alcançando o mundo até que Cristo volte, a volta de Jesus atrelada à obra missionária.


Bons estudos!

03 janeiro 2022

LIÇÃO 2: A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA

TEXTO ÁUREO:

“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)  

VERDADE PRÁTICA:

"A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui."

HINOS SUGERIDOS: 252, 456, 558 da Harpa Cristã.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Pe 1.21

Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo  

Terça – Rm 15.4

Tudo o que está escrito serve para o nosso ensino  

Quarta – 2 Co 4.7

As Escrituras não estão condicionadas às limitações de seus autores humanos  

Quinta – 1 Co 14.9-11

A linguagem bíblica busca alcançar a compreensão de todos  

Sexta – Lc 24.44

Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testamento  

Sábado – 1 Pe 1.23

A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores    

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 3.14-17; 2 Pedro 1.19-2 1

2 Timóteo 3

14 – Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

15 – E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 – Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 – Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

2 Pedro 1

19 – E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem faz eis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.

20 – Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

21 – Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.  

PLANO DE AULA

INTRODUÇÃO

Cremos que a Bíblia é inspirada divina, verbal e plenariamente, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos nossos corações. Nesse sentido, trazer luz a respeito da importante doutrina da Inspiração das Escrituras é o objetivo maior desta lição. Todo trabalho pedagógico deve concorrer para isso. Nossos alunos, ao final desta lição, devem aprofundar as raízes de sua fé na inspiração divina da Bíblia.

APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Refletir que a própria Bíblia reivindica sua inspiração divina;

II) Evidenciar que as limitações humanas não anulam a inspiração divina da Bíblia;

III) Explicitar que o Espírito Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a compreender as Escrituras.

B) Motivação:

O que faz a Bíblia ser diferente de todos os outros livros? Por que a Bíblia está acima da literatura de William Shakespeare, dos romances de Machado de Assis ou de outras obras clássicas? A resposta para essas perguntas está na transformação que o leitor sofre dentro de si enquanto lê a Bíblia com o auxílio do Espírito Santo.

C) Sugestão de Método: Apresente relatos que mostram o quanto as pessoas que leram a Bíblia foram impactadas; e quantas vidas foram transformadas a partir do contato com as Escrituras. Você pode fazer pesquisas em sites especializados ou em obras de história da Igreja. 

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Conclame os alunos, a toda vez que se prepararem para ler a Bíblia, a pedir o auxílio do Espírito Santo. A Bíblia é um livro divino, por isso, precisamos do divino auxílio para lê-la e compreendê-la.    

SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “A Inspiração Divina da Bíblia” aprofunda o conceito de Inspiração Divina apresentado no primeiro tópico;

2) O texto “Fundamentos bíblicos para uma filosofia de ensino” traz uma reflexão a respeito da Bíblia como fundamento inspirador para o ensino, conforme o segundo tópico.    

PALAVRA-CHAVE: INSPIRAÇÃO

INTRODUÇÃO 

A inspiração divina das Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, que nos deu a Bíblia, a única revelação escrita de Deus para a humanidade. Nesta lição, veremos que a inspiração da Bíblia é divina, verbal e plenária. Nesse sentido, a Bíblia Sagrada é para o crente salvo a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.    

I – A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

1. A inspiração bíblica é divina. Nas páginas do Antigo Testamento, a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte Sinai, Moisés “escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4). Jeremias foi advertido: “não esqueças nem uma palavra ” (Jr 26.2). No texto do Novo Testamento, Paulo disse que usava as palavras “ que o Espírito Santo ensina” (1 Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacríticos do texto hebraico eram inspirados: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mt 5.18). Assim sendo, as Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.

2. A inspiração bíblica é verbal. Ratificamos que a Bíblia é “divinamente inspirada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego "theopneustos", que significa literalmente “ soprada por Deus”. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem um ditado; eles foram instrumentos de Deus e, cada qual com sua própria personalidade e talento, escreveram “ inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver empregadas nas Escrituras. 

3. A inspiração bíblica é plenária. A inspiração da Bíblia também é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Paulo afirma que “toda” a Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade”. Significa que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Romanos, lemos que “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito ” (Rm 15.4). Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia não apenas “ contém” ou “torna-se” a Palavra de Deus, mas sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus – plena, sem erros e sem falha alguma.    

SINOPSE I

A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus livros têm o mesmo grau de autoridade.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A Inspiração Divina da Bíblia 

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus […] Que vem a ser inspiração divina ? Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que tem o fôlego para falar. Daí o ditado ‘Falar é fôlego’. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração.

Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão ‘Assim diz o Senhor’, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes.

GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41. 

II – INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA

1. A Inspiração dos autores. O Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao gênero literário, gramática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos escritores apenas os pensamentos ou as ideias. O Espírito Santo também inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina (l Co 2.10,11).

2. As limitações dos autores. Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós, inclinadas às mesmas paixões e falhas (Tg 5.17). Moisés, por exemplo, mesmo sendo o autor do Pentateuco, foi impedido de entrar na Terra Prometida porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade, está condicionado às limitações de seus autores humanos (2 Co 4.7).  

3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Samuel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provérbios) etc. Os autores sagrados também fizeram uso de figuras de linguagem, tais com o: o emprego de parábolas e enigmas (Jz 14.14; Ez 17.2); de alegorias (Gl 4-22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3 3 – 5); de vocabulário simples ou rebuscado, a depender do grau de instrução do autor (2 Pe 3.15,16). O emprego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).    

4. A linguagem do senso comum. Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué fez alusão aos“ nascer do sol” (Js 1.15); e, na batalha contra os amorreus, ele registrou que o “sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundamentos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a compreensão de todos (1 Co 14.9-11).  

SINOPSE II

As limitações humanas, o uso de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anulam a inspiração divina dos autores da Bíblia.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Inspiração 

“As Escrituras eram sopradas por Deus à medida que o Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos escritores eram verdadeiramente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos, os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua mensagem não era meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que o Espírito Santo ensina’ (1 Co 2.13)”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115.    

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTà

Fundamentos bíblicos para uma filosofia de ensino 

Uma filosofia cristã de ensino começa na Bíblia e faz parte do conceito maior de educação cristã. A Palavra de Deus oferece mais do que o conteúdo do ensino cristão; fornece também a estrutura filosófica essencial. Questões fundamentais, como: ‘Por que ensinar?’; ‘Que resultados devem os esperar?’; ‘Quem é o mediador do ensino cristão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A quem devemos ensinar?’ encontram respostas provocativas na Bíblia. Um mandato e uma meta claramente definidos emaranham-se de forma precisa com os notáveis discernimentos das Escrituras sobre o professor, o aluno e Deus para, com isso, formar um a superestrutura estável. Cada ensinador cristão constrói uma filosofia pessoal de ensino ao entender, correta ou incorretamente, a estrutura bíblica. Portanto, o desafio de construir uma filosofia verdadeiramente cristã começa de maneira correta examinando cada parte do componente fornecido pela Bíblia” 

GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66.

III – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA

1. A inspiração do Antigo Testamento. A Bíblia é categórica em reiterar sua inspiração divina. O registro de Juízes ensina que os livros de Moisés são mandamentos do Senhor (Jz 3.4). Esdras reconhece como inspirados os livros de Jeremias, Ageu e Zacarias (Ed 1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou que os seus escritos eram “as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados (Lc 24.44). Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento.    

2. A inspiração do Novo Testamento. O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); b) os escrito s bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe 3.16). Nessa direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos escritos da Nova Aliança (Jo 16.13).    

3. A obra da regeneração e a iluminação. A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16.8-11). Desse modo, o Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano a fim de regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem esse mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se iluminação (Ef 1.18). Porém, ressalta-se que o Espírito Santo ilumina o que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (Gl 1.8,9).    

SINOPSE III

A Bíblia reivindica a inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras.

CONCLUSÃO

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Ela foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras da Bíblia têm total e completa autoridade. Esse ensino concorda com a nossa Declaração de Fé que professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.   

VOCABULÁRIO:

Alegoria: Modo de expressão que procura representar pensamentos e ideias sob forma figurada. Hipérbole: Figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão ou ideia. Exemplos: “Morrer de rir”, “chorar rios de lágrimas”. 

Símile: Figura de linguagem que denota o que é semelhante, análogo. Exemplos: “Sedes prudentes como a serpente”. 

Sinal diacrítico: Sinal gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exemplos: acento agudo, cedilha, til etc. 

Q U E S T I O N Á R I O

1) O que as Escrituras reivindicam? 

As Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.  

2) O que é Inspiração Plenária? 

A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.  

3) Cite um gênero literário e três figuras de linguagens. 

Narrativa; parábola, hipérbole e metáforas.  

4) Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo Testamento? 

O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: 

a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); 

b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; l Co 2.10; Ef 35).  

5) O que não é possível acontecer sem que haja o mover do Espírito Santo? 

Sem o mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14


28 junho 2021

INTRODUÇÃO AO 3º TRIMESTRE DE 2021



Neste 3º trimestre de 2021, estudaremos o tema: O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. O nosso estudo engloba um período de 384 anos (970 a.C a 586 a.C). É um período muito longo e com muitos acontecimentos. Evidentemente, não daria para estudar tudo em treze lições. Portanto, o assunto está bem resumido e alguns reinados ficarão de fora. 


O COMENTARISTA


O comentarista é o Pr. Claiton Ivan Pommerening, que é pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC). Pr. Claiton é doutor e mestre em Teologia; escritor, membro do Conselho Geral Rede Assembleiana de Ensino; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC em Joinville – SC; e editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB. Ele foi comentarista da Revista de Jovens e adultos do 4º trimestre de 2015, com o título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida; e da Revista de Jovens do 3º Trimestre de 2016, com o título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim. 


A POLÊMICA


Surgiu uma polêmica envolvendo o comentarista. Ele foi acusado de defender algumas ideologias que são contrárias à nossa declaração de fé, como o Marxismo, a Teologia da Libertação e o Ecumenismo. Alguns ministérios ligados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil chegaram a proibir o estudo desta lição, substituindo-a pela revista dos jovens. Mas, conforme a explicação da CPAD e da CGADB, as lições foram submetidas ao crivo do consultor doutrinário da CPAD, Pr. Elienai Cabral, e ao Conselho de Doutrina da CGADB, que aprovaram o conteúdo da Revista e a ortodoxia doutrinária do comentarista. 


As acusações dizem respeito a textos publicados pelo autor em suas teses e não ao conteúdo da Revista. Eu não li toda a revista ainda e asseguro aos meus alunos e leitores que, tenho total independência e compromisso com a ortodoxia bíblica. Caso verifique qualquer apoio a estas ou outras ideologias antibíblicas, farei as devidas contestações.


OS LIVROS DOS REIS


O conteúdo do nosso estudo neste trimestre está registrado nos Livros de 1 e 2 Reis. Na Bíblia hebraica, estes livros estão incluídos entre os profetas anteriores, que são os livros de Josué, Juízes, Samuel (um único livro) e Reis (também um único livro). Entretanto, os dois livros dos reis, em um único volume, ficaram muito grandes. Naquela época não havia papel, nem impressão. Os textos bíblicos eram copiados manualmente, em um material chamado papiro, feito de tiras desta planta, que era muito abundante no Egito. 

Na tradução do hebraico, para a versão grega, chamada de Septuaginta, os livros dos reis foram divididos em quatro volumes: 1 Reis (1 Samuel), 2 Reis (2 Samuel), 3 Reis (1 Reis) e 4 Reis (2 Reis). Na tradução para a língua portuguesa, a Bíblia foi organizada por assuntos e, dessa forma, os livros foram agrupados entre os chamados livros históricos que vai de Josué a Ester e os livros dos reis foram separados em quatros volumes: 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. 


AS TREZE LIÇÕES DO TRIMESTRE


Neste trimestre, devido à quantidade de assuntos a serem tratados em pouco tempo, não teremos uma lição introdutória, como de costume. Logo na primeira lição, já iniciamos com a ascensão de Salomão ao reino e a construção do Templo. Salomão foi o filho de Davi com a viúva de Urias, o soldado que foi traído e covardemente assassinado a mando de Davi, que tivera uma relação adúltera com a esposa dele. Para não ser descoberto, acabou tramando com Joabe, comandante do Exército, para que colocasse Urias na frente da batalha, para que morresse.

O primeiro filho desta relação morreu. O segundo filho foi Salomão e Deus o amou e disse que ele seria o sucessor de Davi no reino. (2 Sm 12.24). O profeta Natã, chamou o seu nome Jedidias, que significa “amado pelo Senhor” e Davi o chamou Salomão, que deriva de “Shalom” e significa paz. 

Na velhice de Davi, o seu filho Adonias usurpou o trono, mas o profeta Natã junto com Batseba, a mãe de Salomão, avisaram a Davi e este constituiu Salomão como rei. Salomão assumiu o trono com a missão de construir o Templo. O seu pai havia deixado tudo preparado para isso. Davi foi um grande guerreiro e conquistou praticamente todo o território prometido por Deus a Abraão. Foi a maior extensão territorial que Israel já possuiu durante toda a sua história. Deus prometeu a Davi, que haveria paz em Israel nos dias do seu filho Salomão, para que ele pudesse construir o templo. 

Quando assumiu o trono, Salomão reuniu o povo e fez uma longa oração a Deus. Deus respondeu a Salomão e disse para ele pedir o que quisesse. Salomão pediu a Deus, sabedoria para governar o seu povo. Deus disse que, como ele não pedira riquezas, nem a morte dos seus inimigos, lhe daria sabedoria, como ele havia pedido, mas também lhe daria riquezas e paz. De fato, Salomão foi o rei mais sábio e mais rico da história, e durante o seu reinado não houve guerras. Todas as nações do mundo queriam ser amigas dele e lhe davam presentes. 

Entretanto, apesar de ser sábio, rico e temente a Deus, Salomão também cometeu alguns erros. O primeiro deles foram os chamados casamentos políticos. Salomão buscou a amizade com outras nações casando com filhas de reis estrangeiros Ele não precisava disso, pois, Deus havia lhe prometido a paz. Além disso, os casamentos mistos eram proibidos na Lei de Deus. O resultado destes casamentos foi um desastre para o final da sua vida. As mulheres lhe perverteram o coração e o levaram à idolatria. Deus o repreendeu e disse que não lhe tiraria o reino, por causa da aliança feita com o seu pai Davi. Mas, entregaria dez tribos ao seu servo, nos dias do seu filho. Este será o assunto da lição 02. 

Após a morte de Salomão, o seu filho Roboão assumiu o trono. O povo de Israel reclamou com ele que o seu pai havia lhes imposto uma carga tributária muito alta. Roboão chamou os anciãos de Israel e perguntou o que ele deveria responder ao povo. Os anciãos, de forma sábia, disseram que o povo tinha razão e que ele deveria aliviar os tributos. Roboão, então, resolveu se aconselhar com os jovens da sua idade e estes o aconselharam o contrário. Disseram que ele deveria ser mais duro ainda e responder ao povo que iria piorar a situação. Isso, evidentemente, causou a revolta de dez tribos, que seguiram a Jeroboão, o servo de Salomão e o constituiram rei sobre si, ficando apenas as tribos de Judá e Benjamim com a família de Davi. Roboão quis fazer guerra contra Jeroboão, mas Deus proibiu e ele desistiu (1 Rs 12.21-24).

Este será o assunto estudado na Lição 2: O reino dividido: Jeroboão e Roboão. Jeroboão, ao assumir o reino do Norte, teve medo de que o povo ao subir a Jerusalém para adorar a Deus no Templo, sentisse saudades e desistisse de apoiá-lo. Então ele criou a adoração aos bezerros de ouro, em Betel, e estabeleceu falsos sacerdotes, para queimarem incensos e oferecerem sacrifícios neste altar. Jeroboão ficou conhecido como “aquele que fez Israel pecar''. Por isso, a sua dinastia não prosperou. O seu filho Nadabe assumiu o trono, mas, reinou apenas dois anos e foi morto por Baasa. Baasa também foi mau, seguindo os caminhos de Jeroboão. Reinou 24 anos no Reino do Norte. O seu filho Elá reinou durante dois anos e foi morto quando estava embriagado, pelo seu general Zinri, que usurpou o trono. Zinri exterminou todos os descendentes de Baasa, cumprindo a profecia do profeta Jeú. Mas, o reinado de Zinri, também não prosperou. Ele reinou apenas sete dias. Houve uma divisão entre o povo e a metade seguiu a Onri, comandante do Exército, que venceu Zinri e assumiu o trono. Onri reinou doze anos e, apesar de ser ímpio, foi um estadista muito importante. Foi ele que edificou a cidade de Samaria e a transformou na capital do reino do Norte. Onri é o pai de Acabe, que será o assunto da lição 3. 

Nas lições 3 a 8, o nosso estudo será voltado para os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Na lição 3, falaremos do confronto entre o rei Acabe e o profeta Elias. Na lição 4, veremos o confronto entre Elias e os profetas de Aserá e Baal, ocorrido no monte Carmelo, onde desceu fogo do Céu e consumiu completamente o altar, bezerro, pedras, lenha e até a água. Na ocasião, Elias mandou exterminar os falsos profetas. 

Na lição 5, falaremos sobre o reinado de Acazias, filho de Acabe, seu sucessor no reino. Acazias assumiu o trono e serviu publicamente a Baal. Por causa disso, ele adoeceu de uma doença mortal e mandou consultar a Baal-Zebul, deus de Ecrom, para saber se sararia desta doença. Deus, então, mandou o profeta Elias ao encontro dos mensageiros deste rei e perguntar-lhes se não havia Deus em Israel, para ele consultar Baal-Zebul. Em seguida, Deus mandou dizer que ele não sararia desta doença, mas, certamente seria morto. Os mensageiros retornaram a Acazias com aquela sentença e ele enviou um capitão com cinquenta homens, para que Elias comparecesse ao palácio. Elias disse: 

- Se eu sou homem de Deus, desça fogo do Céu e consuma a ti aos teus cinquenta soldados. 

O rei tornou a enviar outro capitão com cinquenta soldados e aconteceu a mesma coisa. Na terceira tentativa, o capitão se prostrou diante do profeta e implorou para que ele fosse. Desta vez, Elias foi e entregou a sentença de morte ao rei Acazias. 

Na Lição 6, falaremos sobre O profeta Elias e Eliseu, seu sucessor. Falaremos sobre o final do ministério de Elias, a despedida de Elias e Eliseu, o pedido corajoso de Eliseu, o arrebatamento de Elias ao Céu e a concretização do ministério profético de Eliseu, como autêntico sucessor de Elias. 

Continuando, na Lição 7 falaremos sobre O ministério de Eliseu, destacando alguns milagres, como confirmação do seu ministério profético. Falaremos um pouco sobre zelo do Senhor pelo Seu povo, mesmo durante o reinado de ímpios, socorrendo a viúva de Sarepta. Falaremos também sobre a relação entre fé e obediência. 

Na lição 8, estudaremos o episódio em que o general siro, Naamã, é curado da lepra. Nesta lição veremos três pontos importantes: a busca de Naamã pela cura, o orgulho de Naamã diante da  ordem de Eliseu e a ambição de Geazi, o moço de Eliseu. 

Na lição 9, vamos estudar o reinado de Joás, que foi rei de Judá, o chamado Reino do Sul, onde reinava a descendência de Davi. Havia uma profecia de Elias, de que a casa de Acabe inteira seria exterminada. Deus levantou no Reino do Norte, um rei chamado Jeú, para esta missão. O rei Josafá, do Reino do Sul, era um rei bom e temente a Deus. Mas, ele cometeu o erro de fazer amizade com Acabe que foi um dos piores reis de Israel.

Jeorão, filho de Josafá, casou-se com Atalia, filha de Acabe. Acazias, filho deste casal, foi o sucessor no Reino do Sul. Na matança que Jeú fez dos descendentes de Acabe, matou também Acazias, rei de Judá, que era neto de Acabe. A sua mãe, Atalia, se revoltou e mandou matar toda a família real do Reino do Sul e assumiu o trono, reinando por seis anos. O sacerdote Joiada escondeu a Joás, filho do rei Acazias, que era criança. Aos sete anos, ele foi ungido rei e Atalia foi morta. Joás foi um bom rei, durante a vida do Sacerdote Joiada que o ungiu rei. Mas, após a morte do seu tutor, ele se entregou à idolatria, injustiças e impiedade. O castigo divino não demorou. O seu reino foi invadido pela Síria e os seus próprios servos conspiraram contra ele e o mataram. 

Na lição 10, estudaremos o final trágico das dez tribos, com o cativeiro de Israel: reino do norte. Falaremos sobre as injustiças e distanciamento de Deus por parte dos reis de Israel, que o levaram à decadência política, social, moral e espiritual. Israel insistiu na idolatria e no sincretismo religioso, apesar das muitas advertências dos profetas. Então, Deus permitiu que a Assíria os levasse para o cativeiro e eles nunca mais voltaram. O rei da Assíria trouxe outros povos para habitar na região. 

A partir da lição 11 não existe mais o Reino do Norte. Estudaremos, então, os reinados de dois reis de Judá que foram justos e fizeram reformas religiosas importantes. Na lição 11 faremos sobre O reinado de Ezequias. A lição mostra a integridade do reinado de Ezequias; as afrontas de Senaqueribe, rei da Síria; e o final trágico deste rei, que foi morto pelos próprios filhos, depois que um anjo do Senhor matou 185 mil soldados do seu exército, em resposta à oração de Ezequias. 

Na Lição 12, falaremos sobre O reinado de Josias. Josias era filho do rei Amom, que foi um péssimo rei. Os seus servos conspiraram contra ele e o mataram em sua própria casa. Mas, o povo de Judá se uniu, matou os conspiradores e constituíram o seu filho Josias como rei, com apenas oito anos de idade. (2 Rs 21.23,24). Josias foi o último dos reis justos da descendência de Davi. Foi considerado o melhor rei de Judá, no aspecto espiritual. (2 Rs 23.25). 

No décimo oitavo ano do seu reino, Hilquias, o sumo sacerdote encontrou o Livro da Lei no templo e o entregou ao escrivão Safã, que o leu diante do rei. Ouvindo as palavras da Lei, Josias rasgou as suas vestes em sinal de humilhação. Depois, mandou consultar ao Senhor, através da profetisa Hulda. A profetisa entregou a mensagem de Deus, dizendo que Deus traria julgamento sobre o Reino do Sul, por causa dos pecados cometidos. Entretanto, devido a humilhação do rei Josias diante de Deus, ele e seu reinado seriam poupados deste julgamento que viria depois da sua morte. Josias renovou a aliança com o Senhor: mandou reparar o templo; derrubou os altares e retirou todos os ídolos e os queimou fora de Jerusalém; e mandou também celebrar a Páscoa. 

Por último, na Lição 13, falaremos sobre O cativeiro de Judá. Da mesma forma que fizera o Reino do Norte, mesmo diante de inúmeros alertas dos profetas, o Reino do Sul também não deu ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico. Após a morte de Josias, o seu filho Jeoacaz reinou em seu lugar e não seguiu os passos do pai. Reinou apenas três meses e o rei do Egito, Faraó Neco, mandou prendê-lo e constituiu o seu irmão Eliaquim como rei, a quem deu o nome de Jeoaquim. 

Jeoaquim também foi mau e nos seus dias, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém e a dominou por três anos. Depois de três anos, Jeoaquim se rebelou e foi levado prisioneiro para a babilônia. O seu filho Joaquim ficou em seu lugar, como preposto da Babilônia em Jerusalém por três meses. Joaquim também era ímpio e, durante o seu governo, Nabucodonosor mandou levá-lo à Babilônia, junto com os utensílios de ouro do Templo, e estabeleceu a Zedequias, seu irmão, como governante. 

Zedequias reinou por onze anos sob o domínio babilônico. Foi um rei ímpio e, mesmo ouvindo as profecias de Jeremias, não deu ouvidos e se rebelou contra Nabucodonosor. O exército babilônico, então, destruiu Jerusalém e o templo e levou o povo cativo para o cativeiro, que durou 70 anos. 


Bons estudos! 


Pb. Weliano Pires


VENCENDO OS DIAS MAUS

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