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06 julho 2021

OS ERROS DE ROBOÃO

Como vimos no tópico anterior, a divisão do reino foi plano de Deus. Mas, as atitudes intransigentes de Roboão foram determinantes para que isso acontecesse e nos servem de exemplo. No mundo atual, muitas pessoas são avessas a conselhos. Alguns dizem até que, "se conselho fosse bom, não seria dado e sim vendido". Os jovens, normalmente, não gostam de ouvir conselhos, principalmente dos mais velhos, pois, os acham ultrapassados. Os velhos, por sua vez, acham que já tem muita experiência e não precisam de conselhos. 

1. Quem foi Roboão. Roboão era filho de Salomão com Naamá, sua esposa amonita. (1 Rs 14.21). O seu nome significa "o que aumenta o povo"É o único filho de Salomão mencionado na Bíblia e nasceu um ano antes de Salomão assumir o trono. Roboão foi o primeiro monarca do Reino do Sul. Ele começou o seu reino aos 41 anos e reinou 17 anos em Jerusalém. 

2. O bom conselho dos anciãos. Inicialmente, Roboão teve uma boa atitude. Ao se deparar com a insatisfação do povo, devido aos elevados tributos deixados por seu pai, Roboão pediu conselhos aos anciãos (1 Rs 12.6,7). Os anciãos reconheceram que a insatisfação do povo era justa e aconselharam Roboão a reduzir a carga tributária, pois assim teria o povo ao seu lado. 

3. O mau conselho dos amigos de Roboão. Após ouvir os anciãos, que conviveram com Salomão, Roboão resolveu ouvir também os mais jovens, que eram seus contemporâneos. Entretanto, o conselho dado pelos jovens foi diametralmente oposto ao dos anciãos. Eles aconselharam Roboão a responder de forma autoritária e arrogante, que iria aumentar os impostos e impor medidas muito mais severas do que as do seu pai. (1 Rs 12.14).

4. O erro de Roboão ao ouvir maus conselhos. Coube a Roboão avaliar os dois conselhos opostos que ouviu e decidir por um deles. Roboão decidiu acatar o conselho dos jovens e respondeu ao povo conforme o conselho deles. A decisão tomada por ele mostra que ele também pensava como os jovens, pois, aquele conselho era absolutamente insensato. Mesmo que não concordasse em reduzir os impostos, poderia ter proposto uma saída menos drástica e responder ao povo de forma branda, para evitar que os ânimos se exaltassem ainda mais. Esta decisão insensata de Roboão, no entanto, foi uma permissão de Deus, para provocar a revolta e confirmar a palavra que o Senhor tinha falado pelo ministério de Aías. (1 Rs 12.15).

Os conselhos são muito importantes numa administração, pois, o administrador não sabe tudo. O bom administrador precisa ser especialista em tudo. Ele só precisa ouvir quem entende de cada assunto e tomar decisões sensatas. Saber distinguir os bons dos maus conselheiros é essencial no momento de tomar alguma decisão importante na nossa vida. Até mesmo na liderança da Igreja, é importante ouvir conselhos de pessoas sábias e experientes. Um pastor que decide tudo sozinho tem mais chance de errar e quando errar terá que arcar sozinho com as consequências. 

"O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos" (Pv 12.15). 

"O orgulho só gera discussões, mas a sabedoria está com os que tomam conselho". (Pv 13.10). 


Pb. Weliano Pires


05 julho 2021

AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DIVISÃO DO REINO DE ISRAEL

Neste primeiro tópico da lição, vamos tratar das principais causas que levaram à divisão do reino de Israel, após a morte de Salomão. O reinado de Salomão é visto como próspero e pacífico, como vimos na lição passada. A paz em seu reino foi uma promessa de Deus a Davi, para que ele construísse o templo. Em parte, esta paz foi conquistada pelas guerras que Davi empreendeu com os seus valentes, conquistando territórios e impondo temor às outras nações. Por outro lado, Salomão com os seus acordos comerciais e os seus casamentos políticos, não necessitou de guerras. 

1. A carga pesada de Salomão. O reinado de Salomão foi muito luxuoso, com grandes investimentos em construções como palácios, estradas e o próprio templo, com muito esplendor. Isso, evidentemente, aumentou significativamente os gastos do governo. Como dizem os economistas modernos, o governo nada produz e se ele aumenta os gastos, a população paga a conta, com aumento de impostos. Para bancar o aumento de gastos, Salomão impôs ao povo uma pesada carga tributária e aumento dos trabalhos forçados. 

2. O descontentamento do povo. Como era de se esperar, houve uma insatisfação generalizada do povo com os pesados tributos impostos por Salomão. Durante a sua vida, o povo não se rebelou, embora estivessem descontentes. Mas após a sua morte, as dez tribos no Norte chamaram Roboão, filho e sucessor natural de Salomão, para uma conversa e expuseram a insatisfação com o peso dos tributos. Roboão, ouvindo o povo, pediu que lhe dessem três dias para que ele decidisse o que fazer. Primeiro, ele ouviu os contemporâneos do seu pai, que o aconselharam a aliviar os tributos, pois assim, ele teria o povo a seu favor. Em seguida, ouviu os jovens que cresceram junto com ele. Estes o aconselharam a não dar ouvidos à voz do povo, pois, se fizesse isso estaria se mostrando fraco. Segundo os jovens, Roboão deveria responder ao povo com dureza e prometer aumentar ainda mais os encargos ao povo. 

3. A intransigência de Roboão. Desprezando o conselho dos anciãos e  ouvindo o conselho dos jovens, Roboão recusou-se a aliviar a carga do povo e ainda falou com palavras duras que iria endurecer ainda mais a situação. Os jovens em sua linguagem figurada, indicaram uma atitude tirânica, aconselhando Roboão a exagerar, colocando um certo abuso em sua autoridade, prometendo ser mais rigoroso que o seu pai, dizendo que o seu ‘dedo mínimo’ era mais grosso que os ‘lombos’ (ou coxas) de seu pai. Disseram também que se seu pai os havia castigado com açoites, Roboão iria castigá-los com escorpiões. Isso era uma referência às bordas em farpas que havia nas extremidades dos chicotes. No segundo tópico falaremos mais sobre os erros de Roboão. 

4. A revolta de Jeroboão. Jeroboão era da tribo de Efraim e foi um administrador competente que serviu ao governo de Salomão. Por causa da idolatria de Salomão, Deus usou o profeta Aías para dizer que tomaria dez tribos das mãos da família de Davi e daria a Jeroboão. Quando Salomão soube desta profecia, procurou matar Jeroboão e ele teve que se abrigar no Egito por cinco anos. Após a morte de Salomão, ele retornou para a terra de Israel. Quando ouviu as reclamações do povo e a resposta dura de Roboão, ele liderou a revolta e foi constituído rei das dez tribos do Norte. A insatisfação popular foi somente um detalhe, pois, a divisão das tribos era plano de Deus, por causa da idolatria de Salomão. 

O comentarista coloca a pesada carga tributária de Salomão e a insatisfação popular como as causas da divisão do reino. Mas, a principal razão da divisão foi a idolatria de Salomão. A divisão do reino foi plano de Deus como punição pela idolatria. Deus tinha uma aliança com Davi, de que através da sua descendência, viria o Messias para salvar o mundo. A idolatria e a mistura com outros povos ameaçava o projeto de Deus. Por isso, Deus separou duas tribos para manter o reino com a família de Davi e entregou as dez tribos a Jeroboão, que também se desviou e levou Israel à idolatria nacional, como veremos no terceiro tópico.

Pb. Weliano Pires


04 julho 2021

Lição 02: O Reino Dividido: Jeroboão e Roboão


Data: 11 de julho de 2021.

TEXTO ÁUREO:

“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21)


VERDADE PRÁTICA:

“Os maus conselhos levam o homem à ruína, mas o conselho amoroso tem o poder de nos livrar da morte.”


HINOS SUGERIDOS: 25,131, 400 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda - feira – Pv 11.14 Ouvir sábios conselhos direciona o ser humano para decisões seguras

Terça - feira – Is 42.8 Deus é o detentor de toda glória e não a divide com ninguém

Quarta - feira – Gl 5.19-21 O Reino de Deus pertence àqueles que abandonam as obras da carne

Quinta - feira – Pv 12.15 Aquele que sabe ouvir conselhos é sábio

Sexta - feira – Cl 3.5 Toda a idolatria e concupiscência carnal deve ser abolida quando se está em Cristo

Sábado – Pv 15.22 Compreender a necessidade de ouvir conselhos conduz à sabedoria


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Reis 12.1-10,13,14,26-29


1- E foi Roboão para Siquém, porque todo o Israel veio a Siquém, para o fazerem rei.

2- E sucedeu, pois, que, ouvindo-o Jeroboão, filho de Nebate, estando ainda no Egito (porque fugira de diante do rei Salomão e habitava Jeroboão no Egito),

3- enviaram e o mandaram chamar; e Jeroboão e toda a congregação de Israel vieram e falaram a Roboão, dizendo:

4- Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.

5- E ele lhes disse: Ide-vos até ao terceiro dia e voltai a mim. E o povo se foi.

6- E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estavam na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais vós que se responda a este povo?

7- E eles lhe falaram, dizendo: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos.

8- Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham aconselhado e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele.

9- E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo, que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?

10- E os jovens que haviam crescido com ele lhe falaram, dizendo: Assim falarás a este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesadíssimo o nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.

13- E o rei respondeu ao povo duramente, porque deixara o conselho que os anciãos lhe haviam aconselhado.

14- E lhe falou conforme o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.

26- E disse Jeroboão no seu coração: Agora, tornará o reino à casa de Davi.

27- Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu SENHOR, a Roboão, rei de Judá, e me matarão e tornarão a Roboão, rei de Judá.

28- Pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.

29- E pôs um em Betel e colocou o outro em Dã.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


A fim de preparar os alunos para a aplicação desta aula, comece conversando sobre a importância de se pedir orientação a Deus na hora de tomarmos as mais importantes decisões da nossa vida. Fale também sobre o cuidado e o discernimento que devemos ter diante dos conselhos que recebemos. O que vale mais, uma advertência conciliadora ou um conselho que promova a dissenção e divisão? O orgulho de Roboão foi demonstrado ao rejeitar a conciliação aconselhada pelos anciãos, preferindo uma exigência arrogante de submissão do povo. Para incentivar ainda mais a participação de seus alunos, faça a seguinte pergunta: A experiência e a prudência dos mais velhos é fator preponderante para a consideração de seus conselhos e orientações?


OBJETIVO GERAL

Ressaltar a importância de ouvir bons conselhos.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.


I. Elencar as principais causas da divisão do reino;

II. Apresentar as falhas e más decisões de Roboão;

III. Pontuar o pecado de idolatria de Jeroboão.


PONTO CENTRAL: 

Aquele que é capaz de distinguir os bons dos maus conselhos toma sábias decisões.


INTRODUÇÃO


Após a morte de Salomão em 931 a.C., seu filho Roboão subiu ao trono (1 Rs 11.43). Ele foi o principal responsável pela divisão do reino em duas partes: o reino do Norte (Israel) e o reino do Sul (Judá). A fatídica história de insensatez desse rei nos mostrará as consequências de uma má decisão. Essa história nos ensina a dependermos cada vez mais de Deus em momentos que tomamos decisões importantes na vida.


I – AS PRINCIPAIS CAUSAS DA CISÃO

1. A carga pesada de Salomão. Devido às alianças externas feitas por Salomão, ele não precisou se dedicar às guerras. Seu reinado foi marcado, em parte, pela paz; seu trabalho era proteger, ampliar o Estado e conservá-lo uno. Seus investimentos eram direcionados para construções e projetos arquitetônicos grandiosos, tais como templos, palácios, e tantos outros que marcaram seu governo (1 Rs 5.3-5). Contudo, para que todas essas idealizações se tornassem realidade, a população pagava impostos muito pesados (1 Rs 12.4). Além disso, com o objetivo de colocar em prática os projetos do rei, havia a obrigação do uso da mão de obra de trabalhadores de quase todas as tribos.

2. A divisão do reino. O autoritarismo do rei Salomão culminou no descontentamento das dez tribos do Norte, em contrapartida, as tribos de Judá e Benjamim, que ficavam ao sul de Israel, participavam ativamente do governo e faziam parte de sua corte. Quando Salomão morreu em 931 a.C., seu filho Roboão foi questionado pelos líderes de Israel, sob o comando de Jeroboão, sobre o aperto vivido por eles. O povo pediu para que Roboão diminuísse sua carga de trabalho (1 Rs 12.4), mas, ao contrário, seguindo o conselho dos jovens (v.10) e não dos anciãos (v.6), Roboão tornou o fardo ainda mais pesado para os trabalhadores (v.11). As dez tribos do norte, sob a liderança de Jeroboão, se rebelaram contra essa decisão e formaram um novo reino, o reino do Norte (1 Rs 12.16-20).


SÍNTESE DO TÓPICO I

A missão de um líder é direcionar seus liderados e não os oprimir.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


É possível que alguns de seus alunos encontrem dificuldades no estudo da Bíblia por falta de orientação ou de um método determinado para o estudo. Às vezes estudamos muito e retemos pouco ou quase nada. Isso, em parte, acontece pelo fato de estudarmos sem ordem e método. Dê a eles as seguintes orientações:

1. Ore ao Senhor dando-lhe graças e suplicando direção e iluminação do alto.

2. Tenha à mão todo o material de estudo: Bíblia, revista, dicionário bíblico, atlas geográfico, concordância, caderno para apontamentos etc.

3. Leia toda a unidade ou seção indicada pelo professor. Procure obter uma visão global dela; o propósito do escritor.

4. Leia outra vez a mesma unidade. À medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-chave. Faça anotações nas margens do caderno ou revista.

5. Feche a revista e tente recompor de memória as divisões principais da unidade de estudo. Não conseguindo, abra a revista e veja.

6. Repita o passo acima.


II – OS ERROS DE ROBOÃO

1. A repetição dos erros de Salomão. Ao tomar conselho com os anciãos e com os jovens, Roboão decidiu acatar o conselho dos jovens, demonstrando total despreparo para exercer a posição em que estava (1 Rs 12.8-11). O conselho dos anciãos dizia que a solução do problema era dar às dez tribos o que pediam. Isso significaria desacelerar o projeto de expansão e desenvolvimento do reino, mas também abrandaria os ânimos agitados do povo, evitando assim a ruptura (1 Rs 12.6,7).

2. Os maus conselhos dos amigos de Roboão. Ao seguir os conselhos dos jovens, Roboão assinou sua própria sentença: as dez tribos se rebelaram e sob seu domínio ficaram apenas duas (Judá e Benjamim). Roboão deu ouvidos aos maus conselheiros e isso o levou à ruína (1 Rs 12.13).

3. O cuidado com os conselhos. Quando o orgulho se torna o centro de nossas vidas, ficamos à mercê de nós mesmos e não conseguimos discernir entre o bem e o mal; assim foi com Roboão (Pv 28.26). A falta de sábios conselhos pode levar o ser humano ao declínio moral, ético e espiritual, tornando-o empobrecido e decadente.


SÍNTESE DO TÓPICO II

Saber distinguir os bons dos maus conselheiros é essencial no momento de tomar alguma decisão importante na nossa vida.


SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


Primeiramente, Roboão consultou aqueles que haviam servido sob o seu Pai Salomão, provavelmente os que haviam sido relacionados como oficiais em 1 Rs 4.1ss. O conselho que recebeu foi para aliviar a carga dos impostos, pois aparentemente reconheciam que a queixa era justificada. Essa é a primeira afirmação direta em relação aos impostos que Salomão havia instituído; porém, essa taxação está implícita em sua organização fiscal e administrativa (1 Rs 4.7-19) e em suas disseminadas atividades de construção, industrial e comercial, entretanto, pode parecer que muitas das despesas dessas atividades eram cobertas por impostos e taxas coletados dos estados vassalos (1 Rs 10.14,15).


Embora essa queixa tivesse fundamento, ela também pode ter se originado do ciúme e da inveja, pois a maior parte do dinheiro era gasta na cidade de Jerusalém e nas de Judá, ao Sul. Os jovens da própria geração de Roboão insistiam em medidas mais rigorosas, e sua linguagem figurada indicava uma atitude tirânica; eles o aconselharam a exagerar (10), a colocar um certo abuso em sua autoridade, a exceder o rigor de seu pai na medida em que seu ‘dedo mínimo’ fosse mais grosso que os ‘lombos’ (coxas) de seu pai. Escorpiões (11) é uma referência às bordas em farpas na extremidade de um açoite.


Embora tenha procurado o conselho e outros, ele se baseou em sua própria decisão, isto é, aumentar a carga de impostos ao invés de caminhar na trilha de um servo, exatamente o que o rei de Israel deveria ser. Escolher entre ser um egoísta ou um servo é uma decisão que muitos, além de Roboão, já tiveram que tomar” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.315).


CONHEÇA MAIS


“As raízes da divisão nacional. A morte de Salomão abriu caminho para um dos mais traumáticos e decisivos acontecimentos da longa história de Israel: a formal e permanente divisão do reino entre as dez tribos do norte, que doravante passaria a ser chamar Israel ou Efraim e a tribo de Judá ao sul. Embora tenha abalado a nação psicologicamente, a divisão não deve ter causado surpresa ao povo, porque as raízes políticas e ideológicas do cisma eram profundas no passado de Israel.” Para saber mais leia: História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.335.


III – O REINADO E A IDOLATRIA DE JEROBOÃO

1. A rebeldia de Jeroboão. Jeroboão, filho de Nebate, pertencia à tribo de Efraim, foi o primeiro rei do Norte e reinou por 22 anos em Israel. Ainda jovem, Jeroboão serviu ao rei Salomão, que se agradou de seu trabalho e o nomeou chefe dos servos da casa de José (1 Rs 11.28). Todavia, durante o reinado de Salomão, Jeroboão se rebelou contra ele, e Aías, o profeta, lhe comunicou que Deus o havia escolhido para reinar sobre as dez tribos de Israel (1 Rs 11.29-31). Sabendo disso, Salomão tentou matá-lo, mas sem sucesso, pois ele se refugiou no Egito e lá permaneceu até a morte de Salomão (1 Rs 11.40).

2. Jeroboão, o primeiro rei do Norte. Após a divisão do reino, Jeroboão foi nomeado rei pelas dez tribos de Israel e estabeleceu seu trono em Siquém (1 Rs 12.20,25). Temendo que a peregrinação dos judeus ao Templo para adoração pudesse promover a reunificação do reino, Jeroboão mandou erigir dois santuários de adoração com bezerros de ouro, um ao norte, em Dã, e outro ao sul, em Betel (1 Rs 12.28,29), a fim de evitar que o povo fosse a Jerusalém. A atitude idólatra de Jeroboão resultou no castigo divino sobre ele e sua família (1 Rs 14.7-14).

3. Consequências da idolatria. O pecado da idolatria foi um dos principais motivos dos infortúnios do povo de Israel. Deus não admite dar a sua glória a outrem (Is 42.8); por isso, o pecado da idolatria tem como consequência a separação de Deus e a maldição (Dt 11.26-28).


SÍNTESE DO TÓPICO III

O pecado da idolatria foi o responsável pela derrocada de muitos reis na história de Israel. Devemos exterminá-lo de nossas vidas.


SUBSÍDIO DEVOCIONAL


“Jeroboão temia que se o seu povo subisse a Jerusalém para adorar ao Senhor, como a Lei exigia, ele pudesse buscar, com o passar do tempo, a reunificação política. Os seus temores o levaram a estabelecer um sistema que falsificava a religião revelada no Antigo Testamento. Jeroboão escolheu duas cidades há muito tempo ligadas à adoração, Betel e Dã, como centros de adoração. Ele constituiu sacerdotes que eram da descendência de Arão, mudou as datas das festas religiosas, e ofereceu sacrifícios sobre altares levantados em Betel e Dã”.


“Este foi um abandono proposital da religião revelada. No entanto, isso tinha a intenção de imitar a verdade. As falsas religiões geralmente possuem elementos em comum com a fé bíblica. Por exemplo, muitas das grandes religiões do mundo pregam a moralidade. Porém, a fé falsificada carece de um ingrediente essencial- a presença e o poder do único Deus, que se revelou a nós” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.205).

 

CONCLUSÃO


Enquanto Jeroboão praticou a idolatria de forma direta, Roboão se envolveu numa espécie de veneração que, embora oculta aos olhos humanos, produz as mesmas danosas consequências. Os desejos egoístas de Roboão estavam acima da vontade de Deus, o ídolo dele era ele mesmo, sua própria vontade. Quando o crente tem Deus como seu guia, ele não toma conselhos com pessoas que lhe falarão o que ele quer ouvir, mas decidirá por ouvir pessoas que lhe falem a verdade.


Q  U E S T I O N Á R I O 


1. Qual foi a postura de Roboão diante do pedido do povo para diminuir a carga de trabalho? 

Ouviu o conselho dos jovens e tornou o trabalho do povo ainda mais pesado.


2. O que pode acontecer ao ser humano na ausência de sábios conselhos? 

A falta de sábios conselhos pode levar o ser humano ao declínio moral, ético e espiritual, tornando-o empobrecido e decadente.


3. Qual rei mandou construir dois santuários de adoração idólatra? 

Jeroboão.


4. Qual foi a principal causa das desgraças do povo de Israel?

A idolatria.


5. Quem era o ídolo de Roboão? 

Ele era ídolo dele mesmo, sua própria vontade.


28 junho 2021

INTRODUÇÃO AO 3º TRIMESTRE DE 2021



Neste 3º trimestre de 2021, estudaremos o tema: O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. O nosso estudo engloba um período de 384 anos (970 a.C a 586 a.C). É um período muito longo e com muitos acontecimentos. Evidentemente, não daria para estudar tudo em treze lições. Portanto, o assunto está bem resumido e alguns reinados ficarão de fora. 


O COMENTARISTA


O comentarista é o Pr. Claiton Ivan Pommerening, que é pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC). Pr. Claiton é doutor e mestre em Teologia; escritor, membro do Conselho Geral Rede Assembleiana de Ensino; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC em Joinville – SC; e editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB. Ele foi comentarista da Revista de Jovens e adultos do 4º trimestre de 2015, com o título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida; e da Revista de Jovens do 3º Trimestre de 2016, com o título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim. 


A POLÊMICA


Surgiu uma polêmica envolvendo o comentarista. Ele foi acusado de defender algumas ideologias que são contrárias à nossa declaração de fé, como o Marxismo, a Teologia da Libertação e o Ecumenismo. Alguns ministérios ligados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil chegaram a proibir o estudo desta lição, substituindo-a pela revista dos jovens. Mas, conforme a explicação da CPAD e da CGADB, as lições foram submetidas ao crivo do consultor doutrinário da CPAD, Pr. Elienai Cabral, e ao Conselho de Doutrina da CGADB, que aprovaram o conteúdo da Revista e a ortodoxia doutrinária do comentarista. 


As acusações dizem respeito a textos publicados pelo autor em suas teses e não ao conteúdo da Revista. Eu não li toda a revista ainda e asseguro aos meus alunos e leitores que, tenho total independência e compromisso com a ortodoxia bíblica. Caso verifique qualquer apoio a estas ou outras ideologias antibíblicas, farei as devidas contestações.


OS LIVROS DOS REIS


O conteúdo do nosso estudo neste trimestre está registrado nos Livros de 1 e 2 Reis. Na Bíblia hebraica, estes livros estão incluídos entre os profetas anteriores, que são os livros de Josué, Juízes, Samuel (um único livro) e Reis (também um único livro). Entretanto, os dois livros dos reis, em um único volume, ficaram muito grandes. Naquela época não havia papel, nem impressão. Os textos bíblicos eram copiados manualmente, em um material chamado papiro, feito de tiras desta planta, que era muito abundante no Egito. 

Na tradução do hebraico, para a versão grega, chamada de Septuaginta, os livros dos reis foram divididos em quatro volumes: 1 Reis (1 Samuel), 2 Reis (2 Samuel), 3 Reis (1 Reis) e 4 Reis (2 Reis). Na tradução para a língua portuguesa, a Bíblia foi organizada por assuntos e, dessa forma, os livros foram agrupados entre os chamados livros históricos que vai de Josué a Ester e os livros dos reis foram separados em quatros volumes: 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. 


AS TREZE LIÇÕES DO TRIMESTRE


Neste trimestre, devido à quantidade de assuntos a serem tratados em pouco tempo, não teremos uma lição introdutória, como de costume. Logo na primeira lição, já iniciamos com a ascensão de Salomão ao reino e a construção do Templo. Salomão foi o filho de Davi com a viúva de Urias, o soldado que foi traído e covardemente assassinado a mando de Davi, que tivera uma relação adúltera com a esposa dele. Para não ser descoberto, acabou tramando com Joabe, comandante do Exército, para que colocasse Urias na frente da batalha, para que morresse.

O primeiro filho desta relação morreu. O segundo filho foi Salomão e Deus o amou e disse que ele seria o sucessor de Davi no reino. (2 Sm 12.24). O profeta Natã, chamou o seu nome Jedidias, que significa “amado pelo Senhor” e Davi o chamou Salomão, que deriva de “Shalom” e significa paz. 

Na velhice de Davi, o seu filho Adonias usurpou o trono, mas o profeta Natã junto com Batseba, a mãe de Salomão, avisaram a Davi e este constituiu Salomão como rei. Salomão assumiu o trono com a missão de construir o Templo. O seu pai havia deixado tudo preparado para isso. Davi foi um grande guerreiro e conquistou praticamente todo o território prometido por Deus a Abraão. Foi a maior extensão territorial que Israel já possuiu durante toda a sua história. Deus prometeu a Davi, que haveria paz em Israel nos dias do seu filho Salomão, para que ele pudesse construir o templo. 

Quando assumiu o trono, Salomão reuniu o povo e fez uma longa oração a Deus. Deus respondeu a Salomão e disse para ele pedir o que quisesse. Salomão pediu a Deus, sabedoria para governar o seu povo. Deus disse que, como ele não pedira riquezas, nem a morte dos seus inimigos, lhe daria sabedoria, como ele havia pedido, mas também lhe daria riquezas e paz. De fato, Salomão foi o rei mais sábio e mais rico da história, e durante o seu reinado não houve guerras. Todas as nações do mundo queriam ser amigas dele e lhe davam presentes. 

Entretanto, apesar de ser sábio, rico e temente a Deus, Salomão também cometeu alguns erros. O primeiro deles foram os chamados casamentos políticos. Salomão buscou a amizade com outras nações casando com filhas de reis estrangeiros Ele não precisava disso, pois, Deus havia lhe prometido a paz. Além disso, os casamentos mistos eram proibidos na Lei de Deus. O resultado destes casamentos foi um desastre para o final da sua vida. As mulheres lhe perverteram o coração e o levaram à idolatria. Deus o repreendeu e disse que não lhe tiraria o reino, por causa da aliança feita com o seu pai Davi. Mas, entregaria dez tribos ao seu servo, nos dias do seu filho. Este será o assunto da lição 02. 

Após a morte de Salomão, o seu filho Roboão assumiu o trono. O povo de Israel reclamou com ele que o seu pai havia lhes imposto uma carga tributária muito alta. Roboão chamou os anciãos de Israel e perguntou o que ele deveria responder ao povo. Os anciãos, de forma sábia, disseram que o povo tinha razão e que ele deveria aliviar os tributos. Roboão, então, resolveu se aconselhar com os jovens da sua idade e estes o aconselharam o contrário. Disseram que ele deveria ser mais duro ainda e responder ao povo que iria piorar a situação. Isso, evidentemente, causou a revolta de dez tribos, que seguiram a Jeroboão, o servo de Salomão e o constituiram rei sobre si, ficando apenas as tribos de Judá e Benjamim com a família de Davi. Roboão quis fazer guerra contra Jeroboão, mas Deus proibiu e ele desistiu (1 Rs 12.21-24).

Este será o assunto estudado na Lição 2: O reino dividido: Jeroboão e Roboão. Jeroboão, ao assumir o reino do Norte, teve medo de que o povo ao subir a Jerusalém para adorar a Deus no Templo, sentisse saudades e desistisse de apoiá-lo. Então ele criou a adoração aos bezerros de ouro, em Betel, e estabeleceu falsos sacerdotes, para queimarem incensos e oferecerem sacrifícios neste altar. Jeroboão ficou conhecido como “aquele que fez Israel pecar''. Por isso, a sua dinastia não prosperou. O seu filho Nadabe assumiu o trono, mas, reinou apenas dois anos e foi morto por Baasa. Baasa também foi mau, seguindo os caminhos de Jeroboão. Reinou 24 anos no Reino do Norte. O seu filho Elá reinou durante dois anos e foi morto quando estava embriagado, pelo seu general Zinri, que usurpou o trono. Zinri exterminou todos os descendentes de Baasa, cumprindo a profecia do profeta Jeú. Mas, o reinado de Zinri, também não prosperou. Ele reinou apenas sete dias. Houve uma divisão entre o povo e a metade seguiu a Onri, comandante do Exército, que venceu Zinri e assumiu o trono. Onri reinou doze anos e, apesar de ser ímpio, foi um estadista muito importante. Foi ele que edificou a cidade de Samaria e a transformou na capital do reino do Norte. Onri é o pai de Acabe, que será o assunto da lição 3. 

Nas lições 3 a 8, o nosso estudo será voltado para os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Na lição 3, falaremos do confronto entre o rei Acabe e o profeta Elias. Na lição 4, veremos o confronto entre Elias e os profetas de Aserá e Baal, ocorrido no monte Carmelo, onde desceu fogo do Céu e consumiu completamente o altar, bezerro, pedras, lenha e até a água. Na ocasião, Elias mandou exterminar os falsos profetas. 

Na lição 5, falaremos sobre o reinado de Acazias, filho de Acabe, seu sucessor no reino. Acazias assumiu o trono e serviu publicamente a Baal. Por causa disso, ele adoeceu de uma doença mortal e mandou consultar a Baal-Zebul, deus de Ecrom, para saber se sararia desta doença. Deus, então, mandou o profeta Elias ao encontro dos mensageiros deste rei e perguntar-lhes se não havia Deus em Israel, para ele consultar Baal-Zebul. Em seguida, Deus mandou dizer que ele não sararia desta doença, mas, certamente seria morto. Os mensageiros retornaram a Acazias com aquela sentença e ele enviou um capitão com cinquenta homens, para que Elias comparecesse ao palácio. Elias disse: 

- Se eu sou homem de Deus, desça fogo do Céu e consuma a ti aos teus cinquenta soldados. 

O rei tornou a enviar outro capitão com cinquenta soldados e aconteceu a mesma coisa. Na terceira tentativa, o capitão se prostrou diante do profeta e implorou para que ele fosse. Desta vez, Elias foi e entregou a sentença de morte ao rei Acazias. 

Na Lição 6, falaremos sobre O profeta Elias e Eliseu, seu sucessor. Falaremos sobre o final do ministério de Elias, a despedida de Elias e Eliseu, o pedido corajoso de Eliseu, o arrebatamento de Elias ao Céu e a concretização do ministério profético de Eliseu, como autêntico sucessor de Elias. 

Continuando, na Lição 7 falaremos sobre O ministério de Eliseu, destacando alguns milagres, como confirmação do seu ministério profético. Falaremos um pouco sobre zelo do Senhor pelo Seu povo, mesmo durante o reinado de ímpios, socorrendo a viúva de Sarepta. Falaremos também sobre a relação entre fé e obediência. 

Na lição 8, estudaremos o episódio em que o general siro, Naamã, é curado da lepra. Nesta lição veremos três pontos importantes: a busca de Naamã pela cura, o orgulho de Naamã diante da  ordem de Eliseu e a ambição de Geazi, o moço de Eliseu. 

Na lição 9, vamos estudar o reinado de Joás, que foi rei de Judá, o chamado Reino do Sul, onde reinava a descendência de Davi. Havia uma profecia de Elias, de que a casa de Acabe inteira seria exterminada. Deus levantou no Reino do Norte, um rei chamado Jeú, para esta missão. O rei Josafá, do Reino do Sul, era um rei bom e temente a Deus. Mas, ele cometeu o erro de fazer amizade com Acabe que foi um dos piores reis de Israel.

Jeorão, filho de Josafá, casou-se com Atalia, filha de Acabe. Acazias, filho deste casal, foi o sucessor no Reino do Sul. Na matança que Jeú fez dos descendentes de Acabe, matou também Acazias, rei de Judá, que era neto de Acabe. A sua mãe, Atalia, se revoltou e mandou matar toda a família real do Reino do Sul e assumiu o trono, reinando por seis anos. O sacerdote Joiada escondeu a Joás, filho do rei Acazias, que era criança. Aos sete anos, ele foi ungido rei e Atalia foi morta. Joás foi um bom rei, durante a vida do Sacerdote Joiada que o ungiu rei. Mas, após a morte do seu tutor, ele se entregou à idolatria, injustiças e impiedade. O castigo divino não demorou. O seu reino foi invadido pela Síria e os seus próprios servos conspiraram contra ele e o mataram. 

Na lição 10, estudaremos o final trágico das dez tribos, com o cativeiro de Israel: reino do norte. Falaremos sobre as injustiças e distanciamento de Deus por parte dos reis de Israel, que o levaram à decadência política, social, moral e espiritual. Israel insistiu na idolatria e no sincretismo religioso, apesar das muitas advertências dos profetas. Então, Deus permitiu que a Assíria os levasse para o cativeiro e eles nunca mais voltaram. O rei da Assíria trouxe outros povos para habitar na região. 

A partir da lição 11 não existe mais o Reino do Norte. Estudaremos, então, os reinados de dois reis de Judá que foram justos e fizeram reformas religiosas importantes. Na lição 11 faremos sobre O reinado de Ezequias. A lição mostra a integridade do reinado de Ezequias; as afrontas de Senaqueribe, rei da Síria; e o final trágico deste rei, que foi morto pelos próprios filhos, depois que um anjo do Senhor matou 185 mil soldados do seu exército, em resposta à oração de Ezequias. 

Na Lição 12, falaremos sobre O reinado de Josias. Josias era filho do rei Amom, que foi um péssimo rei. Os seus servos conspiraram contra ele e o mataram em sua própria casa. Mas, o povo de Judá se uniu, matou os conspiradores e constituíram o seu filho Josias como rei, com apenas oito anos de idade. (2 Rs 21.23,24). Josias foi o último dos reis justos da descendência de Davi. Foi considerado o melhor rei de Judá, no aspecto espiritual. (2 Rs 23.25). 

No décimo oitavo ano do seu reino, Hilquias, o sumo sacerdote encontrou o Livro da Lei no templo e o entregou ao escrivão Safã, que o leu diante do rei. Ouvindo as palavras da Lei, Josias rasgou as suas vestes em sinal de humilhação. Depois, mandou consultar ao Senhor, através da profetisa Hulda. A profetisa entregou a mensagem de Deus, dizendo que Deus traria julgamento sobre o Reino do Sul, por causa dos pecados cometidos. Entretanto, devido a humilhação do rei Josias diante de Deus, ele e seu reinado seriam poupados deste julgamento que viria depois da sua morte. Josias renovou a aliança com o Senhor: mandou reparar o templo; derrubou os altares e retirou todos os ídolos e os queimou fora de Jerusalém; e mandou também celebrar a Páscoa. 

Por último, na Lição 13, falaremos sobre O cativeiro de Judá. Da mesma forma que fizera o Reino do Norte, mesmo diante de inúmeros alertas dos profetas, o Reino do Sul também não deu ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico. Após a morte de Josias, o seu filho Jeoacaz reinou em seu lugar e não seguiu os passos do pai. Reinou apenas três meses e o rei do Egito, Faraó Neco, mandou prendê-lo e constituiu o seu irmão Eliaquim como rei, a quem deu o nome de Jeoaquim. 

Jeoaquim também foi mau e nos seus dias, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém e a dominou por três anos. Depois de três anos, Jeoaquim se rebelou e foi levado prisioneiro para a babilônia. O seu filho Joaquim ficou em seu lugar, como preposto da Babilônia em Jerusalém por três meses. Joaquim também era ímpio e, durante o seu governo, Nabucodonosor mandou levá-lo à Babilônia, junto com os utensílios de ouro do Templo, e estabeleceu a Zedequias, seu irmão, como governante. 

Zedequias reinou por onze anos sob o domínio babilônico. Foi um rei ímpio e, mesmo ouvindo as profecias de Jeremias, não deu ouvidos e se rebelou contra Nabucodonosor. O exército babilônico, então, destruiu Jerusalém e o templo e levou o povo cativo para o cativeiro, que durou 70 anos. 


Bons estudos! 


Pb. Weliano Pires


VENCENDO OS DIAS MAUS

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