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21 novembro 2021

O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS


O discipulado envolvendo pessoas do nosso bairro, cidade ou mesmo do nosso país, normalmente não envolve muitos conflitos culturais, embora haja em parte o choque do Evangelho, com os costumes do mundo e de outras religiões. Entretanto, em se tratando de pessoas de culturas diferentes da nossa, esses choques tendem a aumentar. A Igreja de Cristo não é uma religião tribal, onde todos vieram de uma única etnia e tem a mesma cultura. Ela é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Nas questões religiosas, muitos vieram do politeísmo, do panteísmo, do ateísmo, etc. Tem também as questões culturais e de costumes, que precisam ser trabalhadas cuidadosamente, à luz da Palavra de Deus. 

1. A pregação para os seus irmãos. No início da Igreja, os apóstolos não compreenderam muito bem o caráter universal da Igreja e pregavam o Evangelho apenas para os judeus. Foi necessário o Senhor permitir uma grande perseguição, para que eles saíssem de Jerusalém e pregassem o Evangelho em outros locais. Mesmo assim, quando saíram, procuraram pregar apenas para os judeus. Antes de enviar Pedro à casa do centurião Cornélio, o Senhor lhe mostrou em uma visão, uma ilustração, para que ele não considerasse imundo aquilo que Deus havia purificado. Pedro foi e pregou aos gentios. O Espírito Santo desceu sobre eles e falaram em línguas e profetizaram. Depois teve que se explicar à Igreja, porque havia entrado na casa de gentios e comido com eles. 

2.  A expansão para os gentios.  O Senhor Jesus havia dito para os discípulos ficarem em Jerusalém, até que fossem revestidos de poder (Lc 24.49). Mas a promessa já havia se cumprido e eles continuaram ali, pregando somente para os judeus. Eles se esqueceram de o Senhor falou depois, que eles seriam testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra. Após a conversão de Saulo e a sua chamada na Igreja de Antioquia, onde o Espírito Santo falou claramente para aquela Igreja separar Saulo e Barnabé, para a obra que Ele havia chamado, iniciou-se então, as viagens missionárias pelo mundo.

3.  O discipulado numa cultura diferente. A partir das viagens missionárias de Paulo e Barnabé pelo mundo, pessoas das mais diversas culturas, que desconheciam a cultura judaica foram se convertendo. Muitas delas praticavam a feitiçaria, a poligamia, idolatria, prostituição, comiam coisas oferecidas aos ídolos, etc. Vindo para o Evangelho, era preciso confrontar estes estilos de vida com o padrão de Cristo. Na primeira Epístola aos Coríntios, vemos Paulo enfrentando vários problemas neste sentido. 

Em missões transculturais, é preciso conhecer a cultura dos povos que se pretende alcançar e analisar, com muito cuidado, à luz da Palavra de Deus, o que é compatível com o Evangelho e o que não é. Há costumes e práticas culturais como músicas, roupas e comidas que não tem nenhum problema. Cabe ao missionário discipulador, ensinar nos princípios bíblicos e recomendar que aquilo que for incompatível deve ser abandonado. 


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Pb. Weliano Pires

20 novembro 2021

O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E ENSINAR


Infelizmente, nos dias atuais, muitos papéis estão invertidos e não há a preocupação de discipular os novos convertidos de forma eficaz. Vemos evangelistas dirigindo Igrejas e pastores e presbíteros fazendo trabalhos itinerantes. Pelos padrões bíblicos, presbíteros e pastores devem pastorear uma Igreja plantada por um missionário ou evangelista. Os bispos, ou pastores regionais devem supervisionar os trabalhos em uma determinada região. O discipulado foi reduzido a uma classe com poucas pessoas, com algumas aulas preparatórias para o batismo. Isso é importante, mas o discipulado vai muito além destas ações. É preciso haver um acompanhamento, orientação e integração dos novos crentes. 


1.   A pregação: o ponto de partida. Não existe outra maneira da Igreja se expandir, que não seja a proclamação do Evangelho de Cristo. Não podemos substituir a pregação do Evangelho por outros atrativos, para trazer as pessoas à Igreja. O Evangelho puro e bíblico, proclamado no poder do Espírito Santo, é poderoso para levar as pessoas ao arrependimento. O Evangelho consiste em mostrar a pecaminosidade do ser humano e o Único Salvador, capaz de resgatá-lo, que Jesus Cristo, o Filho de Deus. Não podemos chamar de Evangelho filosofias humanas, autoajuda, motivação, prosperidade, triunfalismo e outras coisas que se pregam na atualidade. Não podemos jamais modificar a mensagem do Evangelho para torná-la atrativa, pois isso seria falsificar a Palavra de Deus e pregar “outro evangelho”. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gl 1.8). Então, o ponto de partida para a Igreja buscar os perdidos é pregar o Evangelho de Cristo, sob a direção e poder do Espírito Santo. 


2. O Ensino: “fazer discípulos”.  Após a pregação do Evangelho, quando a pessoa se decide por Cristo, o passo seguinte é a integração dos novos crentes ao corpo de Cristo, mediante as primeiras instruções, acompanhamento, orientação, oração, comunhão e exemplo. Não pode existir discipulado sem o evangelismo e o evangelismo sem o discipulado fica incompleto. Seria como plantar uma semente e esperar que ela cresça sozinha, sem regar e sem cuidar dela. 

Logo após a descida do Espírito Santo, Pedro pregou uma mensagem poderosa e ao final, a multidão impactada com a mensagem que acabara de ouvir, chegou-se aos apóstolos e perguntou: 

- Que faremos, varões irmãos? (At 2.37).

Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu: 

- Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (At 2.38).

Imagine agora, uma Igreja que contava com cento e vinte pessoas, receber três mil novos crentes em um único dia, saltando para quase cinco mil nos dias seguintes! Eram pessoas que desconheciam totalmente os ensinos de Jesus e imaginavam que a seita dos nazarenos ou o caminho, como eram conhecidos os discípulos, seria apenas mais uma vertente do Judaísmo. O desafio era enorme e os apóstolos começaram a ensinar diariamente ao povo, aquilo que aprenderam de Jesus. Posteriormente, Saulo se converteu e tornou-se o grande discipulador e doutrinador da Igreja Cristã, como vimos no tópico anterior. 

É importante destacar que o discipulado é trabalho de todos os crentes e não apenas dos pastores e professores da Classe de Discipulado. Todos os cristãos têm a obrigação de recepcionar os novos crentes e instruí-los na fé cristã, principalmente com o seu exemplo de fé e conduta.  Segundo David Cornfield: “Discipulado é uma relação comprometida pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se dEle e assim, reproduzirem o caráter cristão.” 


 3.   Pregação e ensino. O discipulado, como vimos, consiste nas primeiras instruções e acompanhamento aos novos convertidos. Entretanto, o novo crente não pode permanecer nesta condição a vida inteira. Precisa aprender, crescer e amadurecer, para também ensinar a outras pessoas. Por isso há a necessidade do ensino sistemático da Palavra de Deus na Igreja. Os locais mais adequados para se fazer isso é nos cultos de ensino, na Escola Dominical e nas escolas teológicas. É indispensável ao crente, frequentar os cultos de ensino, onde o pastor da Igreja faz a exposição da Palavra de Deus, com um tempo maior e após um período de oração. Igualmente, é imprescindível que toda a Igreja frequente a Escola Dominical, onde é ensinado sistematicamente a Palavra de Deus, com uma excelente metodologia, com tema, atividades, dinâmicas em classes e perguntas e respostas, em um ambiente propício para o ensino. Eu sou apaixonado pela Escola Dominical e a frequento desde a minha infância. Há 21 anos ininterruptos, sou professor e aprendo a cada aula que preparo, lendo comentários, pesquisando e assistindo vídeo- aulas. Aprendo também  com outros colegas, quando não sou o professor titular. 

No caso dos obreiros, principalmente os pastores e professores, é muito importante que façam cursos teológicos para aprimorar o seu conhecimento. Também é fundamental ler bons livros, sendo criterioso quanto à editora, o autor e  assunto. Quem não senta para aprender não pode se levantar para ensinar.


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Pb. Weliano Pires


16 novembro 2021

Introdução à Lição 8: Paulo, o discipulador de vidas


Na lição passada estudamos o tema: PAULO, O PLANTADOR DE IGREJAS. Vimos que Paulo foi um dos maiores, ou talvez o maior desbravador de campos missionários da história da Igreja. Paulo percorria o mundo, sob intensa perseguição, fundando Igrejas. Quando o trabalho se estabilizava, ele deixava aos cuidados de um presbítero e seguia em frente. 

Falamos sobre o espírito desbravador do apóstolo Paulo, percorrendo muitos lugares, em pouco tempo e com poucos recursos. Ele via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentia-se devedor tanto a judeus, como aos gentios, de lhes anunciar a Cristo.

Falamos também sobre a Igreja de Antioquia, como uma base missionária de Paulo e Barnabé, que deu origem a várias Igrejas pelo mundo. Antioquia era uma Igreja que tinha uma excelente estrutura, do ponto de vista espiritual. Nela havia vários profetas e doutores, entre eles Barnabé e Paulo. Falamos também sobre as viagens missionárias de Paulo, partindo de Antioquia da Síria. 

Por último falamos a respeito das características de um plantador de Igrejas, que são a chamada de Deus; o preparo espiritual e o caráter forjado na escola de Deus; e por último, sobre o modelo de Igreja baseado nas Escrituras Sagradas. 


Na lição desta semana, estudaremos o tema: PAULO, O DISCIPULADOR DE VIDAS. A Missão da Igreja neste mundo envolve dois aspectos: pregar o Evangelho aos perdidos e após a conversão, ensinar-lhes a Palavra de Deus. Usando a simbologia da agricultura, a conversão seria o plantio e o discipulado seria o cuidado para que a planta nasça, cresça e dê frutos. 


No primeiro tópico, falaremos sobre o modelo de discipulado bíblico utilizado por Paulo, que trouxe grandes resultados, no início da Igreja Cristã. A base para o discipulado na Igreja Primitiva era a chamada “Grande Comissão”, que foi a ordem dada por Jesus, para que os seus discípulos saíssem pelo mundo, ensinando as nações a guardarem todas as coisas que Ele havia mandado e batizando os que cressem (Mt 28.19,20). Falaremos ainda neste tópico sobre o sobre Paulo, como um discipulador distinto e sobre o método que eficaz que ele utilizou na evangelização: pregar o Evangelho, plantar uma Igreja, ficar um tempo ali e depois deixar alguém experiente para cuidar. 


No segundo tópico, falaremos sobre o discipulado e a missão integral de pregar e ensinar. Não resta dúvidas de que a pregação do Evangelho é o ponto de partida para a salvação dos perdidos. Jesus ordenou aos seus discípulos que pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Entretanto, o trabalho de evangelização não se encerra com a conversão. É preciso ensinar as verdades bíblicas aos novos crentes para que eles se tornem, de fato, discípulos de Jesus. Veremos neste tópico que a Escola Bíblica Dominical é o melhor local para se ensinar sistematicamente a Palavra de Deus, em linguagem adequada para todas as faixas etárias. 


No terceiro e último tópico, falaremos a respeito do discipulado com pessoas de culturas diferentes. A Igreja é formada por pessoas que vieram das mais diversas culturas e etnias. Logo, o choque cultural é inevitável. Os apóstolos, inicialmente, desejavam pregar o Evangelho visando apenas a salvação dos seus irmãos judeus. Mas a Igreja não poderia fugir da ordem de Jesus para levar o Evangelho a toda criatura. Por isso, o Senhor Jesus levantou Paulo, como o “Apóstolo dos gentios”, para levar o Evangelho aos gentios, nas mais diferentes culturas. Paulo enfrentou grandes desafios no processo de evangelismo e discipulado, principalmente os confrontos entre os legalistas judeus e os gentios. 


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06 novembro 2021

O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

(Comentário do 2º tópico da lição 6: Paulo no poder do Espírito)


Neste tópico falaremos sobre a argumentação de Paulo a respeito da plenitude do Espírito Santo. Primeiro, no encontro com os doze discípulos em Éfeso. Depois, em relação a Apolo, que Paulo enviou o casal Priscila e Áquila para o orientar sobre a doutrina do Espírito Santo. 


1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Chegando em Éfeso, na sua terceira viagem missionária, Paulo encontrou um grupo de doze cristãos, que haviam crido na mensagem pregada por João Batista, provavelmente, pregada em Éfeso por Apolo. Estes cristãos nada sabia a respeito do Espírito Santo. Paulo lhes ensinou sobre a doutrina do Espírito Santo e, impondo-lhes as mãos, foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e profetizaram (At 19.1-7). 

Eles haviam crido apenas na mensagem de arrependimento que João Batista havia pregado e foram batizados. Criam que Jesus era o Messias, mas a mensagem estava incompleta. Eles necessitavam do revestimento de poder, para também se tornarem testemunhas de Cristo. É por isso que a Assembleia de Deus exige que os obreiros, antes de serem separados, sejam batizados no Espírito Santo. 


2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Nós, os pentecostais cremos no batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à salvação, ou seja, primeiro a pessoa recebe a Jesus como Senhor e Salvador. O Espírito Santo, então, entra na pessoa e passa a habitar em seu corpo. Depois, o crente busca ao Senhor em oração e é revestido de poder para testemunhar de Cristo. 

Não é possível alguém ser batizado no Espírito Santo, sem antes se converter a Cristo. Há movimentos idólatras, dizendo que foram batizados Espírito Santo e até falam em 'línguas estranhas'. Mas, este não é o batismo no Espírito Santo que nós vemos na Bíblia. Esta promessa é para os salvos. 

Outro aspecto importante é o sinal visível do batismo no Espírito Santo. Em todos os casos em que houve batismo no Espírito Santo na Bíblia,  as pessoas falaram em línguas (At 2.4; At 10.46; At 19.6). Com base nisso, nós cremos que a evidência de que alguém batizado no Espírito Santo é o falar em línguas. 


3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Apolo era um judeu, natural da cidade egípcia de Alexandria, um importante centro cultural da antiguidade. Esta cidade foi fundada por Alexandre, o grande, em 332 a.C. Um dos mais importantes destaques desta cidade era a sua imensa biblioteca, que chegou a ter um milhão de documentos. Biblioteca na antiguidade não era apenas um acervo de livros, como nos dias atuais. Esta biblioteca de Alexandria possuía instituto de pesquisa, laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório de astronomia e locais de descanso. Por isso é considerada por muitos estudiosos como sendo a primeira universidade. Em Alexandria também foi traduzida a Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento. 

Apolo foi criado e educado neste ambiente acadêmico e relato bíblico que que diz que ele era eloquente e poderoso nas Escrituras. Temos poucas informações bíblicas sobre Apolo. Sabemos que ele chegou a Éfeso por volta do ano 52 d.C. e pregava eloquentemente nas sinagogas, conhecendo apenas o batismo de João Batista (At 18.21-24). O casal Priscila e Áquila, companheiros de Paulo na obra missionária, ouviram a pregação de Apolo e ficaram impressionados com a sua eloquência e habilidade nas Escrituras e resolveram abordar Apolo e esclarecê-lo sobre a doutrina do Espírito Santo (At 18.26). 

Esta orientação deu resultados. Apolo creu na mensagem que Priscila e Áquila lhe passaram e se tornou um importante obreiro. Paulo fundou a Igreja de Corinto, lançando-lhe o fundamento, que é Cristo. Quando partiu de Corinto, Paulo deixou uma Igreja carnal e inexperiente. Mas, o eloquente pregador Apolo sucedeu o apóstolo naquela Igreja e ‘regou’ o que ele havia plantado (1 Co 3.6). Apolo se tornou querido e admirado naquela Igreja, a ponto de alguns dizerem “eu sou de Apolo” (1 Co 3.4). Apolo parece ter estado também com Tito em Creta (Tt 3.13). Muitos estudiosos da Bíblia sugerem que foi Apolo, o autor da Epístola aos Hebreus, mas, não há nenhuma base bíblica que sustente esta afirmação e a Igreja de Alexandria, de onde ele ele era natural, também não sustenta esta tese. 

Aprendemos com o caso de Apolo que, mesmo a pessoa sendo crente fiel, conhecedor da Escrituras e habilidoso na pregação, necessita do revestimento do poder do Espírito Santo, para se tornar um testemunha eficaz do Evangelho de Cristo. Como disse Paulo, o Evangelho não consiste em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do poder de Deus (2 Co 2.4).


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Pb. Weliano Pires


05 novembro 2021

PREGANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO


(Comentário do 1⁰ tópico da lição 6: Paulo no poder do Espírito)

Desde o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco, Paulo entregou-se totalmente ao Se passou a ser dirigido pelo Espírito Santo. Ele perguntou ao Senhor Jesus o que Ele queria que fizesse. O Senhor mandou que ele fosse à cidade e aguardasse lá. Paulo ficou três dias em jejum, aguardando as orientações do Senhor. Depois que foi batizado, Paulo ficou alguns dias em Damasco, até que veio a perseguição e ele teve que fugir.  


1. Paulo, movido pelo poder do Espírito. Paulo pregava ousadamente nas sinagogas, mostrando aos judeus, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias. Esta ousadia e intrepidez para pregar, em ambientes hostis ao Evangelho, evidentemente, vinha do Espírito Santo. Enquanto ele pregava, o Senhor operava maravilhas. Antes dele, Pedro também pregou, ousadamente, a Palavra de Deus diante das autoridades religiosas e eles ficaram admirados. Estêvão, com a mesma ousadia, pregou diante na sinagoga e diante do sumo sacerdote. Mesmo diante da morte, ele não recuou. Os seus algozes não conseguiram resistir à sabedoria com que ele falava e, por isso, o acusaram falsamente de blasfêmia e o apedrejaram. 

É por isso que Jesus, antes de subir aos Céus, ordenou aos seus discípulos, que ficassem em Jerusalém, aguardando o revestimento de poder. Ele sabia que sem este revestimento de poder, eles não teriam a sabedoria e a ousadia necessárias para levar o Evangelho. O Espírito Santo move o pregador para trazer as palavras corretas e trabalha no coração dos ouvintes para entenderem o que está sendo pregado. Além disso, opera sinais e maravilhas que corroboram a mensagem pregada. 

2. O caminho de pregação. Encontramos em várias partes no Livro de Atos, o Espírito Santo falando para onde Paulo deveria ir e o que ele deveria fazer. Nos primeiros dias após a sua conversão, Paulo permaneceu em Damasco. Ele começou a pregar nas sinagogas, ainda como um novo convertido, mostrando pelas Escrituras aos judeus, que Jesus era o Cristo (At 9.26). Os judeus formaram conselho entre si para o matarem e preparam-lhe várias ciladas. Mas, Paulo ficou sabendo e os discípulos o desceram em um cesto pelo muro, para que ele escapasse (At 9.23-25). 

O texto de Atos 9.26 diz que Paulo foi para Jerusalém e tentou juntar-se aos apóstolos, mas, eles o temiam não acreditando em sua conversão. Lendo o texto de Gálatas 1.17,18, entendemos que antes de ir a Jerusalém, Paulo esteve por um período de três anos no deserto da Arábia, onde recebeu as revelações do Senhor (Gl 1.12). Paulo conta que estava no templo orando e recebeu uma mensagem de Deus para sair de Jerusalém, pois, os judeus não aceitariam o seu testemunho: “Aconteceu que, tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, achei-me em êxtase, e vi aquele que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém; porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.” (At 22.17,18). Em seguida, o Senhor lhe disse que o enviaria aos gentios. Então, o rumo da pregação de Paulo, tanto o local, quanto o conteúdo da mensagem, era conduzido pelo Espírito Santo. 

3. Paulo e as três viagens missionárias. Aqui, o comentarista fala apenas de duas viagens missionárias. Mas, encontramos na Bíblia o relato de três viagens missionárias do apóstolo Paulo pelo mundo. Em sua primeira viagem missionária, Paulo partiu junto com Barnabé da Igreja de Antioquia, após a liderança da Igreja receber o comunicado do Espírito Santo, para separarem Paulo e Barnabé, para a obra que Ele havia designado (Até 13-14). Esta viagem aconteceu entre os anos de 46 e 48 d.C. Teve início em Selêucia, porto de Antioquia (Atos 13.1-4). Navegaram dali para Chipre. Depois, desembarcaram em Salamina, viajaram ao longo de toda a costa sul da ilha de Chipre, até chegarem a Pafos. Lá, o procônsul romano, Sérgio Paulo, se converteu, depois que Paulo repreendeu o feiticeiro Elimas (At 13:6-12). A partir desta viagem, o texto bíblico usa sempre o nome de Paulo e não mais Saulo, o seu nome hebraico. 

A segunda viagem missionária de Paulo começou por volta do ano 49 d.C. e durou cerca de três anos, até 52 d.C. Esta viagem iniciou-se com um desentendimento entre Paulo e Barnabé. Paulo e Barnabé decidiram iniciar esta viagem, passando pelas Igrejas que eles haviam fundado na primeira viagem, para visitar os irmãos e os fortalecer. Barnabé pretendia levar consigo o seu primo João Marcos, que havia voltado da primeira viagem. Paulo discordou e esta desavença causou a separação de ambos. Barnabé prosseguiu com João Marcos, em direção a Chipre, terra natal de Barnabé, e Paulo levou Silas consigo e partiu em outra direção (At 15.37-40). 

Nesta segunda viagem, a equipe de Paulo partiu da Síria e Cilícia, visitando as igrejas na Ásia, Derbe e Listra, de onde levou com ele a Timóteo (Atos 16.1-5). De Listra, seguiram para a Frígia e Galácia, onde Paulo permaneceu por um tempo, por causa de uma enfermidade (Atos 16.6; Gl 4:13-14). Da Galácia, Paulo pretendia ir para a Bitínia, na costa do Mar Negro, mas ele disse que o Espírito de Jesus não lhes permitiu. Então, eles passaram pela Mísia e desceram para Troade. (Atos 16.7-8). O Senhor Jesus Cristo dirigiu Paulo para o oeste da Ásia, onde Paulo pretendia permanecer e depois ir à Grécia.

É interessante notar, que o Espírito Santo usou até um desentendimento, para fortalecer a obra missionária. Agora, em vez de uma equipe missionária, havia duas. Convém destacar também, que este desentendimento não ocasionou briga pessoal entre os dois. Posteriormente, Paulo falou bem tanto de Barnabé como de Marcos  (Cl 4.10; 2 Tm 4.11).

Na terceira viagem missionária, Paulo partiu de Antioquia, em direção a Éfeso. Com a pregação de Paulo, muitos feiticeiros e adivinhos se converteram e queimaram publicamente os seus livros. Ali, o Senhor fez muitos sinais e maravilhas através de Paulo. Depois, Paulo seguiu para Trôade, Filipos e Macedônia. No regresso desta viagem, em direção a Jerusalém, alguns fatos marcantes aconteceram: o longo discurso de Paulo e a ressurreição de Êutico em Trôade, o emocionante discurso de despedida aos anciãos de Éfeso e a prisão de Paulo em Jerusalém. Chegando em Chipre, Paulo ficou sete dias e alguns discípulos ali, usados pelo Espírito Santo, disseram a Paulo que não fosse a Jerusalém (At 21.4). Chegando em Cesaréia, na casa de Filipe, o profeta Ágabo também profetizou que Paulo seria preso. Os discípulos rogaram a Paulo para que não fosse a Jerusalém, mas, ele não se intimidou e foi. Chegando em Jerusalém, houve um grande tumulto dos judeus e Paulo foi preso no templo. Depois da prisão, Paulo, usando a sua cidadania romana, apelou para ser julgado por César em Roma. A partir desta apelação, Paulo foi ouvido por Festo e por Agripa. Falando em sua defesa, Paulo testemunhou ousadamente da sua conversão, deixando o rei Agripa impressionado, ao ponto de dizer: 

- Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! (At 26.28).

Nestas três viagens missionárias podemos ver a atuação do Espírito Santo, dirigindo, orientando e confortando o apóstolo Paulo. 


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Weliano Pires


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...