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01 setembro 2021

OS PECADOS DO POVO E SUA QUEDA

Falaremos neste tópico a respeito dos principais pecados do povo, que causaram o cativeiro, que foram a idolatria e as injustiças praticadas contra os pobres. A situação estava tão crítica que até os sacerdotes, em conluio com governantes ímpios, extorquiam o povo. 


1. O terrível pecado da idolatria. A palavra idolatria é a junção de dois termos gregos: “idolos” e “latreo” e significa “adoração aos ídolos”. É um pecado gravíssimo contra Deus. Os dois primeiros mandamentos condenam diretamente a idolatria: Não terás outros deuses diante mim e não farás para ti imagens de escultura. (Ex 20.1-4). Em vários textos do Antigo Testamento, Deus alertou o povo contra a idolatria e ameaçou puni-los com o domínio dos inimigos sobre eles (Êx 23.13.24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; 1s 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35.37.38). 

Para exemplificar a gravidade da idolatria, Deus usou a vida conjugal do profeta Oséias, ordenando que ele se casasse com uma prostituta e tivesse filhos com ela. (Os 1.2,3). Gômer, a prostituta, mesmo estando casada com o profeta, tinha os seus amantes. Nesta metáfora, Israel, representado pela protituta, deixa seu marido, que é Deus, para ficar com os seus amantes e ainda pagava para estar com eles. Imagine como o profeta se sentia diante desta situação! É assim que Deus se sente, quando alguém pratica a idolatria. 

O povo foi orientado por Deus, a destruir todos os ídolos ao entrarem na terra prometida. Entretanto, logo após a morte de Josué, o povo se entregou à idolatria, tornando-se um círculo vicioso. O povo pecava, vinha a opressão dos inimigos; o povo se clamava a Deus e Deus levantava um libertador; o povo voltava a pecar e, de novo, eram dominados pelos inimigos; Clamavam a Deus e vinha a libertação; e assim, sucessivamente. 

No início da monarquia, não houve idolatria. Saul perseguiu duramente os idólatras e feiticeiros. Durante o reinado de Davi também não havia idolatria. Salomão começou bem, mas, na velhice, influenciado por mulheres estrangeiras, permitiu a idolatria em Israel. Por isso, veio a divisão do reino. Após a divisão, a idolatria fez parte dos dois reinos. No Reino do sul, alguns reis foram tementes a Deus e combateram a idolatria, como Asa, Josafá, Ezequias e Josias. Mas, outros entregaram-se à idolatria. No Reino do norte, no entanto, a idolatria sempre foi muito mais acentuada. Todos os reis do norte foram idólatras. Por isso, o cativeiro veio mais cedo e não houve retorno. 

No Novo Testamento também há vários textos que condenam a idolatria e afirmam que os idólatras não herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.10; Gl 5.20; Ap 21.8; 22.15). É importante destacar que a idolatria não é apenas a adoração a imagens, como muitos imaginam. Qualquer pessoa, objeto, lugar ou instituição que ocupe o lugar de Deus é idolatria: um santo, água do Rio Jordão, um monte, Jerusalém, a nossa denominação, etc. Se colocarmos qualquer um deles como mediadores entre Deus e nós, ou como algo milagroso, estaremos cometendo o pecado de idolatria. 


2. Outras causas do cativeiro.  Além do grave pecado da idolatria, havia outros pecados não menos graves, que resultaram no cativeiro do Reino do Norte: a opressão e as injustiças cometidas contra os pobres. Este pecados são considerados equivalentes à idolatria. 

Na Lei de Deus foram colocadas várias cláusulas de proteção ao pobre, ao órfão, à viúva e ao estrangeiro, que eram os mais vulneráveis naqueles tempos. Era proibido, inclusive, a cobrança de juros abusivos. (Ex 22.21-27; Dt 24.14). Deus disse que se o injustiçado clamasse a Ele por Justiça, Ele o ouviria, pois é compassivo. 

Entretanto, nos anos que antecederam o cativeiro da Assíria, esses mandamentos eram completamente ignorados pelos reis e até pelos sacerdotes. Havia até conluio entre sacerdotes e membros do governo para tirar dinheiro do povo  (Os 6.9,10). Os sacerdotes foram instituídos para interceder a Deus pelo povo, oferecendo sacrifícios a Deus por eles. Agora estavam envolvidos na corrupção, ajudando governantes inescrupulosos a oprimi-los mais ainda. Esta situação abominável foi amplamente denunciada e condenada pelos profetas Amós e Oséias. Mas, os alertas de Deus foram ignorados. 

Ao longo da história de Israel e da Igreja, infelizmente, estas práticas se repetem. Na Idade Média havia muita corrupção envolvendo os reis e o clero da Igreja. Até mesmo em Igrejas ditas evangélicas, há corrupção envolvendo políticos e pastores e até em convenções, a troco do poder. Deus abomina esse tipo de coisa. O cristão precisa ser correto e justo em tudo o que fizer. Jamais deve aceitar suborno, ou prejudicar a quem quer que seja, principalmente os pobres e indefesos. 


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Pb. Weliano Pires

27 agosto 2021

A CONSPIRAÇÃO CONTRA JOÁS


Após a morte do sacerdote Joiada, que foi o seu tutor e responsável por sua ascensão ao trono, Joás se entregou à idolatria. O profeta Zacarias, filho do sacerdote Joiada, ousou repreendê-lo e foi morto pelo rei. O juízo de Deus contra ele não tardou. Deus suscitou o exército da Síria contra ele. Ferido, Joás fugiu e foi morto pelos seus servos. 


1. O declínio do reinado. Há muitas pessoas que não tem firmeza e convicção da sua fé. Vivem à sombra de outros. Com Joás foi assim. Joás teve um bom início de reinado, reformando o templo e durante o tempo de vida do seu mentor, ele se manteve fiel ao Senhor. Entretanto, após a morte do sacerdote Joiada, que o criou e o proclamou rei, Joás se afastou dos caminhos do Senhor e se entregou à idolatria e passou a confiar nas próprias forças. 

Este é o resultado de quem não tem um compromisso sincero com Deus e vive à sombra de outras pessoas ou de circunstâncias. Muitos jovens vão à Igreja apenas por influência dos pais. Mas, ainda não passaram pela experiência do novo nascimento. Nestes casos, com a morte dos pais, costumam se afastar de Deus. Há casos até de obreiros, cuja fé está alicerçada em um pastor e quando este se vai, o obreiro cai em declínio, pois não tinha convicção e compromisso próprio com Deus. 


2. Conspiração e morte no reino. Joás abandonou tudo o que aprendera com o sacerdote Joiada e passou a se aconselhar com os príncipes de Judá (2 Cr 24.17). O resultado foi trágico: ele abandonou o Senhor e voltou-se para o baalismo dos seus pais e avós. 

O Senhor usou o profeta Zacarias, filho do sacerdote Joiada, para repreendê-lo, mas ele estava tão obstinado que ordenou que o profeta fosse apedrejado. Em vez de se humilhar e abandonar o pecado, Joás acabou se revoltando contra o profeta de Deus e cometendo mais um grave pecado, que foi o assassinato de um homem de Deus. 

O julgamento de Deus contra Joás não tardou. Deus levantou contra ele o exército da Síria. Joás foi ferido e fugiu, mas, os seus próprios servos o mataram em sua cama. 

Quando o crente abandona os princípios da sua fé e não dá ouvidos à repreensão de Deus, o seu fim será trágico. Os maus conselhos podem nos levar à perdição. 



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Pb. Weliano Pires


24 agosto 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 9: O REINADO DE JOÁS


O nosso estudo neste trimestre está baseado nos dois Livros dos Reis. Estes dois livros falam exclusivamente do Reino do Norte, até chegar ao período do cativeiro da Assíria, quando Israel foi levado cativo e acabou o Reino do Norte. Na segunda lição falamos sobre a divisão do Reino. As dez tribos do Norte seguiram a Jeroboão, filho de Nebate, e formaram o Reino do Norte. As tribos de Judá e Benjamim, seguiram ficaram com Roboão, que era o filho e sucessor de Salomão. 


A partir daí, o nosso estudo voltou-se para o Reino do Norte, durante o período dos profetas Elias e Eliseu. Vimos um pouco dos reinados de Acabe, Acazias e Jorão, que protagonizaram embates com Elias e Eliseu. Em duas lições falamos sobre os milagres realizados por Eliseu. 

Nesta lição falaremos sobre o reinado de Joás, que reinou no Reino do Sul, que reinou entre 835 e 796 a.C. Antes, precisamos entender o que aconteceu entre o reinado de Roboão, o primeiro rei do Sul e o reinado de Joás:  


Após a morte de Roboão, o seu filho Abias assumiu o trono. Inicialmente, Abias fez um discurso bonito contra Jeroboão, acusando-o de ter se rebelado contra a descendência de Davi. Entretanto, nada falou sobre a idolatria de Salomão, que foi a causa da divisão do reino. Depois, Abias foi um rei mau, seguindo o caminho do seu pai, na idolatria e no acúmulo de mulheres e concubinas. 


Asa, filho de Abias, foi um bom rei e teve o seu reinado marcado por guerras contra o reino do Norte. Venceu também os etíopes e renovou a aliança com o Senhor. O rei Asa depôs a própria mãe, para que não fosse rainha, porque era idólatra e fizera uma imagem da deusa Aserá (2 Cr 15.16). Em seu reinado, Asa aboliu a idolatria e houve grande alegria entre o povo.


Josafá, filho de Asa, também foi um rei obediente a Deus, que procurou abolir a idolatria em Judá. Mas cometeu o grave erro de se aliar a Acabe, rei de Israel, que era idólatra e perverso. Josafá fez aliança com Acabe e participou de guerras ao lado dele e depois, ao lado de Jorão, seu filho. Nesta aliança, Jeorão, filho de Josafá, casou-se com Atalia, filha de Acabe. 


Jeorão, filho de Josafá, por ter casado com Atalia, filha de Acabe, foi influenciado pelos reis idólatras do Reino do Norte e se entregou ao baalismo. Em seus dias, lhe trouxeram uma profecia contra ele, que havia sido escrita pelo profeta Elias, segundo a qual, por causa da sua impiedade, o Senhor iria lhe ferir com uma enfermidade nas suas entranhas. Assim aconteceu e ele morreu desta enfermidade (2 Cr 21.12-20). Os filisteus e os arábios vieram contra Judá e mataram os filhos de Jeorão. Sobrou apenas Acazias, que era o mais novo. (2 Cr 22.1)


Acazias, filho de Jeorão, também foi um rei mau. Quando assumiu o trono, Jeorão matou os próprios irmãos (1 Rs 21.4). Conforme a profecia de Elias, um homem de Israel chamado Jeú, foi levantado por Deus para exterminar a casa de Acabe. Nessa matança, Jeú matou também a Acazias, que era sobrinho de Jorão, rei de Israel e estava junto com ele (2 Rs 9.21-27). 


Com a morte de Acazias, a sua mãe Atalia mandou matar os próprios netos, que poderiam ser sucessores de Acazias e tomou o trono. Mas, a sua filha, Jeoseba, que era casada com o sacerdote Joiada, escondeu Joás, filho de Acazias, que era um bebê, por sete anos, no Templo. Depois de sete anos, Atalia foi deposta e assassinada. Aos sete anos, após o assassinato de Atalia, Joás que era o único filho de Acazias e herdeiro legítimo do trono, foi proclamado rei.  


Nesta lição estudaremos três tópicos sobre o reinado de Joás. No primeiro tópico, falaremos a respeito do livramento de morte que Deus deu a Joás, quando a sua avó Atalia matou os descendentes da família real de Judá e usurpou o trono. Deus havia prometido a Davi, que nunca faltaria sucessor no trono dele, pois, através da sua descendência viria o Messias. Então, mesmo em tempos de muita impiedade, Deus preservou a família real de Davi. 


No segundo tópico, falaremos a respeito do período de fidelidade do rei Joás. Enquanto o sacerdote Joiada era vivo, Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor. Uma das primeiras ações dele foram os reparos do templo. Destacaremos neste tópico a fidelidade dos tesoureiros na arrecadação das ofertas para a  reforma do templo. 


Por último, no terceiro tópico falaremos sobre o declínio e final do reinado de Joás. Após a morte do sacerdote Joiada, que foi o seu tutor e responsável por sua ascensão ao trono, Joás se entregou à idolatria. O profeta Zacarias, filho do sacerdote Joiada, ousou repreendê-lo e foi morto pelo rei. O juízo de Deus contra ele não tardou. Deus suscitou o exército da Síria contra ele. Ferido, Joás fugiu e foi morto pelos seus servos. 


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Pb. Weliano Pires

04 julho 2021

Lição 02: O Reino Dividido: Jeroboão e Roboão


Data: 11 de julho de 2021.

TEXTO ÁUREO:

“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21)


VERDADE PRÁTICA:

“Os maus conselhos levam o homem à ruína, mas o conselho amoroso tem o poder de nos livrar da morte.”


HINOS SUGERIDOS: 25,131, 400 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda - feira – Pv 11.14 Ouvir sábios conselhos direciona o ser humano para decisões seguras

Terça - feira – Is 42.8 Deus é o detentor de toda glória e não a divide com ninguém

Quarta - feira – Gl 5.19-21 O Reino de Deus pertence àqueles que abandonam as obras da carne

Quinta - feira – Pv 12.15 Aquele que sabe ouvir conselhos é sábio

Sexta - feira – Cl 3.5 Toda a idolatria e concupiscência carnal deve ser abolida quando se está em Cristo

Sábado – Pv 15.22 Compreender a necessidade de ouvir conselhos conduz à sabedoria


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Reis 12.1-10,13,14,26-29


1- E foi Roboão para Siquém, porque todo o Israel veio a Siquém, para o fazerem rei.

2- E sucedeu, pois, que, ouvindo-o Jeroboão, filho de Nebate, estando ainda no Egito (porque fugira de diante do rei Salomão e habitava Jeroboão no Egito),

3- enviaram e o mandaram chamar; e Jeroboão e toda a congregação de Israel vieram e falaram a Roboão, dizendo:

4- Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.

5- E ele lhes disse: Ide-vos até ao terceiro dia e voltai a mim. E o povo se foi.

6- E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estavam na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais vós que se responda a este povo?

7- E eles lhe falaram, dizendo: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos.

8- Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham aconselhado e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele.

9- E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo, que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?

10- E os jovens que haviam crescido com ele lhe falaram, dizendo: Assim falarás a este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesadíssimo o nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.

13- E o rei respondeu ao povo duramente, porque deixara o conselho que os anciãos lhe haviam aconselhado.

14- E lhe falou conforme o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.

26- E disse Jeroboão no seu coração: Agora, tornará o reino à casa de Davi.

27- Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu SENHOR, a Roboão, rei de Judá, e me matarão e tornarão a Roboão, rei de Judá.

28- Pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.

29- E pôs um em Betel e colocou o outro em Dã.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


A fim de preparar os alunos para a aplicação desta aula, comece conversando sobre a importância de se pedir orientação a Deus na hora de tomarmos as mais importantes decisões da nossa vida. Fale também sobre o cuidado e o discernimento que devemos ter diante dos conselhos que recebemos. O que vale mais, uma advertência conciliadora ou um conselho que promova a dissenção e divisão? O orgulho de Roboão foi demonstrado ao rejeitar a conciliação aconselhada pelos anciãos, preferindo uma exigência arrogante de submissão do povo. Para incentivar ainda mais a participação de seus alunos, faça a seguinte pergunta: A experiência e a prudência dos mais velhos é fator preponderante para a consideração de seus conselhos e orientações?


OBJETIVO GERAL

Ressaltar a importância de ouvir bons conselhos.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.


I. Elencar as principais causas da divisão do reino;

II. Apresentar as falhas e más decisões de Roboão;

III. Pontuar o pecado de idolatria de Jeroboão.


PONTO CENTRAL: 

Aquele que é capaz de distinguir os bons dos maus conselhos toma sábias decisões.


INTRODUÇÃO


Após a morte de Salomão em 931 a.C., seu filho Roboão subiu ao trono (1 Rs 11.43). Ele foi o principal responsável pela divisão do reino em duas partes: o reino do Norte (Israel) e o reino do Sul (Judá). A fatídica história de insensatez desse rei nos mostrará as consequências de uma má decisão. Essa história nos ensina a dependermos cada vez mais de Deus em momentos que tomamos decisões importantes na vida.


I – AS PRINCIPAIS CAUSAS DA CISÃO

1. A carga pesada de Salomão. Devido às alianças externas feitas por Salomão, ele não precisou se dedicar às guerras. Seu reinado foi marcado, em parte, pela paz; seu trabalho era proteger, ampliar o Estado e conservá-lo uno. Seus investimentos eram direcionados para construções e projetos arquitetônicos grandiosos, tais como templos, palácios, e tantos outros que marcaram seu governo (1 Rs 5.3-5). Contudo, para que todas essas idealizações se tornassem realidade, a população pagava impostos muito pesados (1 Rs 12.4). Além disso, com o objetivo de colocar em prática os projetos do rei, havia a obrigação do uso da mão de obra de trabalhadores de quase todas as tribos.

2. A divisão do reino. O autoritarismo do rei Salomão culminou no descontentamento das dez tribos do Norte, em contrapartida, as tribos de Judá e Benjamim, que ficavam ao sul de Israel, participavam ativamente do governo e faziam parte de sua corte. Quando Salomão morreu em 931 a.C., seu filho Roboão foi questionado pelos líderes de Israel, sob o comando de Jeroboão, sobre o aperto vivido por eles. O povo pediu para que Roboão diminuísse sua carga de trabalho (1 Rs 12.4), mas, ao contrário, seguindo o conselho dos jovens (v.10) e não dos anciãos (v.6), Roboão tornou o fardo ainda mais pesado para os trabalhadores (v.11). As dez tribos do norte, sob a liderança de Jeroboão, se rebelaram contra essa decisão e formaram um novo reino, o reino do Norte (1 Rs 12.16-20).


SÍNTESE DO TÓPICO I

A missão de um líder é direcionar seus liderados e não os oprimir.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


É possível que alguns de seus alunos encontrem dificuldades no estudo da Bíblia por falta de orientação ou de um método determinado para o estudo. Às vezes estudamos muito e retemos pouco ou quase nada. Isso, em parte, acontece pelo fato de estudarmos sem ordem e método. Dê a eles as seguintes orientações:

1. Ore ao Senhor dando-lhe graças e suplicando direção e iluminação do alto.

2. Tenha à mão todo o material de estudo: Bíblia, revista, dicionário bíblico, atlas geográfico, concordância, caderno para apontamentos etc.

3. Leia toda a unidade ou seção indicada pelo professor. Procure obter uma visão global dela; o propósito do escritor.

4. Leia outra vez a mesma unidade. À medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-chave. Faça anotações nas margens do caderno ou revista.

5. Feche a revista e tente recompor de memória as divisões principais da unidade de estudo. Não conseguindo, abra a revista e veja.

6. Repita o passo acima.


II – OS ERROS DE ROBOÃO

1. A repetição dos erros de Salomão. Ao tomar conselho com os anciãos e com os jovens, Roboão decidiu acatar o conselho dos jovens, demonstrando total despreparo para exercer a posição em que estava (1 Rs 12.8-11). O conselho dos anciãos dizia que a solução do problema era dar às dez tribos o que pediam. Isso significaria desacelerar o projeto de expansão e desenvolvimento do reino, mas também abrandaria os ânimos agitados do povo, evitando assim a ruptura (1 Rs 12.6,7).

2. Os maus conselhos dos amigos de Roboão. Ao seguir os conselhos dos jovens, Roboão assinou sua própria sentença: as dez tribos se rebelaram e sob seu domínio ficaram apenas duas (Judá e Benjamim). Roboão deu ouvidos aos maus conselheiros e isso o levou à ruína (1 Rs 12.13).

3. O cuidado com os conselhos. Quando o orgulho se torna o centro de nossas vidas, ficamos à mercê de nós mesmos e não conseguimos discernir entre o bem e o mal; assim foi com Roboão (Pv 28.26). A falta de sábios conselhos pode levar o ser humano ao declínio moral, ético e espiritual, tornando-o empobrecido e decadente.


SÍNTESE DO TÓPICO II

Saber distinguir os bons dos maus conselheiros é essencial no momento de tomar alguma decisão importante na nossa vida.


SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


Primeiramente, Roboão consultou aqueles que haviam servido sob o seu Pai Salomão, provavelmente os que haviam sido relacionados como oficiais em 1 Rs 4.1ss. O conselho que recebeu foi para aliviar a carga dos impostos, pois aparentemente reconheciam que a queixa era justificada. Essa é a primeira afirmação direta em relação aos impostos que Salomão havia instituído; porém, essa taxação está implícita em sua organização fiscal e administrativa (1 Rs 4.7-19) e em suas disseminadas atividades de construção, industrial e comercial, entretanto, pode parecer que muitas das despesas dessas atividades eram cobertas por impostos e taxas coletados dos estados vassalos (1 Rs 10.14,15).


Embora essa queixa tivesse fundamento, ela também pode ter se originado do ciúme e da inveja, pois a maior parte do dinheiro era gasta na cidade de Jerusalém e nas de Judá, ao Sul. Os jovens da própria geração de Roboão insistiam em medidas mais rigorosas, e sua linguagem figurada indicava uma atitude tirânica; eles o aconselharam a exagerar (10), a colocar um certo abuso em sua autoridade, a exceder o rigor de seu pai na medida em que seu ‘dedo mínimo’ fosse mais grosso que os ‘lombos’ (coxas) de seu pai. Escorpiões (11) é uma referência às bordas em farpas na extremidade de um açoite.


Embora tenha procurado o conselho e outros, ele se baseou em sua própria decisão, isto é, aumentar a carga de impostos ao invés de caminhar na trilha de um servo, exatamente o que o rei de Israel deveria ser. Escolher entre ser um egoísta ou um servo é uma decisão que muitos, além de Roboão, já tiveram que tomar” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.315).


CONHEÇA MAIS


“As raízes da divisão nacional. A morte de Salomão abriu caminho para um dos mais traumáticos e decisivos acontecimentos da longa história de Israel: a formal e permanente divisão do reino entre as dez tribos do norte, que doravante passaria a ser chamar Israel ou Efraim e a tribo de Judá ao sul. Embora tenha abalado a nação psicologicamente, a divisão não deve ter causado surpresa ao povo, porque as raízes políticas e ideológicas do cisma eram profundas no passado de Israel.” Para saber mais leia: História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.335.


III – O REINADO E A IDOLATRIA DE JEROBOÃO

1. A rebeldia de Jeroboão. Jeroboão, filho de Nebate, pertencia à tribo de Efraim, foi o primeiro rei do Norte e reinou por 22 anos em Israel. Ainda jovem, Jeroboão serviu ao rei Salomão, que se agradou de seu trabalho e o nomeou chefe dos servos da casa de José (1 Rs 11.28). Todavia, durante o reinado de Salomão, Jeroboão se rebelou contra ele, e Aías, o profeta, lhe comunicou que Deus o havia escolhido para reinar sobre as dez tribos de Israel (1 Rs 11.29-31). Sabendo disso, Salomão tentou matá-lo, mas sem sucesso, pois ele se refugiou no Egito e lá permaneceu até a morte de Salomão (1 Rs 11.40).

2. Jeroboão, o primeiro rei do Norte. Após a divisão do reino, Jeroboão foi nomeado rei pelas dez tribos de Israel e estabeleceu seu trono em Siquém (1 Rs 12.20,25). Temendo que a peregrinação dos judeus ao Templo para adoração pudesse promover a reunificação do reino, Jeroboão mandou erigir dois santuários de adoração com bezerros de ouro, um ao norte, em Dã, e outro ao sul, em Betel (1 Rs 12.28,29), a fim de evitar que o povo fosse a Jerusalém. A atitude idólatra de Jeroboão resultou no castigo divino sobre ele e sua família (1 Rs 14.7-14).

3. Consequências da idolatria. O pecado da idolatria foi um dos principais motivos dos infortúnios do povo de Israel. Deus não admite dar a sua glória a outrem (Is 42.8); por isso, o pecado da idolatria tem como consequência a separação de Deus e a maldição (Dt 11.26-28).


SÍNTESE DO TÓPICO III

O pecado da idolatria foi o responsável pela derrocada de muitos reis na história de Israel. Devemos exterminá-lo de nossas vidas.


SUBSÍDIO DEVOCIONAL


“Jeroboão temia que se o seu povo subisse a Jerusalém para adorar ao Senhor, como a Lei exigia, ele pudesse buscar, com o passar do tempo, a reunificação política. Os seus temores o levaram a estabelecer um sistema que falsificava a religião revelada no Antigo Testamento. Jeroboão escolheu duas cidades há muito tempo ligadas à adoração, Betel e Dã, como centros de adoração. Ele constituiu sacerdotes que eram da descendência de Arão, mudou as datas das festas religiosas, e ofereceu sacrifícios sobre altares levantados em Betel e Dã”.


“Este foi um abandono proposital da religião revelada. No entanto, isso tinha a intenção de imitar a verdade. As falsas religiões geralmente possuem elementos em comum com a fé bíblica. Por exemplo, muitas das grandes religiões do mundo pregam a moralidade. Porém, a fé falsificada carece de um ingrediente essencial- a presença e o poder do único Deus, que se revelou a nós” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.205).

 

CONCLUSÃO


Enquanto Jeroboão praticou a idolatria de forma direta, Roboão se envolveu numa espécie de veneração que, embora oculta aos olhos humanos, produz as mesmas danosas consequências. Os desejos egoístas de Roboão estavam acima da vontade de Deus, o ídolo dele era ele mesmo, sua própria vontade. Quando o crente tem Deus como seu guia, ele não toma conselhos com pessoas que lhe falarão o que ele quer ouvir, mas decidirá por ouvir pessoas que lhe falem a verdade.


Q  U E S T I O N Á R I O 


1. Qual foi a postura de Roboão diante do pedido do povo para diminuir a carga de trabalho? 

Ouviu o conselho dos jovens e tornou o trabalho do povo ainda mais pesado.


2. O que pode acontecer ao ser humano na ausência de sábios conselhos? 

A falta de sábios conselhos pode levar o ser humano ao declínio moral, ético e espiritual, tornando-o empobrecido e decadente.


3. Qual rei mandou construir dois santuários de adoração idólatra? 

Jeroboão.


4. Qual foi a principal causa das desgraças do povo de Israel?

A idolatria.


5. Quem era o ídolo de Roboão? 

Ele era ídolo dele mesmo, sua própria vontade.


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...