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28 junho 2021

INTRODUÇÃO AO 3º TRIMESTRE DE 2021



Neste 3º trimestre de 2021, estudaremos o tema: O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. O nosso estudo engloba um período de 384 anos (970 a.C a 586 a.C). É um período muito longo e com muitos acontecimentos. Evidentemente, não daria para estudar tudo em treze lições. Portanto, o assunto está bem resumido e alguns reinados ficarão de fora. 


O COMENTARISTA


O comentarista é o Pr. Claiton Ivan Pommerening, que é pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC). Pr. Claiton é doutor e mestre em Teologia; escritor, membro do Conselho Geral Rede Assembleiana de Ensino; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC em Joinville – SC; e editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB. Ele foi comentarista da Revista de Jovens e adultos do 4º trimestre de 2015, com o título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida; e da Revista de Jovens do 3º Trimestre de 2016, com o título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim. 


A POLÊMICA


Surgiu uma polêmica envolvendo o comentarista. Ele foi acusado de defender algumas ideologias que são contrárias à nossa declaração de fé, como o Marxismo, a Teologia da Libertação e o Ecumenismo. Alguns ministérios ligados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil chegaram a proibir o estudo desta lição, substituindo-a pela revista dos jovens. Mas, conforme a explicação da CPAD e da CGADB, as lições foram submetidas ao crivo do consultor doutrinário da CPAD, Pr. Elienai Cabral, e ao Conselho de Doutrina da CGADB, que aprovaram o conteúdo da Revista e a ortodoxia doutrinária do comentarista. 


As acusações dizem respeito a textos publicados pelo autor em suas teses e não ao conteúdo da Revista. Eu não li toda a revista ainda e asseguro aos meus alunos e leitores que, tenho total independência e compromisso com a ortodoxia bíblica. Caso verifique qualquer apoio a estas ou outras ideologias antibíblicas, farei as devidas contestações.


OS LIVROS DOS REIS


O conteúdo do nosso estudo neste trimestre está registrado nos Livros de 1 e 2 Reis. Na Bíblia hebraica, estes livros estão incluídos entre os profetas anteriores, que são os livros de Josué, Juízes, Samuel (um único livro) e Reis (também um único livro). Entretanto, os dois livros dos reis, em um único volume, ficaram muito grandes. Naquela época não havia papel, nem impressão. Os textos bíblicos eram copiados manualmente, em um material chamado papiro, feito de tiras desta planta, que era muito abundante no Egito. 

Na tradução do hebraico, para a versão grega, chamada de Septuaginta, os livros dos reis foram divididos em quatro volumes: 1 Reis (1 Samuel), 2 Reis (2 Samuel), 3 Reis (1 Reis) e 4 Reis (2 Reis). Na tradução para a língua portuguesa, a Bíblia foi organizada por assuntos e, dessa forma, os livros foram agrupados entre os chamados livros históricos que vai de Josué a Ester e os livros dos reis foram separados em quatros volumes: 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. 


AS TREZE LIÇÕES DO TRIMESTRE


Neste trimestre, devido à quantidade de assuntos a serem tratados em pouco tempo, não teremos uma lição introdutória, como de costume. Logo na primeira lição, já iniciamos com a ascensão de Salomão ao reino e a construção do Templo. Salomão foi o filho de Davi com a viúva de Urias, o soldado que foi traído e covardemente assassinado a mando de Davi, que tivera uma relação adúltera com a esposa dele. Para não ser descoberto, acabou tramando com Joabe, comandante do Exército, para que colocasse Urias na frente da batalha, para que morresse.

O primeiro filho desta relação morreu. O segundo filho foi Salomão e Deus o amou e disse que ele seria o sucessor de Davi no reino. (2 Sm 12.24). O profeta Natã, chamou o seu nome Jedidias, que significa “amado pelo Senhor” e Davi o chamou Salomão, que deriva de “Shalom” e significa paz. 

Na velhice de Davi, o seu filho Adonias usurpou o trono, mas o profeta Natã junto com Batseba, a mãe de Salomão, avisaram a Davi e este constituiu Salomão como rei. Salomão assumiu o trono com a missão de construir o Templo. O seu pai havia deixado tudo preparado para isso. Davi foi um grande guerreiro e conquistou praticamente todo o território prometido por Deus a Abraão. Foi a maior extensão territorial que Israel já possuiu durante toda a sua história. Deus prometeu a Davi, que haveria paz em Israel nos dias do seu filho Salomão, para que ele pudesse construir o templo. 

Quando assumiu o trono, Salomão reuniu o povo e fez uma longa oração a Deus. Deus respondeu a Salomão e disse para ele pedir o que quisesse. Salomão pediu a Deus, sabedoria para governar o seu povo. Deus disse que, como ele não pedira riquezas, nem a morte dos seus inimigos, lhe daria sabedoria, como ele havia pedido, mas também lhe daria riquezas e paz. De fato, Salomão foi o rei mais sábio e mais rico da história, e durante o seu reinado não houve guerras. Todas as nações do mundo queriam ser amigas dele e lhe davam presentes. 

Entretanto, apesar de ser sábio, rico e temente a Deus, Salomão também cometeu alguns erros. O primeiro deles foram os chamados casamentos políticos. Salomão buscou a amizade com outras nações casando com filhas de reis estrangeiros Ele não precisava disso, pois, Deus havia lhe prometido a paz. Além disso, os casamentos mistos eram proibidos na Lei de Deus. O resultado destes casamentos foi um desastre para o final da sua vida. As mulheres lhe perverteram o coração e o levaram à idolatria. Deus o repreendeu e disse que não lhe tiraria o reino, por causa da aliança feita com o seu pai Davi. Mas, entregaria dez tribos ao seu servo, nos dias do seu filho. Este será o assunto da lição 02. 

Após a morte de Salomão, o seu filho Roboão assumiu o trono. O povo de Israel reclamou com ele que o seu pai havia lhes imposto uma carga tributária muito alta. Roboão chamou os anciãos de Israel e perguntou o que ele deveria responder ao povo. Os anciãos, de forma sábia, disseram que o povo tinha razão e que ele deveria aliviar os tributos. Roboão, então, resolveu se aconselhar com os jovens da sua idade e estes o aconselharam o contrário. Disseram que ele deveria ser mais duro ainda e responder ao povo que iria piorar a situação. Isso, evidentemente, causou a revolta de dez tribos, que seguiram a Jeroboão, o servo de Salomão e o constituiram rei sobre si, ficando apenas as tribos de Judá e Benjamim com a família de Davi. Roboão quis fazer guerra contra Jeroboão, mas Deus proibiu e ele desistiu (1 Rs 12.21-24).

Este será o assunto estudado na Lição 2: O reino dividido: Jeroboão e Roboão. Jeroboão, ao assumir o reino do Norte, teve medo de que o povo ao subir a Jerusalém para adorar a Deus no Templo, sentisse saudades e desistisse de apoiá-lo. Então ele criou a adoração aos bezerros de ouro, em Betel, e estabeleceu falsos sacerdotes, para queimarem incensos e oferecerem sacrifícios neste altar. Jeroboão ficou conhecido como “aquele que fez Israel pecar''. Por isso, a sua dinastia não prosperou. O seu filho Nadabe assumiu o trono, mas, reinou apenas dois anos e foi morto por Baasa. Baasa também foi mau, seguindo os caminhos de Jeroboão. Reinou 24 anos no Reino do Norte. O seu filho Elá reinou durante dois anos e foi morto quando estava embriagado, pelo seu general Zinri, que usurpou o trono. Zinri exterminou todos os descendentes de Baasa, cumprindo a profecia do profeta Jeú. Mas, o reinado de Zinri, também não prosperou. Ele reinou apenas sete dias. Houve uma divisão entre o povo e a metade seguiu a Onri, comandante do Exército, que venceu Zinri e assumiu o trono. Onri reinou doze anos e, apesar de ser ímpio, foi um estadista muito importante. Foi ele que edificou a cidade de Samaria e a transformou na capital do reino do Norte. Onri é o pai de Acabe, que será o assunto da lição 3. 

Nas lições 3 a 8, o nosso estudo será voltado para os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Na lição 3, falaremos do confronto entre o rei Acabe e o profeta Elias. Na lição 4, veremos o confronto entre Elias e os profetas de Aserá e Baal, ocorrido no monte Carmelo, onde desceu fogo do Céu e consumiu completamente o altar, bezerro, pedras, lenha e até a água. Na ocasião, Elias mandou exterminar os falsos profetas. 

Na lição 5, falaremos sobre o reinado de Acazias, filho de Acabe, seu sucessor no reino. Acazias assumiu o trono e serviu publicamente a Baal. Por causa disso, ele adoeceu de uma doença mortal e mandou consultar a Baal-Zebul, deus de Ecrom, para saber se sararia desta doença. Deus, então, mandou o profeta Elias ao encontro dos mensageiros deste rei e perguntar-lhes se não havia Deus em Israel, para ele consultar Baal-Zebul. Em seguida, Deus mandou dizer que ele não sararia desta doença, mas, certamente seria morto. Os mensageiros retornaram a Acazias com aquela sentença e ele enviou um capitão com cinquenta homens, para que Elias comparecesse ao palácio. Elias disse: 

- Se eu sou homem de Deus, desça fogo do Céu e consuma a ti aos teus cinquenta soldados. 

O rei tornou a enviar outro capitão com cinquenta soldados e aconteceu a mesma coisa. Na terceira tentativa, o capitão se prostrou diante do profeta e implorou para que ele fosse. Desta vez, Elias foi e entregou a sentença de morte ao rei Acazias. 

Na Lição 6, falaremos sobre O profeta Elias e Eliseu, seu sucessor. Falaremos sobre o final do ministério de Elias, a despedida de Elias e Eliseu, o pedido corajoso de Eliseu, o arrebatamento de Elias ao Céu e a concretização do ministério profético de Eliseu, como autêntico sucessor de Elias. 

Continuando, na Lição 7 falaremos sobre O ministério de Eliseu, destacando alguns milagres, como confirmação do seu ministério profético. Falaremos um pouco sobre zelo do Senhor pelo Seu povo, mesmo durante o reinado de ímpios, socorrendo a viúva de Sarepta. Falaremos também sobre a relação entre fé e obediência. 

Na lição 8, estudaremos o episódio em que o general siro, Naamã, é curado da lepra. Nesta lição veremos três pontos importantes: a busca de Naamã pela cura, o orgulho de Naamã diante da  ordem de Eliseu e a ambição de Geazi, o moço de Eliseu. 

Na lição 9, vamos estudar o reinado de Joás, que foi rei de Judá, o chamado Reino do Sul, onde reinava a descendência de Davi. Havia uma profecia de Elias, de que a casa de Acabe inteira seria exterminada. Deus levantou no Reino do Norte, um rei chamado Jeú, para esta missão. O rei Josafá, do Reino do Sul, era um rei bom e temente a Deus. Mas, ele cometeu o erro de fazer amizade com Acabe que foi um dos piores reis de Israel.

Jeorão, filho de Josafá, casou-se com Atalia, filha de Acabe. Acazias, filho deste casal, foi o sucessor no Reino do Sul. Na matança que Jeú fez dos descendentes de Acabe, matou também Acazias, rei de Judá, que era neto de Acabe. A sua mãe, Atalia, se revoltou e mandou matar toda a família real do Reino do Sul e assumiu o trono, reinando por seis anos. O sacerdote Joiada escondeu a Joás, filho do rei Acazias, que era criança. Aos sete anos, ele foi ungido rei e Atalia foi morta. Joás foi um bom rei, durante a vida do Sacerdote Joiada que o ungiu rei. Mas, após a morte do seu tutor, ele se entregou à idolatria, injustiças e impiedade. O castigo divino não demorou. O seu reino foi invadido pela Síria e os seus próprios servos conspiraram contra ele e o mataram. 

Na lição 10, estudaremos o final trágico das dez tribos, com o cativeiro de Israel: reino do norte. Falaremos sobre as injustiças e distanciamento de Deus por parte dos reis de Israel, que o levaram à decadência política, social, moral e espiritual. Israel insistiu na idolatria e no sincretismo religioso, apesar das muitas advertências dos profetas. Então, Deus permitiu que a Assíria os levasse para o cativeiro e eles nunca mais voltaram. O rei da Assíria trouxe outros povos para habitar na região. 

A partir da lição 11 não existe mais o Reino do Norte. Estudaremos, então, os reinados de dois reis de Judá que foram justos e fizeram reformas religiosas importantes. Na lição 11 faremos sobre O reinado de Ezequias. A lição mostra a integridade do reinado de Ezequias; as afrontas de Senaqueribe, rei da Síria; e o final trágico deste rei, que foi morto pelos próprios filhos, depois que um anjo do Senhor matou 185 mil soldados do seu exército, em resposta à oração de Ezequias. 

Na Lição 12, falaremos sobre O reinado de Josias. Josias era filho do rei Amom, que foi um péssimo rei. Os seus servos conspiraram contra ele e o mataram em sua própria casa. Mas, o povo de Judá se uniu, matou os conspiradores e constituíram o seu filho Josias como rei, com apenas oito anos de idade. (2 Rs 21.23,24). Josias foi o último dos reis justos da descendência de Davi. Foi considerado o melhor rei de Judá, no aspecto espiritual. (2 Rs 23.25). 

No décimo oitavo ano do seu reino, Hilquias, o sumo sacerdote encontrou o Livro da Lei no templo e o entregou ao escrivão Safã, que o leu diante do rei. Ouvindo as palavras da Lei, Josias rasgou as suas vestes em sinal de humilhação. Depois, mandou consultar ao Senhor, através da profetisa Hulda. A profetisa entregou a mensagem de Deus, dizendo que Deus traria julgamento sobre o Reino do Sul, por causa dos pecados cometidos. Entretanto, devido a humilhação do rei Josias diante de Deus, ele e seu reinado seriam poupados deste julgamento que viria depois da sua morte. Josias renovou a aliança com o Senhor: mandou reparar o templo; derrubou os altares e retirou todos os ídolos e os queimou fora de Jerusalém; e mandou também celebrar a Páscoa. 

Por último, na Lição 13, falaremos sobre O cativeiro de Judá. Da mesma forma que fizera o Reino do Norte, mesmo diante de inúmeros alertas dos profetas, o Reino do Sul também não deu ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico. Após a morte de Josias, o seu filho Jeoacaz reinou em seu lugar e não seguiu os passos do pai. Reinou apenas três meses e o rei do Egito, Faraó Neco, mandou prendê-lo e constituiu o seu irmão Eliaquim como rei, a quem deu o nome de Jeoaquim. 

Jeoaquim também foi mau e nos seus dias, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém e a dominou por três anos. Depois de três anos, Jeoaquim se rebelou e foi levado prisioneiro para a babilônia. O seu filho Joaquim ficou em seu lugar, como preposto da Babilônia em Jerusalém por três meses. Joaquim também era ímpio e, durante o seu governo, Nabucodonosor mandou levá-lo à Babilônia, junto com os utensílios de ouro do Templo, e estabeleceu a Zedequias, seu irmão, como governante. 

Zedequias reinou por onze anos sob o domínio babilônico. Foi um rei ímpio e, mesmo ouvindo as profecias de Jeremias, não deu ouvidos e se rebelou contra Nabucodonosor. O exército babilônico, então, destruiu Jerusalém e o templo e levou o povo cativo para o cativeiro, que durou 70 anos. 


Bons estudos! 


Pb. Weliano Pires


27 junho 2021

Lição 01: A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo



TEXTO ÁUREO: 

“E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor.” (1 Rs 8.11)

VERDADE PRÁTICA: 

O pedido de sabedoria feito por Salomão a Deus aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para seus filhos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Tg 1.5 - Deus concede sabedoria àqueles que pedem

Terça – Pv 2.6 - A sabedoria provém do Senhor

Quarta – Sl 37.30 - O homem justo profere palavras sábias

Quinta – Cl 4.5-6  - Falar com sabedoria produz melhores relacionamentos

Sexta – Tg 4.6 - Deus não compactua com os orgulhosos

Sábado – Pv 29.23 - A pessoa que se afasta do orgulho será honrada

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Reis 4:29-34; 6.1,11-14

1 Reis 4

29 E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.

30 E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.

31 E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.

32 E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.

33 Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes.

34 E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

1 Reis 6

1 E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR.

11 Então veio a palavra do Senhor a Salomão, dizendo:

12 Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai;

13 E habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.

14 Assim edificou Salomão aquela casa, e a acabou.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Comece a aula perguntando a seus alunos qual a diferença entre inteligência e sabedoria. Sabedoria é uma habilidade ou uma virtude? Deixe a turma debater por algum tempo sobre a distinção desses dois termos antes de iniciar a introdução da aula propriamente. É importante também debater sobre a relação entre sabedoria e astúcia ou esperteza. Uma pessoa astuta pode ser considerada sábia? Que relação tem a sabedoria de Salomão com a prosperidade de Israel sob seu governo?

A seguir, encaminhe seus alunos para a conclusão demonstrando que, enquanto o conhecimento representa as nossas experiências e aprendizagens adquiridas do mundo exterior, a sabedoria, especialmente a proveniente de Deus, nos dá a condição de transformarmos estes conhecimentos em prática de vida, a fim de mantermos o equilíbrio, a coesão e a justiça.

Não deixe de apresentar o comentarista da lição. Trata-se do pastor Claiton Pommerening, doutor e mestre em Teologia; membro do Conselho Geral da RAE – Rede Assembleiana de Ensino; autor de obras editadas pela CPAD; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC (Joinville – SC); editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB; pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC).

OBJETIVO GERAL:

  • Expor a necessidade de permanecer em comunhão com Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Evidenciar as virtudes de Salomão;
  • Destacar o comportamento orgulhoso de Salomão no fim de sua vida;
  • Apontar os feitos de Salomão.

INTRODUÇÃO

Por amor ao Rei Davi, Deus permitiu que Salomão estabelecesse o reino sólido, próspero, justo, cheio de glória e poder. Foi durante o reinado de Salomão em Israel que atingiu seu apogeu na história. Entretanto, mesmo diante de todas essas grandezas, promovida por sua sabedoria, e se destacado, o monarca se deixou levar por interesses políticos e desejos pecaminosos.

I – A SABEDORIA DE SALOMÃO

1. A Virtude de Salomão. Antes mesmo de receber a sabedoria como um  dom divino, Salomão já apresentava alguns traços desta virtude, pois ao ser inquirido por Deus quanto a qualquer perdido que quisesse me fazer (1Rs 3.5), o grande rei escolherá a sabedoria, que se depreende o quanto já era sábio. Ora, se fosse ganancioso pediria dinheiro, se fosse orgulhoso pediria glória, se fosse vaidoso pediria muitos dias de vida, se fosse vingativo pediria a morte dos inimigos (1Rs 3.11,13; 2Cr 1.10). Mas de que adiantaria todas essas coisas se lhe faltasse a sabedoria? Salomão teve um elevado senso de prioridade ao pedir a Deus a coisa certa.

2. O sábio pede sabedoria. Ao pedir sabedoria de Salomão se mostrou um homem humilde, e isso pode ser constatado em uma das respostas que deu ao Senhor: ” Sou ainda menino pequeno, não sei como sair, nem como entrar” (1Rs 3.7b). Significa que ele tinha plena consciência da grandeza de sua tarefa (1Rs 3.8), não permitindo que a imponência do seu reinado me conduzisse à prepotência. Ao contrário, demonstrou profundo autoconhecimento, o que é peculiar a toda pessoa sábia.

3. A sabedoria na prática de vida. Tiago escreveu em sua epístola que existe uma falsa sabedoria que se evidencia pela inveja e sentimento faccioso. Nossa sabedoria não vem de Deus, mas é terrena animal e diabólica (Tg 3.15). É fruto de ciúmes, divisionista, perturbação e obras perversas (Tg 3.16). No entanto, o apóstolo asseverou que se alguém não tem sabedoria peça a Deus que a todos dê liberalmente (Tg 1.5). As características dessa virtude que vem do alto são a pureza, a pacificação, a prudência, a benevolência, a misericórdia, os bons frutos, a imparcialidade e a sinceridade (Tg 3.17)

SÍNTESE DO TÓPICO I 

A virtude deve ser uma marca do Cristão autêntico. A partir de uma vida virtuosa, os filhos de Deus serão abençoados em tudo que fizerem.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

A tragédia de vida de Salomão não foi uma catástrofe pessoal repentina, mas a diminuição gradual de sua completa devoção à Deus. Isso está relacionado com os interesses de suas “muitas esposas”, resultando em sua própria adoração idolátrica. Ele trilhou o repetido caminho para longe de Deus: o conhecimento do coração tornou-se somente o entendimento da mente e o conhecimento da mente, no final, deu lugar à apostasia total.

Pergunte se a seus alunos se a sabedoria, ou conhecimento cultivado de Deus, é garantia de lealdade contínua ao Senhor. Promovam o pequeno debate sobre o assunto, e peça a ele que procure na Bíblia outros exemplos semelhantes.

II – A CONSOLIDAÇÃO DO PODER

1. A glória do reino de Salomão. O reinado de Salomão não apenas se tornou amplo em termos territoriais, mas foi firmado e estabelecido em paz e justiça (1Rs 4.24). O povo de Judá e Israel tinha tanta fartura e vivia em tão boas condições que podia até festejar e se alegrar (1Rs 4.20). Todos os governos, quando administrados sob essas premissas, se tornam duradouros trazendo ao povo paz e segurança (1Rs 4.25a).

2. O orgulho precede a ruína. Infelizmente, até mesmo os homens mais sábios estão sujeitos à queda quando deixam de temer a Deus e entram por caminhos tortuosos. Os desvios de Salomão foram chegando aos poucos, à medida que fazia pequenas concessões em seu coração e estabelecia acordos e conchavos políticos que deterioraram sorrateiramente seus valores espirituais (1Rs 11.1,2). Salomão enganou a si mesmo pela ganância e pela sede de poder que deixou invadir seu coração. Todavia, é importante destacar que isso não aconteceu no início do seu reinado (1Rs 11.4-6). Essa degradação de valores começou conforme Salomão permitia que pequenos desvios assumissem proporções gigantescas.

SÍNTESE DO TÓPICO II

Devemos ter cuidado com as concessões que fazemos, pois uma vida de entrega ao pecado começa com pequenos deslizes.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL

2 Crônicas 1.11,12 

Salomão poderia pedir qualquer coisa, porém pediu sabedoria para governar a nação. Pelo fato de Deus ter aprovado a forma como rei definir suas prioridades, dele também prosperidade, riqueza e Honra. Jesus também falou a respeito de prioridades. Ele disse que quando colocamos Deus em primeiro lugar, tudo aquilo que realmente necessitamos também nos é concedido (Mt 6.33).

Embora isso não seja uma garantia de que seremos tão ricos e famosos como Salomão, ao colocarmos Deus em primeiro lugar, a sabedoria que recebemos nos permitirá gozar uma vida ricamente gratificante. Quando temos o propósito de viver e aprender a contentar-nos com o que temos, alcançaremos uma riqueza tal como jamais poderíamos ter imaginado.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,p.594-95).

III – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1. O nobre propósito de Salomão. O propósito de Salomão na construção do Templo foi muito nobre: edificar uma casa ao nome do Senhor, meu Deus” (1Rs 5.5). Você percebe que havia pureza no coração do sábio rei de Israel nos primeiros anos do seu Reinado. Na construção do Templo, foram empregados diversos materiais de altíssimo valor, tais como centro do Líbano e muito ouro. Todo tempo foi revestido de ouro. O lugar Santíssimo teve as paredes, o teto e o piso revestido de ouro puro (1 Rs 6.20-22). Salomão quis demonstrar seu imenso Amor a Deus edificando uma Morada de altíssima qualidade e excelência.

2. O templo do Espírito Santo. Essa visão de Deus entrada no templo é uma forte característica do Antigo Testamento, mas com a redenção do homem, efetuada por Cristo na cruz do Calvário a Morada de Deus passa a ser o próprio homem regenerado. E é nesse lugar que se deve fazer riqueza e beleza, porque o Espírito de Deus habita nele (1Co 6.19).

3. A glória do Senhor. A glória do Senhor se manifestou no templo, depois de pronto a, em duas ocasiões especiais: A primeira foi quando o sacerdote levou a arca para o lugar Santíssimo. A glória foi tanta que eles não puderam permanecer de pé para ministrar o serviço sagrado (1Rs 8.11; 2Cr 6.14). Alegria e o temor da presença de Deus fizeram Salomão proferir uma das mais belas orações da Bíblia (1Rs 8.22-53; 2Cr 6.14-42), que reconhece a grandeza, o senhorio, poder, A misericórdia e o amor de Deus sobre todas as coisas. A segunda ocasião que a glória do Senhor se manifestou foi quando Deus respondeu a Salomão na inauguração do templo (2Cr 7.1-3). Desta vez, além da glória, desceu também Fogo do Céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios.

SÍNTESE DO TÓPICO III 

Tudo que fizermos em prol da obra do senhor e para sua glória deve ser realizado com coriza de coração

SUBSÍDIO HISTÓRICO

"Uma vez que Salomão obteve um firme controle do reino, voltou-se para o extenso programa de construções, iniciando com a construção do templo. Davi já havia comprado a eira de Araúna – o local separado por Deus – e o rei ordenava que o terreno fosse totalmente limpo a fim de começar a obra. Ele também preparou os materiais da construção, particularmente blocos de pedras trabalhadas e metais preciosos, e fez acordo com os fenícios para o fornecimento de madeiras para construção. Tudo que Salomão precisava fazer era reunir os materiais e construtores no mesmo local, e dar início à Obra.

Hirão foi informado de que tudo estava pronto, então começou o envio de madeiras para construção Vila conforme havia prometido. Salomão enviou os gêneros alimentícios acordados e outros bens como forma de pagamento. Também foram convocados trinta mil cortadores de lenha para que mensalmente, em torno de dez mil homens fossem auxiliar os trabalhadores de Hirão no Líbano. Setenta mil carregadores foram destacados para o serviço, mais oito mil cortadores de pedras.

Todos os trabalhadores foram supervisionados por três mil e trezentos homens que respondiam diretamente a Adonirão, o oficial encarregado dos trabalhadores forçados (1 Rs 5.13-18).” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.312).

CONCLUSÃO

Nunca houve na Terra um homem com tanta sabedoria como Salomão, e que soubesse empregá-la com justiça e correção durante anos de reinado. Esse grande rei de Israel, em seu governo, proporcionou ao povo de Deus um longo período de paz, harmonia e prosperidade. Ele usou sua sabedoria tanto para consolidar seu poder quanto para construir um majestoso templo para Morada e culto a Deus

QUESTIONÁRIO

1. O que levou Salomão a pedir sabedoria a Deus? 

Salomão tinha um elevado senso de prioridade

2. Qual era a maior virtude de Salomão? 

Sua sabedoria.

3. Quais são os dois tipos de sabedoria apresentados na Bíblia? 

A falsa sabedoria que se evidencia pela inveja e sentimento faccioso, e a sabedoria que vem de Deus (Tg 3.14-17). 

4. O que levou Salomão à ruína? E por quê? 

Salomão começou a fazer pequenas concessões em seu coração e a estabelecer acordos e conchavos políticos que deterioraram sorrateiramente seus valores espirituais (1 Rs 11.1,2). 

5. A partir da redenção do homem efetuada por Cristo no Calvário, qual o local de habitação do Espírito Santo? 

O próprio homem regenerado (1Co 6.19). 


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...