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25 outubro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 5: “JESUS CRISTO E ESTE CRUCIFICADO” - MENSAGEM DO APÓSTOLO


Na lição passada falamos sobre a vocação ou chamada de Paulo para ser apóstolo. Paulo faz questão de enfatizar em suas epístolas que ele era apóstolo não por vontade de homem algum, mas do próprio Senhor Jesus. Vimos que o passo inicial para a chamada ministerial de Paulo tem base na presciência divina. A chamada de Paulo foi efetivada pelo Cristo ressurreto, mudando completamente a vida dele. Por último, falamos sobre a preparação ministerial de Paulo. O Senhor o enviou para o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido. Distante das sinagogas e da filosofia grega, Paulo passou a depender completamente de Deus e teve revelações profundas do próprio Jesus.


Na lição desta semana estudaremos sobre a mensagem pregada por Paulo, que era Jesus Cristo crucificado. A mensagem pregada por paulo era cristocêntrica e não antropocêntrica e de autoajuda. Falar sobre a mensagem da cruz hoje, em um país como o Brasil, onde a maioria diz crer em Jesus, embora não o siga, não causa muito espanto. Mas nos dias de Paulo, a ideia de que o Filho de Deus morreu crucificado para salvar os pecadores era considerada absurda. Para os Judeus, isso era uma blasfêmia, pois a lei dizia que maldito é aquele que for pendurado em madeiro (Dt 21.23; Gl 3.13). Para os gregos era uma loucura, pois eles esperavam argumentos filosóficos e consideravam a ideia de salvação pela morte de Cristo, algo muito simples e desprezível. 


No primeiro tópico falaremos sobre a centralidade da mensagem pregada por Paulo. Jesus Cristo crucificado, este era o centro da mensagem que Paulo pregava. Sem se importar com a rejeição de judeus e gregos, Paulo ensinava que o sacrifício de Cristo era o único meio do homem ser reconciliado com Deus.  Falaremos ainda neste tópico sobre a palavra da cruz como a loucura da pregação e a visão de judeus e gregos sobre este assunto. 


No segundo tópico falaremos sobre algumas expressões-chave da doutrina ensinada por Paulo:  “Evangelho de Cristo”, “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto''. Explicaremos neste tópico os conceitos teológicos de cada uma destas expressões. 


No terceiro e último tópico falaremos sobre os efeitos da mensagem da cruz. Paulo escreveu que o Evangelho é o Poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer. (Rm 1.16). A mensagem da cruz se contrapõe a toda a arrogância humana e nos constrange a viver uma vida de humildade e completa dependência do Espírito. 


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21 outubro 2021

UMA VOCAÇÃO EFETIVADA PELO CRISTO RESSURRETO


Paulo teve uma visão do Cristo ressurreto, no caminho de Damasco. O esplendor daquela visão, fez ele cair por terra e ficar cego por três dias. O Senhor o encaminhou a Damasco pois, lá lhe seria dito o que ele deveria fazer. Enquanto isso, o Senhor apareceu também a Ananias e o enviou ao encontro de Saulo. O Senhor Jesus falou claramente para Ananias que a vocação ministerial de Saulo seria entre os gentios. Esta vocação para o apostolado mudou radicalmente a vida de Saulo. A partir daquele momento, ele passou a viver exclusivamente para Cristo.


1. Saulo viu o esplendor glorioso do Cristo ressurreto (At 9.3-6). Saulo viu, claramente, o esplendor de Jesus ressurreto e glorificado e caiu por terra. Em seguida, ouviu a sua voz gloriosa, perguntando-lhe, porque o perseguia. Saulo não conhecia a voz de Cristo e naturalmente perguntou quem era. O Senhor Jesus se identificou e lhe disse que seria “duro para ele, recalcitrar contra os aguilhões”. Esta expressão é uma linguagem figurada, para explicar para Saulo, que ele havia sido dominado. A palavra "recalcitrar" significa “confrontar” ou “resistir”. "Aguilhão" é uma espécie de espeto de ferro, bronze, ou prata, usado pelos carroceiros, para prenderem o gado que puxava a carroça. Quando o boi era muito bravo, ficava se debatendo contra os aguilhões e acabava se ferindo. Como um "boi selvagem", Saulo estava lutando contra algo que para ele era errado. O Senhor Jesus, então, lhe ensinou que não adiantaria ele lutar contra aquele “aguilhão”, pois era mais forte do que ele. 

Esta visão colocou por terra toda a valentia e orgulho do perseguidor. Agora, ele estava cego e atemorizado diante do Senhor da Igreja, a quem ele, sem saber, estava perseguindo. Ao ver a glória do Cristo ressurreto e contemplar o seu imenso poder, Saulo se entregou a ele e perguntou, humildemente, o que o Senhor queria que ele lhe fizesse. Agora dominado pelo Senhor, Saulo foi enviado a Damasco para ser discipulado e batizado. 


2. Uma vocação inevitável para o apostolado entre os gentios. No testemunho posterior de Paulo, sobre o seu encontro com Ananias, ele diz: “E ele [Ananias] disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca”. (At 22.14). Fica claro, então, que Deus havia designado de antemão a Saulo para fazer a Sua vontade. Mas, qual era a vontade de Deus na vida de Paulo? Deus havia escolhido Paulo para ser o apóstolo do gentios, conforme Paulo inicia dizendo nas Epístolas aos Romanos (Rm 1.1); aos Coríntios (1 Co 1.1; 2 Co 1.1); Aos Gálatas (Gl 1.1); Aos Efésios (Ef 1.1); Aos Colossenses (Cl 1.1); e a Timóteo (1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1). Em todos estes textos, Paulo esclarece que ele é apóstolo do Senhor, não pela vontade dos homens, mas, pela vontade de Deus. 

Conforme estudamos no 2º Trimestre de 2021, quando falamos sobre o ministério de apóstolo, os requisitos principais para ser apóstolo eram: ter visto o Senhor Jesus e ter sido enviado pessoalmente por Ele. Paulo não esteve com Jesus em seu ministério terreno. Mas, viu Jesus ressuscitado e recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Gl 1.6-24; 1Co 11.23), seja por inspiração para escrever as epístolas, ou por revelação direta. (2 Co 12.1-4). As credenciais do apostolado paulino eram as Igrejas que ele fundou e a sua identificação com Cristo nas perseguições. 


3. A vocação mudou o rumo da vida de Saulo. Conforme já falamos anteriormente, Saulo nunca mais foi o mesmo após o seu encontro com o Senhor Jesus. O perseguidor violento e implacável foi transformado em seu íntimo. A vocação ministerial começa no chamado e isso vem de Deus. A Igreja não chama ninguém para o ministério, ela apenas reconhece a chamada de Deus na vida de alguém. Esta chamada, como vimos no primeiro tópico, está relacionada à presciência de Deus. Ele chama antes da pessoa nascer, conhecendo de antemão o futuro. 

Depois da chamada vem a transformação. Mesmo sendo chamado para o ministério, o obreiro precisa primeiro ser transformado por Deus. Paulo foi vocacionado antes mesmo de nascer, para ser o apóstolo dos gentios. Mas, antes de ser apóstolo ele teve um encontro pessoal com o Senhor Jesus e passou por uma mudança radical. Depois desta mudança na personalidade, Saulo passou por um período de capacitação e preparo, como veremos no próximo tópico. 

Deus ainda continua chamando obreiros para a sua Seara, que é grande e tem poucos trabalhadores (Mt 9.37). Mas, é necessário antes passar pela transformação no processo de conversão. Após a conversão, o crente deve orar a Deus para descobrir qual é a sua vocação no Reino de Deus. Na Igreja não existe esse negócio de ser apenas “membro de banco” ou apenas ficar em nosso cantinho. Deus não chamou ninguém para ficar parado. Segundo escreveu o Pr. Elias Torralbo, em seu livro “Vocação: descobrindo o seu chamado”, há algumas lições que devemos aprender em relação à chamada ministerial: 

1. O mérito não é de quem é chamado, mas de quem chama; 

2. A tarefa a ser realizada não pertence a quem foi chamado, mas a quem chamou; 

3. Não se trata de um peso, mas de um privilégio concedido pela graça divina.


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Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS: 

1. TORRALBO, Elias. Vocação: Descobrindo o seu chamado. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.12,15.

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...