30 junho 2022

A NATUREZA DO ATAQUE DO INIMIGO


(Comentário do segundo tópico da Lição 1)

Os ataques do inimigo à Igreja de Cristo podem ser classificados em dois tipos: os de natureza espiritual e os de natureza moral. Os ataques de natureza espiritual são ações diretas de espíritos enganadores. Por outro lado, do ponto de vista moral, o inimigo faz com que pareçam normais, comportamentos que a Palavra de Deus condena. 


1- O ataque é de natureza espiritual. O apóstolo Paulo, foi usado pelo Espírito Santo, para alertar a Igreja, que nos últimos dias, muitos iriam se apostatar da fé e dariam ouvidos a “espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1). Na Epístola aos efésios, também ele diz que "a nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra os principados e potestades". (Ef 6.12). Estes dois textos nos mostram um tipo de ataque à Igreja que é de natureza espiritual e, nesse sentido, as armas para combatê-lo também são espirituais. 


A palavra grega traduzida por "enganadores" no texto de 1 Timóteo 4.1 é "planos", que significa "desviador", "enganador". Neste contexto, tem o sentido de um "impostor", ou seja, alguém que se apresenta como se fosse outra pessoa. Uma das especialidades do inimigo é imitar as coisas de Deus para enganar. O apóstolo Paulo falou que Satanás se transfigura em anjo de luz (2 Co 11.14). Por isso precisamos tomar muito cuidado com manifestações sobrenaturais. Conforme vimos na lição 13, do 2º Trimestre, milagres não transformam o caráter de ninguém e confissões doutrinárias ortodoxas, desprovidas da prática da Palavra de Deus, também não servem para comprovar que alguém é de Deus.  


Nem todos os hereges são pessoas inescrupulosas que querem ganhar dinheiro às custas dos fiéis. Muitos deles são pessoas sinceras que foram enganadas pelos demônios e, realmente acreditam naquilo que ensinam. Pensam que estão servindo a Deus e não imaginam que estão a serviço do inimigo. Assim como o Espírito Santo convence as pessoas e as leva a Cristo, por meio da Verdade, os demônios, através da astúcia e do engano, conduzem pessoas ao erro. 


2- O ataque é de natureza moral. Na sequência do texto, de 1 Timóteo 4, no versículo 2, Paulo fala dos ataques de natureza moral, que o inimigo desfere contra a Igreja. O apóstolo fala de três características destas pessoas que dão ouvidos aos espíritos enganadores: são hipócritas, mentirosas e têm a mente cauterizada. 

A palavra "hipocrisia" no grego é "upokrisis". Em seu sentido original,  significava "desempenhar um ato em um palco". Um "upokrites" era, na verdade, um ator, que representava um personagem em uma peça de teatro. Posteriormente, passou a designar uma pessoa fingida, que diz uma coisa e faz outra, fingindo ser quem não é. 


A mentira, por sua vez, é o oposto da verdade. A hipocrisia e a mentira andam juntas, pois estão intimamente relacionadas. Todo hipócrita é por natureza um mentiroso, pois mostra com palavras e atitudes, coisas que não são verdadeiras sobre a sua pessoa ou sobre os seus ensinos. Normalmente, o hipócrita usa meias verdades, para não parecer que está mentindo. Mas, existe um provérbio que diz: “Meia verdade é sempre uma mentira completa”. Jesus afirmou que o diabo, quando mente, fala daquilo que é a característica principal dele, pois é mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44). Jesus, ao contrário disso, é a própria Verdade (Jo 14.6). 


As pessoas que têm “cauterizada a sua própria consciência” são pessoas que perderam a capacidade humana de julgar, de entender o certo e o errado. A consciência (Gr. suneidesis) é uma das faculdades do espírito humano. Deus criou o ser humano e o dotou com esta capacidade de discernir entre o que é certo e o que é errado. A consciência cauterizada (gr. kausteriazo) é uma metáfora, que fazia menção às marcas feitas a fogo nos animais, escravos e criminosos. No local destas marcas, a carne fica dura e insensível. Da mesma forma, a pessoa que tem a mente cauterizada torna-se insensível à verdade e incapaz de saber o que é certo e errado. A pessoa não se sente mais culpada ou acusada quando erra. 


Paulo citou duas ações dos apóstatas que dão ouvidos aos espíritos enganadores: proíbem casamento e ordenam a abstinência de manjares. São escravizadores de homens e difamadores de Deus, que proíbem o que Deus ordena e fazem restrições que Deus nunca fez. Ainda hoje existem seitas que proíbem o casamento dos seus líderes e impõem regras duríssimas aos seus adeptos, como forma de autojustificação. Há também Igrejas que criam doutrinas e proíbem coisas que Deus nunca proibiu. É sempre um erro proibir aquilo que a Bíblia não proíbe ou aprovar aquilo que a Bíblia condena. 


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José. Os Ataques Contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 5. pág. 318-319.

LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo: O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pág. 98-100.

SOARES, Esequias. Heresias e Modismos: Uma Análise Crítica das Sutilezas de Satanás. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.36).


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Pb. Weliano Pires

29 junho 2022

A IGREJA SOB ATAQUE

(Comentário do 1º tópico da Lição 1)

A Igreja de Cristo está sob constantes ataques de todos os lados. São pensamentos e teorias contrárias aos valores cristãos expostos nas Escrituras Sagradas. Nestes dias que antecedem a Volta de Cristo, a Igreja do Senhor precisa estar em constante alerta contra os ataques sutis de Satanás contra ela. 


1- A sutileza do ataque. Nos primórdios da Igreja, o inimigo tentou vencê-la por meio da perseguição, tortura e morte dos cristãos. Nestes últimos dias, no entanto, o inimigo tem agido de forma diferente, atacando de forma sutil e disfarçada. Os ataques do inimigo contra a Igreja do Senhor nestes últimos dias são sutis e perspicazes. Muitos relativizam a Bíblia, tentando desconstruí-la a fim de normalizar pecados e modismos que afrontam e contrariam o propósito de Deus para a para a sua Igreja. Para isso, um inimigo conta com um forte aliado que é a falta de conhecimento bíblico de muitos crentes, inclusive lideranças da Igreja. 


Se o inimigo viesse até nós com chifres, olhos de fogo, cauda gigante, soltando fogo pelas narinas e com um garfo de três dentes na mão, seria facilmente reconhecido e não expulso em Nome de Jesus! Mas, como vimos na penúltima lição do trimestre passado, os falsos mestres vêm até nós vestidos de ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

 

Diferente do que muitos imaginam, o diabo prefere agir no anonimato ou nos bastidores. A característica principal das suas ações é a sutileza. Sutileza é a qualidade de uma pessoa ou de algo, que o torna delicado, meigo, suave. É a habilidade e perspicácia para disfarçar e enganar sem ser percebido. O apóstolo Paulo chama de “astutas ciladas”. (Ef 6.11). 


Um dos alvos principais dos ataques sutis do inimigo é a família. O inimigo tem mobilizado governos, universidades, artistas, para destruir as bases familiares, pois ele sabe que a família é a base da sociedade e da própria Igreja. De todas as formas tentam ridicularizar a família e, por outro lado, normalizar e enaltecer práticas sexuais que Deus abomina. 


2- O alerta para o povo de Deus. Um fato notório nas Escrituras é que Deus sempre alertou o seu povo, sobre os perigos iminentes, principalmente, os juízos de Deus. Deus avisou a Noé que iria enviar o dilúvio; avisou a Abraão que iria destruir Sodoma e Gomorra; avisou até a ímpios como Faraó, Acabe, Nabucodonosor, Belsazar e os ninivitas, de que caso não se arrependessem, os juízos de Deus viriam sobre eles. 


No Novo Testamento também o Espírito Santo avisou muitas vezes aos apóstolos sobre enganos e sutilezas que ocorreriam no futuro. O texto base para o estudo desta lição é “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônio.” (1 Tm 4.1). Neste texto o apóstolo Paulo alerta a Timóteo, que o Espírito Santo "afirma expressamente". Esta expressão no grego é "lego", que significa "falar", e "retos", que significa "expressamente", "explicitamente". Não era um profecia com enigmas a serem interpretados, mas um aviso direto, sem deixar nenhuma dúvida. 


Não sabemos se Paulo estava se referindo às profecias do Antigo Testamento ou se ele teve uma revelação direta do Espírito Santo, de que no final dos tempos viriam tempos trabalhosos em que surgiriam falsos mestres, que iriam ensinar heresias no meio da Igreja. Paulo já havia alertado os bispos de Éfeso a esse respeito, na sua despedida antes da sua prisão em Jerusalém. 


O apóstolo Pedro também alertou a Igreja, no capítulo dois da sua segunda Epístola, sobre o surgimento dos falsos mestres entre eles. Pedro disse: "surgirão entre vós, falsos mestres", ou seja, seria um perigo interno. Alertou também que estes falsos mestres iriam introduzir encobertamente heresias de perdição, teriam uma vida dissoluta, negariam ao Senhor e fariam negócio da Igreja. É um alerta sobre as sutilezas de Satanás, pois as heresias seriam introduzidas "encobertamente" ou "dissimuladamente".  A primeira Epístola de João e a Epístola de Judas também alertam a Igreja sobre os falsos mestres no meio deles. 


3- A Igreja na reta final. Conforme vimos acima, o Espírito Santo alertou a Igreja sobre o surgimento destes ataques sutis do inimigo à Igreja de Cristo. Mas, quando aconteceriam estes ataques? O apóstolo Paulo usou a expressão grega "eschatos kairós", traduzida por últimos dias. "Eschatos" significa último e "kairós" indica um período particular, caracterizado por determinados eventos. Os últimos tempos, ou últimos dias como aparece em outras partes da Bíblia, não se refere apenas a um período escatológico do fim. É uma referência ao período da era cristã, que vai desde a ressurreição de Jesus até a sua segunda vinda.  Pedro citou a profecia de Joel, sobre o derramamento do Espírito como parte dos eventos dos “últimos dias" (At 2.17). 


Muitas profecias para o futuro, apresentam também o seu cumprimento em parte no presente. Este foi o caso do abominável da desolação, profetizado por Daniel. Esta profecia se cumpriu em parte com Antíoco IV Epifânio, mas o seu cumprimento total será na grande tribulação, quando o Falso Profeta entrará no lugar santo de terceiro templo e exigirá adoração como se fosse Deus. Este é o caso desta profecia de Paulo. Ele já estava vivenciando os ataques sutis do inimigo, através de falsos mestres infiltrados na Igreja. Mas profetizou que nos tempos finais da Igreja seriam caracterizados pela apostasia e multiplicação do engano. 


REFERÊNCIAS: 

GONÇALVES, José. Os Ataques Contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 5. pág. 318.

LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo: O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pág. 98.

RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Editora CPAD. 1ª edição: 2013. pág. 40-41.

PENN-LEWIS, Jessie. Guerra contra os Santos: a obra clássica sobre batalha espiritual, tomo 1, versão integral. Editora dos Clássicos, Edição 2001. pág. 41-43.


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Pb. Weliano Pires

28 junho 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 1: AS SUTILEZAS DE SATANÁS CONTRA A IGREJA DE CRISTO

Foto: Blog do Magno Lino.

Graças a Deus estamos iniciando mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. Neste terceiro trimestre, o nosso tema será apologética, que é a defesa da fé cristã contra as heresias, modismos e inovações. Estudaremos o tema: Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás nestes Dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. 


O Comentarista deste trimestre é o Pr. José Gonçalves, mestre em Teologia, escritor, articulista, presidente do Conselho de Doutrina da Convenção Estadual das Assembléias de Deus no Piauí, membro da Comissão de Apologética da CGADB e presidente da Assembléia de Deus em Água Branca (PI).


Nesta primeira lição faremos uma introdução ao tema que será estudado durante o trimestre que é sobre as sutilezas do inimigo contra a Igreja de Cristo. Nestes dias que antecedem a Volta de Cristo, a Igreja do Senhor precisa estar em constante alerta contra os ataques sutis de Satanás contra ela. Sutileza é a qualidade de uma pessoa ou de algo, que o torna delicado, meigo, suave. É a habilidade e perspicácia para disfarçar e enganar sem ser percebido. Ao contrário do que muitos imaginam, o diabo prefere agir no anonimato ou nos bastidores. A característica principal das suas ações é a sutileza. O apóstolo Paulo chama de “astutas ciladas”. (Ef 6.11).


Se o inimigo viesse até nós com chifres, olhos de fogo, cauda gigante, soltando fogo pelas narinas e com um garfo de três dentes na mão, seria facilmente reconhecido e não expulso em Nome de Jesus! Mas, como vimos na penúltima lição do trimestre passado, os falsos mestres vêm até nós vestidos de ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Os ataques do inimigo são de duas naturezas: sobrenatural e moral. Os ataques de natureza espiritual são ações diretas de espíritos enganadores. Por outro lado, do ponto de vista moral, o inimigo faz com que pareça normal, comportamentos que a Palavra de Deus condena. 


Em suas sutilezas, o inimigo age contra a Igreja em duas esferas: religiosa e social. Na esfera religiosa, estes ataques vêm de dentro da própria Igreja, por parte de pessoas que foram vencidas pelos ataques do inimigo e agora estão a serviço dele dentro da Igreja, causando danos e escândalos. Na esfera social, temos os ataques do inimigo à família, com leis e decretos que tentam desconstruir a família tradicional, incentivando o aborto, o divórcio e a união homoafetiva. 


O apóstolo Paulo disse que as armas da nossa luta não são carnais e que não devemos lutar contra a carne e o sangue, mas contra os principados, potestades e hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. Ele menciona duas armas principais que a igreja deve usar contra estes ataques do inimigo: a Palavra de Deus e a Oração. Não há outra forma de vencer os ataques do inimigo, que não seja o ensino sistemático da Palavra de Deus e uma vida de constante oração, nas Igrejas e nos lares. Sem isso, sucumbiremos ante os ataques sutis do inimigo. 


REFERÊNCIAS: 

GONÇALVES, José. Os Ataques Contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo: O Pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. pág. 97.


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Pb. Weliano Pires


27 junho 2022

RESUMO DAS LIÇÕES BÍBLICAS 3º TRIMESTRE DE 2022


TEMA: Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a Volta de Jesus Cristo.


COMENTARISTA:

Pr. José Gonçalves, mestre em Teologia, escritor, professor de hebraico, grego e teologia sistemática, comentarista de Lições Bíblicas /Jovens e adultos em outros trimestres, articulista, presidente do Conselho de Doutrina da Convenção Estadual das Assembléias de Deus no Piauí, membro da Comissão de Apologética da CGADB e presidente da Assembléia de Deus em Água Branca (PI).


INTRODUÇÃO


No primeiro trimestre deste ano, o nosso tema foi a supremacia das Escrituras. Conhecemos os aspectos da inspiração divina, inerrância e infalibilidade da palavra de Deus. Na sequência, estudamos no segundo trimestre, o Sermão do Monte e, trazendo relevância dos valores do Reino de Deus para a Igreja de Cristo.


Neste terceiro trimestre, o nosso tema será apologética, que é a defesa da fé cristã contra as heresias, modismos e inovações. Nos primórdios da Igreja, o inimigo tentou vencê-la por meio da perseguição, tortura e morte dos cristãos. Entretanto, quanto mais era perseguida, mais a Igreja do Senhor crescia e se fortalecia. Em poucos anos, ela atingiu todo o império romano. 


Nestes últimos dias, no entanto, o inimigo tem agido de forma diferente, atacando de forma sutil e disfarçada. Por isso, neste trimestre, estudaremos a respeito das sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo.


A Igreja de Cristo está sob constantes ataques de todos os lados. São pensamentos e teorias contrárias aos valores cristãos expostos nas Escrituras Sagradas. Esses ataques são sutis e perspicazes. Muitos relativizam a Bíblia, tentando desconstruí-la a fim de normalizar pecados e modismos que afrontam e contrariam o propósito de Deus para a para a sua Igreja. 


Segue abaixo, um resumo das treze lições do trimestre:


Lição 1 - As Sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo

Nestes dias que antecedem a Volta de Cristo, a Igreja do Senhor precisa estar em constante alerta contra os ataques sutis de Satanás contra ela. Sutileza é a qualidade de uma pessoa ou de algo, que o torna delicado, meigo, suave. É a habilidade e perspicácia para disfarçar e enganar sem ser percebido. 


Se o inimigo viesse até nós com chifres, olhos de fogo, cauda gigante, soltando fogo pelas narinas e com um garfo de três dentes na mão, seria facilmente reconhecido e não expulso em Nome de Jesus! Mas, como vimos na penúltima lição do trimestre passado, os falsos mestres vêm até nós vestidos de ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Os ataques do inimigo são de duas naturezas: sobrenatural e moral. Os ataques de natureza espiritual são ações diretas de espíritos enganadores. Por outro lado, do ponto de vista moral, o inimigo faz com que pareça normal, comportamentos que a Palavra de Deus condena. 


Em suas sutilezas, o inimigo age contra a Igreja em duas esferas: religiosa e social. Na esfera religiosa, estes ataques vêm de dentro da própria Igreja, por parte de pessoas que foram vencidas pelos ataques do inimigo e agora estão a serviço dele dentro da Igreja, causando danos e escândalos. Na esfera social, temos os ataques do inimigo à família, com leis e decretos que tentam desconstruir a família tradicional, incentivando o aborto, o divórcio e a união homoafetiva. 


O apóstolo Paulo disse que as armas da nossa luta não são carnais e que não devemos lutar contra a carne e o sangue, mas contra os principados, potestades e hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. Ele menciona duas armas principais que a igreja deve usar contra estes ataques do inimigo: a Palavra de Deus e a Oração. Não há outra forma de vencer os ataques do inimigo, que não seja o ensino sistemático da Palavra de Deus e uma vida de constante oração, nas Igrejas e nos lares. Sem isso, sucumbiremos ante os ataques sutis do inimigo. 


Lição 2 - A Sutileza da banalização da Graça

A grande maioria dos evangélicos sabe que Graça é o favor imerecido de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos efésios, ensinou que somos salvos pela graça, mediante a fé. Isso não vem de nós mesmos. É um dom de Deus e não vem das obras, para que ninguém se exalte. (Ef 2.8-10). 


No contexto em que se deu a Reforma Protestante, a doutrina da Graça havia sido deturpada e a Igreja ensinava que para alcançar a salvação a pessoa precisava fazer sacrifícios, comprar indulgências e relíquias e necessitava da mediação do papa. Os reformadores Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio, João Calvino e outros, resgataram a doutrina bíblica da salvação pela graça de Deus, mediante a fé e somente através de Jesus Cristo. Os principais pontos da Reforma Protestante foram: Somente a Graça, Somente as Escrituras, Somente a Fé, Somente Cristo e Somente a Deus a glória. Em latim, Sola gratia, Sola scriptura, Solus Christus e Soli Deo Gloria. 


No contexto contemporâneo, lamentavelmente, a graça tem sido barateada. Este conceito de graça barata foi introduzido na literatura cristã para expressar o estilo de vida secularizado ou mundanizado. Tem uma frase que alguns crentes usam em camisetas, que eu acho muito importante que diz: Foi pela graça, mas, não foi de graça. Isto significa que a nossa salvação é fruto da Graça de Deus, porque nós não a merecemos e não pagamos por ele. Mas, isso não significa que ela não custou nada, Jesus pagou o alto preço da nossa salvação na Cruz do Calvário, Por isso, devemos valorizá-la. 


Lição 3 - A Sutileza da imoralidade sexual


A chamada revolução sexual, que ocorreu a partir dos anos de 1960, trouxe grandes distorções à prática sexual, na sociedade ocidental. Com o advento da TV, os valores judaico-cristãos passaram a ser desconstruídos nas telenovelas, expondo a nudez, os relacionamentos sem compromisso e as traições. A partir dos anos de 1980, veio o crescimento da indústria pornográfica em larga escala. Com a chegada da internet, isso se multiplicou assustadoramente. 


A partir daí, a sociedade vem considerando “normal” práticas sexuais que a Bíblia considera como pecado e abominação, como o adultério, a fornicação, o homossexualismo, a bestialidade e outros. Algumas destas práticas antigamente eram consideradas crime e eram extremamente vergonhosas. Deixaram de ser crime e vem deixando de ser vergonhoso para a sociedade. Mas, continua sendo pecado e abominável aos olhos de Deus. 


Quando Deus criou o primeiro casal, uniu-os dizendo: Portanto deixará o homem, o seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher e serão dois numa só carne.” (Gn 2.24). Isso nos ensina que a sexualidade criada por Deus deve ser heterossexual, monogâmico e dentro do casamento. Portanto, sexo fora do casamento (entre solteiros), ex-conjugal (adultério), polígamo, homoafetivo, bestial (com animais), pornografia e outras abominações que é vergonhoso até citar, contrariam a vontade de Deus. 


Lição 4 - A sutileza da normalização do Divórcio


Esta lição é uma continuação da lição anterior. Devido ao aumento da imoralidade sexual e banalização do casamento, o divórcio tem sido adotado como uma prática comum e aceitável. Nos últimos anos esta prática tem chegado também ao meio evangélico, Mas, o padrão bíblico para o casamento continua sendo heterossexual, monogâmico e indissolúvel.


A lição mostra o divórcio do ponto de vista bíblico, tanto no Antigo, como no Novo Testamento. Na cultura oriental, nos tempos do Antigo Testamento, os casamentos eram arranjados e decididos pelos pais. A esposa era vista como uma propriedade do marido e, se ela fosse infiel, seria condenada à morte por apedrejamento. Entretanto, devido à dureza do coração do homem, Deus permitiu o divórcio para proteger as mulheres que fossem rejeitadas pelo marido. No Novo Testamento, ao ser indagado sobre este assunto, Jesus disse que no princípio não foi assim e, qualquer que deixar a sua mulher e casar-se com outra, sem que haja infidelidade conjugal, comete adultério e quem casar com a mulher repudiada, também comete adultério. (Mt 19.7). 


A lição mostra também o divórcio nas esferas legal e moral. O divórcio no Brasil só foi permitido a partir de 1977. Mesmo assim, os requisitos para o divórcio eram rigorosos para dificultá-lo e evitá-lo. A partir da Constituição de 1988, elaborada em sua maioria por parlamentares de esquerda, o divórcio passou a ser permitido de forma ilimitada. Nos anos subsequentes a facilidade para o divórcio foi aumentando, de forma que hoje se tornou mais fácil divorciar do que casar. Sendo assim, do ponto de vista legal, não há nenhum impedimento para o divórcio, independente do motivo. Entretanto, do ponto de vista moral, para o cristão que teme a Deus e segue as Escrituras, o divórcio é algo que contraria a vontade de Deus e traz graves consequências para os divorciados, para  a família e para a Igreja. 


Por último, a lição traz algumas recomendações sobre como a Igreja deve tratar as pessoas que se divorciaram. Infelizmente, o divórcio é uma realidade, inclusive no meio da Igreja e os pastores precisam tratar desta questão, com orientações bíblicas. Paulo tratou exclusivamente dos problemas relacionados ao casamento, no capítulo 7 da primeira Epístola aos Coríntios. Neste capítulo, o apóstolo tratou de dois casos de divórcios: O divócio entre um casal cristão e o divócio entre uma pessoa que veio para Cristo casada e o cônjuge não se converteu. No primeiro caso, Paulo recomenda que fique sem casar, ou que haja reconciliação. No segundo caso, o apóstolo ensina que se o descrente quiser se apartar, o cristão não está sujeito à servidão, ou seja, está livre. 


Lição 5 - A sutileza do materialismo e do ateísmo


O materialismo e o ateísmo são duas faces da mesma moeda. Por isso esta lição coloca os dois no mesmo estudo. O materialismo é a doutrina filosófica, que ensina a matéria é a única realidade que existe. Esta filosofia deu origem a regimes totalitários e anticristãos como o Comunismo, o Fascismo e o Nazismo. O ateísmo, por sua vez, também é materialista e, por isso, nega a existência de Deus e das coisas espirituais. 


Tanto o materialismo quanto o ateísmo tem as suas raízes na queda da raça humana. Com a entrada do pecado no mundo, o ser humano passou a viver por sua própria conta, como se Deus não existisse, atentando apenas para as coisas desta vida. A cegueira espiritual é consequência direta do pecado, mas é também um ataque sutil do diabo. A Bíblia diz que "... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho". (2 Co 4.4). 


Os dois pressupostos das doutrinas materialistas e ateístas são a negação da existência de Deus e a negação de que o ser humano é um ser distinto das demais espécies. Como eles não acreditam na existência de Deus e do mundo espiritual, dizem que a existência humana se limita a esta vida e, portanto, o ser humano é igual aos animais, em outro estágio da cadeia evolutiva. Partindo destes pressupostos negam também a existência de verdade absoluta e de princípios morais. 


Lição 6 - A sutileza das ideologias contrárias à família


A família é uma instituição divina e é a célula máter da sociedade. Deus criou a família e estabeleceu princípios fundamentais para ela. A família é anterior ao estado e à Igreja. Pode existir família sem Igreja, mas não pode existir Igreja sem família, pois a Igreja é formada por famílias. 


Esta lição nos mostra os princípios da família cristã que são a monogamia, a heterossexualidade e a indissolubilidade do casamento. Quando Deus criou o homem Ele disse: "Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora para que esteja diante dele." (Gn 2. 18). Depois disso, Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, retirou uma das suas costelas e dela fez a mulher. Com este episódio aprendemos que, Deus criou a mulher da mesma composição do homem, criou apenas uma mulher para cada homem e uniu pessoas de sexo oposto para se completarem.  


A lição traz ainda os detalhes da sutileza da "nova configuração familiar". Em vários países já foram criadas leis para casar pessoas do mesmo sexo e equipará-las ao conceito de família. No Brasil, não conseguiram criar isso por meio de leis no parlamento, resolveram atentar contra a Constituição e implementar isso através de decretos do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e resolução do STF (Supremo Tribunal Federal). São ideologias contrárias à Palavra de Deus, que visam destruir a família. Estas ideologias são baseadas na chamada ideologia de gênero ou "sexualidade não-binária". Esta aberração, além de afrontar a Palavra de Deus, contraria as leis da biologia, que definem os sexos como macho e fêmea.  


Por último, a lição mostra os princípios para o fortalecimento da família cristã, destacando o papel dos pais na formação da base familiar dos seus filhos, e o papel da Igreja no fortalecimento dos laços familiares. Cabe à Igreja a orientação bíblica sobre os princípios estabelecidos por Deus para a família. A Igreja deve aconselhar os solteiros a fugir da imoralidade sexual e os casados a serem fiéis ao seu cônjuge e preservarem o casamento.


Lição 7 - A sutileza da relativização da Bíblia


Conforme estudamos no primeiro trimestre deste ano, a Bíblia é a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Por isso, não podemos, de forma alguma, relativizar os seus ensinos. Ao longo da história, a Bíblia já sofreu os mais diferentes ataques e tentativas de destruição. Mas, foram em vão, pois Deus não apenas inspirou os escritores da Bíblia para escrevê-la, como também atua na preservação da Sua Palavra. 


Atualmente, os ataques são mais sutis e partem até de quem deveria defendê-la. Há até pastores dizendo que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas a contém; outros que dizem que ela precisa ser “atualizada”. O espírito que impera na sociedade atual é o do pós-modernismo, que nega a existência de verdade absoluta e de princípios morais. Esta cultura busca desconstruir a Palavra de Deus e dissociá-la completamente das escolas, da cultura em geral e até das famílias. O resultado disso é a relativização da Palavra de Deus, reduzindo-a a mais um ponto de vista, entre muitos outros que existem no mundo. 


Uma das principais características da sociedade atual é o chamado politicamente correto. Em regimes totalitários há abertamente a censura, onde as pessoas não podem manifestar pensamentos e idéias que sejam contrárias ao regime. Se o fizerem serão presas ou mortas. Entretanto, o politicamente correto, de forma sutil, estabelece narrativas, onde algumas ideias são consideradas “boas” e outras “ruins”. Nessa nova forma de censura, não se deve falar sobre valores cristãos nas escolas. Mas, pode-se apoiar o aborto, o homossexualismo, a legalização das drogas, o sexo sem compromisso, a prostituição, etc. A consequência disso é, naturalmente, a criminalização da opinião. 


Dentro da cultura do politicamente correto, surgem outros evangelhos, a fim de dar nova roupagem à Bíblia para adaptá-la ao pós-modernismo. Nessa perspectiva, surgem novas interpretações focadas no leitor e novas teologias como: a teologia liberal que nega os milagres da Bíblia e a relativiza; a teologia da libertação e a teologia da missão integral, que pregam um evangelho social, com viés marxista; a teologia inclusiva, que nega o pecado do homossexualismo; entre outras. O Pastor Silas Daniel abordou este tema com mais profundidade, no livro “A sedução das novas teologias'', publicado pela CPAD. 


Apesar de toda sutileza para desconstruir e relativizar a Bíblia, ela permanece a mesma, pois foi inspirada e revelada pelo próprio Deus. Conforme estudamos detalhadamente este assunto, no primeiro trimestre de 2022, quando falamos sobre “a Supremacia das Escrituras”, a Bíblia não é um livro humano, pois ela foi produzida pelo Espírito Santo, que soprou nos seus escritores o que ele deveria escrever, usando as próprias culturas e linguagens deles. Cremos na inspiração verbal e plenária das Escrituras. Isto significa que cada palavra da Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo e a sua totalidade também. Por isso, dizemos que a Bíblia é inerrante e infalível, pois Deus não pode errar, nem tampouco falhar. Jesus disse: “passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.” (Mt 24.35).


Lição 9 - A sutileza do movimento dos desigrejados


Ao longo da sua história, a Igreja Cristã teve que lidar com várias heresias e modismo que visam afastá-la dos padrões bíblicos e enfraquecer a sua força: o movimento judaizante, o gnosticismo, o arianismo, o pelagianismo, o movimento do G-12, o triunfalismo, a confissão positiva, a teologia da prosperidade, a marcação da volta de Jesus etc. Deus sempre levantou apologistas para desmascarar e combater estas distorções. 


Esta lição fala sobre um movimento nocivo que tem crescido assustadoramente, principalmente após a pandemia, que é o movimento dos desigrejados. São pessoas que se dizem cristãs, mas não estão ligadas a nenhuma Igreja. Procuram desqualificar a Igreja local e negam a sua necessidade. Os desigrejados são contrários à Igreja como organização, alegando que a Igreja Primitiva se reunia nas casas e não era institucionalizada. 


Os desigrejados criticam as construções de templos, as contribuições à Igreja e a existência de pastores. Segundo eles, a Igreja Primitiva não possuía templos. Ora, a Igreja nos primeiros séculos não possuía templos, porque vivia sob intensa perseguição tanto dos judeus quanto do Império romano. Também não era uma pessoa jurídica, porque naquela época não existiam instituições formais como hoje. Entretanto, isso não significa que não era uma organização. A Igreja tinha a sua liderança formada por apóstolos, profetas, evangelistas, presbíteros, diáconos, pastores e mestres (Ef 4.11; At 6.1-6; At 14.23). Tinha o seu código doutrinário (At 2.42-47) e disciplinar (1 Pe 3.5,6; 2 Ts 3.6). Atualmente, uma Igreja para funcionar precisa ter CNPJ e alvará de funcionamento. Para isso, precisa ter o seu estatuto e os responsáveis pela administração da Igreja.


A Igreja é a família de Deus (Ef 2.19). Em uma família, os seus membros se reúnem, se confraternizam e ajudam uns aos outros. Mas toda família precisa ter regras e liderança. A Igreja local também é responsável por cumprir as ordenanças do Senhor Jesus à sua Igreja, que são o batismo em águas e a Ceia do Senhor. Como alguém iria cumprir estas ordenanças bíblicas, se não houver uma organização local e uma liderança eclesiástica, como querem os desigrejados? 


A Igreja local também funciona como uma agência do Reino de Deus em um bairro ou cidade. Nela acontecem os cultos para pregação do Evangelho, ensino da Palavra de Deus, palestras, louvores, etc. Tudo isso é benéfico para a vida espiritual do crente e para a evangelização dos perdidos. Além disso, os templos proporcionam um local adequado e confortável para cultuar a Deus, sem perturbar a vizinhança. Infelizmente, ainda não temos condições de construir todos os nossos templos com todas as instalações necessárias, porque nem todos contribuem. 


Lição 10 - A sutileza contra a prática da Mordomia Cristã


Vivemos em um mundo extremamente materialista, onde a avareza e a valorização do "ter", em detrimento do "ser", tem sido cada vez maior. Isso tem afetado também a Igreja. Esta lição trata da sutileza do inimigo ao atacar a doutrina bíblica da Mordomia cristã. Esta doutrina bíblica nos mostra que não somos donos de nada, somos apenas administradores dos bens que Deus nos concede e deles prestaremos contas. 


Por causa deste materialismo predominante no mundo, muitas pessoas vem à Igreja não com o intuito de servir a Deus, mas a fim de barganhar com Deus. Este falso evangelho da barganha ensina que Jesus, ao morrer na Cruz, conquistou "direitos" para o crente, cabendo a este agora reivindicar estes supostos direitos e "tomar posse daquilo que é seu." Partindo deste pressuposto, essas pessoas oferecem os seus dízimos, ofertas e votos na Igreja, não por gratidão a Deus ou para ver a obra de Deus crescer. As suas contribuições são vistas como investimento que "obriga" Deus a multiplicar os seus bens. 


Do ponto de vista bíblico, os dízimos e ofertas não são instrumentos de barganha com Deus. Também não é uma prática legalista para a salvação, pois ninguém será salvo pelas obras e sim, pela graça de Deus, mediante a fé. Por outro lado, há também os que atacam a prática do dízimo, alegando que era uma prática da Lei mosaica e, portanto, não se aplica à Igreja. Entretanto, vemos na Bíblia que o dízimo é anterior à lei e que há os mesmos mesmos princípios e finalidades dos dízimos do Antigo Testamento para a Igreja cumprir, como o sustento dos obreiros, a ajuda aos necessitados e as despesas com a obra do Senhor. Tudo o que a Igreja possui hoje, foi adquirido com os dízimos e ofertas dos fiéis. 


Lição 11 - A sutileza das mídias sociais


A internet é, sem dúvida nenhuma, um grande avanço na história da humanidade. Coisas inimagináveis há alguns anos até para ricos, hoje estão ao nosso alcance num clique. Podemos fazer pesquisas, comprar, vender, anunciar, ler livros e jornais, assistir notícias, palestras, aulas, cultos, estudos bíblicos, etc. As chamadas redes sociais, por sua vez, expandiram o nosso universo de comunicação e trouxeram ao nosso alcance, a possibilidade de nos comunicarmos com pessoas de longe, que pessoalmente, seria praticamente impossível. 


Eu, por exemplo, já conversei com um pastor brasileiro, que mora nos EUA há muitos anos e eu não o conheço pessoalmente. Tenho acesso a teólogos, escritores, pastores, autoridades, jornalistas, etc.. também tenho blog e página no Facebook, onde eu divulgo quase diariamente, os estudos da Escola Dominical. Sem as mídias sociais, isso nunca seria possível para mim. 


Os aspectos positivos das redes sociais são muitos. Criamos novas amizades, reencontramos amigos e parentes que não vemos há anos e podemos usá-las com muita eficiência na evangelização e ensino da Palavra de Deus. Entretanto, há também os efeitos negativos. Alguém já disse que as redes sociais aproximam os que estão longe e afastam os que estão perto. As redes sociais contribuem para a desumanização do ser humano, pois as pessoas trocam o real pelo virtual e mostram um universo fictício em seus perfis nas redes sociais. 


Outros problemas graves das redes sociais são: o mundanismo, a sensualidade e o narcisismo. A facilidade de se comunicar escondido tem levado muitos a flertar com o pecado, trocando mensagens e imagens íntimas, que levam ao adultério e à fornicação. Os criminosos, como pedófilos, traficantes e golpistas, também estão escondidos nas redes sociais. Por isso, todo cuidado é pouco, principalmente com adolescentes, crianças e idosos. 


Lição 12 - A sutileza da espiritualidade holística


Nos últimos anos vem ganhando espaço no Ocidente, de forma sutil, uma forma de espiritualidade chamada "holismo". A palavra holismo vem do termo grego “holo” que significa completo, inteiro. Segundo os seus adeptos é um conceito que valoriza a totalidade das coisas, onde tudo está interligado. Na verdade trata-se de uma mistura ou reciclagem de antigas crenças orientais com roupagens novas. O Ocidente tem sido invadido nas últimas décadas pela espiritualidade holística. De forma sutil esta forma de espiritualidade tem adentrado nas universidades, nos cinemas, nas empresas, nos  livros de autoajuda e até mesmo nos currículos escolares. 


A base da espiritualidade holística é o panteísmo, ou seja, a ideia de que não há um Deus pessoal, mas uma energia cósmica que está presente em tudo na natureza. Se não há um Deus pessoal, também não há uma verdade absoluta. A espiritualidade holística também nega os conceitos de verdade, certo e errado. Segundo dizem, cada um tem a sua verdade. 


O holismo comete dois erros gravíssimos que é a negação do pecado e, consequentemente, a necessidade de um Salvador. Nesta espiritualidade, o homem é o seu próprio deus. Isso torna esse tipo de religião atraente, pois os seus adeptos não têm que se preocupar em negar a si mesmo, abandonar o pecado e submeter-se ao domínio de Deus. É uma porta larga e um caminho espaçoso, que conduz à perdição. 


Lição 13 - Resistindo às sutilezas de Satanás.


Esta última lição é uma conclusão dos assuntos estudados durante o trimestre e mostra o que cristão verdadeiro deve fazer, para se proteger dos inúmeros ataques sutis do inimigo contra a Igreja do Senhor. As duas palavras-chaves desta lição são: resistência e comprometimento. A lição nos mostra quatro formas de comprometimento do cristão, para se precaver das sutilezas de Satanás contra a Igreja. 


O primeiro passo é estar comprometido inteiramente com Cristo, reconhecendo-o não apenas como único e suficiente Salvador, mas também como Senhor absoluto das nossas vidas. O cristão verdadeiro tem convicção de que não há outro Salvador, além de Cristo (Jo 14.6; At 4.12).


O segundo passo é comprometer-se fielmente com a Bíblia Sagrada, reconhecendo-a como a revelação escrita de Deus, produzida por inspiração do Espírito Santo, absolutamente isenta de erros e de falhas, única regra de fé e conduta do cristão. Um cristão comprometido com a Palavra de Deus não se deixa enganar pelos enganos de Satanás. O inimigo enganou Eva no Jardim do Éden, primeiro porque ela deu lugar, abrindo canal de diálogo com o adversário. Segundo, porque ela deu ouvidos às suas mentiras e distorções em relação ao que Deus havia falado.


Em terceiro lugar, é preciso o crente buscar uma vida cheia do Espírito Santo, ser conduzido e dirigido por Ele. Existem ataques do inimigo que são tão sutis e imperceptíveis, que somente com o discernimento de espíritos é possível detectá-los. O Espírito Santo ensina, revela, intercede, santifica, alegra e fortalece o crente. Jesus sabia que a presença do Espírito Santo é indispensável na vida dos seus discípulos. Por isso, antes de subir ao Céu, Ele disse que não os deixaria órfãos, mas mandaria “outro [Gr. allos, outro da mesma espécie] consolador” [Gr. Parakletos, alguém que está ao lado de outrem e o representa em um tribunal], para ficar para sempre com eles (Jo 14.16). Falou também que eles não se ausentassem de Jerusalém, até que fossem revestidos de poder (Lc 24.49).


Em quarto lugar, o crente precisa estar comprometido com a Igreja local, como o Corpo de Cristo. Paulo comparou a Igreja ao corpo humano, que tem muitos membros e cada um tem a sua importância no funcionamento do corpo. O corpo humano é formado de três partes principais: cabeça, tronco e membros. A cabeça processa as informações e comanda o corpo. No tronco estão os principais órgãos vitais e os membros dão mobilidade ao corpo. Na ilustração usada por Paulo, Cristo é a cabeça, a Igreja é corpo e cada crente é membro do corpo. Sendo assim, não existe Igreja sem Cristo, pois um corpo sem cabeça morre. Também não pode existir membro desligado do corpo, pois membros amputados não servem para nada sozinhos e também morrem.



Deus abençoe!!! 


Bons estudos!


Pb. Weliano Pires

Assembleia de Deus, Ministério do Belém 

São Carlos, SP.

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