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04 novembro 2021

Recordações do meu Angico

  


Nasci e cresci na Fazenda Angico 

Nas terras de Antonio Dom João
Um fazendeiro solteiro e pudico
Pessoa correta e de bom coração. 

O Angico pertence a Terra Nova
Cidade do interior pernambucano
Quem conhece atesta e comprova

Que é um paraíso rural e urbano. 


O Riacho Grande divide o Angico 

A outra parte pertence a Cabrobó

Cidade à margem do Velho Chico

Que fica entre Belém e Orocó. 


No Angico vivíamos a natureza

Um misto de pobreza e inocência

Tranquilidade, respeito e pureza

Não se ouvia falar de violência. 


Com muito trabalho e dedicação

Meu pai comprou o seu terreno

Ali mesmo naquele velho torrão

Ele adquiriu um lote pequeno. 


Desde criança, aprendi a trabalhar

O trabalho jamais me prejudicou 

E nunca me impediu de estudar

Pois meu pai sempre me incentivou. 


Com os meus pais, avó e irmãos

Nesta fazenda felizes vivíamos 

Plantando cebola, milho e feijão

Esta cultura nós conhecíamos.


A vida ali tinha muita dificuldade

Não tinha energia nem televisão

Mas, morávamos perto da cidade

Onde havia alguma diversão.


No Angico eu tive boa convivência

Com pessoas amigas e maravilhosas

De todos me lembro com deferência

Alguns deles, de memórias saudosas.


Seu Zé Pedro, homem de grande valor 

E Sinhá Júlia, sua esposa, mui amada

Por muitos anos, dedicados ao labor

Deixaram ali a sua marca registrada.


Seu Luiz Venâncio, grande pescador

E Dona Lionízia, sua esposa querida

Com os filhos, este casal batalhador

Enfrentou ali, os desafios desta vida. 


Dona Ambrosina e seu Zé de Lilia

Também, por muitos anos ali moraram

Eram de sorriso fácil e grande simpatia

Pessoas que sempre nos consideraram.


O casal, Seu Augusto e Dona Neném

De família trabalhadora e numerosa

Por alguns anos moraram ali também

Sempre no trabalho, de forma honrosa. 


Antonio Calou, homem muito querido

E Tia Donona, sua esposa bondosa

Em sua casa, sempre fui bem recebido

Músicas, brincadeiras e uma boa prosa.


Luiz Henrique, homem muito honrado

Mudou-se do Jatobá com Tia Nevinha

Para o terreno que tinham comprado

Com os dez filhos que o casal tinha.


Antonio Professor ali se estabeleceu

Dona Lola, sua esposa e companheira

Diante das lutas nunca esmoreceu

Bons vizinhos, família hospitaleira. 


O tempo e o espaço são insuficientes

Para mencionar todas as pessoas

Que conviveram neste ambiente

Das quais carrego lembranças boas.


Quando recordo-me do meu Angico

Mergulhado em minha nostalgia

Com o meu coração apertado fico

Sonhando em poder voltar um dia. 


Weliano Pires 


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