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23 novembro 2021

ÉFESO, O PONTO DE APRENDIZADO DOS VOCACIONADOS

 

Éfeso era uma das mais importantes cidades do Império Romano. Era a segunda maior cidade do Império romano. Por ser uma cidade portuária estar em conexão com as estradas para várias cidades, Éfeso se tornou um importante centro comercial. Havia também nesta cidade vários armazéns e um anfiteatro com capacidade para vinte mil e cinco pessoas. Entretanto, a construção que tornava Éfeso uma cidade mundialmente conhecida, era o templo dedicado à deusa Ártemis, conhecida por Diana no império romano. 

Paulo esteve em Éfeso pela primeira vez, em sua segunda viagem missionária, acompanhado do casal Priscila e Áquila. Ali, Paulo disputava com os  judeus sobre as Escrituras. Os judeus em Éfeso receberam bem o Evangelho e rogaram a Paulo que demorasse mais um pouco ali. Mas, devido a um compromisso que tinha em Jerusalém, Paulo deixou Priscila e Áquila em Éfeso e seguiu viagem. Este casal conheceu Apolo, um judeu de Alexandria, eloquente e poderosos nas Escrituras, que conhecia apenas o batismo de João. O casal de missionários o orientou sobre o Evangelho ele se tornou um importante pregador e companheiro de Paulo. 

Depois, em sua terceira viagem missionária, Paulo retornou a Éfeso, Ali, ele encontrou um grupo de doze cristãos, que haviam crido na mensagem pregada por João Batista, provavelmente, pregada em Éfeso por Apolo. Estes cristãos nada sabia a respeito do Espírito Santo. Paulo lhes ensinou sobre a doutrina do Espírito Santo e, impondo-lhes as mãos, foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e profetizaram (At 19.1-7). Nesta ocasião, Paulo permaneceu em Éfeso por três meses, pregando ousadamente a Palavra de Deus na sinagoga  (Atos 19:23-41). Durante este período, ferrenhos opositores, liderados pelo ourives Demétrio, se levantaram contra a equipe, irritados por causa dos prejuízos causados aos fabricantes de ídolos, em virtude das muitas conversões. 

1. O ponto de partida. A Igreja em Éfeso cresceu e foi avivada pelo ensino bíblico. Paulo permaneceu ali por três anos, ensinando a Palavra de Deus. Por isso, esta Igreja se tornou uma referência na doutrina, sendo elogiada por Jesus, por suas boas obras, trabalho árduo e perseverança e por desmascarar os falsos apóstolos (Ap 2.2.3).

Devido ao longo período que Paulo permaneceu em Éfeso, ele fundou ali, uma escola de preparação de obreiros, para ensinar aos que tinham vocação para o ministério. Evidentemente, não era uma escola nos moldes de hoje, com materiais didáticos e instalações adequadas e não possuíam ainda o Novo Testamento como temos hoje. 

2. Paulo e o despertamento de novas vocações. O ministério de Paulo era muito intenso. Ele viajava por todo o mundo pregando o Evangelho, ensinando e visitando Igrejas. Ele não podia ficar muito tempo em um lugar ensinando uma Igreja. Sendo assim, Paulo se preocupou em formar novos obreiros para dar continuidade ao seu trabalho, principalmente porque ele sabia que teria que partir de Éfeso e que não voltaria mais. Por onde passava, Paulo investia em novos obreiros e formou vários companheiros de ministério, entre eles estão Timóteo, Sópatro, Segundo, Trófimo (At 20.4), Tíquico (Ef 6.21,22: Cl 4.7:2 Tm 4.12; Tt 3.12), Tito, Aristarco (CL 4.10), Filemom, Gaio e tantos outros. 

Paulo tinha um cuidado e carinho especiais com cada um deles, como podemos notar no tratamento dado por ele a Tito, Timóteo e Filemon nas Epístolas. Não era uma relação de ‘chefe e subordinado’, como se vê em muitos lugares. Paulo os chamava de “meu filho” e conhecia o perfil de cada companheiro. 

A obra de Deus não pode parar. É preciso recrutar e preparar novas lideranças para dar continuidade ao trabalho. As lideranças mais experientes devem ajudar, compreender e ensinar aos mais novos. Os pastores precisam formar novos pastores; os regentes devem formar novos regentes; os superintendentes e professores, da mesma forma.

3. Paulo, um mestre inspirado. Paulo recebeu a doutrina cristã diretamente do Senhor Jesus, por meio de revelações e por inspiração do Espírito Santo. Além disso, Paulo tinha profunda comunhão com o Senhor. Era um homem de oração e que ouvia o Senhor falar com ele nas prisões e nos momentos difíceis. Tinha muitas experiências para repassar aos obreiros mais jovens. Ele se tornou uma inspiração para os seus filhos na fé. 

Todos nós, de alguma forma influenciamos a alguém, seja para o bem, ou para o mal. Em tudo o que fazemos na Igreja tem alguém nos olhando e pode se espelhar em nós, principalmente os novos convertidos. A pergunta que fica é: Que tipo de influência temos sido? Se os novos obreiros olharem para nós, se tornarão melhores ou piores? Escrevendo a Timóteo, Paulo disse coisas do tipo: Sejas exemplo para os fiéis, em tudo te dá por exemplo. Escrevendo aos Coríntios, ele disse: Sede meus imitadores (1 Co 11.1). Tenhamos cuidado para que as nossas palavras e atitudes não escandalizem os nossos filhos na fé e novos crentes. 


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Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. O Apostolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do Apostolo do Gentios para a Igreja de Cristo. RIO DE JANEIRO: CPAD. Ed. 1, 2021.

BALL, Charles Ferguson. A vida e os Tempos do Apostolo Paulo. Editora CPAD. pag. 83.  

LOURENÇO, Stelio Rega. Paulo e Sua Teologia. Editora Vida. pag. 42-46.    

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 3. pag. 413.      


06 novembro 2021

O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

(Comentário do 2º tópico da lição 6: Paulo no poder do Espírito)


Neste tópico falaremos sobre a argumentação de Paulo a respeito da plenitude do Espírito Santo. Primeiro, no encontro com os doze discípulos em Éfeso. Depois, em relação a Apolo, que Paulo enviou o casal Priscila e Áquila para o orientar sobre a doutrina do Espírito Santo. 


1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Chegando em Éfeso, na sua terceira viagem missionária, Paulo encontrou um grupo de doze cristãos, que haviam crido na mensagem pregada por João Batista, provavelmente, pregada em Éfeso por Apolo. Estes cristãos nada sabia a respeito do Espírito Santo. Paulo lhes ensinou sobre a doutrina do Espírito Santo e, impondo-lhes as mãos, foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e profetizaram (At 19.1-7). 

Eles haviam crido apenas na mensagem de arrependimento que João Batista havia pregado e foram batizados. Criam que Jesus era o Messias, mas a mensagem estava incompleta. Eles necessitavam do revestimento de poder, para também se tornarem testemunhas de Cristo. É por isso que a Assembleia de Deus exige que os obreiros, antes de serem separados, sejam batizados no Espírito Santo. 


2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Nós, os pentecostais cremos no batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à salvação, ou seja, primeiro a pessoa recebe a Jesus como Senhor e Salvador. O Espírito Santo, então, entra na pessoa e passa a habitar em seu corpo. Depois, o crente busca ao Senhor em oração e é revestido de poder para testemunhar de Cristo. 

Não é possível alguém ser batizado no Espírito Santo, sem antes se converter a Cristo. Há movimentos idólatras, dizendo que foram batizados Espírito Santo e até falam em 'línguas estranhas'. Mas, este não é o batismo no Espírito Santo que nós vemos na Bíblia. Esta promessa é para os salvos. 

Outro aspecto importante é o sinal visível do batismo no Espírito Santo. Em todos os casos em que houve batismo no Espírito Santo na Bíblia,  as pessoas falaram em línguas (At 2.4; At 10.46; At 19.6). Com base nisso, nós cremos que a evidência de que alguém batizado no Espírito Santo é o falar em línguas. 


3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Apolo era um judeu, natural da cidade egípcia de Alexandria, um importante centro cultural da antiguidade. Esta cidade foi fundada por Alexandre, o grande, em 332 a.C. Um dos mais importantes destaques desta cidade era a sua imensa biblioteca, que chegou a ter um milhão de documentos. Biblioteca na antiguidade não era apenas um acervo de livros, como nos dias atuais. Esta biblioteca de Alexandria possuía instituto de pesquisa, laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório de astronomia e locais de descanso. Por isso é considerada por muitos estudiosos como sendo a primeira universidade. Em Alexandria também foi traduzida a Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento. 

Apolo foi criado e educado neste ambiente acadêmico e relato bíblico que que diz que ele era eloquente e poderoso nas Escrituras. Temos poucas informações bíblicas sobre Apolo. Sabemos que ele chegou a Éfeso por volta do ano 52 d.C. e pregava eloquentemente nas sinagogas, conhecendo apenas o batismo de João Batista (At 18.21-24). O casal Priscila e Áquila, companheiros de Paulo na obra missionária, ouviram a pregação de Apolo e ficaram impressionados com a sua eloquência e habilidade nas Escrituras e resolveram abordar Apolo e esclarecê-lo sobre a doutrina do Espírito Santo (At 18.26). 

Esta orientação deu resultados. Apolo creu na mensagem que Priscila e Áquila lhe passaram e se tornou um importante obreiro. Paulo fundou a Igreja de Corinto, lançando-lhe o fundamento, que é Cristo. Quando partiu de Corinto, Paulo deixou uma Igreja carnal e inexperiente. Mas, o eloquente pregador Apolo sucedeu o apóstolo naquela Igreja e ‘regou’ o que ele havia plantado (1 Co 3.6). Apolo se tornou querido e admirado naquela Igreja, a ponto de alguns dizerem “eu sou de Apolo” (1 Co 3.4). Apolo parece ter estado também com Tito em Creta (Tt 3.13). Muitos estudiosos da Bíblia sugerem que foi Apolo, o autor da Epístola aos Hebreus, mas, não há nenhuma base bíblica que sustente esta afirmação e a Igreja de Alexandria, de onde ele ele era natural, também não sustenta esta tese. 

Aprendemos com o caso de Apolo que, mesmo a pessoa sendo crente fiel, conhecedor da Escrituras e habilidoso na pregação, necessita do revestimento do poder do Espírito Santo, para se tornar um testemunha eficaz do Evangelho de Cristo. Como disse Paulo, o Evangelho não consiste em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do poder de Deus (2 Co 2.4).


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Pb. Weliano Pires


01 novembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: Paulo no poder do Espírito


Nesta lição 06, estudaremos o tema: Paulo, no poder do Espírito. No último tópico da lição passada, vimos que um dos efeitos da mensagem da cruz, é uma vida na dependência do Espírito. A obra de Deus não pode ser feita apenas com discursos e habilidades humanas. É preciso viver na plenitude do Espírito Santo e ser dirigido por Ele. 


No primeiro tópico, veremos como o Espírito Santo dirigiu o caminho das pregações de Paulo. Logo após a sua conversão, Saulo ficou alguns dias com os discípulos em Damasco, onde pregava ousadamente a Palavra de Deus. Depois foi a Jerusalém e lá também pregava com ousadia a Palavra de Deus. Entretanto, não teve uma boa recepção por parte da Igreja, que via com desconfiança a sua conversão. Conforme vimos na lição 04, Paulo foi enviado pelo Senhor ao deserto da Arábia, onde passou por um preparo de três anos. Veremos ainda neste tópico, como o Espírito Santo dirigiu as viagens missionárias de Paulo pelo mundo. 


No segundo tópico, falaremos a respeito da argumentação de Paulo sobre a plenitude do Espírito Santo. Falaremos sobre o episódio acontecido em Éfeso, quando Paulo encontrou doze irmãos, que conheciam apenas o batismo de João e nunca tinham ouvido falar sobre o Espírito Santo. Paulo deu-lhes as devidas orientações, impôs-lhes as mãos e eles foram batizados no Espírito Santo. Falaremos também sobre um judeu de Alexandria, chamado Apolo, que era um eloquente pregador, poderoso nas Escrituras, mas que também desconhecida a mensagem pentecostal. O casal de missionários, Priscila e Áquila lhe ensinaram sobre a mensagem pentecostal e ele também foi cheio do Espírito Santo. 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre a fonte do ensino de Paulo sobre o Espírito Santo aos efésios. Primeiro ele usou as Escrituras como fundamento para o ensino da doutrina do Espírito Santo. No Antigo Testamento, ela estava presente, mas não muito explícita. Depois, Paulo usou a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes e ensinou a Igreja de Éfeso sobre a necessidade do crente ser revestido do poder do Espírito. 



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Pb. Weliano Pires


30 outubro 2021

Lição 06 – Paulo no Poder do Espírito


Texto Áureo:

“E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” (At 19.6)


Verdade Prática:

Uma vez movidos no poder do Espírito, podemos ser bem-sucedidos na missão de pregar o Evangelho a toda a criatura.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 2.38: A atualidade do dom do espírito santo

Terça – At 9.17: Uma experiência do espírito após a decisão por Cristo

Quarta – At 2.1-4; 10.44-47: A experiência do Pentecostes se repete na história

Quinta – At 19.11,12: O Evangelho chegou a Éfeso no poder do Espírito

Sexta – 1 Co 12.3: Só podemos dizer que Jesus é o Senhor pelo Espírito Santo

Sábado – At 19.20: O poder do Espírito faz a Palavra de Deus crescer


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 19.1-7


1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,

2 - disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.

3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.

4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.

5 - E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.

6 - E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.

7- Estes eram, ao todo, uns doze varões.


HINOS SUGERIDOS: 24, 85, 290 da Harpa Cristã


OBJETIVO GERAL:

  • Conscientizar de que é preciso viver na plenitude do Espírito para fazer a obra de Deus.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


  1. Expor que Cristo deve ser pregado no poder do Espírito;

  2. Identificar o argumento de Paulo sobre a plenitude do Espírito;

  3. Apresentar a fonte de ensino de Paulo sobre o Espírito Santo.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Os obstáculos no caminho da vida cristã são numerosos. Só o Espírito Santo pode conduzir a vida do crente entre esses obstáculos. Quando Paulo exerceu o ministério, o Espírito foi agente fundamental para que o apóstolo “combatesse o bom combate, Terminei a carreira e guardei a fé”. Paulo começou a caminhada no Espírito, viveu no Espírito e terminou no Espírito. Assim, converse com os alunos a respeito da importância de ter o Espírito Santo em nossas vidas. Sua unção é indispensável para a nossa caminhada com Cristo. Não podemos viver sem Ele, muito menos, extinguir a sua presença em nossas vidas. Vivamos na plenitude do Espírito Santo!


INTRODUÇÃO


Movido pelo Espírito Santo, o apóstolo Paulo passou a ter como missão de vida dar testemunho de Jesus e provar que Ele é o Cristo (At 19.21,22). Nesta lição, veremos como Paulo pregou a Cristo no poder do Espírito, seu argumento sobre a plenitude do Espírito Santo e a fonte da revelação do Espírito Santo em seu ministério. Confirmaremos que o ministério do apóstolo Paulo foi um ministério no poder do Espírito Santo.


PONTO CENTRAL: Para fazer a Obra de Deus é preciso viver na plenitude do espírito


I - PREGANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO


1. Paulo, movido pelo poder do Espírito. O Livro de Atos mostra que, após sua conversão, Paulo ficou “alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco” (At 9.19). E, logo em seguida, ele “pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus” nas sinagogas (9.20). Mais tarde, quando chegou a Jerusalém, Paulo “falava ousadamente no nome de Jesus” (9.29). Era o poder do Espírito Santo que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a Jesus, e este crucificado (1 Co 2.2). Ele só poderia pregar tal mensagem pelo Espírito de Deus (1 Co 12.3).


2. O caminho de pregação. Depois do estágio no deserto da Arábia por três anos, Paulo voltou a Damasco, e daí foi para Jerusalém (Gl 1.18). Não teve uma recepção calorosa porque os cristãos de Jerusalém, inclusive os apóstolos, ainda temiam a presença do antigo Saulo de Tarso (At 9.26). Com alguma reserva, ele foi acolhido na “igreja-mãe” e todos ouviram o seu testemunho e, sem se intimidar, ele pregava ousadamente para os judeus e gregos da cidade (A 9.28,29). Entretanto, Paulo recebeu uma revelação de que deveria sair de Jerusalém (At 22.17,18).


3. Paulo e as duas viagens missionárias. Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente. Os dois, Paulo e Barnabé, passaram por vários lugares e visitaram os discípulos que estavam em Antioquia, Fenícia, Chipre e outros pequenos lugares. Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades (Atos 16-18). Nessa viagem, eles passaram por Listra, Troas (ou Trôade), Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas, Corinto e, por fim, Éfeso. Em todas essas viagens, o Espírito Santo movia o ministério de Paulo.


SÍNTESE DO TÓPICO I

Nas suas viagens missionárias, o Espírito Santo moveu a Paulo no caminho de pregação.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Chegamos à lição 6. Ao iniciar a aula, faça uma pequena revisão com a classe. Já estudamos temas como “o mundo de Paulo”, “a perseguição”, “a conversão”, “a vocação” e “a mensagem da cruz”. Relembre alguns pontos importantes e procure apontar a unidade entre as lições que perpassa a vida e o ministério de Paulo. Não esqueça que ensinar é a arte de transmitir ensinos que façam sentido à vida concreta do aluno. Por isso, quando planejar a aula, nunca esqueça do espaço da revisão, tanto a espessa, após uma sequência de aula, quanto a semanal, relembrando sempre o conteúdo passado para começar um novo.


II- O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO


1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Nos capítulos anteriores, depois da separação entre Paulo e Barnabé, o jovem Timóteo e Silas passaram a acompanhar o apóstolo. Quando Paulo voltou a Éfeso, deparou-se com um grupo de discípulos que seguiam o ensino de Apolo e foram batizados com o batismo de arrependimento de João Batista. Esses discípulos ouviram falar de Jesus, mas não conheciam a doutrina do batismo no Espírito Santo. Eles haviam crido (At 19.2) em Cristo, mas nada sabiam da experiência do Pentecostes. Paulo percebeu que a despeito de terem crido no Cristo das Escrituras, eles não haviam recebido o poder do Espírito para se tornarem testemunhas do Senhor.


2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Ninguém recebe o batismo no Espírito Santo antes de crer em Cristo como Salvador. Somente depois de passar pela experiência da conversão, de reconhecer Jesus como o Salvador, então, o Senhor concede “o dom do Espírito Santo” (At 2.38), ou seja, o batismo no Espírito Santo sobre a pessoa convertida.


3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Quem era Apolo? Era um judeu de Alexandria, cidade egipcia, de grande cultura. Certamente Apolo teve uma elevada formação, principalmente, no conhecimento das Escrituras Sagradas, e se destacava pela eloquência. Tornou-se um discípulo de João Batista à distância e creu na mensagem dele (Mt 3.11). Apolo tornou-se pregador de Cristo, mas não havia experimentado ainda o poder do Espírito Santo. Fez discípulos em Éfeso, os quais eram fiéis à sua mensagem. Quando Paulo enviou Áquila e Priscila para Éfeso, tinha por objetivo orientar Apolo acerca da via do espírito santo. Antes que o apóstolo chegasse a Éfeso, Apolo foi para Corinto.


SÍNTESE DO TÓPICO I

O apóstolo Paulo cuidou para esclarecer Apolo a respeito da plenitude do Espírito Santo.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Inicialmente, o batismo de João era um sinal de arrependimento pelo pecado, não um marco de uma nova vida em Cristo. Como Apolo (At 18.24-26), os cristãos de Éfeso tinham conhecimento apenas da mensagem de João; precisavam de uma instrução adicional sobre a mensagem e o ministério de Jesus Cristo. Eles creem em Jesus como o Messias, mas não atendiam a importância da obra do Espírito Santo. Tornar-se um cristão envolve o arrependimento do pecado e o abandono do pecado, mas também a aproximação de Cristo pela fé. Assim, os cristãos efésios tinham a mensagem incompleta” (Bíblia de estudo de aplicação pessoal. Rio de janeiro: CPAD, p.1528).


CONHEÇA MAIS


Sobre a Vinda do Espírito Santo


“É melhor entender aqui, também, que a imposição das mãos era um meio de encorajar a fé deles, e que precedia a vinda do Espírito Santo, e era uma ação separada. Em seguida, para enfatizar que esses discípulos tinham recebido a plena experiência do batismo com o Espírito Santo, Lucas declara que falavam em línguas e profetizavam”. Para ler mais, consulte o livro “O Espírito Santo na Bíblia: A Atuação do Espírito Santo de Gênesis a Apocalipse”, editado pela CPAD, p.175.


III - A FONTE DO ENSINO DE PAULO SOBRE O ESPÍRITO SANTO AOS EFÉSIOS

 

1. As Escrituras como fonte de revelação sobre o Espírito Santo. Visto que Paulo era um erudito nas Escrituras, a sua primeira fonte de conhecimento acerca da divindade era a revelação do cânon do Antigo Testamento. Sua compreensão sobre Deus era monoteísta, tanto quanto todos os demais judeus. A doutrina da Santíssima Trindade, mais especificamente a pessoa do Espírito Santo, estava presente no Antigo Testamento de forma subjetiva.


2. O Pentecostes como fonte de revelação do Espírito Santo. A segunda fonte reveladora do Espírito Santo era a experiência vivida pelos apóstolos no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Em seguida, a sua própria experiência quando foi cheio do Espírito Santo, depois da conversão (At 9.17). Se o Antigo Testamento mostrava o Espírito Santo de forma subjetiva, o Novo Testamento, em especial o Pentecostes, revelava a atuação do Espírito Santo de maneira objetiva e clara.


3. Paulo ensina acerca do Espírito Santo aos efésios (At 19.1-6). Ao ensinar sobre o Espírito Santo aos efésios, Paulo não desfez a mensagem de João Batista, nem a de Apolo. Pelo contrário, o apóstolo fortaleceu a mensagem de João Batista e revelou o Cristo profetizado por João exatamente como o que havia de vir” (At 19.4). A seguir, Paulo anuncia sobre o Espírito Santo aos efésios, os quais recebem a mensagem que havia sido consumada no dia de Pentecostes. Então, ora por eles e impõe as mãos sobre suas cabeças e o Espírito Santo derramado como chuva abundante sobre todos e “começaram a falar em línguas e a profetizar” (At 19.6). Iniciou-se um grande avivamento na igreja de Éfeso. Essa experiência levou os discípulos efésios a anunciarem Jesus como Salvador, e fez a igreja crescer. Nesse tempo, sinais e prodígios foram marcas externas da presença e do poder do Espírito Santo na vida da Igreja.


SÍNTESE DO TÓPICO III

As Escrituras são a primeira fonte de revelação do Espírito, enquanto o Pentecostes é a segunda.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“[… O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, quando os discípulos souberam mais acerca da obra redentora de Jesus e receberam a missão de proclamar as Boas Novas a todos. Ao derramar seu Espírito, Deus confirmou aos – cristãos como Corpo espiritual de Cristo e os capacitou para a Grande Comissão. O derramamento do Espírito Santo que encheu cada crente em Jesus no Pentecostes confirmou-os como Igreja. O Pentecostes foi o derramamento formal do Espírito Santo sobre ela. A marca da verdadeira Igreja não é somente a doutrina certa, mas as ações corretas que são a evidência da obra do Espírito Santo. Quando Paulo impôs as mãos sobre esses cristãos efésios, eles foram batizados no Espírito Santo da mesma maneira que os discípulos no Pentecostes; e houve sinais exteriores visíveis da presença do Espírito Santo (eles falaram em línguas estranhas e profetizavam). O mesmo aconteceu quando o Espírito de Deus veio sobre os gentios” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1529).


CONCLUSÃO


No poder do Espírito, o apóstolo Paulo, além de realizar curas e milagres em nome de Jesus, levou a igreja em Éfeso a espalhar o Evangelho de Cristo. A luz desse exemplo, precisamos resgatar a simplicidade da fé cristã, buscando os sinais que demonstram o poder do Espírito Santo hoje.


Q U E S T I O N Á R I O 


1. O que movia o apóstolo Paulo e para quê? 

Era o poder do Espírito Santo que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a Jesus, e este crucificado.


2. Quem acompanhou Paulo na primeira viagem missionária? 

Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente.


3. Quem o acompanhou na segunda viagem missionária? 

Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades.


4. É possível receber o Batismo no Espírito Santo antes de crer em Jesus? 

Ninguém recebe o batismo no Espírito Santo antes de crer em Cristo como Salvador.


5. Quais eram as fontes do ensino de Paulo sobre o Espírito Santo? 

As Escrituras e os Pentecostes.


05 abril 2021

OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE



(Estudo do primeiro tópico da Lição 2: O propósito do Dons Espirituais)

Os dons do Espírito Santo são concedidos pela graça divina e não devem ser usados para elitizar o crente. Neste tópico veremos alguns problemas da Igreja de Corinto e que os dons não trazem superioridade ao crente. 

1. A cidade de Corinto. Corinto estava localizada próximo aos  mares Egeu e de Jônico e ao conhecido Porto de Cencréia e era responsável por grande parte das navegações entre o Oriente e o Ocidente. A cidade também ficava próximo a Atenas, capital da Grécia e do intelectualismo grego e era a capital da província romana da Acaia. Este conjunto de fatores, fazia de Corinto, uma cidade economicamente próspera e uma das mais importantes cidades do Império romano. 

Não obstante ser economicamente próspera, Corinto era uma cidade muito depravada moralmente e idólatra. A sua principal divindade era Afrodite, deusa grega do amor e da beleza, conhecida como Vênus, na mitologia romana. Havia na cidade, milhares de prostitutas sagradas, que participavam dos cultos a essa divindade promíscua. 

2. A Igreja de Corinto. A Igreja de Corinto nasceu na casa do casal Priscila e Áquila, que eram cooperadores de Paulo e tinham a mesma profissão do apóstolo. (At 18.1,2). Em sua segunda viagem missionária, Paulo partiu de Jerusalém, levando consigo Silas, para visitar as Igrejas da Galácia. Passou por Filipos, onde o carcereiro foi salvo; passou por Beréia, onde os crentes comparavam a sua pregação, com o que diz Escrituras; pregou no Areópago de Atenas aos intelectuais gregos; e estabeleceu-se em Corinto por dezoito meses, ensinando a Palavra de Deus. (At 18.11)

Apolo, que era um judeu de Alexandria, eloquente e poderoso nas Escrituras, também passou por lá. (At 18.24-28; 19.1). Inicialmente, Apolo conhecia apenas o batismo de João e assim pregava. Quando Priscila e Áquila os viram pregar, ficaram impressionados e lhe ensinaram sobre Jesus e a doutrina do Espírito Santo. Depois disso, Apolo tornou-se um importante missionário. 

3. Uma igreja de muitos dons, mas carnal. A Igreja de Corinto tinha muitos dons. Paulo disse: "nenhum dom vos falta". (1 Co 1.7).  Por outro lado, era uma Igreja carnal ou imatura. ((1Co 3.1,3). A Igreja de Corinto tinha vários problemas sérios: partidarismo, imoralidade, litígio entre irmãos, problemas com casamentos, alimentos oferecidos aos ídolos, o problema no uso do véu, problemas na celebração da Ceia do Senhor, má administração dos dons espirituais, os falsos obreiros que difamavam o apóstolo Paulo, heresias em relação à ressurreição dos mortos, entre outros. 

4. Dom não é sinal de superioridade espiritual. Os dons espirituais são concedidos gratuitamente por Deus, não por merecimento, mas, para aquilo que for útil à Igreja. “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”. (1 Co 12.7). 

Infelizmente, muitas pessoas acham que ter dons espirituais é sinônimo de ser homem ou mulher de Deus. Mas, o fato de alguém ter dons não é uma indicação de espiritualidade do portador. Significa apenas que Deus concedeu dádivas ou presentes, para servir à Igreja dele. Aliás, diferente do que muitos imaginam, é possível alguém ter dons espirituais e não ser salvo. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”  (Mt 7.22,23). 

Que Deus nos guarde em amor e santidade!

Pb. Weliano Pires
Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos, SP.

A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA

(Comentário do 3º tópico da Lição 12: A Bendita Esperança – A Marca do Cristão)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos da esperanç...