28 outubro 2022

SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 05: Contra os falsos profetas).

Neste terceiro e último tópico falaremos sobre a geração de mensagens falsas. Nos dias de Jeremias e Ezequiel, havia uma forte tendência do povo a acreditar em falsas profecias, como aliás, acontece atualmente. Os falsos profetas, no entanto, sempre profetizam mentiras e falsidades. Falaremos também neste tópico, sobre a ira de Deus contra os falsos profetas, no Antigo e no Novo Testamento.


1- O profeta no Antigo Testamento. Embora, como já falamos, as palavras usadas para profetas falsos e verdadeiros sejam as mesmas, há um diferencial no Antigo Testamento, quando se trata de um profeta verdadeiro. Normalmente aparecem alguns adjetivos que servem para diferenciá-los dos falsos. Os verdadeiros profetas são chamados de mensageiros de Deus, meus servos os profetas, o homem de Deus, etc. 


Os profetas no Antigo Testamento eram pessoas levantadas por Deus, para entregar as Suas Palavras. Diferente dos sacerdotes, os profetas não pertenciam a uma família exclusiva deste ofício. Eram chamados pelo próprio Deus para este ministério. As suas mensagens não eram fruto de estudo ou do seu próprio entendimento. Deus lhes revelava por sonhos, visões ou outras formas de revelação. O profeta era um porta-voz de Deus, que entregava fielmente as palavras de Deus, onde, quando e a quem Deus mandasse. Muitos não recebiam as suas mensagens e até os matavam. O profeta Jeremias, por exemplo, sofreu muito por entregar a mensagem de Deus a reis ímpios. Mas as suas profecias se cumpriram fielmente.


No antigo Testamento havia três tipos de profetas: 


a. Profetas literários ou canônicos. São os que deixaram as suas profecias escritas. 

b. Profetas não literários ou profetas orais. São os que profetizaram, mas não escreveram, ou os seus escritos se perderam.

c. Profetas cúlticos. São aqueles cujas profecias estavam ligadas ao culto. (2 Cr 29.21-24). Em alguns salmos aparece esta categoria de profeta. 


2- Os portadores de mensagens falsas (vv.6-8). Os falsos profetas, destinatários da profecia de Ezequiel, não eram profetas de outros deuses. Eles se apresentavam como profetas de Deus, porém eram falsos, porque Deus não os havia chamado para o ministério profético. Na verdade, eles praticavam um sincretismo religioso, misturando o culto a Yahweh, com elementos de religiões pagãs. 


Além de serem impostores e usurpadores de um ministério que não lhes pertencia, as suas mensagens também eram falsas. Eram adivinhações mentirosas (Ez 13.6,7). As suas profecias poderiam ser classificadas como "fake news" e "desinformação", para usar duas expressões que estão em alta atualmente. Estes embusteiros, além de propagarem mentiras que contrariavam à Lei do Senhor, traziam também informações falsas, do ponto de vista político, militar e administrativo.   


Isso, evidentemente, contribuiu para levar o povo de Judá à ruína, pois acreditaram em informações falsas em nome de Deus. Na vida secular, as pessoas tomam decisões com base em informações que lhes chegam e julgam serem verdadeiras. Investidores, buscam informações sobre balanços de empresas e dados do governo, para fazerem as suas previsões econômicas e investir o seu dinheiro onde há possibilidades reais de lucros. Entretanto, se as informações das empresas e dos órgãos oficiais forem falsas, configura-se fraude e os responsáveis podem ser punidos. 


Da mesma forma, os profetas que entregam falsas profecias em nome de Deus, induzem as pessoas a confiarem e mentiras. Isso é gravíssimo e, por isso, esta prática era punida com a morte na Lei mosaica. Entretanto, os governantes inescrupulosos, davam proteção a esse tipo de profeta e até os contratavam para servir aos seus interesses espúrios.


3- A ira de Deus contra os falsos profetas (v.10). Nos versículos 8 e 9, de Ezequiel 13, o Senhor mostra sua indignação contra os falsos profetas e se coloca contra eles: "Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Como falais vaidade e vedes a mentira, portanto, eis que eu sou contra vós, diz o Senhor JEOVÁ. E a minha mão será contra os profetas que veem vaidade e que adivinham mentira; na congregação do meu povo, não estarão, nem nos registros da casa de Israel se escreverão, nem entrarão na terra de Israel; e sabereis que eu sou o Senhor JEOVÁ." 


Na verdade, a ira de Deus contra falsos profetas vem desde o estabelecimento da nação de Israel. Deus ordenou a Moisés que deixasse escrito na Lei a sentença contra aqueles que falassem em nome de Deus, sem que Ele tivesse autorizado.  (Dt 13.1-5; 18.20-22). A sentença era severa: Quem fizesse tal coisa deveria ser executado.  O mesmo valia para um profeta enviado por Deus, que fosse rebelde e entregasse uma mensagem de Deus pela metade ou com distorções. Podemos ver isso, quando Deus diz que levantou Ezequiel como atalaia de Israel. Deus falou para Ezequiel que se ele não avisasse ao ímpio, como Deus mandou, o ímpio morreria em seus pecados, mas Deus cobraria do profeta a responsabilidade.


É uma responsabilidade muito grande, alguém abrir a boca para fazer: Assim diz o Senhor, ou Deus manda te dizer. Mesmo se for verdade o que estamos falando, se Deus não mandou falar, devemos falar em nosso próprio nome e não usar o nome de Deus. Paulo fez esta distinção em 1 Coríntios 7. Em alguns trechos, ele diz: "Mando não eu, mas o Senhor." Em outros, ele diz: "Digo eu, não o Senhor". Infelizmente, algumas pessoas atualmente, talvez para parecer espiritual ou para ganhar popularidade, entregam profecias em nome de Deus, que não se cumprem, ou contém informações mentirosas. Eu me lembro que teve um pastor que profetizou que o Pr. Samuel Câmara ganharia a eleição para presidente da Convenção Geral contra o Pr. José Wellington. Entretanto, o Pr. Samuel Câmara não apenas perdeu aquela eleição, como saiu da Convenção Geral pouco tempo depois. Outros profetizam bençãos que não chegam, desastres e caos que não acontecem, vitórias ou derrotas de políticos que não acontecem, etc. Estas pessoas irão se ver com Deus, por profetizarem mentiras em seu nome. 


REFERÊNCIAS: 


PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 1607.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 5. 11 ed. 2013. pag. 424-425.

BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pág. 379-380.

TAYLOR, John B. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 384-385.


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Ev. Weliano Pires



26 outubro 2022

SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 5: Contra os falsos profetas).

No segundo tópico apresentaremos as designações usadas por Ezequiel para se referir aos falsos profetas, como “profetas de Israel” e “os que profetizam”. Ezequiel diz que eles são loucos, que profetizam o que o seu próprio coração vê. O profeta usa também a figura das “raposas do deserto”, para se referir ao caráter destrutivo desses embusteiros. Assim como há profetas verdadeiros, que falam apenas aquilo que Deus manda, há também os falsos profetas que falam aquilo que o povo quer ouvir e que lhes rende vantagens. 


1- Os dois lados. Conforme colocou o comentarista da lição, nesta vida há vários contrastes e tudo tem o lado positivo e o negativo. Assim como há as coisas verdadeiras, há também as falsas. Há um só Deus Verdadeiro, mas há também os falsos deuses, criados pela mente humana. Há a verdade, que procede de Deus, mas há também a mentira e a falsidade que procede do diabo. Sendo assim, há os profetas verdadeiros, que são enviados por Deus para falar em nome dele e há também os falsos profetas, que estão a serviço do inimigo. 


Há dois tipos de profetas falsos. O primeiro tipo é o profeta de deuses pagãos, como os profetas de Baal e Aserá, que falam em nome de outras divindades. O segundo tipo de falso profeta é aquele que fala em nome do Deus Verdadeiro, sem que Ele tenha mandado. Este segundo tipo de falso profeta é o mais perigoso, pois está entre nós. Certa vez, eu ouvi um pastor dizer que é muito fácil enganar em nome de Deus, por causa do temor que as pessoas têm. Se alguém viesse até nós dizendo que tem uma mensagem do diabo, ninguém ouviria. Mas, se vem dizendo que Deus mandou falar alguma coisa, temos receio de não ouvir o que Deus mandou falar. Por isso, é muito importante pedir discernimento ao Senhor e conhecer a Sua Palavra para não ser enganado por charlatães, que falam em nome de Deus. É a este segundo grupo que Ezequiel destina a sua profecia. Eram profetas que falavam falsamente em nome de Yahweh. 


2- Apresentação (v.2). Conforme falamos no tópico anterior, a palavra traduzida por profeta no hebraico é a mesma, para os verdadeiros e para os falsos profetas. Para saber se a referência é a profeta do Senhor ou a um falso profeta é preciso analisar o contexto. Nesta profecia, Ezequiel usa algumas expressões que demonstram que estes profetas eram embusteiros e falsos. Ele inicia a sua profecia com a introdução profética tradicional, que identifica a sua profecia como vindo de Deus:  A palavra do Senhor veio a mim (Ez 13.1). Na sequência, ele identifica os destinatários como “profetas de Israel”. Esta expressão só aparece três vezes no Antigo Testamento, exatamente no Livro de Ezequiel (Ez 13.2,16; 38.17). 


Ezequiel também faz menção ao tipo profecia, que estes falsos profetas entregavam: “...só profetizam o que vê o seu coração”. (Ez 13.2b). Eles entregavam mensagens da própria mente e não aquilo que o Espírito de Deus mandava. A mente humana tem a capacidade de produzir vários tipos de manifestações. Alguns fazem isso por confundirem a própria imaginação com mensagens de Deus. Outros, no entanto, são soberbos e, para ganharem popularidade, falam aquilo que as pessoas querem ouvir. Profetizam paz e prosperidade, em tempos de julgamento divino, para agradar aos seus ouvintes e obter deles vantagens indevidas. 

  

3- O desserviço dos falsos profetas (v.3). No versículo 3, Ezequiel entrega a dura mensagem de Deus a estes farsantes: “Ai dos profetas loucos que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram!” A palavra “ai”, em hebraico é hôy. Trata-se de uma interjeição muito usada pelos profetas. É citada 50 vezes pelos profetas, como lamento e dor, e 40 vezes como advertências ou ameaças de castigos da parte de Deus. 


O adjetivo “louco” usado por Ezequiel, no hebraico é “nabal”. Não é uma referência a alguém com problemas mentais ou um tolo que falam coisas sem sentido. O “nabal” é alguém que afronta a Deus (Sl 74.22); zomba dos que confiam em Deus (Sl 39.8) e não acredita em Deus (Sl 14.1; 52.1); não acredita em Deus (Sl 14.1; 53.1); e até blasfema contra Deus (Sl 74.18). 


Quando Davi fugia de Saul, havia um rico criador de ovelhas e cabras no Carmelo, que tinha o nome de Nabal. Ele era arrogante e sovina. Foi ajudado por Davi, que protegeu os seus rebanhos, mas, quando Davi lhe pediu uma ajuda, ele mandou um recado desaforado, cheio de grosserias. Davi, imediatamente, preparou o grupo para destruir completamente a casa de Nabal, mas, foi demovido da ideia pela sábia Abigail, esposa de Nabal. Depois de dez dias, o Senhor o feriu e ele morreu. (1 Sm 25.1-38).


Ezequiel também diz que os falsos profetas “seguem o seu próprio espírito e falam coisas que não viram”. Isto mostra que as profecias eram criações da própria mente deles e o Espírito Santo não teve nenhuma participação. O verbo “ver” nessa passagem, em hebraico é rā’âh, de onde vem a palavra rō’eh, que significa “vidente ou aquele que vê as coisas divinas”. Geralmente este verbo é usado nos livros proféticos para indicar que o profeta recebeu a profecia de Deus através de uma visão (Is 30.10; Am 7.8; 8.2). Não era o caso destes falsos profetas, pois Deus não havia dado visão nenhuma a eles. 


Champlin cita sete características destes falsos profetas, que também nos ajudam a identificar falsos profetas na atualidade:

a. Sua fonte de informação não era Yahweh. 

b. Andam em sua própria sabedoria e não na sabedoria de Yahweh. 

c. São frequentemente corruptos moralmente. 

d. Suas profecias não se cumprem, revelando-se mentirosas. 

e. Suas mensagens não melhoram as pessoas moral e espiritualmente. 

f. São autoglorificados, homens arrogantes e orgulhosos. 

g. São autodestruidores.


4- As “raposas do deserto” (v.4). Esta metáfora usada por Ezequiel foi traduzida na Almeida Revista e Corrigida (ARC), por "raposas do deserto". Versões mais atualizadas como a Nova Almeida Atualizada (NAA). traduz por "chacais de ruínas". Em outros textos do Antigo Testamento, os chacais também são associados a ruínas em (Is 13.22; 34.13; Jr 9.11; 10.22; 49.33; 50.39; 51.37; Ml 1.3). 


Isto demonstra o poder destrutivo dos falsos profetas, pois os chacais são animais da classe dos canídeos onívoros, ou seja, que comem tudo o que aparece pela frente, principalmente os restos deixados por animais maiores. Os verdadeiros profetas do Senhor são usados por Ele para alertar o povo de Deus e evitar a sua destruição. Mesmo quando entregam uma mensagem de julgamento, tem o objetivo de levar o povo ao arrependimento, para evitar a destruição. Os falsos profetas, por sua vez, são como os chacais que armam emboscadas para as ovelhas, para se alimentarem delas.


REFERÊNCIAS: 


Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pág. 1045.

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 64-67..

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Ezequiel. Editora Batista Regular. pág. 55-56.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 3228.

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Ezequiel. Editora Batista Regular. pág. 56.

TAYLOR, John B. Ezequiel: Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 110-111.

ZUCK, Roy. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.401-02).

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Ev. Weliano Pires

25 outubro 2022

SOBRE OS PROFETAS

(Comentário do 1º tópico da Lição 05: Contra os falsos profetas)

Neste primeiro tópico faremos uma apresentação do ofício do profeta no Antigo Testamento. Mostraremos também a etimologia da palavra hebraica traduzida por profeta e outros termos hebraicos e gregos, usados para se referir aos profetas. Por último, este tópico falaremos sobre os falsos profetas e as duras consequências desta prática na lei mosaica. 


1- O termo “profeta”. Quando falamos sobre profeta atualmente, muitas pessoas imaginam que estamos falando de alguém que prevê o futuro. Mas, o significado bíblico de profeta não é esse. Em hebraico há três palavras usadas para se referir a profeta: Navi, chozeh e roeh. Estas três palavras aparecem em 1 Crônicas 29.29: “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente (Roeh), e nas crônicas do profeta (Navi) Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente” (Chozen). 

a. Navi. Alguém que proclama uma mensagem recebida; um porta voz, mensageiro ou anunciador. Esta palavra aparece mais de 300 vezes no Antigo Testamento. A palavra aparece também na forma feminina para se referir a Mirian, Hulda, Noadias e à esposa do 

profeta Isaías. 

b. Chozeh ou hozen. Significa uma pessoa que tem visões. É traduzida como vidente. Nos dias do profeta Samuel, os profetas eram chamados de “Chozeh” (vidente) e eram consultados, para saber a vontade de Deus, antes de tomar decisões.

c. Roeh. Também significa vidente, com o sentido de alguém que faz previsões sobre o futuro. 


A versão grega do Antigo Testamento usa termo grego prophetes, que é a junção dos termos “pro” (antes) e “phemi” (falar) nas traduções dos termos hebraicos nabi, chozen e roeh. A palavra prophetes, significa “alguém que fala em nome de outra pessoa (Deus ou deuses)”. A palavra portuguesa profeta tem origem neste vocábulo grego. Por causa do significado dos termos “pro”  (antes) e “phemi” (falar), popularizou-se a ideia de que um profeta é alguém que prevê o futuro ou um adivinho. Mas o sentido bíblico não é este. Um profeta é um porta-voz ou um mensageiro de Deus, não necessariamente para falar do futuro. 


2- Outros termos para designar os profetas de Deus. Além dos termos citados acima, há outras palavras, pelas quais os profetas eram chamados no Antigo Testamento. Em 2 Crônicas 36.15,16, os profetas são chamados de “mensageiros de Deus”. A palavra hebraica malak significa “mensageiro”, seja humano ou um anjo. O nome do profeta Malaquias, por exemplo, significa “mensageiro de Yahweh”.  O profeta Ageu é chamado de “embaixador do Senhor” (Ag 1.13 ARC). A versão Almeida Corrigida Fiel (ACF) traduz o mesmo termo por “mensageiro” e a Nova Almeida Atualizada (NAA) traduz por “enviado”. O profeta Aías é chamado de “servo do Senhor” (1 Rs 14.18). Em 2 Rs 9.7, na profecia de Eliseu contra a casa de Acabe, ele faz referências aos profetas que foram mortos por Jezabel, como “os servos do SENHOR”.  Há também muitas referências aos profetas como “o homem de Deus”, como no caso de Moisés (Dt 33.1); Samuel (1 Sm 9.6); Elias (2 Rs 1.9-13). 


3- Os falsos profetas. Assim como havia os profetas do Senhor, também havia os falsos profetas. No hebraico, as palavras usadas para se referir aos profetas são as mesmas que vimos acima, sejam eles verdadeiros ou falsos, conforme veremos no terceiro tópico. O contexto define se é uma referência a um profeta verdadeiro ou falso. A Septuaginta, no entanto, usa a palavra pseudoprophetes, “falso profeta”, para se referir aos falsos profetas (Jr 6.13; Zc 13.2). No Novo Testamento também é feita esta diferenciação, como em 2 Pedo 2.1.


A lei mosaica previa pena de morte para quem profetizasse mentiras em nome do SENHOR: “Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.” (Dt 18.20). Entretanto, em tempos de apostasia, com reis ímpios, os falsos profetas que falavam o que eles queriam ouvir e não pregavam contra as suas maldades, eram protegidos. 


Não é muito fácil saber se um profeta é verdadeiro ou falso, principalmente, porque os falsos profetas se disfarçam de verdadeiros e falam coisas agradáveis aos ouvidos para ganhar popularidade. Em Deuteronômio 13, Moisés alertou o povo sobre os falsos profetas. A Bíblia nos mostra três testes principais, para se avaliar se um profeta é verdadeiro ou falso: 


a. O teste doutrinário. Mesmo que o profeta realizasse sinais e prodígios, se as suas palavras contrariassem a Lei do Senhor, ele deveria ser considerado um falso profeta, pois Deus não contraria a Sua Palavra. (Dt 13.1-18). Este critério continua valendo para os nossos dias. 


b. O teste do cumprimento da profecia. Se o profeta falasse uma profecia para o futuro, em nome do Senhor e tal profecia não se cumprisse, também deveria ser considerado um falso profeta, pois Deus não pode mentir (Dt 18.21,22). Este teste também é válido para os dias atuais e deve ser usado. Recentemente, um pastor gravou um vídeo e o publicou na internet, recomendando que as pessoas não saíssem de casa em 30 de março de 2020, pois milhares de pessoas em todo o Brasil seriam mortas e as ambulâncias não dariam conta de recolher os cadáveres, que ficariam estendidos no chão pelas ruas e estabelecimentos. Chegou o dia tão temido e nada disso aconteceu. A conclusão é clara: Deus não o mandou falar aquilo, pois a profecia não se cumpriu. 


c. O teste da moralidade. O profeta Jeremias enfrentou grandes embates com falsos profetas, porque ele pregava o julgamento de Deus e os falsos profetas pregavam prosperidade. No capítulo 23.11-14, o Senhor o usou para denunciar a vida libertina dos falsos profetas: Estão contaminados… Até na minha casa encontrei maldade… cometem adultérios e andam com falsidade. Todo profeta que vive na prática do pecado e não anda segundo a Palavra de Deus é falso. Há pessoas que dizem que devemos julgar a profecia e não o profeta. Isso é um erro, pois Jesus disse que “...pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7.20). 


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 65.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 4. pág. 1058, 1059.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 5. 11 ed. 2013. pág. 424. 

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 760.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1001

Philip W. Comfort e Walter A. Elwell. Dicionário Bíblico Tyndale. Editora geográfica. pág. 1498.


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Ev. Weliano Pires

24 outubro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: CONTRA OS FALSOS PROFETAS


Esta lição traz uma profecia contra os falsos profetas, com base no capítulo 13 de Ezequiel. Jeremias não foi levado ao cativeiro, mas ficou em Jerusalém e enfrentou muitos embates com os falsos profetas, que profetizavam bênçãos e prosperidade em tempos de julgamentos divinos. Ezequiel, por sua vez, foi levado ao cativeiro e, na Babilônia, também enfrentou falsos profetas. A lição está dividida em três tópicos: 


O primeiro tópico faz uma apresentação do ofício do profeta no Antigo Testamento. Mostra também a etimologia da palavra hebraica traduzida por profeta e outros termos hebraicos e gregos, usados para se referir aos profetas. Por último, este tópico fala sobre os falsos profetas e as duras consequências desta prática na lei mosaica. 


O segundo tópico nos apresenta as designações usadas por Ezequiel para se referir aos falsos profetas, como “profetas de Israel” e “os que profetizam”. Ezequiel diz que eles são loucos, que profetizam o que o seu próprio coração vê. O profeta usa também a figura das “raposas do deserto”, para se referir ao caráter destrutivo desses embusteiros. Assim como há profetas verdadeiros, que falam apenas aquilo que Deus manda, há os falsos profetas que falam aquilo que o povo quer ouvir e que lhes rende vantagens. 


O terceiro tópico nos mostra a geração de mensagens falsas. Há um diferencial no Antigo Testamento, quando se trata de um profeta verdadeiro. Normalmente aparecem identificações como “mensageiro de Deus”, “o profeta”, “meus servos”, etc. Os falsos profetas, no entanto, profetizam mentiras e falsidades. Vemos ainda neste tópico, a ira de Deus contra os falsos profetas, no Antigo e no Novo Testamento.


REFERÊNCIAS:

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 63-64.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3228.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento: Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 670.


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Ev. Weliano Pires


21 outubro 2022

SOBRE O SENHOR JESUS E O TEMPLO


(Comentário do 4º tópico da Lição 04: Quando a glória de Deus se vai).

O quarto tópico nos fala sobre o Senhor Jesus e o templo. O profeta Ageu profetizou que a Glória desta última casa será maior que a da primeira, que era o suntuoso templo de Salomão. Foi neste segundo templo que o Filho de Deus foi apresentado e depois expôs as Escrituras. Este tópico nos dá a explicação teológica, que é o fato de Jesus ser o substituto do templo. Por último vemos o anúncio por Jesus da destruição do templo, que ocorreu no ano 70 d.C.


1- Explicação teológica. Tudo o que estava relacionado aos rituais e cerimônias do Antigo Testamento eram figuras do que estava por vir e se cumpriram em Cristo, no seu sacrifício, na descida do Espírito Santo e na instituição da Igreja. Com o templo, não é diferente. 


Com a vinda de Jesus ao mundo, o templo, os sacrifícios, o altar, a arca da aliança, os sacerdotes e as restrições para adentrar a determinados locais do templo se tornaram desnecessários. Quando  Jesus no alto da cruz com grande voz entregou o espírito, “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mt 27.51), o acesso a Deus se abriu a toda a humanidade, através da mediação de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (1 Tm 2.5; Jo 1.29). A Epístola aos Hebreus mostra em detalhes a Superioridade de Cristo e do seu sacrifício em relação aos personagens e rituais do Antigo Pacto. 


2- O fim do Templo. O Sermão profético de Jesus iniciou-se a partir de uma observação dos seus discípulos, sobre a estrutura do templo. Jesus estava saindo do templo com os discípulos e eles lhe mostraram, admirados, a estrutura daquela construção. Jesus, então, lhes disse que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derrubada. Em seguida, foram para o Monte das Oliveiras e eles perguntaram quando isso iria acontecer e que sinal haveria da sua vinda e do fim do mundo. Respondendo a esta pergunta, Jesus proferiu o Sermão profético, que trata sobre várias questões escatológicas, como a destruição de Jerusalém em 70 d.C, o princípio de dores, a vinda de Jesus, a grande tribulação, o juízo final e a eternidade. 


Assim como Ezequiel havia feito em seu tempo, Jesus também anunciou o fim do templo de Jerusalém. Entretanto, antes da destruição do templo, a glória de Deus se retirou, pois, ninguém consegue destruir um lugar onde está a presença de Deus. Esta profecia de Jesus se cumpriu literalmente, no ano 70 d.C., quando o exército romano, sob o comando do general Tito invadiu Jerusalém, destruiu a cidade e o templo. Os judeus fugiram e os que conseguiram escapar da morte, tiveram que abandonar a sua terra. Um fato curioso é que, segundo o historiador judeu, Flavio Josefo, esta destruição do ano 70 d.C., aconteceu no nono dia do quarto mês, o que corresponde à mesma data da destruição do templo de Salomão pelos babilônios (2Rs 25.3; Jr 52.6). Assim como Jeremias e. Ezequiel fizeram no passado, Jesus também alertou os judeus sobre a iminência da destruição do templo, mas eles não deram ouvidos e rejeitaram o Messias que veio salvá-los. 


3- A presença de Deus hoje. No Antigo Pacto, a presença de Deus se manifestava em um determinado lugar, consagrado exclusivamente para este fim, como o tabernáculo e o templo. Entretanto, o povo não poderia se aproximar, sem que antes o sumo sacerdote oferecesse sacrifícios por si pelo povo, para que não fossem mortos. Mesmo assim, somente o sumo sacerdote, como representante do povo, estava autorizado por Deus a entrar no lugar santíssimo, uma vez por ano. Os gentios (não judeus) não podiam ter acesso ao templo. Mesmo os judeus comuns, só podiam chegar até ao pátio do templo e não tinham acesso ao santuário. Leprosos, pessoas com fluxo de sangue e outras consideradas imundas, não podiam ter acesso nem ao pátio do templo. Ficavam de longe.


O interior do tabernáculo se dividia em dois compartimentos: O Lugar Santo, que abrigava onde ficavam a mesa da proposição, o candelabro de ouro e o altar do incenso; e o Santo dos santos ou Lugar Santíssimo, que era onde ficava a Arca da Aliança, que representava a presença de Deus. No Santo dos Santos, a presença de Deus se manifestava intensamente e ficava fechado durante o ano inteiro. Somente no Dia da Expiação, o sumo sacerdote depois de oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo povo podia entrar. 


O véu do templo fazia a separação entre estes dois compartimentos do tabernáculo e do templo. Quando Jesus deu o brado na Cruz do Calvário e expirou, este véu se rasgou de alto abaixo, indicando que agora o acesso à presença de Deus estava livre e não se restringia apenas ao sumo sacerdote. Este era apenas uma figura que apontava para Cristo, o Sumo Sacerdote eterno. Hoje, por meio de Jesus Cristo, temos ousadia para entrar no santuário (Hb 10.19). A partir do sacrifício de Cristo, aqueles que crerem Nele terão o Espírito Santo morando dentro deles: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” (Jo 14.23). A Santíssima Trindade passa a morar no crente, pois as três pessoas da Trindade estão unidas uma às outras. Este conceito teológico é chamado de Pericorese, que é a habitação das Pessoas da Trindade uma nas outras. Cada Pessoa está nas outras e cada uma se dá às outras duas. 


REFERÊNCIAS: 


SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022.  págs. 60, 61.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1. pág. 80.

T. ROBERTSON. Comentário Mateus e Marcos, à Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. 1 Ed. 2011. pág. 138.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 533.

HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento João. Editora Cultura Cristã. pág. 679-680.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pág. 307.

LOPES, Hernandes Dias. Mateus Jesus, o Rei dos reis. Editora Hagnos. pág. 694.

LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.

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Ev. Weliano Pires

20 outubro 2022

SOBRE O SEGUNDO TEMPLO


(Comentário de 3º tópico da Lição 4: Quando a glória de Deus se vai).

Neste terceiro tópico falaremos a respeito do segundo templo. Este segundo templo era o templo de Zorobabel, que foi inaugurado no sexto ano de Dario, ou seja, em 516 a.C. Posteriormente, este templo foi completamente reformado por Herodes, o grande. O tempo total da reforma durou 46 anos.  


No tópico anterior falamos sobre as visões que Ezequiel teve da saída gradativa da glória de Deus do templo de Jerusalém. Com a retirada da glória de Deus, o templo ficou desprotegido e, pouco tempo depois, foi saqueado e completamente destruído pelo exército da Babilônia. 


Os judeus permaneceram por 70 anos no cativeiro da Babilônia e no ano 539 a.C, o imperador Persa Ciro baixou um decreto, colocando fim ao cativeiro. Neste decreto estava incluído a autorização para reconstruir o templo: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba.” (2 Cr 36.23).


1- O segundo Templo. Após o decreto do imperador Ciro, retornaram a Jerusalém, sob a liderança de Zorobabel 42.360 judeus, sem contar seus servos (Ed 2:64-65), para iniciarem os trabalhos de reconstrução do templo em Jerusalém. Os judeus arrecadaram ofertas e Ciro devolveu todos os utensílios de ouro e prata, que Nabucodonosor havia retirado do primeiro templo e levado para a casa dos seus deuses. Zorobabel e o sacerdote Josué edificaram um altar e ofereceram sacrifícios ao Senhor, celebrando a festa dos tabernáculos (Ed 3.2-5). 


Quando lançaram os alicerces do templo, reuniram os sacerdotes e levitas para oferecer sacrifícios e louvar ao Senhor. O povo se regozijou, com grande júbilo, porém os mais velhos que conheceram o templo de Salomão, perceberam que esta construção era muito inferior e choraram em voz alta. As vozes dos louvores do povo se misturaram ao choro. De longe, se ouvia o barulho e não era possível discernir entre as vozes do choro e dos cânticos Ed 6.12,13). 


Quando souberam do início da reconstrução do templo, os inimigos do povo de Judá tentaram de todas as formas atrapalhar. Inicialmente, tentaram se unir a eles para participarem da obra. Como Esdras não aceitou esta mistura, eles alugaram conselheiros para ridicularizar a construção e desestimular o povo durante no reinado de Ciro. No início do reinado de Assuero, eles escreveram para o rei da Pérsia, fazendo acusações falsas contra os judeus e a obra acabou sendo interrompida (Ed 4.1-6). Esta interrupção durou 13 anos. Deus usou os profetas Ageu e Zacarias para reavivar o espírito do povo e retomar a construção. Somente no reinado de Dário foi retomada, em 520 a.C. e em 516 d.C. foi concluído o templo. Este templo, posteriormente, foi profanado por Antíoco IV Epifânio, durante o período intertestamentário (170-164 a.C.). Esta profanação foi profetizada por Daniel, quatrocentos anos antes, que a chamou de “abominação desoladora” (Dn 11.32).


2- O Templo de Herodes. Herodes Magno, conhecido como “Herodes, o Grande'', governou a Judéia entre 37 e 4.a.C. Herodes tinha um ego enorme e não havia como deixar o Segundo Templo humilde como era. Por isso convenceu os judeus de que aquele templo de Zorobabel não estava à altura do antigo templo de Salomão. Não temos informações bíblicas sobre esta construção pois ela foi feita no chamado período interbíblico. As informações que temos vem do historiador judeu Flavio Josefo e do Talmude. A arqueologia também acrescenta outras informações, mas não temos detalhes da arquitetura, como no caso do templo de Salomão. 


No 18º ano do seu reinado, Herodes iniciou uma reforma geral no templo e modificou-o completamente, a ponto de alguns o considerarem o terceiro templo. Tornou-se o cartão postal de Jerusalém (Mc 13.1; Lc 21.5). Prédios subsidiários foram então adicionados e outros detalhes que faltaram foram feitos após a morte de Herodes por seus sucessores, de sorte que a construção só foi completamente concluída em 66 d.C. No ano 70 d.C. este templo foi completamente destruído pelo general romano Tito e os judeus foram expulsos da sua terra. 


3- A presença do Filho de Deus. No meio evangélico é muito comum as pessoas citarem o texto de Ageu 2.9 dizendo: A glória da segunda casa será maior que a da primeira”. Isso tem sido tema de muitos congressos e até hinos já foram compostos com esta frase. Ocorre que o texto de Ageu não diz “a glória desta segunda casa” e sim “a glória desta última casa”. Não há registros de que a glória do Senhor tenha se manifestado neste segundo templo de Zorobabel. Depois da reforma feita por Herodes que o transformou em uma bela construção, também não houve manifestação da glória de Deus, como houve no tabernáculo e no templo de Salomão. 


Entretanto, neste segundo templo tivemos a presença do Filho de Deus. Ali, o Senhor Jesus, que é Deus, foi apresentado e circuncidado. Depois debateu com os doutores da Lei aos doze anos, ouvindo-os e interrogando-os, deixando-os perplexos com a sua sabedoria. O apóstolo João falando Verbo que se se fez carne, escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14). Mas esta profecia de Ageu é uma referência à última casa, que é o próprio Senhor Jesus, que substituiu definitivamente o templo, como veremos no próximo tópico. No Evangelho segundo João, Jesus disse aos judeus: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.” (Jo 2.19-21).


REFERÊNCIAS:


SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 60.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 3650.

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 6. 11 ed. 2013. pag. 314..

ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke: Ageu e Sofonias.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pag. 771.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. 1 Ed 2006. Editora Central Gospel. pag. 367.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 274.


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