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23 agosto 2023

A VISÃO BÍBLICA DO CORPO

(Comentário do 2º tópico da Lição 09: Uma visão bíblica do corpo)


Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre a visão bíblica do corpo humano. A Bíblia apresenta o corpo humano como como a parte exterior e visível do ser humano. Falaremos da parte exterior do ser humano que é o seu corpo, o invólucro da parte imaterial e invisível, que é formado por alma e espírito. Depois falaremos do corpo como templo ou santuário do Espírito Santo. Por último, falaremos da glorificação do corpo humano que acontecerá na ressurreição, quando o nosso corpo será revestido da incorruptibilidade e imortalidade.


1- Parte exterior do homem. O Novo Testamento usa duas palavras gregas para se referir à parte externa do ser humano: "Soma" e "Sarx".  Ambas são usadas para designar a parte visível do corpo, que é o invólucro ou a cobertura do espírito e da alma. 


É a parte física do ser humano, formada por órgãos e tecidos. O corpo se relaciona com  mundo ao seu redor através dos cinco sentidos: visão, audição, paladar e olfato. O corpo não tem vida própria e necessita da alma e do espírito para ter vida. Se a parte imaterial sair do corpo humano, imediatamente, os seus órgãos para de funcionar e inicia-se o processo de decomposição. 


Quando a Bíblia se refere à carne, em sentido negativo, não é uma referência ao corpo e sim à natureza pecaminosa do homem. 

A Bíblia não dá nenhum respaldo à concepção gnóstica de que o corpo é essencialmente mau e o espírito é bom. Não apóia também a ideia de que Deus não se preocupa com o corpo e só quer o coração (homem interior). O apóstolo Paulo escrevendo aos Tessalonicenses disse: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados plenamente irrepreensíveis para a vinda do Nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Ts 5.23). 


2- Templo do Espírito Santo. O apóstolo Paulo afirma que o nosso corpo é templo do Espírito Santo e que Ele habita em nosso corpo (1 Co 6.19). Diz também que os salvos são membros do corpo de Cristo. Sendo o nosso corpo, o templo do Espírito Santo, pertence a Ele e deve ser mantido na mais absoluta pureza, pois Deus é Santo e não habita em templos imundos.


Quando o apóstolo Paulo fala que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, o contexto contrapõe esta afirmação com a imoralidade sexual. Portanto, devemos manter o nosso corpo em santidade e não praticar a prostituição, adultério e outros atos imorais que contaminam o nosso corpo (1 Co 6.15), pois quem faz isso, peca contra o corpo. 


3- Glorificado na ressurreição. O corpo humano foi criado perfeito e não era perecível. Este corpo corruptível não pode herdar o reino de Deus. Mas, com a entrada do pecado no mundo, o corpo humano se tornou mortal e, portanto, está sujeito às doenças, ao envelhecimento e à morte. Ao contrário do que diz a teologia da prosperidade, mesmo após a nossa conversão, o nosso corpo continua sujeito às doenças, ao envelhecimento e à morte, pois ainda não foi glorificado. 


Na ocasião do arrebatamento da Igreja, os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, os que estiverem vivos naquele momento serão transformados e todos subirão a encontrar o Senhor nos ares. Receberemos, então, um corpo glorificado e incorruptível, semelhante ao corpo ressurreto do Senhor Jesus. O último inimigo a ser vencido pelo nosso corpo é a morte. A glorificação do nosso corpo é a última etapa da nossa salvação. 

22 agosto 2023

A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

(Comentário do 1º tópico da Lição 09: Uma visão bíblica do corpo)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, discorreremos sobre a criação do ser humano. Inicialmente, veremos como se deu a origem da raça humana. Deus formou o corpo humano do pó úmido da terra e deu-lhe um espírito. Depois, falaremos da constituição do ser humano. O homem é um ser tricotômico, formado por três partes: espírito, alma e corpo. Por último, falaremos da queda e restauração do ser humano. Todos os seres humanos, sem exceção, foram afetados pelo pecado e necessitam de uma restauração, que somente o Espírito Santo é capaz de fazer. 


1- A origem da raça humana. Os naturalistas insistem em reduzir o ser humano à condição de mero animal, que evoluiu de outra espécie e dizem que não passa de um mamífero, como outro qualquer. Atualmente, alguns vão mais além e dão mais valor aos animais e às árvores que aos seres humanos. Entretanto, a Bíblia nos apresenta o ser humano como a coroa da criação de Deus, o único ser vivo criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). 


Deus formou o homem do pó úmido da terra, soprou em suas narinas e deu-lhe o espírito. Deus não fez isso com nenhum animal. Antes de criar o homem, Deus criou todo o Universo, possibilitando todas as condições para o homem viver nele. Por último, Deus criou o homem para dominar sobre as demais criaturas (Gn 1.26,27). 


2- A constituição do ser humano. Na lição passada falando sobre a visão bíblica de gênero, discorremos sobre as três constituições do ser humano: constituição biológica, constituição moral e constituição da sexualidade. Vimos que o homem é um ser tricotômico, formado por espírito, alma e corpo. 


O espírito é a parte imaterial, cujas faculdades são a fé e a consciência. É a parte do ser humano que é capaz de responder a Deus e sem Deus, ele está morto. A alma é a sede do intelecto, das emoções e das vontades do ser humano. Por último, o corpo é a parte material do ser humano, que é formada do pó da terra e se tornará em pó novamente, após a morte. 


O espírito e a alma são distintos, mas inseparáveis. O corpo, sem a alma e o espírito está morto. A teologia chama esta tríplice composição do ser humano de tricotomia. Alguns teólogos defendem que o homem é formado por apenas duas partes, uma material (o corpo) e outra imaterial (espírito/alma), que eles chamam de dicotomia. Nós da Assembleia de Deus, no entanto, defendemos a tricotomia (1 Ts 5.23).


3- Queda e restauração humana. Com a entrada do pecado no mundo, todos os seres humanos, sem exceção, herdaram uma natureza corrompida e pecaminosa. Sendo assim, todas as áreas do nosso ser foram afetadas pelo pecado. Somente por meio do sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário, o homem pode ser restaurado da queda, mediante a fé nEle. 


O Espírito Santo convence o homem da sua condição de miserável pecador e o conduz a Cristo. Entretanto, Deus concedeu ao homem o livre-arbítrio e permite que este aceite ou rejeite esta restauração. Aqueles que aceitarem, serão restaurados pelo Espírito Santo e se tornarão novas criaturas. Mas, os que não quiserem, não serão restaurados. 


Este é um dos principais pontos de divergência entre os calvinistas e arminianos. Os calvinistas, também chamados de monergistas, afirmam que Deus determinou de antemão quem seria salvo e quem não seria. Dizem que o ser humano na queda foi totalmente corrompido e perdeu completamente o livre arbítrio na queda. Sendo assim, não tem a prerrogativa de escolher. Os arminianos, por sua vez, dizem que na queda, o homem realmente teve a sua natureza corrompida e não tem condições de, por si mesmo, crer em Cristo. O Espírito Santo capacita-o para crer, concedendo-lhe o que os teólogos chamam de Graça preveniente, que é uma preparação operada pelo Espírito Santo para que o ser humano caído possa entender a Salvação. Entretanto, Deus lhe dá o direito de receber ou rejeitar a salvação. Esta é a posição defendida pela Assembléia de Deus. 


REFERÊNCIAS:


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 109-120.

PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, p.36

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...