30 março 2024

O ESPÍRITO SANTO COMO FONTE GERADORA DE MISSÕES

(Comentário do 3º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA)


Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos do Espírito como fonte geradora de missões. Primeiro veremos como o Espírito Santo chamou e ordenou que a Igreja de Antioquia enviasse os missionários Barnabé e Saulo para o campo missionário. Depois veremos o Espírito Santo dirigindo a obra missionária e concedendo as estratégias. Em alguns momentos, Paulo quis ir a alguns lugares e o Espírito Santo não permitiu. Em outros, Paulo não planejava ir, mas o Espírito Santo revelou que ele deveria ir. 

1. O envio missionário. O Evangelho chegou à cidade de Antioquia da Síria, na ocasião da grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém, que se deu após a morte de Estêvão. Alguns cristãos foram dispersos por vários lugares e anunciavam o Evangelho por onde passavam. Alguns deles passaram pela Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria e anunciavam o Evangelho, somente aos judeus (At 11.19-21). Mas alguns homens chíprios e de Cirene, anunciaram o Evangelho também aos gentios (At 11.20). A mão do Senhor era com eles e um grande número de pessoas se converteram em Antioquia. 
Esta notícia chegou à Igreja de Jerusalém e Barnabé, que era natural de Chipre, foi enviado a Antioquia. Chegando lá, Barnabé viu o crescimento do Evangelho na cidade e exortou os novos convertidos para que permanecessem na fé. Em seguida, partiu para Tarso, em busca de Saulo. Durante um ano, Barnabé e Saulo ensinaram a palavra de Deus nesta Igreja e ela se tornou uma Igreja rica em líderes, com vários profetas e doutores. 
Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo mandou que a Igreja separasse Barnabé e Saulo para a obra missionária. A partir daí. Antioquia tornou-se, então, a primeira Igreja a fazer missões transculturais, ou seja, em outras culturas totalmente diferentes da cultura dos missionários. 
Podemos ver neste episódio em Antioquia, a participação ativa do Espírito Santo no chamamento e no envio de missionários. Antioquia era uma Igreja bem instruída na Palavra, que tinha bons obreiros, que evangelizava e praticava oração.  Mas a escolha dos missionários é a ordem para enviá-los partiu do Espírito Santo. A obra missionária não é um trabalho humano, baseado em habilidades humanas. É o Espírito que dirige a missão, escolhe e envia missionários para o campo. 
2. A estratégia missionária. O Espírito Santo não apenas escolhe e envia missionários. A obra é dele e, portanto, é Ele quem a conduz e concede as estratégias adequadas. Por mais que a liderança de uma Igreja tenha conhecimento bíblico e experiência no trabalho missionário, jamais deve agir por conta própria. Deve sempre buscar a direção do Espírito Santo, pois Ele sabe o que fazer, quando fazer e como fazer. 
No Livro de Atos, vemos que Paulo e seus companheiros em sua segunda viagem missionária, pretendiam pregar o Evangelho na Bitínia e na Província da Ásia, mas o Espírito Santo não lhes permitiu (At 15.6,7). Por outro lado, estando em Trôade, Paulo não tinha a intenção de ir à Macedônia, mas o Espírito Santo lhe concedeu uma visão, na qual lhe apareceu um homem da Macedônia rogando-lhe que ele fosse para lá e os ajudasse. Paulo, então, concluiu que o Senhor estava direcionando-o para anunciar o Evangelho naquela região (At 16.9,10). 
Fazer missões vai muito além do amor pelas almas e desejo de ir ao campo missionário. Claro que todos nós devemos pregar o Evangelho e fazer missões. Entretanto, para ir ao campo missionário é preciso ser chamado pelo Espírito Santo e enviado por Ele ao campo que ele determinar. Um missionário que foi chamado por Deus não escolhe para onde quer ir, pois ele sabe para onde Deus o enviou e quais as estratégias deve usar. 

REFERÊNCIAS: 
GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.
GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos, até a volta de Cristo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023, págs. 119-133.
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.
SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 

28 março 2024

O ESPÍRITO SANTO CAPACITANDO AS TESTEMUNHAS

(Comentário do 2º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA) 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da capacitação do Espírito na vida das testemunhas de Cristo. Vemos no Livro de Atos, o Espírito Santo capacitando líderes da Igreja como Pedro e Paulo, para confrontar com autoridade, os inimigos da Obra de Deus. Mas esta capacitação não se limitou aos apóstolos. Vemos também pessoas simples como o desconhecido Ananias, que orou pelo temido Saulo e ele foi restaurado. Os diáconos Estêvão e Filipe também foram cheios do Espírito Santo e proclamaram ousadamente a Palavra, realizando muitos milagres entre o povo. De modo geral, toda a Igreja Primitiva era cheia do Espírito Santo. 


1. Capacitando as testemunhas. Durante a prisão e morte de Jesus, os discípulos fugiram e o abandonaram, com medo de também serem mortos. Alguns o acompanharam de longe, como Pedro e João, mas não se apresentaram como discípulos. Pedro, quando foi reconhecido e indagado se era um dos discípulos de Jesus, negou por três vezes, chegando a praguejar. Após o sepultamento, eles se trancaram, com medo dos judeus. 


Jesus ressuscitou e apareceu a eles, mais de uma vez. Depois, permaneceu com eles por um período de quarenta dias antes de subir ao Céu, sendo visto por mais de quinhentas pessoas. Antes de subir ao Céu, o Mestre ordenou que eles ficassem em Jerusalém e aguardassem o revestimento do Poder do Espírito Santo. Eles permaneceram em oração e aguardaram a promessa por mais dez dias, até que chegou o Dia de Pentecostes e todos foram cheios do Espírito Santo. Nesta ocasião só restavam cento e vinte pessoas, das quinhentas que o viram ressuscitado. 


O resultado desse derramamento do Espírito foi extraordinário! Os discípulos nunca mais foram os mesmos, depois deste revestimento de poder. O apóstolo Pedro, que há menos de dois meses havia negado a Cristo, pregou um sermão bíblico, ousado e fervoroso, levando quase três mil almas à conversão. 


Poucos dias depois, ele e João ordenaram a cura de um coxo, em Nome do Senhor Jesus, e o milagre aconteceu. Após esta cura, Pedro fez outro discurso e o número de conversões chegou a 5 mil pessoas. Muitas outras maravilhas também foram feitas pelos apóstolos após a descida do Espírito Santo. 


Diante dos sacerdotes e autoridades do templo, Pedro discursou novamente, reafirmando que Jesus é o Messias prometido a Israel e que, em nome dele, o coxo fora curado. Sem saber o que fazer, pois, o milagre era incontestável diante da multidão, resolveram soltar os apóstolos, alertando-os de que não mais falassem, nem ensinassem em nome de Jesus. Com a autoridade do Espírito Santo, Pedro respondeu a eles, que era mais importante obedecer a Deus do que aos homens, pois não poderiam deixar de falar daquilo que viram e ouviram (At 4.20; 5.29).


No capítulo 5 temos o episódio envolvendo Ananias e sua esposa Safira, que mentiram aos apóstolos, escondendo parte do valor da venda de uma propriedade, para parecer que estavam entregando todo o dinheiro, quando na verdade era só uma parte. O Espírito Santo revelou tudo a Pedro e a farsa foi desmontada. Ambos foram mortos, um após o outro. Este acontecimento trouxe grande temor a todos. 


Da mesma forma, o apóstolo Paulo foi cheio do Espírito Santo e investido de autoridade para realizar a Obra de Deus.  Desde o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco, Paulo entregou-se totalmente ao Se passou a ser dirigido pelo Espírito Santo. Ele perguntou ao Senhor Jesus o que Ele queria que fizesse. O Senhor mandou que ele fosse à cidade e aguardasse lá. Paulo ficou três dias em jejum, aguardando as orientações do Senhor. 


Depois que foi batizado, Paulo ficou alguns dias em Damasco e ali pregava ousadamente nas sinagogas, mostrando aos judeus, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias. Esta ousadia e intrepidez para pregar, em ambientes hostis ao Evangelho, evidentemente, vinha do Espírito Santo. Enquanto ele pregava, o Senhor operava maravilhas. 


2. Pessoas simples capacitadas pelo Espírito. Conforme mostramos acima, o Espírito Santo capacitou os apóstolos Pedro e Paulo para proclamarem ousadamente o Evangelho, mesmo diante de muitas ameaças e perseguições. Mas esta capacitação do Espírito não se restringiu aos apóstolos. Cristãos comuns, que não eram líderes da Igreja, também foram cheios do Espírito Santo. O comentarista citou os casos de Ananias, Estêvão e Filipe, que também foram capacitados pelo Espírito Santo. 


Este Ananias não era o marido de Safira que foi morto após mentir ao Espírito Santo. Ananias era um discípulo de Jesus que morava em Damasco, sobre o qual nada sabemos. O texto bíblico se refere a ele como “um certo discípulo chamado Ananias” (At 9.27). Saulo teve um encontro com o Senhor no caminho de Damasco e o Senhor o enviou a Damasco, para aguardar as instruções sobre o que deveria fazer. Simultaneamente, o Senhor falou em visão a Ananias e o enviou ao local onde Saulo estava. Ananias relutou, mas obedeceu. Chegando lá, impôs as mãos sobre Saulo e ele recuperou a visão e foi cheio do Espírito Santo.


Os diáconos Estêvão e Filipe, conforme falamos no tópico anterior, também foram cheios do Espírito Santo e capacitados por Ele para fazer a Obra de Deus. Nenhum dos dois era líder da Igreja de Jerusalém. Não temos maiores informações sobre a pessoa e a origem de Estêvão e Filipe. Sabemos apenas que faziam parte dos sete diáconos que foram escolhidos para cuidar da assistência aos necessitados e que eram cheios do Espírito Santo. 


O nome Estêvão em grego é "Stéphanos" e significa “coroa”. Ele falava fluentemente o grego e era um judeu dos chamados "helenistas", ou seja judeus que viviam fora da terra de Israel e falavam grego. Nada sabemos também sobre a sua conversão ao Cristianismo. Mas sabemos que foi um homem de Deus, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, que proclamou com ousadia o Evangelho perante as autoridades religiosas de Israel e foi assassinado mediante falsos testemunhos. Mas, enquanto ele era apedrejado, viu os Céus abertos e o Senhor Jesus em pé, à direita do Pai. 


Da mesma forma, não temos informações sobre a origem do diácono Filipe. Não deve ser confundido com o apóstolo Filipe, que era de Betsaida e foi um dos doze apóstolos de Jesus (Jo 1.44). Filipe, o diácono, após a morte de Estêvão, fugiu de Jerusalém por causa da perseguição e pregou em Samaria, realizando também muitos milagres ali e uma multidão se converteu. Filipe foi enviado também pelo Espírito Santo ao caminho de Gaza, onde alcançou o mordomo da rainha dos etíopes para Cristo. Posteriormente, ele se estabeleceu em Cesaréia e hospedou em casa o apóstolo Paulo e Lucas (At 8:40; 21:8). Ele ficou conhecido como Filipe, o evangelista, provavelmente para distingui-lo do apóstolo Filipe. 


Os casos de Ananias, Estêvão e Filipe comprovam que Deus não tem uma categoria de cristãos especiais para fazer a sua obra, como ensina a Igreja Católica, fazendo separação entre o clero e os leigos. Com esta divisão, a Igreja Católica colocou os seus ministros como mediadores entre o povo e Deus, e os chama de sacerdotes. No Novo Testamento não existe esse tipo de separação. O Espírito Santo foi enviado a todos e Deus capacita a quem Ele quer, para a obra que Ele quer, independente da função ministerial.


3. Capacitando a igreja. A capacitação do Espírito Santo na Igreja Primitiva, além de não se restringir apenas aos líderes da Igreja, como vimos acima, ela não é apenas individual, mas coletiva. A prova disso é a profecia de Joel, citada por Pedro em seu discurso, que diz: “E nos últimos dias, diz Deus, derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos” (At 2.17). Mais à frente, neste discurso, Pedro diz: “a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (At 2.39).


O testemunho era de toda a Igreja e não apenas da liderança. Em toda alma havia temor (At 2.47) e perseveravam unânimes todos os dias no templo (At 2.46). Mais à frente, após a conversão de Saulo, Lucas diz que “as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (At 9.31). Portanto, a ação do Espírito Santo estava sobre toda a Igreja.  Claro que nem todos eram usados da mesma forma, pois o Espírito Santo distribui os dons conforme Ele quer, mas a capacitação do Espírito Santo estava sobre toda a Igreja. 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 51-63.

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

ZIBORDI, Ciro Sanches. Estêvão, o primeiro apologista do Evangelho. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 


27 março 2024

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO SEGUNDO O EVANGELISTA LUCAS

(Comentário do 1º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA). 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da Doutrina do Espírito Santo segundo o evangelista Lucas. Lucas mostra que o enchimento do poder do Espírito é uma experiência necessária. Tanto o Senhor Jesus, quando Igreja Primitiva só iniciaram o seu ministério após serem cheios do Espírito Santo. O Livro de Atos mostra-nos também a ação do Espírito Santo como algo concreto, que podia ser visto e ouvido. A Doutrina Pentecostal Clássica ensina que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas e isso fica claro em pelo menos três ocasiões no Livro de Atos.


1. Um ensino revelado nos escritos de Lucas. Lucas é o único escritor gentio do Novo Testamento. Ele escreveu o Evangelho segundo Lucas e o Livro de Atos dos Apóstolos. A principal característica do Evangelho de Lucas que o diferencia dos outros dois sinóticos, Mateus e Marcos, é a ênfase dada à ação do Espírito Santo. Esta característica prossegue no Livro de Atos dos Apóstolos. Só nos primeiros dois capítulos, Lucas faz sete referências ao Espírito Santo: Lc 1.15, 16, 35, 41, 67; Lc 2.25, 26, 27). 


Nos dois primeiros capítulos de Lucas, ao narrar os nascimentos de João Batista e Jesus, Lucas mostra a ação do Espírito Santo desde a concepção de ambos. No caso de João Batista, os seus pais eram idosos e a sua mãe era estéril. Zacarias, pai de João Batista, recebeu a visita de um anjo que lhe anunciou que ele seria pai e que o menino seria cheio do Espírito Santo. Tanto Isabel, quanto Zacarias, foram usados pelo Espírito Santo. Ela, para engravidar, sendo estéril e idosa; e ele, para profetizar e compor o seu cântico, que é chamado em latim de “Benedictus”. (Lc 1.67-79). 


No nascimento de Jesus, a ação do Espírito Santo também aconteceu desde a sua concepção, de forma sobrenatural. Maria era uma virgem, desposada (prometida em casamento) com José. Antes de haver qualquer ajuntamento carnal entre eles, o anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus, como uma obra do Espírito Santo (Lc 1.35). 


Lucas descreve ainda, a ação do Espírito Santo na vida de Simeão, um servo de Deus, que o Espírito Santo estava com ele. Em idade avançada, Simeão havia recebido uma revelação do Espírito Santo, de que não morreria sem antes conhecer o Messias (Lc. 2.67). O Espírito Santo conduziu Simeão ao templo, para que conhecesse o menino Jesus (Lc 2.27). 


Temos relatos da ação do Espírito Santo no Evangelho segundo Lucas, na mensagem de João Batista, a menção de que Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Lc 3.16); no episódio da tentação de Jesus (Lc 4.1);  no batismo de Jesus (Lc 3.21,22) e durante todo o seu ministério, em várias ocasiões. 


Lucas inicia o Livro de Atos com as últimas palavras de Jesus aos seus discípulos, após a ressurreição e antes da sua ascensão aos Céus. Entre estas palavras do Mestre, está a promessa da descida do Espírito Santo "não muito depois daqueles dias". (At 1.5,8).


Depois, temos o cumprimento dessa promessa, no dia de Pentecostes, quando os discípulos estavam reunidos em oração. De repente, veio do Céu, um som como de um vento forte e impetuoso e encheu o cenáculo. Todos foram cheios do Espírito Santo e falaram em outras línguas e profetizaram, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2.1-4).


O livro de Atos prossegue falando sobre a ação do Espírito Santo na expansão da Igreja. O Espírito Santo concedeu-lhes ousadia para proclamar o Evangelho diante das autoridades judaicas, em meio à perseguição e oposição ferrenha. Também lhes concedeu poder para operar sinais e maravilhas e dirigiu a obra missionária. 


2. O enchimento do Espírito como experiência necessária. No final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos, podemos perceber que o revestimento do poder do Espírito Santo é uma necessidade e não uma opção: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).


Nestes dois textos o Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém. Os discípulos ficaram em oração, aguardando o cumprimento da promessa, da descida do Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, estando eles reunidos no cenáculo, em oração, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas e profetizar. A partir daquele momento, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 


Ao longo da história da Igreja também não foi diferente. As missões da Igreja sempre foram mais eficientes e significativas, no meio pentecostal, pois, os pentecostais ficam na total dependência do Espírito Santo, que confirma a pregação com os sinais e maravilhas. O Movimento Pentecostal já passa dos cem anos no mundo e a sua contribuição para a obra missionária é notável em vários países, principalmente os mais difíceis. 


3. O enchimento do Espírito como uma experiência concreta. No final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos, podemos perceber que o revestimento do poder do Espírito Santo é uma necessidade e não uma opção: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).


Nestes dois textos o Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém. Os discípulos ficaram em oração, aguardando o cumprimento da promessa, da descida do Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, estando eles reunidos no cenáculo, em oração, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas e profetizar. A partir daquele momento, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 


Ao longo da história da Igreja também não foi diferente. As missões da Igreja sempre foram mais eficientes e significativas, no meio pentecostal, pois, os pentecostais ficam na total dependência do Espírito Santo, que confirma a pregação com os sinais e maravilhas. O Movimento Pentecostal já passa dos cem anos no mundo e a sua contribuição para a obra missionária é notável em vários países, principalmente os mais difíceis. 


3. O enchimento do Espírito como uma experiência concreta. Conforme apresenta-nos o comentarista, a Doutrina Pentecostal clássica ensina desde os primórdios, que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas desconhecidas. Este também é o posicionamento das Assembléias de Deus, desde a sua fundação. Vejamos o que diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus de 1916: 

“O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar.'' (At 2.4). 


Há duas palavras gregas, traduzidas por “falar em línguas”. A primeira é “xenolalia” de “xeno” (estrangeiro) e “laleo” (falar), que significa falar em uma língua estrangeira, desconhecida de quem fala, mas conhecida de quem a ouve. A segunda palavra é “Glossolalia”, de “glossa” (língua) e “laleo” (falar), que significa falar em uma língua desconhecida para quem fala e para quem a ouve.


No dia de Pentecostes, os discípulos foram cheios do Espírito Santo e falaram em “outras línguas”. O termo grego usado em Atos 2.4 é "héteros glossais”, que significa outras línguas, que eram desconhecidas dos que estavam falando. Logo em seguida, o texto diz que algumas pessoas ouviram estas línguas e as entenderam, pois eram as suas próprias línguas. Em Cesaréia, na casa do Centurião Cornélio, as pessoas que ouviram a mensagem pregada por Pedro também foram batizadas no Espírito Santo e também falaram em línguas. Mas o texto não diz que as pessoas que as ouviram entenderam (At 10.46). 


Depois, em Atos 19, o apóstolo Paulo encontrou um grupo de 12 discípulos em Éfeso, que desconheciam a Doutrina do Espírito Santo. Depois de explicar sobre o Espírito Santo, Paulo impôs-lhes as mãos e eles também falaram em línguas (At 19.1-6). Em Samaria, após a pregação de Filipe, com a chegada de Pedro e João, foram impostas as mãos sobre os que que creram e eles também foram batizados no Espírito Santo. Nesse caso, o texto não diz explicitamente que eles falaram em línguas. Porém, houve um sinal visível de que foram batizados, pois até o mágico Simão percebeu e ofereceu dinheiro para conseguir este dom (At 8.17,18). 


Comparando com os outros relatos, que dizem que as pessoas que foram batizadas no Espírito Santo falaram em línguas, fica implícito, portanto, que este foi o sinal. O mesmo aconteceu com Saulo, quando Ananias lhe impôs as mãos para que ele fosse cheio do Espírito Santo (At 9.17). Se ele não tivesse falado em línguas, Ananias não saberia que ele foi batizado Espírito Santo. Concluímos, portanto, que  “falar em línguas” é a evidência ou o sinal visível de que alguém recebeu o Batismo no Espírito Santo.


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 51-63.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.

SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 

26 março 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA


Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA 


Na lição passada falamos da importância da pregação da Palavra de Deus no culto cristão. 

No primeiro tópico falamos do ministério da Palavra e seu propósito. Falamos da pregação como uma proclamação, com o propósito revelar Deus às pessoas. Na sequência falamos do caso da conversão de Lídia, que ouviu a pregação do apóstolo Paulo e, enquanto ela o ouvia, o Senhor abriu-lhe o coração e ela creu. Por último, falamos da pregação como instrução. Após a conversão, os novos crentes precisam aprender as doutrinas bíblicas e crescerem espiritualmente. 

No segundo tópico, falamos da importância do ministério da Palavra. Vimos que o ministério da Palavra é o instrumento usado pelo Espírito Santo para a edificação da Igreja. Outro aspecto importante do Ministério da Palavra é a formação de valores. É preciso resistir aos padrões desta geração incrédula e perversa e para isso, precisamos ser orientados pela Palavra de Deus. 

No terceiro tópico, falamos da fundamentação do Ministério da Palavra. O ministério da Palavra deve ser cristocêntrico, ou seja, deve ter Cristo como o centro e não o homem. O segundo fundamento da pregação cristã é que ela deve ser bíblica. Devemos pregar o que está na Bíblia, devidamente interpretado.


LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA 


INTRODUÇÃO 


Nesta última lição, falaremos sobre o poder do Espírito Santo na missão da Igreja de Cristo. Com base nas últimas palavras de Jesus aos seus discípulos, antes de subir aos céus, podemos concluir que o revestimento do poder do Espírito é indispensável para que a Igreja realize a missão que o Senhor lhe confiou. 


TÓPICOS DA LIÇÃO 


No primeiro tópico, falaremos da Doutrina do Espírito Santo segundo o evangelista Lucas. Tanto o Evangelho segundo Lucas, como o Livro de Atos dos Apóstolos, que também foi escrito por ele, revelam abundantemente o ministério do Espírito Santo na vida de Jesus e na Igreja Primitiva. Lucas mostra que o enchimento do poder do Espírito é uma experiência necessária. Tanto o Senhor Jesus, quando Igreja Primitiva só iniciaram o seu ministério após serem cheios do Espírito Santo. O Livro de Atos mostra-nos também a ação do Espírito Santo como algo concreto, que podia ser visto e ouvido. A Doutrina Pentecostal Clássica ensina que a evidência inicial do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas e isso fica claro em pelo menos três ocasiões no Livro de Atos. 


No segundo tópico, falaremos da capacitação do Espírito na vida das testemunhas de Cristo. Vemos no Livro de Atos, e Espírito Santo capacitando líderes da Igreja como Pedro e Paulo, para confrontar com autoridade os inimigos da Obra de Deus. Mas esta capacitação não se limitou aos apóstolos. Vemos também pessoas simples como o desconhecido Ananias, que orou pelo temido Saulo e ele foi restaurado. Os diáconos Estêvão e Filipe também foram cheios do Espírito Santo e proclamaram ousadamente a Palavra, realizando muitos milagres entre o povo. De modo geral, toda a Igreja Primitiva era cheia do Espírito Santo. 


No terceiro tópico, falaremos do Espírito como fonte geradora de missões. Primeiro veremos como o Espírito Santo chamou e ordenou que a Igreja de Antioquia enviasse os missionários Barnabé e Saulo para o campo missionário. Depois veremos o Espírito Santo dirigindo a obra missionária e concedendo as estratégias. Em alguns momentos, Paulo quis ir a alguns lugares e o Espírito Santo não permitiu. Em outros, Paulo não planejava ir, mas o Espírito Santo revelou que ele deveria ir. 


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.

SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 


25 março 2024

LIÇÕES BÍBLICAS / 2º TRIMESTRE DE 2024: INTRODUÇÃO E RESUMO DAS LIÇÕES

Título: A carreira que nos está proposta: O Caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu.

COMENTARISTA: PR. OSIEL GOMES

Osiel Gomes da Silva é pastor presidente da Assembleia de Deus, no campo de Tirirical, em São Luís – MA. Por mais de 10 anos foi diretor da Faculdade Evangélica do Meio Norte (Faeme). Foi co-pastor da AD em Coroatá (MA), por 16 anos. É comentarista das Lições Bíblicas da CPAD, há alguns anos e escritor de vários livros publicados pela CPAD, entre eles: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, O Governo divino em mãos humanas, Mais Palavras, Menos Emocionalismo, Os Valores do Reino de Deus, O Melhor da Família, Os Mordomos de Deus. Pr Osiel é licenciado em Filosofia e Direito, bacharel em Pedagogia, pós-graduado em Psicanálise, mestrando em Ciências Jurídicas, doutorando em Teologia, pós-graduado em docência do ensino superior e foi professor de Grego e Hebraico no Semi­nário Batista. 

INTRODUÇÃO 


Graças a Deus iniciamos mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical, com o tema: A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. Este tema, de suma importância para vida cristã, foi extraído do texto de Hebreus 12.1, que diz: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta.”


Atualmente, quando se fala em carreira, a idéia é de uma trajetória profissional ascendente. A pessoa se prepara para exercer uma profissão e, conforme a sua vocação, desempenho e conhecimentos adquiridos, vai crescendo até chegar ao topo. Entretanto, no texto bíblico mencionado, a ideia não era essa. O termo que se aplica melhor seria corrida, como está nas versões Nova Almeida Atualizada (NAA), Nova Versão Internacional (NVI) e Nova Versão Transformadora (NVT). O contexto de Hebreus 12 sugere a trajetória de um maratonista que iniciava a sua corrida, despojado de quaisquer embaraços que pudessem atrapalhar o seu desempenho e prosseguia para o alvo, a fim de ganhar o seu prêmio. 


Até hoje, os corredores treinam bastante para ganhar resistência e agilidade. Usam também roupas leves e calçados adequados, que não atrapalhem o seu desempenho, e seguem disciplinas rigorosas para serem competitivos. O prêmio deles não está no percurso e eles não desfrutam de conforto durante a corrida. O objetivo deles, evidentemente, é chegar ao final da corrida. Em uma corrida, temos o ponto de partida, o percurso da corrida, o ponto final e as regras da competição. Só será premiado aquele que partir do ponto inicial, percorrer todo o percurso proposto e chegar ao ponto final no menor tempo. Não adianta alguém correr em alta velocidade, mas só ir até ao meio do percurso. 


Na vida cristã também é assim. Muitos pregadores da prosperidade e triunfalistas, pregam uma vida cristã ilusória, onde não há dificuldades e o crente vive uma vida confortável durante a sua trajetória neste mundo. Mas não é isso que a Bíblia ensina. Por isso, neste trimestre, o comentarista nos apresenta o início e fim da nossa corrida, mas não exclui os obstáculos da nossa trajetória até chegar ao alvo. 

RESUMO DAS LIÇÕES

Lição 1: O início da caminhada

Nesta primeira lição, teremos uma introdução ao tema do trimestre, falando sobre o ponto de largada da jornada do cristão neste mundo. 


Inicialmente, veremos o significado da nossa caminhada com Cristo, compreendendo o caminho da vida natural neste mundo e o caminho com Cristo. Em nossa caminhada com Cristo, teremos lutas e dificuldades, mas nunca estaremos sozinhos, pois temos três companheiros: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 


Na sequência, falaremos do Novo Nascimento, que é condição sine qua non para entrar no Reino de Deus (Jo 3.3-5). Todo ser humano, sem exceção, precisa nascer de novo, pois todos nascemos pecadores. Entretanto, a religiosidade humana não é capaz de fazer alguém nascer de novo. É um processo miraculoso realizado pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus. 


Por último, falaremos do Novo Testamento e a caminhada de fé do cristão. Falaremos do conceito do Novo Testamento e do seu processo de formação na vida da Igreja. Depois falaremos do tema principal do Novo Testamento, que é Jesus Cristo, e da importância do Novo Testamento para a caminhada do cristão. 

Lição 2: A escolha entre a porta estreita e a porta larga

Nesta lição estudaremos a analogia da porta estreita e da porta larga, usada por Jesus no Sermão do Monte, para se referir, respectivamente, à vida com Cristo e à vida segundo o curso deste mundo. 


Falaremos sobre os dois tipos de porta e caminho: o estreito e apertado, e o largo e espaçoso. Veremos que a porta estreita e o caminho apertado ilustram a maneira de viver do cristão, que vai na contramão deste mundo. A porta larga e o caminho apertado, por sua vez, apontam para uma vida sem compromisso com Deus, que tem a aprovação deste mundo.


Veremos também a dificuldade de se entrar pela porta estreita. A porta está aberta a todos que quiserem entrar, mas tem muitas dificuldades e se torna difícil, principalmente por causa da natureza pecaminosa do ser humano. Entretanto, esta porta conduz-nos à Vida eterna. Por outro lado, a ponta larga oferece facilidades e oportunidades de prazer neste mundo, mas conduz os que por ela entrarem, à perdição eterna. 


Por último, veremos três condições para entrar pela porta e pelo caminho estreito, com base na pregação de João Batista. A primeira delas é o arrependimento dos pecados, que não consiste em uma questão emocional, mas na disposição par mudar de idéia em relação ao pecado e abandoná-lo. A segunda condição é a confissão de pecados, pois aquele que não reconhece a sua condição de pecador, jamais entenderá que necessita de um Salvador. A terceira condição é produzir frutos de arrependimento. No registro de Lucas sobre a pregação de João Batista, ele registra exemplos destes frutos: misericórdia, honestidade respeito às autoridades e às leis.

Lição 3: O Céu - o destino do cristão

Nesta lição estudaremos sobre o ponto de chegada, ou o final da nossa corrida neste mundo, que é o Céu. Depois de passar por uma vida de lutas e tribulações, vivendo neste mundo como peregrinos e forasteiros, finalmente chegaremos ao nosso lar eterno, que é o Céu. Muitas pessoas, até mesmo as que se dizem cristãs, tentam negar a existência do Céu, ou que nós vamos para lá. Mas, o próprio Jesus prometeu aos seus discípulos que iria para o Pai e voltaria para buscá-los, para que eles estivessem onde Ele estiver (Jo 14.2-3).


Veremos que o Céu é o alvo de todo cristão. Mostraremos as definições da palavra Céu, no Antigo e no Novo Testamento. Há pelo menos três locais distintos na Bíblia, que são chamados pelos termos Shamayim (hebraico)  e “Ouranós” (grego), que foram traduzidos por Céus: O céu atmosférico, o universo ou firmamento dos céus e a morada de Deus. Falaremos do Céu conforme o ensino do apóstolo Paulo, que foi arrebatado ao terceiro Céu e viu coisas inefáveis que, segundo ele, não é lícito mencioná-las aos seres humanos. O Céu é o nosso alvo e depois de salvos não pertencemos mais a este mundo. 


Na sequência, falaremos da descrição do Céu conforme o Livro do Apocalipse. Após a abertura dos sete selos, quando sobrevieram toda desordem, tribulações e juízos de Deus, João viu um Novo Céu e uma Nova Terra, pois o primeiro Céu e a primeira terra haviam passado e o mar já não existia. João viu também a ditosa cidade como a nossa nova morada e descreveu toda a sua beleza. Ele disse que ali não haverá mais morte, tristezas nem dores. A Nova Jerusalém será o nosso eterno lar. 


Por último, falaremos do Céu como o fim da jornada cristã. No final desta jornada, o crente estará onde Deus habita e o veremos face a face, como Ele é. O Senhor enxugará dos nossos olhos toda lágrima e todos os males e sofrimentos deste mundo cessarão. O Céu será o nosso eterno descanso, não no sentido de passar a eternidade entediados e sem nenhuma atividade. No Céu haverá adoração, serviços e aprendizagem plena. Será um lugar de descanso das nossas fadigas e tribulações. 

Lição 4 - Como se conduzir na caminhada

Nesta lição trataremos da forma que deve ser a nossa conduta neste mundo. O Senhor deixou registrado em Sua Palavra, as orientações para que os seus seguidores não se embaracem e prossigam até o final da jornada. 


Iniciaremos falando do padrão de conduta do cristão, apontando Jesus como o nosso modelo em todas as coisas. Jesus viveu neste mundo para fazer a vontade do Pai e espera dos seus discípulos que também façam a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). O cristão neste mundo tem um padrão a ser seguido, que o levará a uma vida cristã bem sucedida. Este padrão é Cristo. 


Na sequência, veremos que nossa caminhada deve ser feita com prudência e sabedoria. A prudência na Bíblia está relacionada à vida com compreensão e discernimento. Portanto, refere-se agir com cuidado diante das situações difíceis. O apóstolo Paulo recomenda aos Efésios para não andarem como néscios e sim como sábios (Ef 5.15). O néscio vive uma vida de ignorância espiritual. O sábio, por sua vez, anda com discernimento e sabedoria, não a sabedoria deste mundo, mas a quem vem de Deus. 


Por último, veremos alguns conselhos do apóstolo Paulo para vencer os dias maus. Primeiro, remindo o tempo, ou seja, conduzir-se neste mundo de forma proveitosa e sábia. Devemos remir o tempo também, na perspectiva da volta do Senhor, ou seja, aproveitando as oportunidades para nos preparar para o retorno do Senhor e não ficar presos a coisas banais deste mundo. O apóstolo alerta-nos também que os dias são mais, ou seja, vivemos em um mundo que jaz no maligno e precisamos nos fortalecer no Senhor e vigiar para não ser vencido pelo mal. 

Lição 5 - Os inimigos do cristão

Nesta lição estudaremos sobre os inimigos do cristão, durante a sua jornada para o Céu. O cristão tem três grandes inimigos que são: o diabo, a carne e o mundo. Dois destes inimigos nos atacam do lado externo, que são o diabo e o mundo, e um ataca do lado interno, que é a nossa carne, ou seja, a nossa velha natureza. 


Inicialmente, falaremos do primeiro grande inimigo do cristão, que é o diabo. Diferente do que muitos imaginam, o diabo é um ser real. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram várias ações dele. A Bíblia descreve o diabo como um querubim que se rebelou contra Deus e foi expulso do Céu. A Bíblia nos apresenta também alguns nomes para identificar o diabo, como serpente, dragão, maligno, tentador, acusador e outros, que revelam a sua natureza má, cruel e destruidora. 


Na sequência, falaremos do segundo inimigo do cristão, que é a carne. A Bíblia nos apresenta quatro conceitos diferentes para carne: a carne literal de homens e animais, o corpo humano, a fragilidade humana e natureza pecaminosa. No Novo Testamento, o termo grego sarx, traduzido por carne, é uma referência à nossa natureza corrompida pelo pecado. A carne como grande inimiga do cristão, é uma referência à sua natureza pecaminosa. 


Por último, falaremos do terceiro grande inimigo do cristão que é o mundo. Na Bíblia há cinco conotações para mundo: a terra, as nações, a raça humana, o universo e os que se opõem a Deus. O mundo, que é o grande inimigo do cristão, é o sistema maligno formado por aqueles que se opõem a Deus. O apóstolo João fala para não amarmos o mundo e cita três vícios inerentes a ele: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Para vencer o mundo e os seus vícios infames, precisamos andar no Espírito, viver em Cristo e fazer a vontade do Pai. 


Lição 6 - As nossas armas espirituais


Nesta lição estudaremos sobre as três principais armas espirituais do crente para vencer as batalhas espirituais. Os nossos inimigos não são as pessoas e, portanto, as nossas armas não carnais. Tomando como base o exemplo de Jesus, estudaremos as três armas espirituais que Ele usou: a Palavra de Deus, a oração e o jejum. 


Falaremos inicialmente sobre as armas do crente. As armas podem ser de ataque ou de defesa. Na Bíblia são mencionadas vários tipos de armas: espada, funda, lança, capacete, escudo, etc. Entretanto, estas não são as armas do cristão, pois a nossa luta é espiritual e as armas também o são. Nesta batalha, não podemos subestimar a força do inimigo e devemos conhecer as suas estratégias. O diabo é o chefe das forças do mal e o seu reino é organizado. Além disso, a sua principal artimanha é o engano. Ele se transfigura até em um anjo de luz. 


Na sequência descreveremos as três principais armas do crente que são: a Palavra de Deus, a oração e o jejum. A Palavra de Deus é a espada do Espírito. Ela é arma de defesa e de ataque. Jesus venceu o inimigo usando a Palavra de Deus. A oração também é uma arma poderosa. O apóstolo Paulo nos recomenda a orar em todo tempo. A terceira arma do crente é o jejum. Na Bíblia, o jejum sempre aparece junto com a oração. É uma arma espiritual que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus. 


Por último, veremos que Jesus foi o nosso maior exemplo no uso destas três armas espirituais. Ao ser tentado pelo inimigo, Jesus o venceu com a Palavra de Deus e ordenou que ele fosse embora. Na Sinagoga de Nazaré, Jesus leu as Escrituras e aplicou a profecia a Si. Jesus também é o nosso maior exemplo de oração. Ele passava noites em oração, orou antes de escolher os seus apóstolos, orou pelos seus algozes e em muitas outras ocasiões. Além da Palavra e da oração, Jesus também praticava o jejum. Quando foi tentado pelo diabo, Ele estava em jejum havia quarenta dias. 

Lição 7 - O Perigo da murmuração

Nesta lição estudaremos sobre um grave pecado que Deus abomina, chamado murmuração. O Senhor libertou o povo de Israel da escravidão no Egito e os conduziu à terra prometida. Mas, na primeira dificuldade, eles murmuraram contra Moisés e contra Deus, dizendo que teria sido melhor morrer no Egito. Esta conduta se repetiu durante a peregrinação do deserto. O apóstolo Paulo apertou os cristãos a não repetirem esta prática.


Falaremos também sobre a murmuração na Bíblia, trazendo o conceito de murmuração em hebraico e grego. Veremos alguns exemplos de pessoas que murmuraram, no Antigo e no Novo Testamento, e as consequências deste pecado para o povo de Deus. Por último, falaremos do crente murmurador, que está sempre descontente e se transforma em um instrumento do maligno contra a Obra de Deus. 


Na sequência, veremos que a murmuração impediu que a geração que saiu do Egito entrasse na terra prometida, com exceção de Josué e Calebe, que não murmuraram. A murmuração dos Israelitas começou contra a liderança que Deus escolheu. Entretanto, quando isso acontece, a murmuração é contra o próprio Deus, pois foi quem o escolheu. A murmuração é muito perigosa, pois ela revela falta de fé, ingratidão e impede que a pessoa veja aquilo que Deus faz. 


Por último, veremos que a murmuração também nos impede de entrar na Canaã Celestial, assim como impediu que a geração de murmuradores que saíram do Egito entrassem na terra de Canaã. Paulo nos mostra que o destino dos murmuradores é a morte. Assim como os murmuradores israelitas pereceram por causa da murmuração, um crente que vive murmurando é porque já se encontra espiritualmente morto. Há ainda muitos outros males advindos da murmuração como a contenda, a rebeldia e o desânimo no meio da Igreja. 

Lição 8 - Confessando e abandonando o Pecado

Nesta lição estudaremos sobre a confissão e o abandono do pecado. Embora não vivamos mais na prática do pecado, pois nascemos de novo, ainda estamos sujeitos a pecar, pois somos falhos e ainda estamos neste corpo mortal. Entretanto, o pecado na vida do cristão sempre será um acidente e quando ocorrer, devemos reconhecê-lo, pedir perdão a Deus e abandonar a prática. Mesmo depois de confessar e abandonar o pecado, o inimigo tenta nos acusar, mas o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. 


Estudaremos o significado de confissão de pecados. Veremos os significados da palavra hebraica yadah e da palavra grega homologeo, traduzidas por confessar. Na sequência, veremos que a confissão bíblica de pecados traz a ideia de reconhecimento e confissão, para o devido perdão. Com o ato da confissão, a pessoa reconhece que pecou e que, portanto, é indigna de estar na presença de Deus. 


Falaremos também do perigo do pecado não confessado. A confissão de pecado não se limita ao ensino judaico, ela é também um ensino cristão. Se confessarmos os nossos pecados, o Senhor estará pronto a nos perdoar. Mas se ignorarmos a confissão e vivermos de aparências, o resultado será a morte espiritual. O pecado sempre terá graves consequências, tanto para quem o comete, como para outras pessoas. O pecado de Adão e Eva trouxe consequências, não apenas para eles, mas para toda a raça humana. Davi também cometeu pecados gravíssimos e foi perdoado por Deus, mas as consequências vieram sobre a sua família. 


Por último, veremos que a confissão dos pecados é o caminho para a cura e a restauração do pecador. Esta confissão deve ser dirigida a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, pois somente Ele pode perdoar pecados. O caminho para alcançar a cura e a restauração após cometer um pecado, é deixar o orgulho de lado e reconhecer diante de Deus que pecou. Quem oculta o pecado, jamais prosperará, mas quem o confessa e o abandona, alcançará o perdão de Deus e a restauração. 

Lição 9 - Resistindo à tentação no caminho


Nesta lição estudaremos sobre a resistência do cristão à tentação. Em nossa jornada, somos constantemente seduzidos pelo inimigo a cometermos pecados e a abandonar a fé. A tentação é o marketing do diabo para nos fazer pecar. O inimigo faz de tudo para tornar o pecado atraente e inofensivo. Ser tentado não é pecado. Até Jesus foi tentado pelo diabo no deserto. Entretanto, ceder a tentação é pecado. 


Falaremos da tentação e da sua esfera humana. Veremos o conceito bíblico de tentação, trazendo o significado das palavras hebraicas e gregas traduzidas por tentação. A Bíblia nos apresenta duas vias de tentação: uma que vem do diabo, com o objetivo de nos afastar dos planos de Deus; e outra que advém do ser humano, através da sua natureza corrompida pelo pecado. É muito importante ter em mente, que a tentação é um fenômeno humano e nunca provém de Deus. O que vem da parte de Deus é a provação, mas esta nunca tem o objetivo de nos incitar ao pecado e sim, aperfeiçoar o nosso caráter. 


Falaremos também da tentação do Senhor Jesus. Depois de jejuar e orar por quarenta dias, Ele foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo adversário. Jesus estava debilitado fisicamente, por conta do longo período de jejum, mas estava espiritualmente forte. O Mestre foi tentado pelo diabo em três áreas: na área física, em sua natureza divina e na área espiritual. Mas Ele venceu as investidas do inimigo, com a Palavra de Deus, dizendo: está escrito. 


Por último, falaremos da resistência à tentação. Todos nós, sem exceção, seremos tentados. Mesmo observando as disciplinas da vida cristã: orando, vigiando e meditando na Palavra de Deus, não conseguiremos evitar a tentação. Se não conseguimos evitar que a tentação apareça, podemos evitar que ela nos domine, mediante o poder do Espírito Santo. Se, no entanto, em algum momento da nossa caminhada, não conseguirmos vencer a tentação e pecarmos, o caminho é a confissão e o arrependimento, como vimos na lição passada. Jamais devemos culpar os outros, ou tentar justificar o nosso pecado. 

Lição 10 - Desenvolvendo uma consciência de santidade

Nesta lição estudaremos sobre a necessidade da santificação na vida do crente, em sua jornada para o Céu. A santidade é um dos atributos comunicáveis de Deus, ou seja, é uma daquelas características de Deus que ele compartilha até certo ponto com o ser humano. Deus é absolutamente santo e exige santidade do Seu povo. A santificação é um processo, que é realizado pelo Espírito Santo na vida do crente após a sua conversão, e é condição indispensável para que vejamos a Deus. 


Apresentaremos nesta lição, a perspectiva bíblica de santificação. Veremos o conceito de santidade no Antigo Testamento, trazendo as definições do substantivo hebraico kodesh, o verbo kadash e o adjetivo kadosh, traduzidos respectivamente por santidade, santificar e santo. Falaremos também da santidade no Novo Testamento, trazendo a definição do verbo grego hagiadzô, traduzido por santificar. Veremos também que a santidade é exigida na Palavra de Deus, para todas as áreas da nossa vida. 


Falaremos também da santificação e os seus estágios. Na realidade, a santificação é um ato, um processo e um estado final. Ela é um ato de separação do mundo, um processo que nos torna parecidos com Cristo e um estado final, que é a glorificação. Estes são os três estágios da santificação: posicional, progressiva e glorificação. O alvo da santificação é tornar o crente coerente com o caráter divino. 


Por último, falaremos do julgamento do Deus Santo. A Bíblia nos mostra que Deus é absolutamente santo em seu caráter e ações. Sendo assim, Ele é o parâmetro para uma vida de santidade. Assim como Deus é santo, os seus servos também devem sê-lo, embora jamais seremos santos na mesma proporção que Deus, uma vez que somos limitados e falhos. Veremos que a santidade e a justiça de Deus são atributos divinos que se relacionam. Deus é absolutamente santo e justo e, portanto, jamais deixará impune aqueles que se rebelarem e ofenderem a sua Santidade. 

Lição 11 - A realidade bíblica do inferno

Nesta lição estudaremos a doutrina bíblica do inferno. É um tema delicado, que muitos preferem não falar sobre ele. Mas, o inferno é real e está na Bíblia. O inferno foi preparado para o diabo e seus anjos e não para o ser humano. Entretanto, todos aqueles que rejeitaram a Cristo serão condenados ao lago de fogo. Jesus falou bastante sobre o tormento eterno e nós precisamos falar também, principalmente, para alertar as pessoas a valorizarem a salvação e fugirem do inferno. 


Apresentaremos nesta lição o pensamento humano a respeito do inferno. Os filósofos e teólogos de mente cauterizada negam a realidade do inferno e alguns até admitem a possibilidade de um castigo temporário. Uma das principais heresias atuais em relação ao inferno é chamada de Universalismo. Segundo este ensino, todos são filhos de Deus e, no final das contas, Deus salvará a todos, pois Ele é amor e não condenaria o ser humano ao castigo eterno. Os apóstolos já haviam alertado a Igreja, de que estes falsos ensinos surgiriam, tendo aparência de piedade, mas, negando a sua eficácia. 


Na sequência, veremos as palavras hebraicas e gregas que foram traduzidas por inferno, no Antigo e no Novo Testamento, e os seus respectivos significados. O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Sheol, cujo significado varia de acordo com o contexto. No Novo Testamento, há três palavras gregas, que foram traduzidas por inferno: Hades, Tártaro e Geena. Os falsos mestres, que negam a existência do tormento eterno, fazem confusão entre estas palavras e pensam que todas significam a mesma coisa. Com isso dizem que o inferno é a sepultura ou o extermínio dos ímpios. 


Por último, falaremos da doutrina bíblica do inferno. Apresentaremos o conceito bíblico de inferno, e mostraremos, com fundamentação bíblica, o que ensina esta doutrina. Em várias passagens bíblicas do Novo Testamento fica muito claro que haverá um castigo eterno para os ímpios. Assim como haverá uma eternidade gloriosa para os que receberam a Cristo, haverá também uma eternidade de sofrimentos para aqueles que o rejeitaram. Evidentemente, aqueles que forem para o inferno será por escolha própria e não por vontade de Deus, como ensinam os calvinistas.

Lição 12 - A Bendita Esperança: A marca do cristão

Nesta lição falaremos sobre a bendita ou bem-aventurada esperança do cristão, que é a força que nos move a perseverar na carreira que nos foi proposta. Nos momentos de lutas, perseguições e dissabores, esta bendita esperança nos encoraja. O apóstolo Paulo disse que, “se esperarmos em Cristo somente nesta vida, somos o mais miseráveis de todos os homens.”


Veremos para onde a esperança do cristão aponta. A nossa esperança se fundamenta naquilo que não vemos, mas cremos, pois fiel é o que prometeu. Nas Epístolas paulinas, esta bendita esperança está presente em vários textos. Deus é o autor da nossa esperança e Ele é digno de toda confiança, pois Ele é fiel e cumpre as suas promessas. 


Na sequência, falaremos da perspectiva escatológica da nossa esperança. No princípio, Deus criou tudo perfeito. Mas o pecado causou inimizade entre o ser humano e o Criador. Logo após a Queda, Deus prometeu restaurar esta comunhão, através de um que viria da semente da mulher (Gn 3.15). As profecias bíblicas trazem pavor para aqueles que não servem a Deus, mas trazem trazem consolo e alegria para o crente. A razão de termos uma doutrina da esperança, é a confiança que temos na ressurreição. 


Por último, falaremos da esperança cristã como âncora da alma. Em tempos de incertezas, é ela que nos sustenta e nos dá segurança. A esperança do crente é a melhor, porque fora de Cristo não há esperança para o ser humano. As esperanças oferecidas pelas religiões não cristãs são vazias e sem sentido algum. Não sabemos o dia, nem a hora, em que a nossa esperança se tornará realidade, mas cabe a nós manter firme esta esperança, pois fiel é aquele que prometeu. 

Lição 13 - A Cidade Celestial


Nesta última lição falaremos da Cidade Celestial, que é o ponto de chegada da jornada do cristão. Atualmente vivemos como peregrinos e forasteiros neste mundo. Mas a nossa eterna morada está nos Céus. Conheceremos o que a Bíblia nos mostra a respeito do Paraíso e da Cidade Celestial, bem como o perfeito e eterno estado dos que foram salvos por Cristo. 


Falaremos sobre o Paraíso eterno. Apresentaremos a definição do Paraíso, como a morada de Deus, dos anjos e dos salvos. Falaremos também sobre a cidade eterna, que é a Nova Jerusalém, que surgirá após o Milênio, como a Cidade eterna de Deus. O glorioso estado eterno começará somente após o Reino Milenial de Cristo. 


Na sequência, falaremos do eterno e perfeito estado. À luz da doutrina bíblica, este estado é descrito como um lugar belo, de santidade e perfeição. No livro do Apocalipse, o eterno e perfeito estado é descrito por meio de símbolos, como o rio da vida, a árvore da vida, a ausência de males e a presença de Deus. 


Por último, falaremos do estado final de todos os santos. Todo cristão deve viver neste mundo, tendo consciência de que somos peregrinos e forasteiros aqui, e deve esperar a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto é Deus. Nesta Cidade serão reunidas as pessoas da Igreja e de Israel. Formaremos um só povo e viveremos em plena unidade. Finalmente, chegaremos ao nosso lar eterno, onde não haverá mais morte, tristeza nem dor. Aleluia! 


CONCLUSÃO 


Estas treze lições descrevem a nossa jornada neste mundo, desde o início da caminhada, com o Novo Nascimento e a escolha pela porta estreita e o caminho apertado. Depois apresenta-nos as tentações, os inimigos e as lutas que enfrentamos. Por fim, mostra-nos o nosso eterno e glorioso lar que nos espera no fim da jornada. Olhemos para Jesus e prossigamos para o alvo. 


Bons estudos! Deus os abençoe! 


Ev. Weliano Pires

VENCENDO OS DIAS MAUS

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