TÍTULO: Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência.
COMENTARISTA: Pr. Esequias Soares da Silva.
Presidente da Assembléia de Deus, Ministério do Belém, em Jundiaí/SP; graduado em hebraico pela Universidade de São Paulo e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã; comentarista de Lições Bíblicas há vários anos; autor de diversos livros, entre eles: O Ministério Profético na Bíblia, Manual de Apologética Cristã e Visão Panorâmica do Antigo Testamento, todos publicados pela CPAD; Presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil); Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Bíblica do Brasil; Foi o Presidente da Comissão Especial que elaborou a Declaração de Fé das Assembléias de Deus no Brasil em 2016.
INTRODUÇÃO
Neste primeiro trimestre de 2025, estudamos o tema apologética cristã. Estudamos treze lições sobre as heresias que ameaçaram a Igreja Cristã nos primeiros séculos da sua existência e foram combatidas pelos apologistas. Estes falsos ensinos ressurgem na atualidade, como roupagem nova e, muitas vezes, de forma dissimulada.
Estas heresias surgem atualmente não apenas do lado externo da Igreja, através de grupos heterodoxos, mas também no seio da Igreja através dos falsos ensinos propagados por falsos obreiros do nosso meio, principalmente na internet. Neste aspecto, o perigo é maior para a Igreja, pois muitos cristãos incautos aceitam tais ensinos como se fossem doutrina bíblica.
O Pr. Esequias Soares adotou um padrão muito interessante neste trimestre: Primeiro apresentou uma doutrina bíblica, depois as heresias do passado contra esta doutrina e por último, mostrou como esta heresia se apresenta na atualidade.
Ao longo destas treze lições, reafirmamos os principais pontos doutrinários que foram ameaçados nos primórdios da Igreja como a divindade de Cristo, a humanidade de Cristo, a Santíssima Trindade, as naturezas humana e divina de Cristo, a pessoa do Espírito Santo, a corrupção geral do ser humano, entre outros. Simultaneamente, apontamos os falsos ensinos contras estas doutrinas bíblicas no passado e no contexto atual, apresentando as respectivas respostas bíblicas.
RESUMO DAS LIÇÕES
LIÇÃO 1: QUANDO AS HERESIAS AMEAÇAM A UNIDADE DA IGREJA
Nesta primeira lição, tivemos uma lição introdutória aos assuntos que foram expandidos durante o trimestre. Vimos os alertas dos apóstolos Paulo e Pedro, de forma profética, a respeito dos falsos mestres que surgiriam no seio da Igreja Cristã. Tanto Pedro como Paulo não se referiam aos ensinos das religiões não cristãs e sim, aos ensinos perniciosos propagados por falsos mestres ou “lobos vorazes”, expressão usada por Paulo, que agiria dentro da própria comunidade cristã. A lição nos apresentou as definições dos termos apologética, seita e heresia.
No primeiro tópico, falamos a respeito das ameaças dos falsos mestres, a quem o apóstolo Paulo chamou de “lobos vorazes”. Tendo como base o texto de Atos 20.28-30. Destacamos três pontos do discurso de Paulo aos líderes da Igreja de Éfeso, pouco tempo antes da sua prisão no Templo em Jerusalém: Os cuidados pastorais (V.28), depois da minha partida (v.29) e a origem dos falsos mestres (v.30).
No segundo tópico, analisamos o texto de 1 Pedro 3.15,16. Tomando como base o versículo 15, onde o apóstolo Pedro fala da necessidade de estarmos “preparados para responder (Gr. Apologia) a qualquer um que pedir a razão da nossa esperança”, estudamos o conceito de Apologética. Na sequência, vimos a que tipo de defesa o apóstolo Pedro se refere no versículo 16. Por último, responderemos à pergunta: Por que devemos combater as heresias?.
No terceiro tópico, o comentarista nos apresentou o conceito bíblico de heresias. Inicialmente, falamos dos significados das palavras seitas e heresias no texto bíblico e também na atualidade. Na sequência, falamos do termo grego hairesis no Novo Testamento. Por, discorremos sobre o significado da expressão “heresias de perdição”, usada pelo apóstolo Pedro em 2 Pedro 2.1.
LIÇÃO 2: SOMOS CRISTÃOS
Nesta lição vimos os alertas dos apóstolos no primeiro século para preservar a Igreja dos judaizantes, que insistiam no ensino de que os gentios convertidos à fé cristã precisavam guardar os rituais da Lei Mosaica, como a circuncisão, a guarda do sábado e a abstinência de certos tipos de alimentos. Vimos também como esta tendência se manifesta atualmente em alguns grupos que se dizem cristãos, mas querem “costurar o véu do templo” e voltar à Antiga Aliança.
No primeiro tópico, falamos da prevenção do apóstolo Paulo contra a tendência judaizante. Falamos da subida de Paulo a Jerusalém por orientação divina, catorze anos após a sua conversão, onde ele se reuniu com os apóstolos. Na sequência, falamos do objetivo desta reunião que, provavelmente, teve ligação com a profecia de Ágabo sobre a fome e não deve ser confundida com o primeiro concílio da Igreja de Jerusalém. Por último, falamos do caso de Tito, que os judaizantes queria que ele fosse circuncidado, mas Paulo não aceitou, pois ele não era judeu.
No segundo tópico, falamos das tendências judaizantes no início da Igreja Cristã. Falamos do espanto do apóstolo Paulo diante da mudança rápida dos crentes da Galácia para o evangelho judaizante. Na sequência, vimos quem eram judaizantes daquela época e as suas características. Por último, falamos do clima de tensão de Paulo e Barnabé contra os judaizantes, que entraram na reunião sem serem convidados e os pressionaram perante os demais apóstolos.
No terceiro tópico, falamos da tendência judaizante nos dias atuais. Vimos que o Evangelho é um só e que as expressões “Evangelho da circuncisão” e “Evangelho da incircuncisão”, usadas por Paulo, são meramente formas de apresentação, pois a mensagem é a mesma. Na sequência, falamos do perigo da tendência judaizante que além de ameaçar a liberdade cristã, pode reduzir o Cristianismo a uma mera seita judaica. Por último, falamos das práticas judaizantes da atualidade. Certos grupos que se dizem evangélicos querem introduzir no meio da Igreja costumes e práticas judaicas, como a guarda do sábado, observância de leis dietéticas e usos de elementos da cultura judaica.
LIÇÃO 3: A ENCARNAÇÃO DO VERBO
Nesta lição, estudamos a doutrina bíblica da humanidade de Jesus, denominada de “Encarnação do Verbo”. Durante o ministério terreno de Jesus, os seus discípulos tinham dúvidas sobre a sua identidade. Pensavam que Ele fosse um profeta levantado por Deus, para libertar Israel do domínio estrangeiro. Mas, nunca tiveram dúvidas sobre a sua humanidade, pois conviveram com Ele por três anos. Somente após a sua ressurreição e assunção aos céus, eles compreenderam que realmente Ele era o Filho de Deus.
No primeiro tópico, apresentamos as heresias que negavam a corporeidade de Cristo nos primórdios da Igreja. Falamos da mais antiga delas, que era chamada de Docetismo, palavra derivada do grego dokeo, que significa ter aparência. Os docetas ensinavam muitas coisas contrárias às Escrituras e negavam que Jesus tivesse um corpo físico. Neste tópico, vimos também alguns detalhes descritos no Evangelho segundo Lucas, que comprovam a humanidade de Jesus. Por fim, vimos o que os principais docetas diziam sobre Jesus, entre eles, Cerinto, Saturnino e Marcião. Apresentamos também textos bíblicos que contestam estas heresias.
No segundo tópico, vimos as afirmações dos apóstolos sobre a humanidade de Jesus. Falamos do significado da expressão “o que era desde o princípio”, usada por João, para afirmar a eternidade de Jesus, e a expressão “o Verbo de fez carne e habitou entre nós” que afirma que Jesus se humanizou e foi visto pelas pessoas. Na sequência, falamos da reafirmação apostólica da humanidade de Jesus, expressa no Credo apostólico, que diz: “Padeceu sob Pôncio Pilatos”. Por fim, falamos da crença herética de Cerinto, que negava o nascimento virginal de Cristo e a sua humanidade. Esta heresia foi refutada principalmente pelo apóstolo João em seus escritos.
No terceiro tópico, vimos como estas heresias se apresentam na atualidade. Falamos das heresias dos Mórmons e Igreja da Unificação que, segundo o comentarista, negam o nascimento virginal de Jesus e são a versão moderna da heresia de Cerinto. O Mormonismo e a Igreja da Unificação tem muitas heresias de perdição, porém, em seus escritos oficiais não negam o nascimento virginal de Cristo. Na sequência, falamos das heresias modernas que negam a crucificação e ressurreição de Jesus, propagadas pelo Islamismo. Por fim, falamos da confirmação histórica da morte de Jesus por historiadores que não eram cristãos, como Flávio Josefo e Tácito.
LIÇÃO 4: DEUS É TRINO
Nesta lição estudamos a doutrina bíblica da Santíssima Trindade e tratamos de três heresias principais contra esta doutrina que são: o Unicismo, o Unitarismo e o Triteísmo. As duas primeiras receberam vários nomes, de acordo com os seus propagadores e as suas variações. Nesta lição abordamos o Unicismo e o Unitarismo, que são heresias que se manifestam na atualidade com roupagens novas.
No primeiro tópico, vimos como a Bíblia apresenta a Trindade. Inicialmente, vimos que não há nenhuma incompatibilidade entre a doutrina da Trindade e o monoteísmo judaico-cristão. Na sequência, falamos das evidências da Trindade nos textos do Antigo Testamento. Por último, falamos da revelação da doutrina da Trindade nos textos do Novo Testamento e nos credos da Igreja Cristã.
No segundo tópico, falamos das duas heresias antigas contra a doutrina da Trindade que são o Unicismo e o Unitarismo. Vimos o que é o Unicismo, como ele era conhecido nos primeiros séculos da Igreja e quais foram os principais heresiarcas deste movimento. O comentarista não falou a respeito da heresia do Unitarismo, pois ele será tratado na próxima lição. Por último, apresentamos as contestações bíblicas a estas heresias.
No terceiro tópico, falamos dos movimentos unicistas da atualidade que pregam contra a Trindade. Inicialmente, falamos do problema de grupos que se autodenominam evangélicos pentecostais, mas que ensinam o Unicismo de forma sutil e se infiltram em nosso meio, como o Grupo Voz da Verdade e a Igreja Tabernáculo da fé. Na sequência, fizemos uma reflexão bíblica sobre pessoas que se converteram ouvindo músicas de grupos unicistas e outras que dizem sentir-se bem ao ouvi-las. Por último, falamos da posição oficial da nossa Igreja sobre o Unicismo, apresentando o que diz a nossa Declaração de fé e o manifesto oficial da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil sobre o assunto.
LIÇÃO 5: JESUS É DEUS
Nesta lição falamos a respeito da divindade do Senhor Jesus, que nos foi revelada no Antigo e no Novo Testamento. No Antigo Testamento, mais de setecentos anos antes de Cristo nascer, o profeta Isaías profetizou que Ele seria chamado “Emanuel”, que traduzido é “Deus conosco”, “Deus forte”, e “Pai da Eternidade”. O apóstolo João foi enfático ao afirmar que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Além disso, em vários textos bíblicos os atributos exclusivos de Deus são atribuídos ao Senhor Jesus, uma prova inequívoca de que Ele é Deus.
Os primeiros a negar que Jesus é Deus foram os ebionitas, que diziam que Ele era apenas um homem bom, mas não era divino. Depois vieram os monarquistas dinâmicos, também chamados de adocionistas, que diziam que Jesus era um homem comum, filho de José e Maria, que foi adotado por Deus no batismo e recebeu poderes divinos. Por fim, em 318 d.C. surgiu o Arianismo, que ensinava que Jesus foi a primeira criatura de Deus e houve um tempo em que Ele não existia.
No primeiro tópico, estudamos a doutrina bíblica da divindade do Senhor Jesus. Analisamos vários textos bíblicos que mostram claramente que Jesus é Deus como João 1.1; Jo 20.28; Fp 2.6; Cl 2.2; Tt 2.13; 2 Pe 1.1 e 1 Jo 5.20). Diante de tantos textos que afirmam que Jesus é Deus, não há como negar esta verdade, sem negar ou deturpar as Escrituras. Na sequência, vimos que os atributos absolutos ou exclusivos de Deus são atribuídos a Cristo, em vários textos bíblicos, o que prova que Jesus é Deus.
No segundo tópico, falamos da principal heresia que negava a divindade de Cristo nos primeiros séculos da Igreja, que era chamada de Arianismo. Trouxemos informações históricas sobre o presbítero Ário de Alexandria, que abalou os fundamentos da Igreja com esta heresia e tinha muitos seguidores. Na sequência falamos das explicações de Ário e seus seguidores para negar a divindade de Cristo. Por fim, mostramos as explicações bíblicas para as controvérsias do Arianismo.
No terceiro tópico, falamos das implicações do Arianismo na atualidade. Falaremos das adulterações do texto bíblico feitas na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, versão usada somente pelas Testemunhas de Jeová, com um objetivo de adequar a Bíblia às suas heresias. Na sequência, falamos de alguns movimentos religiosos orientais que são panteístas e também negam a divindade de Cristo. Por último, falamos de outros grupos religiosos da atualidade que também negam a divindade de Cristo, especialmente o Islamismo e as religiões reencarnacionistas.
LIÇÃO 6: O FILHO É IGUAL COM O PAI
Esta lição é uma continuidade do tema estudado na lição anterior. A Bíblia nos mostra que Ele é igual ao Pai e ao Espírito Santo. Com base no texto de João 10.30, onde Jesus disse: “Eu e o Pai somos um”, falamos da igualdade entre o Pai e o Filho. Durante o ministério terreno de Jesus, várias vezes os judeus tentaram apedrejá-lo, quando Ele dizia que era Filho de Deus, o que eles consideravam ser uma blasfêmia, pois entendiam, que isso significa ser igual a Deus. Nos primeiros séculos da Igreja Cristã, surgiu uma heresia chamada subordinacionismo, que embora cresse na divindade de Jesus, ensinava que Ele é um deus secundário, subordinado ao Pai.
No primeiro tópico, falamos da doutrina bíblica da relação do Filho de Deus com o Pai. Vimos o conceito de filho no pensamento judaico, com os exemplos de filho do homem, filhos dos profetas, filhos de Belial, etc. Na sequência, falamos do significado teológico de “ser filho” na Bíblia, que não significa necessariamente filiação biológica, mas, igualdade de natureza e de substância. Por último, vimos o significado da expressão “o Filho de Deus”, em relação a Jesus, que é o tema predominante no Evangelho segundo João.
No segundo tópico, falamos da heresia do subordinacionismo, que ensinava que o Filho era subordinado ao Pai e o Espírito Santo era subordinado ao Filho. Segundo o comentarista, esta heresia teve a sua origem em Orígenes, que viveu entre os anos 185 e 254 d.C. Entretanto, vários especialistas dizem que Orígenes não defendia isso, mas os seus opositores o acusavam desta heresia. Falamos também do subordinacionismo no período pré-niceno, ou seja, antes do Concílio de Nicéia, em 325 d.C., que condenou o Arianismo. Por fim, falamos dos métodos usados pelos subordinacionistas, que usavam textos que se referiam à humanidade de Jesus, isoladamente, para negar a igualdade entre Jesus e o Pai.
No terceiro tópico, vimos como o subordinacionismo se apresenta atualmente. Falamos desta heresia no contexto islâmico, que negam que Jesus é o Filho de Deus, pois consideram isso uma blasfêmia. Os muçulmanos reduzem Jesus a um mero profeta, inferior a Muhammad. Na sequência, vimos como esta heresia se apresenta através das Testemunhas de Jeová, que ensinam que Jeová é o Deus Todo-poderoso e Jesus, que é um deus menor, apenas poderoso.
LIÇÃO 7: AS NATUREZAS HUMANA E DIVINA DE JESUS
Nesta lição estudamos a doutrina bíblica das duas naturezas de Cristo: a humana e a divina. Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, plenamente humano e plenamente divino. Ele não deixou de ser Deus ao tomar a forma humana e não deixou de ser homem depois que ressuscitou. Seguindo o modelo adotado neste trimestre, vimos as heresias antigas contra essa doutrina e como elas se manifestam na atualidade.
No primeiro tópico, vimos o ensino bíblico a respeito da dupla natureza de Jesus. Vimos o significado da expressão “da descendência de Davi segundo a carne”, usada pelo apóstolo Paulo em Romanos 1.3. Na sequência falamos da expressão “declarado Filho de Deus em poder”, usada também por Paulo em Romanos 1.4. Por último, falamos da mensagem do antigo hino Cristológico que está em Filipenses 2.5,6.
No segundo tópico, falamos das heresias contra o ensino bíblico da dupla natureza de Cristo. Primeiro vimos quem foi Nestório. Na sequência falamos da heresia do Nestorianismo, que defendia que as duas naturezas de Cristo são, na verdade, duas pessoas: uma divina e uma humana. Falamos também da heresia chamada Monofisismo, defendida por Êutico ou Eutiques. Por último, falamos das resoluções do Concílio de Calcedônia que condenou estas heresias.
No terceiro tópico, vimos o perigo destas heresias na atualidade. Falamos do monofisismo atual, que tem roupagens novas através das tradições siro-monofisita ou joacobista. Na sequência, falamos da heresia do kenoticismo, que vem da palavra grega kenoō, que significa “esvaziar”. Por último, falamos da Mariolatria, que se desenvolveu no Catolicismo Romano.
LIÇÃO 8: JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA
Nesta lição, estudamos os aspectos da experiência humana do Filho de Deus, que veio a este mundo, tomou a forma humana e viveu por 33 anos na terra de Israel. Ele não viveu como um monge, isolado da sociedade, mas teve uma vida social e religiosa, interagindo com as pessoas.
No primeiro tópico, falamos da experiência humana no ministério de Jesus. Falamos dos debates com as autoridades religiosas de Israel: Fariseus, saduceus e os herodianos, que eram os seus principais opositores e buscavam meios de apanhá-lo em alguma falha para o condenarem à morte. Na sequência, falamos da vida social e religiosa de Jesus, através da escolha dos discípulos, do seu relacionamento com parentes e amigos e da sua interação com pessoas de diversas classes sociais. Por último, falamos das características naturais de um ser humano que Jesus possuía.
No segundo tópico, falamos das heresias que negavam a humanidade plena de Jesus. Falaremos da heresia do Apolinarismo, defendida por Apolinário, que viveu entre 310 e 392 d.C. e foi bispo de Laodicéia. Apolinário admitia que Jesus teve um corpo humano, mas negava que Ele teve um espírito humano. Na sequência falamos da reação da Igreja a esta heresia, através do Concílio da Calcedônia em 451 d.C. Por último, falamos do Monotelismo, uma heresia propagada pelo patriarca Sérgio de Constantinopla, que ensinava que Jesus tinha apenas uma vontade que era a divina. Este ensino foi considerado heresia no Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 d.C.
No terceiro tópico, vimos como estas heresias se apresentam nos dias atuais. Respondemos neste tópico à pergunta: Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? Isto porque o Movimento Nova Era e outros grupos esotéricos e ocultistas têm crenças bizarras sobre a vida humana de Jesus, alegando que Ele esteve em vários países que nunca foram mencionados na Bíblia. Na sequência vimos que Jesus era visto como alguém da comunidade de Israel e não como um estrangeiro. Os seus familiares, a sua maneira de viver e os seus ensinos pertencem à cultura judaica.
LIÇÃO 9: QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Nesta lição estudamos outra matéria muito importante da Teologia Sistemática, chamada de Pneumatologia, que deriva de dois termos gregos “pneuma” (espírito) e “logia” (estudo ou doutrina). A Pneumatologia ou Pneumagiologia, portanto, estuda a identidade, os atributos e a obra do Espírito Santo.
Quem é o Espírito Santo? Ele é uma pessoa, ou uma força impessoal? O Espírito Santo é Deus? Ele possui atributos divinos? Quais são as heresias antigas e atuais sobre o Espírito Santo? Ao longo desta lição respondemos a estas questões e conhecemos um pouco mais sobre a Pessoa e Obra do Espírito Santo.
No primeiro tópico, falamos do Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus. Fizemos uma exegese da expressão “Outro Consolador”, usada por Jesus, quando prometeu aos seus discípulos que enviaria o Espírito Santo para que ficasse para sempre com eles. Na sequência abordamos o significado do termo grego Parakletos, usado por Jesus em João 16.7. Por fim, falamos do uso do termo Parakletos em outras partes do Novo Testamento.
No segundo tópico, falamos da deidade, atributos e obras do Espírito Santo. Vimos as inúmeras referências bíblicas que comprovam que o Espírito Santo é Deus. Vimos ainda os atributos divinos do Espírito Santo revelados na Bíblia que comprovam a sua divindade. Por último, falamos das suas obras mencionadas na Bíblia, que também evidencia que Ele é igual ao Pai, porém Ele não é o Pai, como ensinam os unicistas.
No terceiro tópico, apresentamos as heresias antigas e novas sobre a pessoa do Espírito Santo. Falamos das heresias dos arianistas, tropicianos e pneumatropicianos, que foram heresias que surgiram no Oriente sobre o Espírito Santo. Seguindo o padrão das lições deste trimestre, vimos como estas heresias se apresentam na atualidade, através das Testemunhas de Jeová e no Islamismo.
LIÇÃO 10: O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA
Nesta lição estudamos sobre a Hamartiologia que é o estudo da doutrina do pecado. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, perfeito e sem mácula em sua natureza, mas o pecado do primeiro casal distorceu esta imagem e interrompeu a relação entre o homem e o seu Criador. Esta doutrina bíblica foi contestada no passado pelo Pelagianismo e continua sendo negada por várias religiões da atualidade. Outras, não negam o pecado, mas ensinam que o ser humano pode livrar-se dele por obras ou esforços humanos, como veremos na próxima lição.
No primeiro tópico, estudamos a doutrina bíblica do pecado e sua extensão. Inicialmente falamos do autor do pecado que é a antiga serpente, identificada em Apocalipse, como o diabo e Satanás (Ap 12.9). Na sequência, falamos da expressão “foram abertos os olhos de ambos” (Gn 3.7), referindo-se ao primeiro casal que desobedeceu a Deus e perceberam a sua nudez. Falamos também da principal consequência da Queda do primeiro casal, que foi a transmissão da natureza pecaminosa a todo o gênero humano. Por fim, falamos da extensão do pecado, que corrompeu o ser humano em sua totalidade: espírito, alma e corpo.
No segundo tópico, falamos da heresia que nega o advento do pecado. Discorremos sobre o Pelagianismo, uma heresia que surgiu no Século IV da Era Cristã e negava a universalidade do pecado, ensinando que o pecado de Adão atingiu apenas a ele próprio. Mostramos também a refutação bíblica a esta heresia. Por último, falamos da morte de Jesus em favor dos pecadores, mostrando a heresia do Islamismo que rejeita o necessidade do sacrifício de Cristo pelos pecados da humanidade.
No terceiro tópico, falamos do perigo desta heresia para a vida do crente e da Igreja. Vimos os pensamentos pelagianistas da atualidade, que se manifestam nas religiões reencarnacionistas, na chamada Ciência Cristã e no Mormonismo. Por último, falamos do perigo da falta de conhecimento bíblico, que torna as pessoas vulneráveis diante de falsos ensinos que lhes parecem corretos, mas conduzem à perdição.
LIÇÃO 11: A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA
Nesta lição vimos o ensino bíblico a respeito da Salvação. Esta doutrina é chamada de Soteriologia, palavra derivada de dois termos gregos: “soteria” (Salvação) e “logia” (estudo). Após a Queda da raça humana, todos os seres humanos nascem corrompidos pelo pecado e necessitam da Salvação. Uma das maiores discussões entre as religiões que não negam o advento do pecado é sobre o processo da salvação.
No primeiro tópico, falamos da Salvação sob a Graça de Deus. Falamos da descrição do estado espiritual humano, com base nas expressões usadas pelo apóstolo Paulo em Efésios 2.1-3, para se referir à dura realidade do pecado. Na sequência, falamos da expressão “mortos em ofensas e pecados”, usada pelo apóstolo Paulo em Efésios 2.1,5, para se referir ao estado de queda espiritual do ser humano. Por último, fizemos uma exegese do texto de Efésios 2.8-10, que fala da Salvação como um dom de Deus, obtida pela Graça, mediante a fé.
No segundo tópico, falamos de algumas soteriologias inadequadas da antiguidade. A primeira delas é a doutrina da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, que originou-se no Hinduísmo e está presente em vários grupos religiosos. Na sequência, falamos dos galacionistas que é outro nome dado aos legalistas judaizantes opositores do apóstolo Paulo na província da Galácia. Por último falamos dos gnósticos, que tinham uma visão dualista do universo, o maniqueismo.
No terceiro tópico, falaremos das soteriologias inadequadas atuais. A primeira delas é o Islamismo, segundo o qual, se as boas ações de uma pessoa superarem as más, esta irá para o paraíso. Na sequência, falamos da soteriologia das Testemunhas de Jeová, a qual ensina, entre outras coisas, que a salvação não está em Cristo, mas na organização delas. Por último, falamos do confuso ensino do Mormonismo sobre a salvação. Eles creem numa salvação geral, na qual os não mórmons são castigados e depois liberados para a salvação; e numa perspectiva individual, em que a salvação é obtida pela fé em Jesus e pela obediência às leis e às ordenanças.
LIÇÃO 12: A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL
Nesta lição estudamos parte de uma matéria da teologia sistemática, chamada Eclesiologia, que é o estudo da Doutrina da Igreja. A Igreja de Cristo neste mundo tem duas dimensões: Ela é o corpo de Cristo, formada pelo conjunto de salvos de todos os lugares e épocas; mas ela é também uma organização humana, que se organiza como Igreja local e tem as suas instalações, regras e lideranças.
No primeiro tópico, falamos de Tito e as Igrejas da Ilha de Creta. Apresentamos algumas informações biográficas de Tito, que era um filho na fé do apóstolo Paulo e seu companheiro fiel no ministério. Vimos que o apóstolo Paulo colocou Tito como pastor da Ilha de Creta, para que ele organizasse as coisas por lá e estabelecesse presbíteros em cada cidade. Por fim, falamos da Igreja de Creta e dos principais problemas existentes ali, razão pela qual o apóstolo Paulo deixou Tito lá.
No segundo tópico, falamos da institucionalidade da Igreja no Novo Testamento. Primeiro analisaremos o teor das instruções paulinas a Tito para a Igreja de Creta. Na sequência, falamos do aspecto institucional da Igreja. Por último, falamos da organização da Igreja Primitiva. No Novo Testamento há várias evidências de que a Igreja era organizada e não tinha nada de anarquia como ensina o movimento dos desigrejados.
No terceiro tópico, falamos da necessidade de organização da Igreja nos dias atuais. Inicialmente falamos da Igreja como organismo e como organização, mostrando que um não exclui o outro. Na sequência falamos da experiência do Movimento Pentecostal que surgiu em um contexto de contestação da Igreja como organização, mas, pouco tempo depois, alguns viram a necessidade de se organizar para evitar o crescimento desordenado. Por último, falamos da necessidade que a Igreja tem de se organizar, para cumprir a sua missão, tomando como exemplo a história da Assembléia de Deus no Brasil.
LIÇÃO 13: PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO
Nesta última lição, como conclusão do trimestre, falamos da necessidade de perseverança nas doutrinas bíblicas que abraçamos. É muito importante esclarecer que o verdadeiro Cristianismo tem a Bíblia como único manual de doutrina e prática. Não podemos jamais basear a nossa fé em escritos humanos, profecias e revelações, fora das Escrituras. Quando falamos em perseverança, no contexto desta lição, nos referimos à persistência em seguir a Bíblia Sagrada, como autoridade suprema para a nossa vida cristã.
No primeiro tópico, vimos que é preciso perseverar diante das heresias. Inicialmente, falamos dos falsos mestres mencionados por Paulo nas duas Epístolas a Timóteo, que eram os gnósticos e os judaizantes. Na sequência, falamos da experiência do apóstolo Paulo nas perseguições, vindas dos judeus e dos falsos irmãos. Falamos também do significado do verbo “querer” usado por Paulo, quando disse: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3.12). Por último, falamos das características dos enganadores, mencionados por Paulo em 2 Timóteo 2.13.
No segundo tópico, falamos da recomendação de Paulo a Timóteo para permanecer naquilo que aprendeu: aprendendo, sendo inteirado e sabendo. Inicialmente, respondemos à pergunta: De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? O comentarista apresentou uma boa exegese do pronome relativo, “de quem”, usado pelo apóstolo Paulo. Na sequência, falamos da recomendação para que Timóteo permaneça firme nas Sagradas Letras, lembrando-se de quem foram os seus instrutores. Por fim, vimos que a Bíblia é divinamente inspirada e apresentaremos o significado da inspiração divina das Escrituras.
No terceiro tópico, falamos da importância de termos a Bíblia como fundamento. Falamos da autoridade dos apóstolos do Novo Testamento, considerando que os seus escritos são colocados no mesmo nível das Escrituras do Antigo Testamento. Na sequência, falamos da abrangência do termo “Escrituras” na Bíblia, que não se limita ao Antigo Testamento. Por último, falamos da Bíblia como o manual de Deus, a qual é “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, qualquer pessoa, para toda boa obra.
CONCLUSÃO
O estudo destas lições certamente nos agregou bastante conhecimento para a defesa da fé que professamos, tanto para nos prevenirmos pessoalmente dos enganos dos falsos mestres, como para defender a Igreja de Cristo destes enganos e alcançar os adeptos de grupos heterodoxos para Cristo.
Deus os abençoe e até o próximo trimestre!
Ev. WELIANO PIRES
AD-BELÉM/SÃO CARLOS-SP