31 janeiro 2024

ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO

(Comentário do 2° tópico da Lição 05: A Missão da Igreja de Cristo)

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, falaremos da missão da Igreja através da adoração e edificação. A Igreja é a única instituição que tem a prerrogativa de adorar a Deus neste mundo, assim como os anjos o adoram no Céu. A Igreja também é uma comunidade edificadora e, como tal, tem a missão de promover o crescimento espiritual dos seus membros através dos dons espirituais e ministeriais. A fundação deste edifício de Deus é Cristo e já foi lançada pelos apóstolos e profetas. Ninguém pode lançar outro fundamento além deste. Mas, como sábios construtores, podemos prosseguir com a edificação sobre este fundamento. 

1. Uma comunidade adoradora. No Antigo Testamento, a palavra hebraica traduzida por adorar é “Shahah”, que significa “prostrar-se, inclinar-se, prestar reverência, suplicar humildemente, abater-se ou adorar”. O significado original dessa palavra era curvar-se diante de um rei ou um superior e prestar-lhe reverência, como fizeram os irmãos de José perante ele (Gn 43.28). Em outros contextos, porém, a palavra Shahah é usada exclusivamente para adoração a Yahweh, como em Gn 24.26: “Então inclinou-se aquele homem e adorou (Shahah) ao Senhor”.

Deus deixou muito claro que Ele é o Único Deus e que o seu povo não poderia adorar e servir a outros deuses (Êx 20.2-4; Dt 6.13). A adoração ou o culto a outros deuses era considerada um pecado gravíssimo e era punido com a morte (Êx 22.20). Em vários textos do Antigo Testamento, Deus alertou o povo contra a idolatria e ameaçou puni-los com o domínio dos inimigos sobre eles (Êx 23.13.24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; 1s 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35.37.38).

No Novo Testamento, o verbo adorar, no grego, é proskyneo. Segundo a concordância bíblica de Strong, esta palavra é formada por dois termos gregos “pros”, que significa “em direção a” e kyneo que significa “beijar, como um cão que beija carinhosamente a mão do seu dono”. Proskyneo significa prostrar-se, curvar-se, vergar-se, obedecer, reverenciar, homenagear, louvar e adorar. 

Este último sentido deve ser aplicado única e exclusivamente a Deus. Na tentação de Jesus, o diabo ofereceu-lhe todos os reinos do mundo, exigindo em troca a adoração. Mas, Jesus o repreendeu, dizendo: “Vai-te Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás” (Lc 4.8). Jesus citou aqui o texto de Deuteronômio 10.20. 

O Novo Testamento usa também a palavra grega latreia com o sentido de serviço a Deus e adoração no culto (Hb 8.5; 9.9; 13.10). É desta palavra que vem o termo idolatria, que significa adoração ou culto aos ídolos. Há vários textos no Novo Testamento que condenam a idolatria e afirmam que os idólatras não herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.10; Gl 5.20; Ap 21.8; 22.15). 

É importante destacar que a idolatria não é apenas a adoração a imagens, como muitos imaginam. Qualquer pessoa, objeto, lugar ou instituição que ocupe o lugar de Deus, constitui-se em idolatria: um santo, água do Rio Jordão, um monte, Jerusalém, a nossa denominação, etc. Se colocarmos qualquer um deles como mediadores entre Deus e nós, ou como algo milagroso, estaremos cometendo o pecado de idolatria.

A adoração não se restringe ao culto. É ter Deus como Senhor absoluto da nossa vida e submeter-se totalmente ao Seu domínio. Uma pessoa que obedece a Deus somente em alguns aspectos, quando concorda, ou questiona a Deus e exige alguma coisa dele, não é um adorador. Um verdadeiro adorador é como o profeta Habacuque: “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” (Hc 3.17,18).

A Igreja só pode adorar e cultuar ao Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Os membros da Santíssima Trindade são iguais e habitam um no outro, em perfeita comunhão. Sendo assim, quando adoramos a qualquer um deles, estamos adorando a Deus. Os católicos, para tentar justificar o uso das imagens e dos inúmeros santos e padroeiros, dizem que há diferença entre adorar e venerar. Para explicar isso, usam três palavras: Latria, Dulia e Hiperdulia.

a - Latria. (Gr. latreia), que significa adoração). Este é o principal culto na Igreja Católica e seria a adoração a Deus.

b - Dulia (Gr. douleia), que significa veneração). É o culto prestado a Deus, por meio de alguma mediação de santos.

c - Hiperdulia (Gr. hyper, acima de, e douleia, honra ou veneração). É o culto de adoração a Deus por meio da Virgem Maria, a quem o catolicismo dá um lugar eminente.

Na Bíblia, não há esta distinção e não há nenhum mediador entre Deus e a humanidade, além de Jesus Cristo (1 Tm 2.15). A Bíblia proíbe o culto ou orações a qualquer pessoa, além de Deus (Ex 20.4; Mt 4.10). Um dos pilares da Reforma Protestante era a expressão latina Soli Deo Gloria, que “Glória somente a Deus”. Com esta expressão, os reformadores afirmavam que a glória pertence somente a Deus e, portanto, o ser humano não possui nenhum mérito na salvação e não pode vangloriar-se de coisa alguma.

2. Uma comunidade edificadora. Além das responsabilidades de ser uma comunidade que proclama o Evangelho aos perdidos e que adora a Deus, a Igreja é também uma comunidade edificadora. O verbo grego oikodomeo, traduzido por edificar, é usado em sentido figurado no Novo Testamento, para se referir ao crescimento espiritual do cristão. A Igreja é comparada a um edifício, cujo fundamento é Cristo. Os seus apóstolos e profetas lançaram o fundamento e Deus deu os ministros à Igreja, que são os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11) para a edificação deste edifício.

Na sequência desse texto, em Efésios 4.12, o apóstolo Paulo diz que o objetivo de Deus ao conceder os dons ministeriais à Igreja era: “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. A palavra grega traduzida por aperfeiçoamento neste texto é “katartismós” que significa adaptação, treinamento e aperfeiçoamento. Na linguagem clássica, esta palavra é usada para se referir ao trabalho de um médico ortopedista, que fixa um osso quebrado em uma cirurgia. É exatamente isso que os ministros do Evangelho devem fazer: consertar pessoas que estão quebradas espiritualmente, emocionalmente ou socialmente. Infelizmente, há obreiros que fazem o contrário e machucam mais ainda quem já está quebrado. 

Os dons espirituais também foram concedidos à Igreja com o objetivo de edificar, exortar e consolar os seus membros (1 Co 14.3,12, 26). Sendo assim, precisamos ter em mente que, tudo aquilo que fazemos na Igreja não é para a nossa exaltação e sim para o crescimento espiritual da Igreja. Devemos sempre nos perguntar se aquilo que falamos ou fazemos serve para a edificação da Igreja. Se não edifica, não deve ser feito. 

 

REFERÊNCIAS:

 

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO, CPAD, Nº 96, pág. 29, 1º Trimestre de 2024.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.260

STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1995, pp.60,61

BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS-CHAVE: Hebraico e grego. 4ª Ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2015.

30 janeiro 2024

PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO

(Comentário do primeiro tópico da Lição 05: A Missão da Igreja de Cristo)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos da missão da Igreja, através da pregação e instrução. Depois de ressuscitar, Jesus reuniu os seus discípulos e ordenou-lhes que saíssem pelo mundo e pregassem as boas novas de salvação a toda criatura (Mc 16.15). Ordenou também que fizessem discípulos de todas as nações e os ensinassem a guardar tudo o que Ele havia mandado (Mt 28.19,20). A pregação do Evangelho, portanto, envolve a proclamação das boas novas aos de fora (evangelização) e a instrução aos de dentro (discipulado). 


1. Proclamando as Boas-Novas. A principal missão da Igreja de Cristo neste mundo é proclamar o Evangelho a toda criatura. O Evangelista Marcos registrou esta ordem de Jesus aos seus discípulos, após a sua ressurreição: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer, será condenado”. (Mc 16.15). 


A palavra grega traduzida por pregar é keryssó e foi usada para se referir tanto à pregação de João Batista, quanto a de Jesus, durante os seus ministérios (Mt 3.1; Mt 4.17). O sentido original desta palavra é uma referência a um arauto que fazia os anúncios oficiais à população. Naqueles tempos não existia rádios, TV ou jornais e as notícias e os comunicados do governo eram feitos oralmente. 


João Batista foi o precursor do Messias. Ele recebeu de Deus a incumbência de vir primeiro para preparar o caminho, convocando o povo ao arrependimento, pois o Reino de Deus havia chegado. João recebeu também a missão de anunciar que depois dele viria um, cujas sandálias ele não era digno de desatar. Este batizaria com o Espírito Santo e com fogo. 


Depois da prisão de João Batista, Jesus iniciou o seu ministério e começou a pregar dizendo: “o tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1.15). Em muitos outros textos, os evangelistas registraram que Jesus pregava o Evangelho, curava os enfermos e ensinava: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mt 4,23). Durante cerca de três anos, Ele andou com os seus discípulos, preparando-os na teoria e na prática, para também pregarem o Evangelho. O Mestre reuniu os doze apóstolos e os enviou para pregar o Evangelho somente aos judeus e disse-lhes: “E indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.” Depois, em outra ocasião, Ele enviou outros setenta discípulos dizendo: “Curai os enfermos que nela houver, e dizer-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.” (Lc 10.9).


Depois que ressuscitou, Jesus entrou esta missão de proclamar o Evangelho aos perdidos, aos seus discípulos. Entretanto, Ele recomendou que não saíssem de Jerusalém, antes de serem revestidos de poder (Lc 24.49). Após receberem a virtude o Espírito Santo, os discípulos, então deveriam testemunhar de Jesus em Jerusalém, em toda a Judéia, Samaria e em todo o mundo (At 1.8). 


É importante esclarecer que Jesus não falou para os seus discípulos optarem por pregar o Evangelho ou não. Ele lhes ordenou que fossem por todo o mundo e pregassem o Evangelho a toda criatura. Falando sobre isso, o missionário  inglês James Hudson Taylor, que foi missionário na China por 51 anos, esta tarefa “não é uma opção para a Igreja e sim, um mandamento a ser obedecido.” O apóstolo Paulo também via a pregação do Evangelho como uma obrigação e sentia-se devedor de pregar o Evangelho tanto aos judeus quanto aos gentios (1 Co 9.16).


2. O objeto da pregação.  O comentarista explica que há outro verbo grego que é usado frequentemente para se referir à ordem de pregar o Evangelho. Trata-se do verbo grego euangelizo, que tem o sentido de anunciar boas notícias. Neste caso, no entanto, não significa anunciar qualquer notícia ou acontecimento bom. Refere-se a falar de uma pessoa, que no caso da pregação do Evangelho, é Jesus Cristo, o único Salvador. 


Nós fomos comissionados pelo Senhor Jesus para pregar a Sua Palavra ao mundo. Jesus não enviou os seus discípulos para pregar filosofia, ideologia política, psicologia, auto ajuda ou oferecer melhoria de vida às pessoas neste mundo. Ele nos mandou pregar “O Evangelho” a toda criatura e ensinar a guardar tudo o que ele mandou (Mc 16.15; Mt 28.19). 


A pregação do Evangelho consiste em duas notícias, uma má e outra boa. A má notícia é que todos os seres humanos estão corrompidos pelo pecado e não podem, por si mesmos, fazer nada para mudar este quadro. A boa notícia, é que Deus, sendo riquíssimo em misericórdia, enviou o Seu Filho Jesus, como Cordeiro imaculado, para sacrificar-se pelos nossos pecados e, somente através dele podemos ser salvos (Lc 19.10; Jo 1.29; 1 Tm 1.15). Aqueles que não crerem, serão condenados (Mc 16.16). 


A Igreja tem a obrigação de pregar esta mensagem ao mundo, quer aceitem, quer rejeitem. Não é papel da Igreja convencer as pessoas a receberem a Cristo. Este papel é do Espírito Santo. A nossa obrigação é pregar o Evangelho no poder do Espírito, com confiança no Senhor e fidelidade naquilo que pregamos. 


Não podemos modificar o conteúdo do Evangelho para atrair as pessoas. A fidelidade na pregação consiste em pregar a Palavra de Deus, exatamente como ela é, sem diminuir, acrescentar ou falsificar. Infelizmente, na atualidade, muitos pregam "outro evangelho" e não o Evangelho de Cristo. Escrevendo aos Gálatas, o apóstolo Paulo disse que ainda que um anjo, ou um dos apóstolos anunciassem "outro evangelho", diferente do que ele havia anunciado, deveria ser considerado anátema ou maldito (Gl 1.9). 


3. Discipulando os convertidos. Desde o início da sua conversão, o novo crente deve ser ensinado, com muito amor e cuidado, para desenvolver a sua nova identidade. As pessoas que aceitam a Cristo vem de uma vida de pecado com idéias e costumes mundanos. São pessoas que vieram de outras religiões, ou que não tinham religião e viviam segundo o curso deste mundo. Os crentes só alcançarão a maturidade, a fé genuína e só produzirão frutos se a Igreja local tiver um discipulado eficiente.  


Depois de ter ressuscitado, Jesus reuniu os seus discípulos e deu-lhes a seguinte missão, que ficou conhecida como a Grande Comissão: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.19,20). Esta grande comissão de Jesus à Sua Igreja contém os seguintes objetivos: 


a) Fazer discípulos. O verbo grego aqui é "mathēteuō". A versão Almeida Revista e Corrigida traduziu este verbo por "ensinai" e a versão Revista e Atualizada traduziu por "fazei discípulos". Isso significa discipular, ou ensinar as pessoas a serem discípulos de Jesus. A palavra discípulo não é muito comum atualmente, fora do meio religioso. Atualmente, utiliza-se muito a palavra seguidor, aluno ou aprendiz. Mas, nos tempos do Novo Testamento era comum um mestre ou líder religioso ter discípulos. Tanto os rabinos judaicos, quanto os filósofos gregos tinham seus discípulos. João Batista e Jesus também tinham os seus discípulos. (Mt 5.1; João 1.35; Lc 7.18;18). Discipulado é a arte de fazer discípulos, ou convencer alguém a seguir os nossos ensinos e a nos imitar. É importante destacar, no entanto, que Jesus nos comissionou a fazer discípulos para Ele e não para nós mesmos. 


b) Batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo e a Ceia do Senhor são duas ordenanças de Cristo à Igreja. Muitas pessoas tentam minimizar a importância do batismo. Mas, quando Jesus mandou os discípulos pregarem o Evangelho, mandou também batizar. O batismo não salva, mas, ele é uma demonstração pública de que a pessoa morreu para o pecado e nasceu de novo. Na ordem de Jesus, fazer discípulo vem antes de batizar. Isso significa que não se deve batizar quem ainda não se converteu. Jesus também nos ensina a fórmula batismal: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os unicistas tentam mudar isso, usando como pretexto as palavras do apóstolo Pedro em Atos dos apóstolos. Mas, o que Pedro quis dizer é que o batismo deve ser feito na autoridade do nome de Jesus. Não se trata de uma fórmula batismal. 


c) Ensinar a guardar tudo o que Ele mandou. Refere-se aos pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (At 2.42; 4.1,2; 5.21,28). A Igreja tem a obrigação de ensinar sistematicamente as doutrinas bíblicas aos novos crentes, para que eles estejam firmados na Palavra de Deus e não bem doutrinas humanas. 


d) Jesus garantiu a sua presença nessa comissão até o fim. Jesus é o fundamento da Igreja. Ele disse que "sem Ele, nada poderíamos fazer" (Jo 15.4). Jesus subiu ao Céu, mas, não nos deixou órfãos. Ele continua conosco, na Pessoa do Espírito Santo, nos guiando, protegendo e fazendo a obra de salvação. Nós somos apenas instrumentos dele, mas, é Ele que opera tudo em todos. 


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO, CPAD, Nº 96, pág. 29, 1º Trimestre de 2024.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.260

STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1995, pp.60,61

GABY, Wagner. Até os confins da terra: pregando o Evangelho a todos os povos até à volta de Cristo. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023,  págs. 6-10.

SILVA, Rayíran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp.35,39.


29 janeiro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05 – A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO

Ev. WELIANO PIRES


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na Lição passada, estudamos o tema: A Igreja e o Reino de Deus. Vimos que Deus é o Rei de todo universo e que a Igreja de Cristo é, não apenas parte integrante deste reino, mas é também a legítima representante do Reino de Deus neste mundo na atualidade. 


No primeiro tópico, falamos da natureza do Reino de Deus. Falamos da universalidade do Reino de Deus. Deus é o Criador, sustentador e o dominador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Sendo assim, Ele é o Rei Soberano de todo o universo. Falamos também da relação entre a soberania de Deus e os acontecimentos do mundo. Mesmo a humanidade tendo se afastado de Deus, Ele jamais perdeu o controle. Entretanto, Ele não é responsável pelos males que acontecem no mundo. Por último, falamos do Reino de Deus através da nação de Israel e da Igreja. 

No segundo tópico falamos da Igreja e as dimensões do Reino de Deus. Falamos do Reino como uma realidade no presente, com base nas pregações de João Batista e de Jesus. O Reino de Deus se manifestou neste mundo com a presença de Jesus. Depois, através da Igreja. Por último, vimos que há ainda uma manifestação futura do Reino de Deus, quando Jesus reinará plenamente por mil anos nesta terra. 

No terceiro tópico, falamos da Igreja no contexto do Reino de Deus. Mesmo a Igreja sendo parte integrante do Reino de Deus na atualidade, ela não é o Reino de Deus, pois este Reino é muito maior. Vimos também que a Igreja é um projeto de Deus para através dela, o Reino de Deus se tornar conhecido. Por último, vimos que a Igreja tem a sublime missão de pregar o Evangelho a toda criatura. 


LIÇÃO 5 - A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a missão da Igreja de Cristo, como sal da terra e luz do mundo. A Igreja de Cristo não foi instituída por acaso ou sem objetivo algum. Jesus instituiu a Sua Igreja com uma tríplice missão: a evangelização dos pecadores, a adoração a Deus e a edificação dos convertidos. Estes três itens resumem a missão da Igreja em relação ao mundo, a Deus e aos seus membros. Veremos nesta lição os pormenores de cada item desta tríplice missão da Igreja. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, falaremos da missão da Igreja, através da pregação e instrução. Depois de ressuscitar, Jesus reuniu os seus discípulos e ordenou-lhes que saíssem pelo mundo e pregasse as boas novas de salvação a toda criatura (Mc 16.15). Ordenou também que fizessem discípulos de todas as nações e os ensinassem a guardar tudo o que Ele havia mandado (Mt 28.19,20). A pregação do Evangelho, portanto, envolve a proclamação das boas novas aos de fora (evangelização) e a instrução aos de dentro (discipulado). 

No segundo tópico, falaremos da missão da Igreja através da adoração e edificação. A Igreja é a única instituição que tem a prerrogativa de adorar a Deus neste mundo, assim como os anjos o adoram no Céu. A Igreja também é uma comunidade edificadora e, como tal, tem a missão de promover o crescimento espiritual dos seus membros através dos dons espirituais e ministeriais. A fundação deste edifício de Deus é Cristo e já foi lançada pelos apóstolos e profetas. Ninguém pode lançar outro fundamento além deste. Mas,  como sábios construtores, podemos prosseguir com a edificação sobre este fundamento. 

No terceiro tópico, falaremos da missão da Igreja em relação à comunhão e socialização. A Igreja é uma comunidade de irmãos e, portanto, os seus membros não podem viver isolados. Por isso, não se pode ser Igreja sozinho, como querem os desigrejados. No aspecto da socialização, a Igreja de Cristo deve estar pronta a socorrer os necessitados, começando pelos domésticos da fé. Se alguém tiver recursos neste mundo e não socorrer ao próximo em suas necessidades, o amor do Pai não está nele (1 Jo 3.17). 


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO, CPAD, Nº 96, pág. 29, 1º Trimestre de 2024.

PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.260.

STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1995, pp.60,61

28 janeiro 2024

A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

(Comentário do 3° tópico da LIÇÃO 04: A IGREJA E O REINO DE DEUS) 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da Igreja no contexto do Reino de Deus. É preciso esclarecer que, mesmo a Igreja sendo parte integrante do Reino de Deus na atualidade, ela não é o Reino de Deus, pois este Reino é muito maior. Antes da existência da Igreja, o Reino de Deus já existia, tendo Israel como representante. A Igreja é um projeto de Deus para através dela, o Reino de Deus se tornar conhecido. Por isso, a Igreja tem a sublime missão de pregar o Evangelho a toda criatura. 


1- A distinção entre Igreja e Reino de DEUS. Conforme vimos nos tópicos anteriores, o Reino de Deus é anterior à Igreja e é muito mais amplo. No Antigo Testamento, por exemplo, a Igreja ainda não havia sido inaugurada, embora já existia nos Planos de Deus. Mas, o Reino de Deus já existia e se manifestava através do povo de Israel. 


Na Nova Aliança, a Igreja é a comunidade do Reino de Deus, formada por pessoas de todos os povos, que receberem a Cristo como Senhor e Salvador. É preciso fazer a distinção entre a Igreja e o Reino de Deus, pois, embora a Igreja seja parte do Reino de Deus e a representante deste Reino na atualidade, ela não é o Reino de Deus em sua plenitude. 


2- A Igreja expressa o Reino de DEUS. Conforme estudamos na primeira lição deste trimestre, a Igreja foi idealizada por Deus antes da fundação do mundo. A Igreja não é um plano B de Deus, para substituir Israel, por causa da sua falha, como muitos imaginam. Deus planejou a Igreja para expressar o Reino de Deus na Nova Aliança. 


No plano de Salvação elaborado por Deus antes da fundação do mundo, estava contido a Igreja, na qual Deus uniu os salvos de todos os povos. Nesta dispensação, a Igreja é a expressão do Reino de Deus. É através dela que Deus se manifesta neste mundo. Infelizmente, vivemos uma época em que muitas pessoas zombam e até combatem a Igreja de Cristo. Mas, ela permanece firme e inabalável, pois está alicerçada na Rocha inabalável, que é Cristo. 


3- A Igreja e a mensagem do Reino de Deus. A principal missão da Igreja de Cristo neste mundo é proclamar o Evangelho de Cristo aos perdidos. A mensagem que deve ser pregada pela Igreja consiste em pregar contra o pecado e anunciar o Único Salvador que é Jesus Cristo, o Filho de Deus. 


A Igreja de Cristo não foi instituída para oferecer vida próspera neste mundo, mudar este mundo para se viver nele, ou dominá-lo através da política, como muitos pregadores da atualidade dizem. Jesus foi muito claro a Pilatos, quando disse: “O meu Reino não é deste mundo.” (Jo 18.36). Embora sejamos também cidadãos desta terra, com todos os direitos e deveres, o nosso papel como Igreja do Senhor é pregar às pessoas que elas estão caminhando para a perdição e necessitam, urgente, do Único Salvador que é Cristo. 


Não podemos de forma alguma pregar o Evangelho pela metade, ou de forma distorcida. Antes de falar do Salvador, é necessário explicar para as pessoas a necessidade que elas têm de serem salvas. Precisamos ser fiéis às Escrituras e dizer que o mundo jaz no maligno e que as pessoas, sem exceção, estarão eternamente perdidas, se não se arrependerem dos seus pecados e entregar a vida a Cristo

26 janeiro 2024

A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

(Comentário do 2° tópico da LIÇÃO 04: A IGREJA E O REINO DE DEUS).

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico falaremos da Igreja e as dimensões do Reino de Deus. Com a vinda do Filho de Deus a este mundo, o Reino de Deus se tornou uma realidade no presente. Entretanto, não é um reino político e territorial. O Reino de Deus se manifestou neste mundo com a presença de Jesus. Depois, através da Igreja. Mas, há ainda uma manifestação futura do Reino de Deus, quando Jesus reinará plenamente por mil anos nesta terra. 

1- O Reino de Deus como realidade presente. Antes de Jesus iniciar o seu ministério terreno, João Batista pregava no deserto, dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 3.2). Depois da prisão de João Batista, o próprio Jesus começou a pregar dizendo: “O tempo está cumprido; o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos é crede no Evangelho.” Jesus também usou várias parábolas para explicar o Reino de Deus aos seus discípulos. 

Tanto na pregação de João Batista, quanto nos ensinos de Jesus, podemos notar que eles falavam do Reino de Deus como uma realidade presente. Entretanto, não se trata de um governo teocrático neste mundo, como aconteceu com Israel no Antigo Testamento. A expectativa dos judeus no tempo de Jesus em relação ao Messias, era de que seria um Rei que viria para libertar a nação do domínio estrangeiro. Por isso tinham dificuldade para acredita que Jesus fosse o Messias. 


2- Onde está o Reino de Deus? O Reino de Deus está presente atualmente neste mundo, mas não com uma aparência visível, ou em um espaço geográfico, com um governo estabelecido. Na atualidade, este Reino é espiritual e se manifesta, quando alguém recebe a Cristo como Senhor e Salvador. A partir da conversão do pecador, Deus passa a reinar na sua vida. 


O Reino de Deus se manifesta também através do Poder do Espírito Santo, que atua através da Igreja do Senhor. Com o poder de Deus, a Igreja manifesta o Reino de Deus neste mundo curando os enfermos, realizando milagres, expulsando os demônios e pregando a mensagem poderosa do Evangelho que transforma vidas. 


A Igreja manifesta o Reino de Deus também através das virtudes que caracterizam os súditos do Reino de Deus. No Sermão do Monte Jesus descreveu estas virtudes: humildade de espírito, mansidão, misericórdia, pureza de coração, pacificidade, amor aos inimigos e outras (Mt 5-7). O apóstolo Paulo também falou que o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.20) 


3- O Reino de Deus como realidade futura. Mesmo já sendo uma realidade no presente, o Reino de Deus também possui uma dimensão escatológica, ou seja ele se manifestará em sua plenitude no futuro. Após o arrebatamento da Igreja, haverá sete anos de Grande Tribulação neste mundo. O Anticristo se manifestará e governará o mundo, seguindo os padrões satânicos. 


No final deste período, o Anticristo reunirá as nações para tentar destruir o povo de Israel. Os israelitas clamarão a Deus por socorro e Jesus virá com a Igreja glorificada e derrotará o Anticristo e os seus aliados (Ap 19.11-19). Neste momento, o Anticristo e o Falso profeta serão lançados no lago de fogo (Ap 19.20). Depois, o diabo será preso por mil anos (Ap 20.1-3). 


Após esta prisão do inimigo, ele não poderá sair para enganar as pessoas por um período de mil anos. Durante este período, o Senhor Jesus estabelecerá o Seu Reino Milenial nesta terra e haverá paz, justiça e prosperidade por mil anos (Ap 20.4). Neste período não haverá fome, doenças, guerras, nem desastres ambientais. O Rei Jesus governará o mundo com justiça e equidade e mostrará ao mundo, como seria na prática, um mundo governado por Deus. 


Entretanto, no final dos mil anos, satanás será solto por pequeno espaço de tempo e, de novo, sairá a enganar as pessoas. Por incrível que pareça, ele convencerá uma multidão de pessoas a se levantarem contra o Rei Jesus. Mas serão derrotados pelo fogo de Deus que descerá do Céu (Ap 20.7-9). Neste momento será a derrota final do inimigo e será lançado para sempre no lago de fogo. 


Depois disso virá o Juízo Final. Todos os ímpios de todas as épocas, serão julgados individualmente segundo as suas obras e condenados ao lago de fogo (Ap 20.11-15). Todos aqueles, cujos nomes não estiverem escritos no Livro da Vida, inevitavelmente, serão condenados neste julgamento. Após este julgamento, surgirá, então, Novo Céu e Nova Terra, onde se manifestará em sua plenitude, eternamente, o Reino de Deus. Ali não haverá mais mortes, tristezas, nem dores (Ap 21.1-5). Somente aqueles que andaram com Deus neste mundo, farão parte deste Reino Glorioso. Aleluia!


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO, CPAD, Nº 96, pág. 29, 1º Trimestre de 2024.

ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Vol. 1 – Mateus-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432. 

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178. 

A NATUREZA DO REINO DE DEUS

(Comentário do 1º tópico da LIÇÃO 04: A IGREJA E O REINO DE DEUS).

Ev. WELIANO PIRES 

No primeiro tópico, falaremos sobre a natureza do Reino de Deus. Inicialmente, falaremos alaremos da universalidade do Reino de Deus. Sendo o Criador de todas as coisas, Deus é o Rei legítimo de todo o universo e tem o controle de tudo. 

Falaremos também da soberania de Deus e dos acontecimentos do universo. Mesmo após a entrada do pecado no mundo, Deus não perdeu o controle da sua criação, apesar da permissão que Ele concede para os demônios e os seres humanos agirem. 

Por último, veremos que Deus formou a nação de Israel, estabeleceu o seu Reino teocrático sobre este povo, enviou o Salvador do mundo através da nação de Israel e instituiu a Sua Igreja para ser a representante do Seu Reino neste mundo. 


1- O Reino de Deus é universal. Deus é o Criador, sustentador e dominador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Todas as coisas tiveram origem em Deus e, portanto, pertencem a Ele. Sendo assim, Ele é o Rei de todo o universo. Em vários textos, a Bíblia nos revela que Deus é o dominador de todo o Universo. Ele estabeleceu as Suas próprias leis e julgará aqueles que as violarem. 

O Reino de Deus além de ser universal é também sempiterno. Deus não é como um monarca humano que inicia o seu reinado após a morte do pai, reina até o fim da sua vida e o seu trono passa para o seu herdeiro. O governo de Deus é eterno, pois Ele é eterno. O seu domínio não tem limite de tempo ou de espaço. Não existe nenhum lugar do Universo que esteja fora da jurisdição de Deus. 

Deus tem o controle total do funcionamento das coisas criadas. O Deus na Bíblia não é como o deus do Deísmo, que teria criado o universo com leis que o fazem funcionar automaticamente e depois se afastou dele. O Deus da Bíblia se envolve com a sua criação e a controla.

Além de sustentar e controlar o universo, Deus tem domínio também sobre os governos humanos e sobre as ações do diabo e suas hostes malignas. Claro que Deus não interfere na liberdade de escolha do ser humano, que Ele mesmo concedeu. Mas Ele tem o controle de tudo e estabeleceu os limites de ação, tanto dos seres humanos quanto dos anjos caídos. Apesar de terem liberdade para fazer escolhas, nem o ser humano, nem os demônios têm permissão para fazer tudo o que quiserem. 


2- A soberania divina e os acontecimentos do mundo. Há dois extremos que precisam ser evitados em relação à soberania de Deus e as coisas que acontecem neste mundo. O primeiro é achar que, por ser o Rei de todo o universo, Deus é o responsável por tudo o que acontece no mundo, seja bem ou mal. O segundo é pensar que Deus criou o universo, mas não se envolve com nada do que acontecimentos nele, como dizem os deístas. Se não controlasse o universo, Ele não seria Deus. 

Todas as coisas, estão sob o controle de Deus. Mas isso não significa que Ele seja a causa de tudo o que acontece neste mundo, ou que tudo seja a vontade de Deus, como dizem os calvinistas. Há pessoas que imaginam que até uma folha seca de uma árvore, só cai se Deus mandar. Outros pensam que a eleição de um governante corrupto, um estupro, um assassinato e outras mazelas que acontecem no mundo são a vontade de Deus. Alguns extremistas chegam a dizer que Deus criou até o pecado. Ora, isso é uma blasfêmia, pois ofende o caráter Santo de Deus. Na verdade, estas coisas acontecem por permissão de Deus, pois Ele concedeu liberdade de escolha aos seres que Ele criou. 

Por outro lado, o fato de Deus conceder aos seres humanos a liberdade para fazerem escolhas, não significa que Ele não interfere em nada e o universo tenha fugido do seu controle. Deus continua sendo o Rei e o Juiz de todo universo. Nesta vida Ele permite que o ser humano faça as suas escolhas, mas impõe limites, para que este não destrua toda a criação e ou atrapalhe os planos de Deus. Um dia também, Ele irá julgar a cada um segundo as obras e trará à luz todas obras más que foram praticadas neste mundo. 


3- O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja. Em sua soberania, Deus formou a nação de Israel, para  através deste povo, exercer o seu governo e trazer o Salvador do mundo. Desde a chamada de Abrão, em Ur dos Caldeus, Deus guiou os rumos dos seus descendentes, dos quais Ele prometeu que faria uma grande nação e através dela, todos os povos da terra seriam beneficiados. 
Abrão saiu da sua terra, sem saber para onde ia e cometeu erros ao longo da sua jornada. Mas, Deus sempre esteve no controle de tudo e não permitiu que os seus planos se frustrassem. Deus agiu contra Abimeleque, Faraó, Siquém e outros que tentaram se misturar aos descendentes de Abraão, antes de se tornarem uma nação. Depois que se mudaram para o Egito, Deus também agiu para que este povo não se misturasse com os egípcios. Deus interveio também para que os egípcios não os destruíssem e os libertou com mão forte.

No deserto, Deus guiou este povo por quarenta anos. Apesar dos erros deles, o plano de Deus de fazer deles uma grande nação não se frustrou. Deus abriu o Mar Vermelho, mandou comida e água, livrou-os de inimigos poderosos que atravessaram o seu caminho, abriu o Rio Jordão e derrubou as muralhas de Jericó. Deus expulsou de lá nações poderosas e empossou Israel naquela terra. 

Na terra prometida, Israel falhou como nação sacerdotal e cometeu muitos erros. Deus os puniu severamente com domínios de nações estrangeiras, mas sempre esteve no controle de tudo e cumpriu a Sua promessa de trazer o Salvador do mundo através da descendência de Abraão. 

Com a vinda do Messias prometido, o próprio Deus se fez homem e habitou neste mundo, com o propósito de realizar o seu sacrifício redentor. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, cumpriu toda a Lei e tudo o que estava previsto sobre Ele. Com a Sua morte e ressurreição, Jesus possibilitou a salvação da humanidade. Ele estabeleceu a Sua Igreja como a representante do Reino de Deus e subiu ao Céu. Mas, Ele não deixou a Sua Igreja órfã neste mundo. Enviou o Espírito Santo para agir neste mundo através da Igreja.


REFERÊNCIAS:


GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO, CPAD, Nº 96, pág. 29, 1º Trimestre de 2024.

ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Vol. 1 – Mateus-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432. 

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178. 


VENCENDO OS DIAS MAUS

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