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02 dezembro 2021

AS TRÊS VIRTUDES NA IGREJA DE TESSALÔNICA: FÉ, AMOR E ESPERANÇA.

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 10: Paulo e seu amor pela Igreja).

Neste terceiro e último tópico, o nosso comentarista elenca três virtudes visíveis na igreja em Tessalônica: fé, amor e esperança. O ser humano nascido de novo, possui várias virtudes que são produzidas pelo Espírito Santo. Em Gálatas 5. 22, o apóstolo Paulo lista nove virtudes que compõem o fruto do Espírito Santo: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 

Entretanto, estas três virtudes elencadas aqui são características inerentes ao cristão. Sem elas não há cristianismo. Elas aparecem juntas e interligadas nos escritos de Paulo, mostrando-nos que há uma relação intrínseca entre as três. 

1.   As três virtudes teologais (1 Ts 1.3). Paulo expõe aqui uma tríade favorita das virtudes cristãs, que são elevadas como características eternas do homem redimido: “Lembrando-nos, sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai” (1 Ts 1.3). Esta tríade de virtudes provém do próprio Deus. Por isso são chamadas de "Virtudes teologais". Após citar a relação de dona espirituais, no capítulo 12 de 1 Coríntios, Paulo discorreu sobre a suprema excelência do amor e concluiu citando estas três virtudes teologais, mostrando a interligação entre elas e a superioridade do amor: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”. (1 Co 13.13). Essa tríade aparece também em I Ts 1.3; 5.8 e Cl.1.4,5.

2.   A virtude da fé. A fé é descrita na Epístola aos Hebreus, capítulo 11, como "O firme fundamento das coisas que não se esperam e prova das que não se vêem". A fé, por conseguinte, é a confiança inabalável de que aquilo que Deus prometeu irá acontecer. É prova cabal de que aquilo que não vemos, mas, foi mencionado pela Palavra de Deus, é real. Neste capítulo, denominado por "galeria dos heróis da fé", encontramos vários exemplos de homens e mulheres de Deus que fizeram várias proezas, pela fé e outros que sofreram e até morreram pela fé. Então, a fé é operante. 

3.   A virtude do amor. Conforme mencionamos no tópico anterior, o amor não consiste em palavras e sim, em ações a favor do próximo. Paulo falou sobre o "trabalho do amor" dos tessalonicenses (1 Ts 1.3). Isso significa que o trabalho daqueles irmãos era motivado pelo amor a Deus e ao próximo. Onde há amor, não há espaço para soberba, competições, egoísmo, exibicionismo ou inveja. Estas atitudes mesquinhas são incompatíveis com o amor. Paulo falando sobre o amor, disse que ele não busca os próprios interesses. 

É claro que a tendência natural de cada um de nós é pensar somente em si mesmo sem ter preocupação com o próximo. Sem a ação do Espírito Santo, a nossa natureza carnal impede que amemos os outros. É isso que fé e amor estão intrinsecamente ligados, como vimos no tópico anterior. Que. Não tem fé em Deus é incapaz de amar de verdade. 

4. A virtude da esperança. A terceira virtude desta tríade mencionada por Paulo é a esperança.  A esperança é uma “irmã gêmea” da fé, pois é a fé que nos dá certeza de que aquilo que esperamos tem fundamento. Por exemplo, pela fé nós acreditamos que Jesus virá buscar a sua Igreja e, por isso, esperamos a sua vinda. Quem não acredita na vinda de Jesus, não a espera e vive neste mundo, como se Cristo nunca fosse voltar. 

As pessoas que não servem a Deus dizem que "a esperança é a última que morre". Mas, os que temem a Deus e crêem em sua Palavra dizem que a nossa esperança morreu, mas ressuscitou e em breve voltará. É esta esperança que nos mantém de pé e nos encoraja a enfrentar as lutas e tribulações deste mundo. A nossa esperança não está neste mundo. Paulo disse que "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Co 15.19). 


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Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do apóstolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021.    

LOPES. Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Editora Hagnos. pag. 33-34; 168; 

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 4. pag. 213.   

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 5. pag. 168. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 1685,1686 e 1759.



30 novembro 2021

O AMOR DE PAULO PELA IGREJA


A cidade de Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia e uma das mais importantes cidades do Império. Ficava às margens da grande estrada romana Via Egnatia, que atravessava a Macedônia e dava acesso ao mar Egeu, onde os viajantes atravessavam para a Itália. Esta importante estrada ligava Roma a Constantinopla.

O nome original desta cidade era "Thermal", que significa "fontes quentes" devido às fontes de águas que havia no local. Posteriormente, o General Cassandro reedificou a cidade e mudou o seu nome para Tessalônica, em homenagem à sua mulher, que era irmã de Alexandre, o Grande. 

Paulo chegou a Tessalônica, na sua segunda viagem missionária, depois de ter passado por Filipos. Na ocasião, Paulo e Silas foram açoitados publicamente em Filipos e presos. À meia noite, enquanto eles oravam e cantavam, veio um terremoto e quebrou as cadeias de bronze que os prendiam. O carcereiro quando viu aquilo, quis se matar. Paulo gritou para que ele não fizesse aquilo, pois os presos não haviam escapado. Todo trêmulo, o carcereiro e todos da sua casa se converteram (At 16.19-40). 

Partindo de Filipos, Paulo passou por Anfípolis e Apolônia e chegou a Tessalônica. Como de costume, disputava com os judeus na Sinagoga e, por três sábados seguidos, lhes anunciou a Cristo. Muitos creram, mas alguns judeus movidos de inveja, provocaram tumulto, assaltaram a casa de Jason e Paulo e Silas fugiram para Beréia, onde continuaram pregando o Evangelho (At 17.1-14). 


1.   O Amor como o de um pai para um filho. A Igreja de Tessalônica nasceu em meio a intensa perseguição dos judeus. Os tessalonicenses aprenderam na prática que, ser cristão é sinônimo de viver constantemente sendo perseguido e passar por muitas tribulações. 

Paulo desenvolveu um profundo amor por aquela Igreja. De Tessalônica, Paulo fugiu para Beréia, passou por Atenas e chegou a Corinto, onde passou um ano e meio. Silas e Timóteo retornaram a Tessalônica e depois trouxeram boas notícias a Paulo, sobre a fé e amor desses irmãos (1 Ts 3.6). De Corinto, Paulo escreveu duas cartas, encorajando-os a não desanimarem e a perseverar na fé. Paulo elogiou aquela Igreja, dizendo que eles se tornaram exemplos para todos da Macedônia e da Acaia (1 Ts 1.7). Os cristãos de Tessalônica eram filhos na fé do apóstolo Paulo e ele os amava com um amor de pai para filho: "Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos". (1 Ts 2.10). Paulo fala da figura do pai espiritual: “Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo” (4.15). A palavra “preceptor” usada aqui, no grego é 'paidagogos', que diz respeito a um escravo que era responsável por cuidar de uma criança e levá-la à escola. O 'paidagogo' não era o professor. Era a pessoa que conduzia a criança até o professor. 

Paulo regozijava-se por ver o fruto do seu trabalho prosperar, mesmo em meio às perseguições e tribulações vividas por ele em Filipos, Tessalônica e Beréia. 

2.   O amor motivado pelo modo de viver o Evangelho. O amor de Paulo pelos tessalonicenses não era baseado em afeições particulares ou interesses próprios. O que motivou o apóstolo a amá-los foi o modo de vida deles, digno do Evangelho de Cristo. Naquela época, a comunicação não era em tempo real como hoje. Não havia telefone, internet e redes sociais. Paulo saiu fugido de Tessalônica e não pôde retornar. Ficou sem notícias sobre o andamento do trabalho lá. Quando Timóteo retornou, trazendo notícias de que aqueles irmãos haviam abandonado totalmente a idolatria e perseveravam na fé e no amor, Paulo se alegrou e passou a amá-los ainda mais por causa da vida santa que eles viviam. 

3.   O amor deve nortear a nossa vida na igreja local. Vivemos na atualidade, um tempo de muito egoísmo e individualismo. As pessoas que não servem a Deus já vivem isso por natureza, pois não buscam a Deus, que é a fonte do amor. Entretanto, este comportamento egoísta tem adentrado em nosso meio. Jesus, em seu Sermão profético, alertou que o amor de muitos esfriaria, com o aumento da iniquidade. 

Hoje vemos muitas pessoas que não trabalham para promover o amor e a harmonia entre os irmãos. Vivem a falar mal uns dos outros, provocando discórdias e confusões. Mas, este comportamento não é compatível com a Igreja do Senhor. Jesus disse que seríamos reconhecidos como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros (Jo 13.35). Paulo também falou que "todas as nossas coisas devem ser feitas em amor." (1 Co 16.14). O apóstolo João também falou que "aquele não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.'' (1 Jo 4.8). Portanto, o amor é o verdadeiro cartão de identidade do cristão.


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REFERÊNCIAS: CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do apóstolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021. LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses: Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Editora Hagnos. pag. 13-16; 38-39. HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento: ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 651. LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: Como Resolver Conflitos na Igreja. Editora Hagnos. pag. 82. CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 4. pág. 65, 71.



27 setembro 2021

INTRODUÇÃO AO 4⁰ TRIMESTRE DE 2021: A VIDA DO APÓSTOLO PAULO



Graças a Deus, estamos iniciando mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudaremos um trimestre temático, sobre a vida e o ministério do Apóstolo Paulo. 

 

O comentarista deste trimestre é o renomado pastor Elienai Cabral, nascido em vinte e três de dezembro de 1945, em Mafra - SC, e filho do pastor Osmar Cabral e de Jardelina Cabral. Pr. Elienai Cabral é conferencista internacional, teólogo, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD). Desde 1985 é comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; autor dos livros: Comentário Bíblico de Efésios, Mordomia Cristã, A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios, Comentário Bíblico de Romanos, A Síndrome do Canto do Galo, Josué – Um líder que fez diferença, Parábolas de Jesus e O Pregador Eficaz, todos publicados pela CPAD. Foi membro do Conselho Administrativo da CPAD e por vários mandatos presidiu a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Atualmente, é o Consultor Doutrinário da CPAD. 

 

O apóstolo Paulo, sem dúvida nenhuma, é o personagem mais importante da história do Cristianismo, depois do próprio Cristo. Foi ele o responsável por sistematizar as principais doutrinas cristãs e expandir o Cristianismo para além das fronteiras da Palestina. 

Não temos informações precisas sobre a data de nascimento do apóstolo Paulo. Mas, a tradição da Igreja romana afirma que ele nasceu no ano 9 d.C. Orlando Boyer, por sua vez, diz no Livro Pequena Enciclopédia Bíblica que foi no ano 1 d.C.

Paulo nasceu na Cidade de Tarso, capital da Cilícia, uma província romana, que fica no atual território da Turquia. Era filho de pais israelitas, descendentes da tribo de Benjamim, a mesma de Saul, que foi o primeiro rei de Israel. Por isso, o seu nome hebraico era Saulo, uma variante de Saul. Paulo era o seu nome romano. Ao contrário do que muitos dizem, o nome de Saulo não foi mudado para Paulo. Saulo era o nome, pelo qual, ele era conhecido na comunidade israelita e Paulo, o seu nome no Império romano. 

 

Os pais de Saulo, eram influentes e pessoas de posses. Isto porque Paulo foi enviado para Jerusalém para estudar a Lei mosaica, com o rabino Gamaliel, um dos mais influentes fariseus da época. Estudar naquela época custava muito caro. Além disso, Saulo era detentor do título de cidadão romano desde o nascimento. Este título era adquirido por uma boa quantia em dinheiro, ou por serviços relevantes prestados ao império.

 

Em Tarso, Saulo também estudou a filosofia grega. Em seus discursos no Livro de Atos e em suas epístolas, vemos várias citações dos filósofos gregos. Saulo também tinha conhecimento do direito romano. Em seus depoimentos a Festo, Félix e Agripa, isso fica bem evidente. O rei Agripa, ao ouvir o longo discurso de Paulo em sua própria defesa, exclamou: 

– Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!

 

O Espírito Santo usou todo o arcabouço religioso, cultural e acadêmico de Saulo, para torná-lo o apóstolo dos gentios. Paulo empreendeu três viagens missionárias pelo mundo conhecido da sua época, plantando Igrejas, discipulando e formando  novos obreiros. 

 

Paulo também foi muito usado pelo Espírito Santo na formação do Novo Testamento. Treze ou catorze (pois alguns consideram que ele escreveu também a Epístola aos Hebreus) dos vinte e sete livros do Novo Testamento foram escritos por ele. Paulo escreveu as Epístolas: aos Romanos, as duas epístolas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, 1 e 2 aos Tessalonicenses, 1 e 2 a Timóteo, a Tito e a Filemon.


Segue abaixo, um pequeno resumo das treze lições deste trimestre: 


Lição 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo

Na primeira lição estaremos o mundo do apóstolo Paulo em três aspectos: 

1. Os detalhes da vida de Paulo no império romano;

2. O aspecto cultural do apóstolo Paulo, no domínio do grego Koiné, na diversidade religiosa e filosófica, da cultura grega;

3. O aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. 

Estes três aspectos contribuíram muito para a propagação do Evangelho, tanto aos judeus quanto aos gentios. 

 

Lição 2 - Saulo de Tarso: o Perseguidor da Igreja

Esta lição destaca a vida de Saulo como grande perseguidor da Igreja, antes de conhecer a Cristo. Em Damasco e Jerusalém, com autorização das autoridades religiosas, Saulo empreendeu uma implacável caçada aos cristãos, arrastando homens e mulheres pelas ruas e conduzindo-os às prisões. Ele foi um dos responsáveis pela morte de Estevão. Vemos nesta lição que a perseguição contra a Igreja é, na verdade, uma perseguição contra o próprio Jesus. 


Lição 3 - A Conversão de Saulo de Tarso

Nesta lição, temos os detalhes da conversão de Saulo, o implacável perseguidor dos Cristãos, a Cristo. A conversão de Saulo foi um ato da Graça de Deus, pois, o próprio Jesus tomou a iniciativa de ir ao seu encontro, no caminho de Damasco, quando ele ia em busca de cristãos, para levá-los à prisão. Vemos também nesta lição que, a conversão do homem começa no arrependimento e prossegue pela transformação do seu caráter. Saulo nunca mais foi o mesmo, após o encontro com o Senhor.  No processo de conversão, o Espírito Santo transforma o intelecto, as emoções e as vontades do ser humano. 

 

Lição 4 - Paulo: a Vocação para Ser Apóstolo

Nesta lição falaremos sobre o chamado de Paulo para ser apóstolo. Paulo não conviveu com Jesus e não fez parte do colégio dos doze apóstolos. Mas, ele foi chamado pelo próprio Jesus para ser apóstolo. Esta chamada teve início na presciência de Deus, que é o atributo divino, pelo qual, Ele conhece o futuro antecipadamente. A visão do Cristo ressurreto mudou completamente a vida de Saulo. Depois, o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido, foi a escola de Deus para prepará-lo para o apostolado. 


Lição 5 - Jesus Cristo, e este Crucificado — A Mensagem do Apóstolo.

O cerne da mensagem de Paulo era o Cristo crucificado ou a cruz de Cristo. A ideia de alguém morrer crucificado para salvar os outros era considerada um escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas Paulo, não obstante, todo o seu conhecimento da Lei mosaica e da filosofia grega, não se ocupava com estes temas em suas pregações. As palavras chaves da sua pregação eram o Cristo crucificado e o Cristo ressurreto. O resumo da mensagem pregada por Paulo era: "Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio a este mundo para morrer pelos pecadores, dos quais eu sou o principal."


Lição 6 - Paulo no Poder do Espírito

Esta lição destaca o aspecto pentecostal do ministério do apóstolo Paulo. Paulo escrevendo aos Coríntios, disse quea sua mensagem não consistia em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Poder do Espírito Santo.” 

De fato, as suas viagens missionárias foram conduzidas pelo Espírito Santo. Houve lugares que ele foi, obedecendo à orientação do Espírito Santo e houve lugares, que o Espírito não permitiu que ele fosse. Onde ele passava, o Espírito Santo operava sinais e maravilhas através dele. 

Paulo teve o cuidado de esclarecer aos cristãos de Éfeso e também a Apolo, sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo. Depois, escrevendo a Timóteo, sobre os requisitos para o episcopado, Paulo falou que o bispo deve ser cheio do Espírito Santo. 


Lição 7 - Paulo: o Plantador de Igrejas

Paulo era um dos doutores da Igreja de Antioquia, junto com Barnabé e outros. Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo ordenou que a Igreja os separasse para uma obra que Ele havia chamado. A partir daí, a Igreja os despediu para a obra missionária. Paulo e Barnabé seguiram pelo mundo pregando nas sinagogas e nas praças e plantando Igrejas. 

Refletiremos também nesta lição sobre as características do plantador de Igrejas e os seus desafios no mundo atual.


Lição 8 - Paulo: o Discipulador de Vidas

Falaremos nesta lição sobre o trabalho do apóstolo Paulo como discipulador. O método de discipulado do apóstolo Paulo consistia em primeiro pregar aos pecadores e, em seguida, ensiná-los de forma sistematizada as Doutrinas Cristãs. 

Deve haver, por parte da liderança da Igreja, um equilíbrio entre a pregação evangelística aos pecadores e o discipulado aos crentes. O evangelismo busca as pessoas para Cristo, com a pregação do Evangelho. O discipulado, por sua vez, fornece as bases da Doutrina Cristã, para que a pessoa conheça, de fato, a Cristo e se torne um verdadeiro discípulo do Senhor. 


Lição 9 - Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados

Paulo tinha uma preocupação enorme com a escolha e formação de novos obreiros, que pudessem dar continuidade aos trabalhos por ele iniciados. Não à toa, ele escreveu as cartas pastorais a Timóteo e a Tito, pastores mais jovens, que eram seus cooperadores, dando-lhes orientações muito importantes para o exercício do ministério pastoral. Paulo sabia que o seu martírio era iminente, pois, a perseguição à Igreja, principalmente aos líderes, era intensa. 

Em seu discurso emocionado de despedida aos anciãos da Igreja de Éfeso, pouco tempo antes da sua prisão, Paulo fez importantes recomendações a eles, em relação à Igreja, para depois da sua partida. Paulo alertava constantemente aos novos obreiros acerca dos perigos representados pelos judaizantes e gnósticos. Fica aqui uma grande lição para os pastores mais antigos, para prepararem obreiros mais novos para os sucederem na liderança da Igreja, pois, não somos eternos. 


Lição 10 - Paulo e seu Amor pela Igreja

Nesta lição, abordaremos o amor que Paulo nutria pela Igreja de Cristo. Paulo dedicava um amor de pai para filho, a todas as Igrejas. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que sofria por eles “as dores de parto”, até que Cristo fosse gerado neles (Gl 4.19). O amor, a fé e a esperança são virtudes que aparecem sempre juntas nos escritos de Paulo. (1 Co 13.13; 1 Ts 1.3). No capítulo 13 da primeira Epístolas aos Coríntios, Paulo nos ensina que o amor é superior a todos os dons espirituais. Devemos seguir o exemplo de Cristo amar a Igreja do Senhor, nos doando por ela. 


Lição 11 - O Zelo do Apóstolo Paulo à Sã Doutrina

Estudaremos nesta lição, o zelo do apóstolo Paulo pela Sã Doutrina. Aliás, a expressão “Sã Doutrina” é um conceito de Paulo no Novo Testamento  (2 Tm 4.3-4) e se refere a todo o ensino dos apóstolos. Falaremos nesta lição sobre os conceitos de ortodoxia e heterodoxia. A ortodoxia é a doutrina que é coerente com os ensinos de Cristo e dos seus apóstolos. A heterodoxia é o oposto disso. São doutrinas de homens e de demônios. 

Falaremos ainda nesta lição sobre as ameaças e corrupção doutrinárias nos dias de Paulo, que eram as fábulas e genealogias intermináveis dos judaizantes, os cultos aos anjos, os costumes pagãos, o gnosticismo, etc. Por último, veremos que a Igreja é a guardiã da Sã Doutrina, ou a coluna e firmeza da verdade, nas palavras do apóstolo Paulo. O maior antídoto contra as heresias é o ensino sistemático da Palavra de Deus, principalmente, a Escola Bíblica Dominical, Escola Bíblica de Obreiros e Simpósios doutrinários. 


Lição 12 - A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte

O apóstolo Paulo, durante a sua vida, tinha plena consciência de que é inerente ao cristão, padecer por Jesus. Ele dizia que “trazia no corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6.17). Estas marcas se referiam aos açoites e sofrimentos que ele passou pelo Evangelho. 

Paulo também vivia em constante expectativa de que poderia morrer a qualquer momento por causa do Evangelho. Mas, ele tinha plena consciência de que a morte não era o fim para o cristão e, por isso, tinha coragem para enfrentar as ameaças de morte. 

Falaremos por último nesta lição, sobre as acusações mentirosas contra ele apóstolo Paulo e sobre a sua prisão no templo de Jerusalém. Paulo era acusado falsamente pelos judeus de ensinar aos judeus que viviam entre os gentios, a violarem a lei de Moisés e a não circuncidarem os seus filhos. Entretanto, mesmo que isso não representasse nada para a Salvação, não era isso que Paulo ensinava. Quando Paulo chegou ao Templo em Jerusalém e foi reconhecido pelos judeus, quase foi linchado. Só escapou, porque o comandante do Exército, Cláudio Lísias, mandou algemar Paulo, retirou-o imediatamente do local e o conduziu à Fortaleza Antonia, quando descobriu que se tratava de um cidadão romano. 


Lição 13 - A Gloriosa Esperança do Apóstolo Paulo

Nesta última lição, falaremos sobre a esperança gloriosa que Paulo tinha de em breve partir e estar com o Senhor. Segundo Paulo, isso é incomparavelmente melhor do que permanecer neste mundo, mesmo servindo a Deus e fazendo a Sua Obra. 

Falaremos sobre a consciência que Paulo tinha diante da morte. O  Espírito Santo já havia revelado a Paulo que a sua partida estava próxima. Ele estava preso, quando escreveu a segunda carta a Timóteo e sabia que seria executado. Mas, ele não se desesperou diante da morte e a enxergava como uma oferta a Deus. 

Trataremos da doutrina de Paulo sobre a vinda do Senhor. A lição fala também a respeito das duas fases da vinda do Senhor: O arrebatamento da Igreja e manifestação de Cristo, e sobre a grande tribulação. Por último, falaremos a respeito do significado da expressão "tempos e as estações" até a volta do Senhor. 

Nestes tempos trabalhosos, que a Igreja do Senhor atravessa, com a multiplicação da iniquidade, o esfriamento do amor e a proliferação de falsos mestres e falsos ensinos, a vida e o ministério do apóstolo Paulo tem muito a nos ensinar. 


Bons estudos! 


Deus os abençoe, 


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Pb. Weliano Pires


24 junho 2021

BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS


Neste segundo tópico falaremos sobre as qualidades dos ‘bons despenseiros’ dos mistérios divinos. O apóstolo Pedro exortou a igreja, sobre a administração dos dons. Para isso, ele usou a figura do despenseiro, que, antigamente, era o homem que cuidava da despensa. Era alguém de total confiança do patrão, que cuidava da aquisição, conservação e distribuição dos mantimentos.

Os despenseiros de Deus são os responsáveis pela “despensa divina”, portadores dos dons que Deus lhes concedeu para a edificação, exortação e consolação da Sua Igreja. Os despenseiros não são donos dos dons e devem usá-los com fidelidade, pois, terão que prestar conta ao Senhor. Há algumas virtudes descritas na Bíblia que os despenseiros devem apresentar: sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.

1. Sobriedade e vigilância. O despenseiro é um administrador do depósito de alimentos. Ele deve manter este depósito abastecido e retirar dele o melhor para a família. Na metáfora usada na Bíblia, os ministros e os portadores de dons espirituais são despenseiros da Casa de Deus (Tt 1.7) e, como tal, devem ser irrepreensíveis. Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério. (1 Tm 3.2).

A sobriedade fala de moderação, temperança e equilíbrio. O despenseiro nunca pode se descontrolar. Todo cristão deve ser sóbrio ou moderado, pois, o domínio próprio faz parte do fruto do Espírito, como veremos a seguir. O apóstolo Pedro escreveu: “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo.” (1 Pe 1.13). No caso dos ministros, esta exigência aumenta, pois, eles administram não apenas a própria vida, mas, a Casa de Deus. 

Outra exigência, junto com a sobriedade, é a vigilância. Vigiar significa estar alerta e agir sempre com cuidado para não expor a riscos a si mesmo e aos outros. No sentido bíblico é estar alerta para não cair nas ciladas do adversário e não pecar. 

2. Amor e hospitalidade. Muitas palavras perdem o seu real significado com o passar do tempo, ou tem mais de um significado. Com a palavra amor não é diferente. No grego há quatro palavras, que são traduzidas por amor:

a. Ágape. Amor perfeito, incondicional e de Deus. É o amor descrito em 1 Coríntios 13. 

b. Philia. Amor fraternal entre as pessoas. É daí que vem a palavra filantropia. 

c. Eros. Amor romântico da relação íntima entre homem e mulher. Esta palavra deu origem à palavra “erótico”.

d. Storge. Amor pelos familiares e pessoas próximas. 

Paulo diz que "todas as vossas coisas devem ser feitas com amor." (1 Co 16.14). Diz também que os dons espirituais sem amor não valem nada. (1 Co 13.1-3). O amor exigido na Bíblia não é um sentimento e sim uma escolha. Esse amor provém de Deus, que ama a quem não merece ser amado. Os despenseiros, portanto, devem agir sempre movidos pelo amor, que não busca os próprios interesses, não faz acepção de pessoas e jamais fará mal ao próximo. 

A hospitalidade faz parte do amor ao próximo. Nos tempos bíblicos, as pessoas viajavam por vários dias a pé, a cavalo, ou em embarcações primitivas, e necessitavam de hospedagem para dormir e se alimentar. Não existiam hotéis e pousadas como hoje. Então, hospedar alguém em casa era uma questão humanitária. Inclusive, os missionários necessitavam muito deste apoio dos irmãos, pois andavam de cidade em cidade, enfrentando longas e cansativas viagens. 

Nos dias atuais, no entanto, é preciso muita cautela com a hospitalidade, por causa da questão segurança da família. Muitos se fingem de cristãos e se receberem abrigo em nossas casas, podem nos furtar e cometerem outros crimes contra os nossos familiares. 

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade. O despenseiro não é dono do dom ou ministério e não pode usá-lo para interesses pessoais, ou para agradar a quem quer que seja. O Senhor nos confiou os seus dons para servirmos à Igreja, de forma a agradar a Deus. Não importa qual seja o dom, tudo vem de Deus e é a Ele que devemos agradar. Devemos servir ao Senhor com fidelidade, pois, iremos prestar contas daquilo que recebemos.  “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10).


Pb. Weliano Pires


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...