VERDADE PRÁTICA:
“No Reino de Deus, a liderança mais antiga zela pelas lideranças mais novas. Os jovens vocacionados precisam de cuidado e zelo.”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 20.17-34
17- De Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.
18- E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós,
19- Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram;
20- Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
21- Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
22- E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer,
23- Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações.
24- Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
25- E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
26- Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos.
27- Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
28- Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
29- Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;
30- E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
31- Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
32- Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.
33- De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a vestes.
34- Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Apontar é fixo como ponto de partida do aprendizado dos vocacionados;
Assinalar ou legado doutrinário de Paulo para os novos líderes;
Enfatizar o apelo de Paulo aos líderes.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Uma das lições mais extraordinárias no ministério de Paulo é o seu investimento pessoal em formar novos obreiros. O apóstolo sabia que ele passaria brevemente, mas a Igreja permaneceria. Ele tinha uma consciência histórica a respeito da obra divina. Essa obra não terminaria nele, pelo contrário, avançaria até a volta de Jesus. É muito significativo conscientizar-se de que o Reino de Deus é muito maior do que qualquer interesse humano. A obra de evangelização e discipulado não pode parar por falta de novos obreiros. O Senhor chama as antigas lideranças para cuidar das mais novas, pois “grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2).
PONTO CENTRAL: A Liderança mais antiga deve cuidar das mais novas
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar sobre o grande legado do apóstolo Paulo para os obreiros da atualidade. Sua maneira de ensinar os novos vocacionados, seu legado doutrinário para novos obreiros e seus apelos aos líderes do rebanho de Deus. Temos muito o que aprender com a vida e o ministério do apóstolo dos gentios. Que o Espírito Santo fale aos nossos corações!
I – ÉFESO, O PONTO DE APRENDIZADO DO VOCACIONADOS
1. O ponto de partida. Em lição anterior, vimos que Antioquia foi o lugar de desenvolvimento vocacional do apóstolo Paulo (At 13.1). Em Éfeso, o apóstolo permaneceu mais tempo e, por isso, dali surgiu um local estratégico para formar novos discípulos. Assim, preparar seus colaboradores vocacionados para atuar nas igrejas da Ásia era uma tarefa importante, pois o ministério de Paulo já estava mais independente dos apóstolos de Jerusalém, embora não perdesse a comunhão com a igreja mãe. Logo, sem uma boa preparação dos novos líderes, a obra de Deus não pode ser feita com eficácia. É preciso cuidar das novas vocações.
2. Paulo e o despertamento de novas vocações. O ministério de Paulo tomou uma proporção muito ampla Era um ministério internacional. Para levar as Boas Novas aos centros culturais do mundo, ele não podia atuar sozinho. Por isso, o apóstolo arregimentou e investiu em pessoas que o auxiliassem a levar o Evangelho. Podemos citar nomes como os de Timóteo, Sópatro, Segundo, Trófimo (At 20.4), Tiquico (Ef 6.21,22: Cl 4.7:2 Tm 4.12; Tt 3.12), Tito, Aristarco (CL 4.10), Filemom, Gaio e tantos outros Essas pessoas recebiam ensinos diretamente de Paulo, ou seja, o ministério do apóstolo despertava novas vocações.
3. Paulo, um mestre inspirado. O apóstolo Paulo aproveitou a boa vontade de seus “filhos na fé” para aprendizado no Evangelho. Nesse sentido, ele tornou-se um mestre inspirado para os que o ouviam (2 Co 2.12.13.17; 1 Co 4.17: 7.40; Gl 1.8,9), pois o apóstolo recebera revelações do próprio Senhor (Gl 1.12). Assim, Paulo reunia vocacionados para dar-lhes instruções de como pastorear a igreja local. Não por acaso, temos três epístolas paulinas denominadas de “cartas pastorais” (1 e 2 Timóteo, Tito). Ali, há instruções sobre como pastorear uma igreja, falar com diversas pessoas da igreja local, segundo suas faixas etárias. A constituição e a preparação de novos líderes era um cuidado constante do apóstolo, Esse deve ser o nosso cuidado também, pois a estabilidade ministerial da igreja local depende disso.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Éfeso foi um ponto de partida para o despertamento de novos vocacionados.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Tenha um olhar atento para que tipo de atenção o aluno tem. Temos pelo menos três tipos: a espontânea, a passiva e a voluntária. A espontânea tem a ver com a reação natural em relação aos nossos sentidos como, por exemplo, um susto; a passiva, tem a ver com a reação diante de um objeto em direção ao indivíduo; a voluntária é a que o indivíduo executa por consciência e vontade própria. A classe da Escola Dominical pode ajudar o aluno a desenvolver essa atenção voluntária tão importante para qualquer área da vida. Para obedecer a Cristo é preciso estar voluntariamente atento aos seus ensinos. Pense em estratégias que resultem no maior envolvimento voluntário do aluno com o conteúdo da lição.
II – O LEGADO DOUTRINÁRIO DE PAULO PARA OS NOVOS LÍDERES
1. A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos.
a. Quem eram os judaizantes? Durante o ministério de Paulo, muitos judeus acolheram a mensagem apostólica e tornaram-se cristãos, mas nem todos aceitavam a liberdade cristã dos gentios. Por isso, alguns deles torceram o ensino do apóstolo, afirmando que a salvação dos gentios dependia da observância da Lei Mosaica. Assim, exigiam que os gentios convertidos observassem a Lei, tais como alguns aspectos: a prática da circuncisão, a guarda do sábado judaico a observância dos ritos que envolviam datas e comidas. Parecia que a graça de Deus não era mais suficiente. Contra isso, Paulo se levantou corajosamente (Gl 1.6-9). E o legado que ele nos deixou foi a defesa intransigente quanto à natureza graciosa da salvação. Disso, nenhum líder cristão pode abrir mão: a Salvação é por graça e não por mérito humano.
b. Quem eram os gnósticos? Havia cristãos adeptos do gnosticismo. Eles acrescentavam elementos filosóficos à fé cristã que corrompiam a sã doutrina. Era uma filosofia prejudicial ao evangelho que Paulo ensinou. Os gnósticos se consideravam mais espirituais que os demais. Para eles, o espírito era mais importante que o corpo, e ensinavam que o corpo é matéria imprestável. Da implicação desse ensino resultava a banalização da graça de Deus. Uma graça que não requer arrependimento, santidade e disciplinas espirituais não é graça verdadeira. O apóstolo Paulo refuta esse falso evangelho, dizendo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Seu legado para nós no século XXI: não banalize a maravilhosa graça de Deus.
2. O compromisso de Paulo com o Senhor (At 20.19). O apóstolo não se preocupava apenas em lidar com os falsos ensinos que deturpavam a fé cristã. Ele preocupava-se em viver de maneira coerente com o que ensinava Por isso, sua vida era sem ostentação, pois desejava refletir a humildade de Cristo (At 20.18). Em sua despedida dos obreiros de Éfeso, o apóstolo procurou deixar um testemunho de amor ao Senhor e à sua Igreja. Nesse sentido, aprendemos com Paulo que não podemos pensar numa coisa, desejar e executar outra. Agir assim é viver numa profunda incoerência e confusão espiritual. É preciso pregar os ensinos de Cristo e refleti-los tanto na vida privada quanto na pública.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A advertência de Paulo a respeito dos judaizantes e dos gnósticos revela compromisso com o Senhor, maior legado do apóstolo às novas gerações.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Judaizantes
Um termo extra bíblico designado aqueles que agiram como judeus e/ou buscavam assim influenciar outros baseado na acusação de Paulo de que a atitude de Pedro forçaria os gentios judaizarem-se (Gl 2:14). Os comentários referem-se a homens como judaizantes que buscavam impor a circuncisão judaica e outros legalismos sobre as gentios como, por exemplo, os falsos irmãos que queriam levar toda a igreja para a escravidão da lei (Gl 2.4), e aqueles que ensinavam: "Se vos não circuncidardes… não podeis salvar-vos". (At 15.1), Paulo atacou os Judaizantes na Galácia que obrigavam os homens a se circuncidar (Gl 6:17)
Gnosticismo
Atualmente se aceita que o movimento surgiu em um ambiente judaico-cristão. Isto não nega a presença de prováveis elementos pré-cristãos no gnosticismo. [É evidente que o movimento teve início em um ambiente hebraico-cristão [-] [Os gnósticos acreditavam em uma divindade transcendente indescritível que é puramente espírito.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD 2006, pp.871, 1103).