30 outubro 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: ORANDO, CONTRIBUINDO E FAZENDO MISSÕES

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição, estudamos sobre missões na perspectiva pentecostal. Vimos a relação intrínseca que há entre a obra missionária e o poder do Espírito Santo. O Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém (Lc 24.49; At 1.4). Os discípulos aguardaram a promessa e, após serem cheios do Espírito Santo, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 

No primeiro tópico, falamos sobre a Perspectiva Pentecostal de missões. Falamos sobre o significado de ser evangélico, que é uma designação para os adeptos das teses da Reforma Protestante. Depois, falamos sobre o que é ser pentecostal, que é uma referência aos evangélicos que crêem na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. Por último, falamos das contribuições pentecostais para a obra missionária. 

No segundo tópico, falamos da obra missionária depois do pentecostes. A causa da obra missionária da primeira igreja foi a descida do Espírito Santo. Falamos do avanço missionário da Igreja Primitiva após o Pentecostes, destacando principalmente os trabalhos de Filipe, Pedro, Barnabé e Paulo. Por último, vimos que Deus não faz acepção de pessoas, citando como exemplo a pregação do apóstolo Pedro na casa do centurião Cornélio.

No terceiro tópico falamos da relação entre a ação do Espírito Santo e a Obra Missionária.  Discorremos sobre a função do Espírito na obra missionária, como por exemplo, ungir, inspirar, separar e enviar missionários ao campo. Vimos também que o Espírito Santo capacita os seus servos para a obra. Por último, vimos que Deus age por meio do Espírito Santo. O Deus dos pentecostais não é como o deus dos deístas, que criou o universo e se afastou deles. Deus não apenas criou todas as coisas, mas as sustenta e intervém nas coisas criadas


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: ORANDO, CONTRIBUINDO E INDO FAZENDO MISSÕES


Nesta lição mudaremos o foco para o aspecto prático da obra missionária. Estudaremos o tripé da responsabilidade da Igreja na missão: orar, contribuir e ir. A missão é uma responsabilidade de todos os crentes, sem dúvida nenhuma. Porém, nem todos são chamados para ir ao campo missionário. Alguns são chamados para ficar na Igreja local e dar suporte aos que são enviados ao campo em oração e no sustento. Nas próximas três lições falaremos mais detalhadamente sobre isso.


Deus convoca a todos para fazer missões, mas cada um tem a sua participação específica na missão. A Igreja de Antioquia estava em uma reunião de oração e jejum e o Espírito Santo mandou separar Barnabé e Saulo para uma obra especial, que era a missão transcultural. Os demais irmãos ficaram em Antioquia, orando, fazendo missão local e enviando recursos, como veremos na lição 12.


No primeiro tópico, falaremos sobre a oração pela causa de missões. Falaremos da importância da oração para a obra missionária, tomando como exemplo o apóstolo Paulo, que mesmo sendo grande missionário, sempre rogava a oração das Igrejas por ele. Falaremos da oração pela obra missionária com duas finalidades: Primeiro, a intercessão para que os corações dos pecadores se abram para o Evangelho e pelos missionários, para que tenham ousadia na pregação e proteção de Deus; segundo, a intercessão pelo despertamento da Igreja local, para que se envolva com as missões. 


No segundo tópico, falaremos das contribuições para as missões. Primeiro trataremos da questão do sustento dos missionários, apresentando o fundamento bem bíblico tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento de que o obreiro é digno do seu salário. Depois, veremos que contribuir para a missão é ajuntar tesouros no céu. Os frutos da obra missionária serão revelados e recompensados na eternidade. Aqueles que contribuíram também receberão o seu galardão. Por último, veremos que contribuir para missões é um privilégio. É gratificante para um crente fiel, saber que as suas contribuições financeiras foram usadas para distribuir Bíblias, plantar Igrejas e salvar almas pelo mundo. 


No terceiro tópico, falaremos do chamado para ir ao campo missionário. Veremos que Deus quer usar cada crente na obra missionária e todos nós devemos estar prontos para ir onde Ele nos mandar. Há campos específicos para todos e não é necessário mudar de país para fazer missões. Na sequência, falaremos da chama missionária, citando exemplos de profetas e do apóstolo Paulo, que foram chamados diretamente pelo Senhor para uma missão específica. Falaremos também do caráter e testemunho do missionário. Não basta ser chamado por Deus, é preciso fazer a diferença no campo missionário como sal da terra e luz do mundo. Por último, falaremos do perfil do vocacionado. Além de ser chamado por Deus, o missionário precisa cumprir outros requisitos como ser cheio do Espírito Santo, não ser neófito, ser aprovado pela Igreja e ter preparo. 


REFERÊNCIAS:


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 51-63.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.39. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023.

ALVES, José. Missão Urbana: Estratégias para a Conquista de Cidades. 1.ed. Rio de Janeiro: 2020, p.63

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: 2004, pp.1495

27 outubro 2023

A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 05: Uma perspectiva pentecostal de missões)

Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos da ação do Espírito santo e a obra missionária. Discorreremos sobre a função do Espírito na obra missionária, como por exemplo, ungir, inspirar, separar e enviar missionários ao campo. 

Depois, veremos que o Espírito Santo capacita para a obra. Nós os pentecostais não fazemos missões com base em méritos humanos, mas cremos que o Espírito Santo nos dirige e nos capacita para fazer missões. 

Por último, veremos que Deus age por meio do Espírito Santo. O Deus dos pentecostais não é como o deus dos deístas, que criou o universo e se afastou deles. Nós cremos no Deus que criou todas as as coisas, mas também sustenta todas as coisas e intervém nas coisas criadas, principalmente na humanidade. 


1. A função do Espírito na obra missionária. Vimos no tópico anterior como foi a dinâmica da obra missionária na Igreja Primitiva, após o Pentecostes. Após o revestimento de poder, os discípulos que outrora eram tímidos e cheios de dúvidas, agora pregavam ousadamente a Palavra de Deus e realizavam milagres, sem nada temer. 


Isso aconteceu porque o Espírito Santo era o protagonista, ou seja, Ele conduzia a missão da Igreja. Os discípulos eram apenas os coadjuvantes, que buscavam a Deus em oração e se submetiam à orientação do Espírito Santo, em tudo o que faziam. Vemos no Livro de Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo chamando pessoas para a obra missionária (At 13.1-3), guiando missionário para falar com uma pessoa (At 8.29), proibindo missionário de ir a uma cidade (At 16.7), etc.


O Espírito Santo tem inúmeras funções na obra missionária, pois é Ele quem a dirige. O comentarista destaca que o Espírito Santo unge, separa, inspira e envia missionários. Falaremos um pouco agora sobre a unção do Espírito Santo e no próximo subtópico falaremos sobre a inspiração, separação e envio de missionários pelo Espírito Santo. 


Quando falamos de ungir, precisamos entender o significado de unção na Bíblia. Em sentido literal, ungir significa derramar óleo em uma pessoa ou objeto, consagrando-o para um serviço ou finalidade específica. Por isso a expressão "óleo ungido" é descabida. Seria o mesmo que dizer "água molhada". No Antigo Testamento, quando se tratava de unção de pessoas, através deste ato simbólico, a autoridade de Deus era conferida à pessoa ungida. Esta autoridade conferida é chamada de unção. 


No Novo Testamento, o Espírito Santo unge ou concede autoridade às pessoas para executarem a obra de Deus. Jesus, por exemplo, é “o Ungido” (Hb. Mashiach; Gr. Christos) de Deus. Um missionário ungido pelo Espírito Santo é alguém que recebeu de Deus a autoridade para realizar esta obra. No Novo Testamento não há o uso de óleo como no Antigo Testamento, pois era simbólico. O único caso em que se usa óleo no Novo Testamento é para ungir os enfermos e deve ser feito pelos presbíteros da Igreja (Tg 5.14,25). À luz do Novo Testamento, não é correto derramar óleo para ordenar obreiros, distribuir óleo ou sair por aí ungindo objetos e imóveis, como se o óleo fosse algo milagroso. Isso é chamado de animismo, que é a idéia de atribuir poderes a objetos inanimados, crendo que um espírito se conecta a eles. 


2. O Espírito Santo capacita para a obra. A obra missionária é conduzida totalmente pelo Espírito Santo. Portanto, ele escolhe, envia e capacita missionários para realizarem esta obra. O envio de missionários pelo Espírito Santo é indispensável. A Igreja apenas reconhece o chamado do Espírito Santo e, sob a orientação dele, ordena ao ministério e envia ao campo. 


A Igreja de Antioquia estava em uma reunião de oração e jejum e o Espírito Santo ordenou que eles separassem Barnabé e Saulo para a obra missionária. A Igreja não escolheu, ela apenas cumpriu a ordem de enviar os escolhidos. É lamentável ver Igrejas oferecendo ministérios e cargos para atrair pessoas. 


A inspiração do Espírito Santo, mencionada pelo comentarista, é uma referência ao sopro na mente dos escritores bíblicos para escrever as Escrituras. Neste aspecto, não existe mais inspiração, pois a Palavra de Deus está completa e ninguém recebe inspiração para escrever ou falar algo que possa ser considerado Palavra de Deus, inerrante, infalível e perfeita. 


Entretanto, o Espírito Santo ilumina a nossa mente para compreendermos a palavra de Deus e nos capacita a transmiti-la com sabedoria e graça. O Espírito Santo tem a mensagem certa para cada pessoa. Portanto, o missionário deve buscar a Deus em oração e pedir que Ele lhe conceda a mensagem a ser pregada. Não se faz missões com palavras persuasivas de sabedoria humana, mas com aquelas que o Espírito Santo concede (1 Co 1.1,13). Por outro lado, o Espírito Santo atua também no coração dos ouvintes para que entendam e creiam mensagem pregada. 


3. Deus age por meio do Espírito Santo. Aqui, o comentarista cita a obra Verdades Pentecostais, do saudoso pastor Antonio Gilberto, para descrever a assistência do Espírito Santo na obra missionária. Na sequência, ele repete o que falamos acima, dizendo que o Espírito Santo “escolhe, envia, capacita e direciona os evangelizadores". Esta assistência contínua e direcionamento do Espírito Santo na Igreja Primitiva está bem patente no Livro de Atos. Vemos a ação contínua do Espírito Santo em todos os momentos da Igreja, seja no chamamento, no direcionamento, nas revelações e até no consolo aos cristãos nas prisões e tribulações. 


Por causa desta ação contínua do Espírito Santo descrita no Livro de Atos dos Apóstolos, alguns estudiosos sugerem que o título deste livro deveria ser Atos do Espírito Santo e não dos apóstolos. De fato, é bem provável que o livro originalmente não tivesse título. Alguns manuscritos o intitulam apenas como “Atos” (Gr. praxeis, que descreve as realizações de grandes homens). Considerando que o Livro traz os relatos dos primeiros passos da Igreja Cristã, liderada pelos apóstolos, foi acrescentado ao título a expressão “dos apóstolos”. O título mais apropriado seria realmente “Atos do Espírito Santo”, pois o Livro registra uma Igreja dirigida pelo Espírito Santo, que por meio dos apóstolos operou sinais e maravilhas e possibilitou a expansão do Cristianismo por todo o mundo conhecido da época. 


O comentarista acrescenta ainda que o Deus da Bíblia não é “deísta”. O  Deísmo acredita que Deus criou o Universo deu-lhe as suas leis de funcionamento e se afastou dele. O Deísmo também endeusa a razão. O Deus da Bíblia é “teísta”, ou seja, é um Deus pessoal, que se importa e se relaciona com o ser humano. Sendo Deus, o Espírito Santo habita em nós e age no meio da Igreja, conduzindo e dirigindo a sua ação. 


Uma Igreja sem a atuação do Espírito Santo é como um corpo humano sem  o espírito. Num primeiro momento, esfria totalmente. Depois, é tomado por vermes e bactérias. Depois, entra em estado de decomposição. A Igreja sem a ação do Espírito Santo cai na frieza ou indiferença espiritual. Depois se torna alvo dos falsos mestres com as suas heresias destrutivas. Com isso, acaba morrendo espiritualmente, como a Igreja de Sardes (Ap 3.1). 


REFERÊNCIAS: 

GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 40-52.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.38. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023, pp. 30-41.

POMERVILLE, Paul A. A Força Pentecostal em Missões: Entendendo a Contribuição dos Pentecostais na Teologia Missionária Contemporânea. 1ª. Ed. Rio de Janeiro: 2020, pp.122-23).

25 outubro 2023

A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 05: Uma perspectiva pentecostal de missões)

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, falaremos da obra missionária depois do pentecostes. Veremos que a causa da obra missionária da primeira igreja foi, sem dúvida nenhuma, a descida do Espírito Santo. Após o ocorrido no Dia de Pentecostes, a Igreja “encheu Jerusalém” com a mensagem do Evangelho (At 5.28), mesmo sob grandes perseguições e ameaças. 

Depois, falaremos da expansão missionária da primeira igreja. O Livro de Atos dos Apóstolos descreve uma Igreja atuante tanto no âmbito local, orando e pregando o Evangelho em Jerusalém, como nas missões na terra de Israel e por todo o mundo. 

Por último,  veremos que Deus não faz acepção de pessoas, citando como exemplo o envio do apóstolo Pedro à casa do centurião Cornélio, onde ele pregou para os gentios, depois de receber uma visão ilustrativa do Senhor, mostrando que Deus não faz acepção de pessoas.

1. A causa da obra missionária da primeira igreja. Hoje no meio pentecostal fala-se muito em avivamento, poder do Espírito Santo, ser cheio do Espírito Santo e outras expressões relacionadas ao revestimento de poder. Usam-se, inclusive, algumas expressões que não tem nada a ver com a Bíblia ou com a teologia cristã como reteté, canela de fogo, sapato de fogo, etc. Para estas pessoas, o revestimento do poder do Espírito Santo é algo relacionado ao barulho ou aos malabarismos que se fazem em um culto. 


Entretanto, do ponto de vista bíblico, isso não tem nada a ver com o revestimento de poder prometido por Jesus aos seus discípulos em Lucas 24.49 e Atos 1.8, que se cumpriu no Dia de Pentecostes, como uma inauguração da Igreja. Segundo o apóstolo Pedro falou em seu discurso, a promessa não se restringiu àqueles dias, mas está disponível para todas as épocas da Igreja, enquanto ela estiver neste mundo (At 2.39). 

Em todas as promessas relacionadas ao derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja, o objetivo é capacitá-la para dar continuidade ao trabalho iniciado por Jesus. Em Atos 1.8, pouco antes de subir ao Céu, o Senhor Jesus disse aos seus discípulos: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." Vê-se, portanto, que o poder (Gr. dynamis, que significa energia constante) do Espírito Santo prometido aos discípulos tinha como finalidade capacitá-los para a obra missionária, no âmbito local, regional e global. Isso não significa que seria feito um e depois os outros, mas simultaneamente. 

A evidência ou sinal visível do recebimento do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas, conforme vemos no Livro de Atos (At 2.4; 10.46; 19.6. Mas este não é o seu objetivo. Jesus não batiza os crentes com no Espírito Santo para eles ficarem nos templos disputando quem fala mais línguas estranhas, ou quem grita mais alto. Fomos revestidos de poder para sermos testemunhas (mártires) ousados do Senhor Jesus, proclamando o Seu Evangelho aos perdidos. 

2. A expansão missionária da primeira igreja. No capítulo 2 de Atos dos Apóstolos, encontramos o cumprimento tanto da profecia de Joel 2.28, quanto da promessa de Jesus aos seus discípulos, de que eles seriam “batizados com o Espírito Santo, não muito depois daqueles dias.” (At 1.5). Os discípulos estavam reunidos em um cenáculo, em oração, num total de 120 pessoas. “De repente, veio do Céu um som como de um vento forte e impetuoso e encheu todo o ambiente. Foram vistas por eles, línguas repartidas como que como de fogo, pousando sobre cada um deles. Todos foram cheios do Espírito Santo e falavam em línguas e profetizavam.” (At 2.1-4). 

O derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes não foi um movimento produzido pela ação humana. Os discípulos estavam reunidos em oração, aguardando a promessa de Jesus. De repente, veio um som do Céu, como de um vento forte e impetuoso e eles foram cheios do Espírito Santo. Não houve forçação de barra, manipulação, "transferência de unção" e outras inovações que se vê atualmente. 

O resultado desse derramamento do Espírito foi extraordinário! Os discípulos nunca mais foram os mesmos, depois deste revestimento de poder. O apóstolo Pedro, que há menos de dois meses havia negado a Cristo, pregou um sermão bíblico, ousado e fervoroso, levando quase três mil almas à conversão. 

Poucos dias depois, ele e João ordenaram a cura de um coxo, em Nome do Senhor Jesus e o milagre aconteceu. Após esta cura, Pedro fez outro discurso e o número de conversões chegou a 5 mil pessoas. Muitas outras maravilhas também foram feitas pelos apóstolos após a descida do Espírito Santo. Diante dos sacerdotes e autoridades do templo, Pedro discursou novamente, reafirmando que Jesus é o Messias prometido a Israel e que, em nome dele, o coxo fora curado. 

Sem saber o que fazer, pois, o milagre era incontestável diante da multidão, resolveram soltar os apóstolos, alertando-os de que não mais falassem, nem ensinassem em nome de Jesus. Com a autoridade do Espírito Santo, Pedro respondeu a eles, que era mais importante obedecer a Deus do que aos homens, pois não poderiam deixar de falar daquilo que viram e ouviram (At 4.20; 5.29).

No capítulo 5 temos o episódio envolvendo Ananias e sua esposa Safira, que mentiram aos apóstolos, escondendo parte do valor da venda de uma propriedade, para parecer que estavam entregando todo o dinheiro, quando na verdade era só uma parte. O Espírito Santo revelou tudo a Pedro e a farsa foi desmontada. Ambos foram mortos, um após o outro. Este acontecimento trouxe grande temor a todos. 

Depois disto, no capítulo 6 de Atos, temos a instituição dos diáconos. Com o crescimento rápido e intenso do número de convertidos, a assistência social às viúvas estava deixando a desejar e houve murmuração por parte dos cristãos de fala grega. Os apóstolos, então, resolveram escolher sete homens para cuidar desta área. Um dos requisitos era que o candidato fosse cheio do Espírito Santo.

Dois dos diáconos escolhidos, Estêvão e Filipe, se destacaram na evangelização e foram usados pelo Espírito Santo em sinais e prodígios entre o povo. Estêvão pregou ousadamente em Jerusalém e foi apedrejado até à morte. Depois da morte de Estêvão, grande perseguição se levantou e os discípulos tiveram que sair de Jerusalém. Filipe foi a Samaria e foi usado pelo Espírito Santo para pregar o Evangelho e realizar milagres. Uma multidão se converteu. Até um mágico antigo que havia na cidade se converteu. 

No capítulo 9, temos a conversão de Saulo, em um encontro pessoal com o Senhor Jesus, no caminho de Damasco. Nos capítulo 11 temos a conversão de Cornélio. O Espírito Santo concedeu visões a Pedro para que ele se desvencilhasse do preconceito contra os gentios. Na casa de Cornélio, enquanto Pedro pregava, o Espírito Santo desceu e as pessoas foram batizadas no Espírito Santo. 

No capítulo 12, Lucas relata a perseguição de Herodes à Igreja, mandando matar Tiago e prender Pedro. A Igreja fez contínua oração e Pedro foi milagrosamente liberto da prisão. Quando Herodes procurou Pedro e não o achou, mandou executar os guardas. Na mesma noite, Herodes sentiu-se um deus e morreu comido de bichos. 

A partir do capítulo 13 todo o protagonismo passa a ser do apóstolo Paulo, conduzido pelo Espírito Santo, é claro. Inicialmente, Saulo foi chamado por Barnabé para ensinar a Palavra de Deus aos novos crentes em Antioquia. Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo falou àquela Igreja que separassem Barnabé e Saulo para a obra missionária. A partir daí, eles navegaram pelo mundo, sob a direção do Espírito Santo, levando o Evangelho aos gentios e plantando Igrejas. 

3. “Deus não faz acepção de pessoas”. Deus não discrimina, não tem prediletos e não faz nenhuma espécie de acepção de pessoas. O apóstolo Pedro, um dos principais líderes da Igreja Primitiva, demorou a entender isso. Inicialmente, a Igreja estava pregando o Evangelho apenas aos israelitas. Após a morte do diácono Estêvão, primeiro mártir do Cristianismo, Deus permitiu que viesse sobre eles uma grande perseguição e eles tiveram que fugir de Jerusalém. Mesmo assim, onde chegavam, pregavam apenas aos judeus. 

Foi necessário o Senhor, em uma visão ilustrativa, ensinar ao apóstolo Pedro que ele não deveria considerar comum ou imundo, aquilo que Deus havia purificado. Este episódio aconteceu pouco tempo antes de Pedro ser chamado para pregar na casa do centurião Cornélio, em Cesaréia. Depois da visão, o Senhor falou para Pedro, que algumas pessoas iriam procurá-lo e que ele deveria ir com elas sem questionar. 

Quando chegou na residência de Cornélio, este havia convidado todos os seus parentes e conhecidos para ouvirem a pregação de Pedro. Quando Cornélio viu Pedro chegar, prostrou-se e o adorou (At 10.25). Pedro fez o que todo líder religioso deveria fazer: mandou que ele se levantasse, pois ele também era um ser humano (At 10.26). 

Pedro iniciou a sua fala, mencionando o separatismo judaico: “Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.” (At 10.28). Em seguida perguntou por que Cornélio o havia chamado. Cornélio contou que estava orando e jejuando, quando um anjo lhe apareceu e mandou que chamasse a Pedro, que estava em Jope. 

A partir daí, Pedro iniciou a sua pregação dizendo: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.:34,35). Na sequência fez uma exposição do ministério de Jesus, tomando como base os profetas do Antigo Testamento e o cumprimento destas profecias em Jesus. Enquanto ele falava, o Espírito Santo desceu sobre os seus ouvintes e eles foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e glorificaram a Deus (At 10.34-48). 


REFERÊNCIAS: 


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 40-52.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.38. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023, pp. 30-41.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Editora CPAD. pág. 1291-1292.

PALMA, Anthony. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo. Editora CPAD. pág. 14-17.


UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES (SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO)

A lição desta semana destaca a relevância do Movimento Pentecostal para o desenvolvimento da obra missionária em todo o mundo. O avivamento espiritual provocado pela crença na experiência do batismo no Espírito Santo trouxe dinamismo e eficácia à evangelização já realizada pela igreja nos séculos precedentes. Isso ocorreu em razão de que o poder do Espírito é uma marca muito presente na Igreja Primitiva e que, diga-se de passagem, justifica o impacto da pregação do Evangelho no mundo antigo.

Após o advento do Movimento Pentecostal no início do século XX, a Igreja pôde contar novamente com o entendimento de que o poder do Espírito nos moldes do que ocorreu com os primeiros crentes é indispensável também para a igreja atual. Logo, a experiência do Pentecostes está intrinsecamente ligada à missão da igreja, bem como relacionada à sua existência enquanto representante do Reino sacerdotal divino.

Para o missiólogo Paul A. Pomerville, em sua obra A Força Pentecostal em Missões (CPAD, 2020), “o Pentecostes representou a renovação do Espírito de profecia, um tremendo fluxo do Espírito após o seu refluxo na história da salvação” (p.222). Em seguida, Pomerville cita Boer, que diz que “a tarefa é testemunhar das grandes obras de Deus no poder do Espírito nos ‘últimos dias’. Boer vê a proclamação do evangelho e o derramamento do Espírito como sinais do fim (1961, p.103). Portanto, tanto a pregação do evangelho quanto o derramamento do Espírito são ‘sinais do Reino’. Eles representam duas grandes dimensões do ministério do Espírito Santo na era do Espírito: seu ministério vivificador pela palavra e seu ministério carismático em relação com essa palavra” (p.223).

A experiência do batismo no Espírito Santo, mais do que uma marca do pentecostalismo, é, na sua essência, o poder que capacita a igreja a impactar as camadas mais profundas da sociedade com a sua simplicidade e acessibilidade ao Espírito. Para vivenciá-lo, não há distinção étnica-social ou quaisquer critérios rigorosamente religiosos que o tornem inalcançável. Basta ao crente fervoroso pedi-lo com fé, sem que haja dúvida, pois o que dúvida é como a onda do mar, que é lançada pelo vento de uma parte à outra (Tg 1.6). Todavia, é prazeroso ao coração de Deus que seus servos desejem ansiosamente buscar maior intimidade com o Seu Santo Espírito a fim de servi-lo melhor. Que o compromisso com Missões, alimentado pelas chamas do pentecostalismo, possam nutrir em nossos corações o amor por almas para o Reino de Deus.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.38. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023, pp. 30-41.

24 outubro 2023

UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 05: Uma perspectiva pentecostal de missões)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, falaremos sobre a perspectiva pentecostal de missões. Primeiro, falaremos do significado de ser evangélico, que é um termo usado para designar os adeptos da Reforma Protestante. 

Depois falaremos do termo pentecostal, que é uma referência aos evangélicos que crêem na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais como aconteceu no Dia de Pentecostes. 

Por último, falaremos das contribuições pentecostais às missões, tendo como ponto principal a ênfase na presença e mover do Espírito Santo, na obra missionária. 


1. Somos evangélicos. O número de pessoas que se declaram evangélicas no Brasil está em torno de 50 milhões e cresce a cada censo. Não é difícil atualmente encontrarmos pelas ruas, pessoas que se dizem evangélicas, ou "gospel", que é o termo equivalente em inglês. Entretanto, se perguntarmos a estas pessoas o que significa ser evangélico, a maioria não saberia responder. 


O termo evangélico serve para designar os seguidores dos ideais propostos pela chamada Reforma Protestante, que aconteceu na Igreja Cristã, a partir de 1517. Na ocasião, a Igreja havia se afastado das Escrituras e estava mergulhada no paganismo, idolatria, vendas de indulgências (perdão de pecados), de relíquias (objetos que supostamente teriam pertencido aos apóstolos ou algum dos primeiros cristãos, considerados milagrosos) e outras aberrações. 


Um monge e professor de teologia da Igreja Alemã, chamado Martinho Lutero, se revoltou contra estas práticas e as condenou em seus livros. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, onde ele era padre, contestando estas e outras práticas antibíblicas. Por causa dos seus escritos, Lutero foi convocado a dar explicações e a se retratar em Roma. Mas, convicto das suas afirmações, ele assim respondeu:

"A menos que me convençam pelas Escrituras de que estou errado, não posso e não irei me retratar". 

As autoridades da Igreja Romana ficaram enfurecidas contra ele e o excomungaram [termo usado na Igreja Romana para se referir à exclusão da comunhão da Igreja]. Certamente, iriam condená-lo à morte, como fizeram com muitos outros, que foram considerados hereges por eles. Mas, Lutero recebeu um salvo-conduto do imperador Carlos V e poderia voltar em paz à Alemanha. Para evitar que alguém tentasse prendê-lo ou matá-lo, os amigos o raptaram no caminho de volta e o conduziram em segurança à sua terra. O governo da Alemanha deu apoio a Lutero e o colocou em segurança. A partir daí, ele traduziu a Bíblia para o alemão e as suas teses se espalharam pelo mundo. Outros teólogos como João Calvino, na França, e Ulrico Zuínglio, na Suíça,  também foram muito importantes na Reforma Protestante. 


Evangélicos, portanto, são os cristãos que reafirmam as seguintes teses bíblicas propagadas pelos reformadores: a autoridade suprema das Escrituras (Sola Scriptura), a salvação pela graça (Sola Gratia) e mediante a fé (Sola Fide), Cristo como único Salvador e Mediador entre Deus e a humanidade (Solus Christus) e o culto somente a Deus (Soli Deo Glória). Este termo, no entanto, tem sido banalizado e muitas pessoas que se dizem evangélicas, não sabem o que isso significa e não vivem de acordo com os princípios do Evangelho de Cristo. 


2. Somos pentecostais. Da mesma forma que o termo evangélicos é desconhecido de muitos dos seus adeptos, com o termo pentecostal acontece o mesmo. Nós somos denominados pentecostais, porque cremos na atualidade dos acontecimentos do Dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os primeiros cristãos no cenáculo, onde estavam reunidos em oração. 


Naquela ocasião, todos foram revestidos do poder de Deus, falaram em outras línguas e profetizaram. Por isso, nós cremos também que a evidência inicial de que alguém foi batizado no batismo no Espírito Santo é o falar em línguas. Os pentecostais, portanto, são os evangélicos que crêem na atualidade dos dons espirituais e no Batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à Salvação.


Os cessacionistas, como são chamados aqueles que dizem que os dons cessaram, dizem que o ensino da atualidade dos dons espirituais é recente. Mas, até meados do século IV, nenhum Cristão ensinava o cessacionismo. Este erro doutrinário foi introduzido na Igreja Cristã pelo bispo e teólogo Agostinho de Hipona (354-430). 


Devido à grande influência que Agostinho exerceu em sua época, este pensamento dominou a Igreja Ocidental por toda a Idade Média e nem mesmo a Reforma Protestante conseguiu atingi-lo. Os reformadores sequer discutiram este assunto. Eles se restringiram à doutrina da Salvação e combateram os ensinos de salvação pelas obras, idolatria e mediação dos santos e reafirmaram a autoridade das Escrituras.


É importante destacar que este ensino de Agostinho atingiu apenas a Igreja Ocidental. No século XI aconteceu a primeira grande divisão da Igreja Cristã, com o chamado Grande Cisma do Oriente. As Igrejas do Oriente romperam com a Igreja de Roma e a sua sede passou a ser em Constantinopla. Nas questões relacionadas ao Espírito Santo, a Igreja Oriental, que é chamada de Igreja Ortodoxa, sempre esteve à frente da Igreja Ocidental, que seguiu as ideias de Agostinho e ensinava que os dons cessaram. A Reforma Protestante não atingiu a Igreja Ocidental, pois os reformadores eram ligados à Igreja Católica Romana e não à Igreja Ortodoxa.


No início do Século XX, nos Estados Unidos, teve início o chamado Movimento Pentecostal, um movimento de reavivamento espiritual, que começou na Rua Azuza em Los Angeles, na Igreja pastoreada pelo pastor Willyam Seymour, um pastor negro e descendente de escravos. Neste movimento de oração e busca pelos dons espirituais, vinham crentes de várias denominações e eram batizados no Espírito Santo. 


O movimento cresceu nos EUA e enviou missionários para vários países, entre eles o Brasil, que recebeu os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que viviam nos Estados Unidos e vieram ao Brasil em 1910. Inicialmente, Berg e Vingren foram congregar na Igreja Batista, que já existia no país. Entretanto, como pregavam a doutrina pentecostal e falavam em línguas, foram expulsos da Igreja Batista em 1911, com outros irmãos brasileiros. 


Em 18 de junho de 1911, os missionários e os demais irmãos expulsos da Igreja Batista de Belém, fundaram uma Igreja denominada “Missão da Fé Apostólica”, cujo nome foi mudado para Assembléia de Deus em 1918. Em pouco tempo, a Assembléia de Deus se espalhou por todo o território nacional e se tornou a maior denominação pentecostal do mundo. 


As primeiras Igrejas pentecostais do Brasil são a Assembleia de Deus e a Congregação Cristã no Brasil, que foi fundada pelo missionário Louis Francescon, um italiano que vivia em Chicago, nos EUA. Francescon também creu na doutrina pentecostal e veio ao Brasil em 1910, pregar o Evangelho no Paraná. A CCB, embora tenha um credo ortodoxo, tem algumas práticas que são características de uma seita. Depois surgiram novas Igrejas no meio pentecostal a partir das décadas de 1950 e 1960, como O Brasil para Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor e Igreja do Evangelho Quadrangular. 


A partir de 1970, surgiu um novo movimento no meio pentecostal, que é chamado pelos estudiosos do assunto, de neopentecostalismo. Este movimento é uma distorção do verdadeiro pentecostalismo. As Igrejas neopentecostais crêem na atualidade dos dons espirituais, mas, dão ênfase à prosperidade financeira e ao bem estar físico. Pregam a chamada teologia da prosperidade, a confissão positiva e o triunfalismo.


Os pioneiros deste movimento são a Igreja Universal do Reino de Deus e Internacional da Graça de Deus. Depois surgiram inúmeras denominações neopentecostais oriundas destas e também de Igrejas pentecostais. Muitas práticas neopentecostais são absolutamente antibíblicas, como o uso de objetos sagrados, supostamente milagrosos e troca de bençãos por ofertas e votos. É algo semelhante ao que acontecia na Igreja da época da Reforma Protestante. 


3. Contribuições Pentecostais às Missões. É inegável que Movimento Pentecostal, a partir do Século XX contribuiu significativamente para o crescimento da obra missionária em várias partes do mundo, principalmente em lugares onde o Evangelho ainda não havia chegado e em locais muito difíceis e hostis ao Evangelho. 


O verdadeiro pentecostalismo está intimamente ligado às missões, pois o objetivo principal do revestimento de poder na vida do cristão é exatamente ser uma testemunha de Cristo (At 1.8).  A palavra testemunha, no grego é martyria, que significa defender uma causa com tanta convicção, a ponto de morrer por ela. É  desta palavra que vem a palavra portuguesa mártir. 


A marca principal dos pentecostais é a crença de que a experiência vivida pela Igreja Primitiva no Dia de Pentecostes, continuou acontecendo em todas as Igrejas daquela época e continua acontecendo em nossos dias. A base bíblica para afirmarmos isso é que em seu discurso, o apóstolo Pedro afirmou: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar." (At 2.39). 


A promessa do revestimento de poder, portanto, era para os ouvintes de Pedro, para a próxima geração, para os que estão longe (não no sentido geográfico, mas no tempo) e para todos os que ainda iriam se converter. Ou seja, para todas as épocas da Igreja, enquanto ela estivesse neste mundo. Se houveram épocas da Igreja em que não se notou o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais, não foi porque eles cessaram, mas porque deixaram de ensinar sobre isso e houve negligência em buscá-los. 


Outra grande contribuição dos pentecostais na obra missionária é a completa dependência do Espírito Santo e a confirmação da pregação com sinais e maravilhas. A pregação pentecostal não se limita a discursos bem elaborados e eloquentes. 


Quando pregamos no poder do Espírito Santo, Ele cura enfermos, opera maravilhas e trabalha no coração dos ouvintes para que eles compreendam a mensagem e se rendam a Cristo. Os pioneiros da Assembleia de Deus no Brasil, tinham pouquíssimos recursos, não falavam direito o nosso idioma e foram muito perseguidos.


Entretanto, o Senhor operou muitos sinais e maravilhas através deles, que levaram muitos incrédulos que os perseguiam a se renderem a Cristo. O Livro "O diário do Pioneiro", escrito por Ivar Vingren, filho do missionário Gunnar Vingren, traz muitos destes relatos que ele viu e ouviu dos seus pais. Da mesma forma, Daniel Berg relatou em seu Livro "Daniel Berg, enviado por Deus", muitos milagres que Deus operou através dele, de Gunnar Vingren e outros pioneiros da Assembleia de Deus no Brasil. 


REFERÊNCIAS: 


GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023. págs. 40-52.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Ed. 95, p.38. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2023, pp. 30-41

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

ROMEIRO, Paulo. Super Crentes: O evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. SÃO PAULO: Mundo Cristão, 4ª reimpressão, 2012.

BERG, David. Daniel Berg, Enviado por Deus: A história de Daniel Berg, um simples aldeão que ajudou a deflagrar o maior movimento pentecostal da história da Igreja, as Assembleias de Deus no Brasil. Editora CPAD. 1 Ed 1995.

VINGREN, Ivar. O Diário do Pioneiro: Gunnar Vingren. Editora CPAD. 5ª Ed 2000.

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