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16 março 2022

COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM - Parte 2

Instruções a respeito de Cristo


Continuando o nosso estudo sobre as Epístolas Paulinas, falaremos agora sobre o segundo grupo, que são as epístolas que dão maior ênfase aos aspectos da pessoa de Cristo: Efésios, Filipenses e Colossenses. 


a. Efésios. Paulo escreveu à Epístola aos Efésios por volta do ano 62 d. C. durante a sua primeira prisão em Roma. Por isso, esta Epístola também é classificada como uma das epístolas da prisão, junto com Filipenses, Colossenses e Filemon. 


Na introdução à Epístola, temos a identificação de Paulo como autor e os destinatários, que são "os santos e fiéis que estão Éfeso" (Ef 1.1-2). Alguns exegetas modernos questionam que Efésios tenham sido os destinatários desta Epístolas, pelo fato da expressão "que estão em Éfeso" não constar em alguns manuscritos e também, devido a ausência de saudações pessoais no final da Epístola, considerando-se que Paulo passou dois anos em Éfeso e tinha muita proximidade com aquela Igreja. Alguns sugerem que esta era uma carta circular para várias Igrejas ou que ela foi escrita para a Igreja de Laodicéia ou de Colossos, devido à semelhança com a Epístola aos Colossenses. 


Logo após a saudação, o apóstolo discorre sobre bênçãos espirituais da eleição, predestinação e união da Igreja com Cristo, antes da fundação do mundo, para que ela fosse santa e irrepreensível. (Ef 1.3-23). Continuando, Paulo diz que Cristo  nos trouxe da morte para a vida, estando nós mortos nos pecados e ofensas. (Ef 2.1-10). Neste capítulo, o apóstolo faz novamente a exposição da Justificação pela fé, explicando que a salvação é um ato da Graça de Deus, que é alcançada pela fé em Cristo e não por obras ou méritos humanos. 


Paulo explica também que judeus e gentios foram unidos por meio de Cristo e reconciliados com Deus, mediante o sacrifício de Cristo que desfez a separação que havia entre  ambos, fazendo-os agora um único povo que é a Igreja. (Ef 2.11-22). 


No capítulo 3, Paulo, apresenta como o apóstolo dos não-judeus e prisioneiro do Senhor (Ef 3.1-21). Paulo explica que pela Graça de Deus, foi constituído ministro do Evangelho, para anunciar aos gentios as riquezas incompreensíveis de Cristo e mistério que esteve oculto desde os séculos passados, que é a Igreja. 

Em seguida, o apóstolo fala sobre a unidade do corpo de Cristo e sobre investigação a e dons ministeriais, concedidos por Cristo à Igreja para a edificação e aperfeiçoamento dos santos.  (Ef 4.1-16). Ainda neste capítulo, Paulo fala sobre a nova vida em união com Cristo, que é oposta ao estilo de vida dos gentios que não conhecem a Cristo e vivem em trevas  (Ef 4.7—5.20)


No versículos finais do capítulo 5 e início do capítulo 6, Paulo fala sobre os relacionamentos na família, entre marido e mulher, comparando-os ao relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (Ef 5.21–6.9). Fala também dos relacionamentos entre pais e filhos e entre senhores e escravos cristãos. 


Na sequência do capítulo 6, Paulo fala sobre a armadura do cristão, usando como simbologia os equipamentos dos soldados da infantaria romana: capacete, escudo, espada, couraça e calçado (Ef 6.10-18). No final do capítulo, o apóstolo pede oração por ele, como embaixador de Cristo em cadeias, para que lhe seja dada a palavra e se despede com saudações genéricas e a bênção (Ef 6.21-24).


b. Filipenses. A Epístolas aos Filipenses foi escrita pelo apóstolo Paulo, por volta de 62-63 d.C. O apóstolo estava preso em Roma e escreveu esta Epístola, para agradecer aos filipenses pelas ofertas que lhe enviaram e para informá-los da situação dele na prisão. Na introdução, o apóstolo identifica a si mesmo e ao seu companheiro Timóteo como remetentes.  (Fp 1.1). Em seguida, informa quem são os destinatários que são os cristãos de Filipos, bispos e diáconos. 


Na sequência, o apóstolo expressa ação de graças e oração pelos Filipenses, agradecendo pela cooperação deles no Evangelho. Paulo explica também as circunstâncias em que Paulo se encontrava  na prisão e diz aos filipenses que esta.prisão, na verdade contribuiu para o avanço do Evangelho (Fp 1.12-26).


O apóstolo argumenta que muitos pregam o Evangelho com motivações erradas, entretanto, ele se alegra pela proclamação de Cristo de todas as formas. Paulo demonstra também a sua disposição para viver ou morrer pelo Evangelho. Ele diz que, embora tenha convicção de partir e estar com Cristo seja incomparavelmente melhor, fica em dúvidas se quer continuar vivendo e dando a sua contribuição para o avanço do Evangelho, ou partir para estar com Cristo. 


No segundo capítulo, Paulo exorta os filipenses, para que não façam nada motivados por partidarismo ou vanglória.  Em seguida, ele cita o exemplo do Senhor Jesus, que sendo Deus, humilhou-se, esvaziou-se da Sua glória, tomou a forma de servo e foi obediente até à morte. 


Paulo envia Epafrodito e promete em breve enviar Timóteo, como mensageiros dele à Igreja. Epafrodito estivera doente, mas Deus o curou e Paulo dá testemunho disso e recomenda que a Igreja o receba. Na seção seguinte, o apóstolo Paulo adverte os filipenses a respeito de falsos ensinos dos judaizantes, que ele chama de cães, falsos obreiros e inimigos da Cruz de Cristo. Em seguida lembra aos irmãos que somos peregrinos aqui e que a nossa Pátria está nos Céus. 


No capítulo final, o apóstolo traz vários conselhos finais à Igreja e agradece pelas ofertas recebidas. O apóstolo deixa claro que está acostumado a ter contentamento em qualquer circunstância, seja na fartura ou escassez, pois pode todas as coisas naquele que lhe fortalece, que é Cristo. Ele conclui com as saudações finais e a bênção.


c. Colossenses. A Epístola aos Colossenses também é uma das cartas da prisão e foi escrita pelo apóstolo Paulo em sua primeira prisão em Roma, por volta de 61 d.C. Paulo nunca havia visitado Colossos. Um obreiro chamado Epafras, que se converteu durante a permanência de Paulo por dois anos em Éfeso, deve ter sido o fundador desta Igreja, que se reunia na casa de Filemon. 


A introdução é idêntica à da Epístola aos Efésios. Paulo identifica a si e a Timóteo como remetentes e os destinatários, ele chama de santos e fiéis que estão em Colossos. (Cl 1.1,2). Em seguida, expressa ações de graças pela fé, esperança e amor dos colossenses. 


Após a introdução, o apóstolo faz uma profunda apresentação da supremacia de Cristo. (Cl 1.15-2.7). Paulo apresenta Cristo como criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Cl 1.15-17); Eterno e sustentador de todas as coisas (Cl 1.16); Cabeça da Igreja, princípio e primogênito dos mortos (Cl 1.18); apresenta-o também como aquele em habita toda a plenitude da divindade, mostrando que Cristo é Deus (Cl 1.19).

Paulo afirma que em Cristo estão escondidos todos os tesouros do conhecimento e da sabedoria, comprovando assim a Sua onisciência e atestando a supremacia e suficiência de Cristo contra a falsa filosofia  (Ef 2.3-15). 


O apóstolo defende também a Supremacia de Cristo contra o legalismo dos judaizantes, que insistiam em exigir a guarda do sábado, festas judaicas e abstinência de certos alimentos. Paulo explica que estas eram apenas sombras das coisas futuras. (Cl 2.16-17). 


Na sequência, Paulo defende  Supremacia Cristo contra o louvor e culto aos anjos. (Cl 2.18-19) e contra o ascetismo, que alguns falsos mestres ensinavam. Paulo chama estas exigências de 'não toques nisso e naquilo' são rudimentos do mundo, sem nenhum valor para o crescimento espiritual (Cl  2.20-23). 


O apóstolo ensina aos Colossenses, que se eles já ressuscitaram com Cristo para uma nova vida, devem buscar as coisas que são de cima e não as coisas terrenas. Nesse sentido, recomenda que revistam-se de termos laços de misericórdia e outras virtudes. Neste capítulo, o apóstolo traz várias recomendações sobre os relacionamentos entre os cônjuges; entre pais e filhos; entre servos e senhores; e entre os irmãos em Cristo. 


Na conclusão, o apóstolo envia várias saudações dos seus companheiros de ministério: Epafras, Lucas, Demais e dos irmãos de Laodicéia. Por último, deixa a sua própria saudação e bênção final. 


REFERÊNCIAS:

BATISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

Bíblia de Estudo Plenitude. 1 Ed. 2001. Sociedade Bíblica do Brasil.

CABRAL, Elienai. Efésios — A Igreja nas regiões celestiais. CPAD. 1ª Edição: 1999

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pág. 422-423.

ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Editora CPAD. 1ª edição: 2008 pág. 282-283.

Biblioteca Bíblica / Introdução Bíblica / Filipenses. Acesso em 16/03/2022.

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Pb. Weliano Pires


23 outubro 2021

Lição 05 – “Jesus Cristo, e este Crucificado” – Mensagem do Apóstolo

Texto Áureo:

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” (1 Co 1.23)


Verdade Prática:

“O Cristo Crucificado, o centro da mensagem de cruz, é a encarnação da verdadeira sabedoria para a salvação.”


HINOS SUGERIDOS: 182, 291, 350 da Harpa Cristã.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Co 1.18

A palavra da Cruz é o poder de Deus

Terça – 2 Co 11.3

A simplicidade da mensagem de Paulo

Quarta – 1 Ts 2.2; 8,9; 2 Co 11.7

A pregação de Paulo é o Evangelho de Deus

Quinta – Rm 1.15-18

O Evangelho é a manifestação do poder de Deus

Sexta – 1 Co 1.20

Onde está a sabedoria do mundo?

Sábado – 1 Co 2.3,4

A mensagem da cruz revela quem nós somos


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 1.18-25; 2.1-5


1 Coríntios 1

18- Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus

19- Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a Inteligência dos Inteligentes.

20- Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?

21- Visto como, no sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação

22- Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria

23- mas nos pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos

24- Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

25- Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.


1 Coríntios 2

1 - E eu, irmãos, quando fui ter convosco anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.

2- Porque nada me propus saber entre vós, sendo a Jesus Cristo e este crucificado

3- E eu estive convosco em fraquezas e em temor, e em grande tremor.

4- A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder.

5- para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Nos dias de Paulo, nem todos acreditavam na possibilidade de que um homem crucificado seria o Filho de Deus. Para os judeus, isso era blasfêmia; para os gregos, loucura. Entretanto, o apóstolo Paulo não deixava de falar a respeito do Cristo Crucificado tanto para os judeus quanto para os gentios. Nele, está a verdadeira sabedoria de vida. Converse com seus alunos e mostre que a cruz de Cristo não pode ser ignorada em nossa mensagem. Essa é a razão de pregar as boas novas de salvação. Ore ao Senhor, pedindo que os alunos não tenham vergonha de cruz e corajosamente, possam repetir as palavras do poeta “Sim eu amo a mensagem da cruz / Té morrer eu a vou proclamar”.


OBJETIVO GERAL:

  • Ressaltar que Jesus Cristo, e este crucificado, é o centro de mensagem cristã


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Destacar a centralidade da pregação de Paulo:

  • Elencar as expressões-chave na doutrina de Paulo:

  • Pontuar os efeitos da mensagem da cruz



INTRODUÇÃO


Paulo descobriu a verdade sobre o Cristo crucificado e ressurreto e, por isso, sua missão de vida foi pregar aos judeus e aos gentios. O Cristo Crucificado era o Salvador prometido nas profecias dos antigos profetas de Israel. Assim, o Cristo Crucificado foi sua mensagem central. Para ressaltar essa centralidade, devemos prestar atenção nas expressões que se destacam em suas cartas: “Evangelho de Cristo”, “Cristo Crucificado” e “Cristo Ressurreto”. Nesta lição, veremos o quanto a mensagem da cruz traz impacto à nossa vida espiritual e pessoal.


PONTO CENTRAL: Jesus Cristo, o Crucificado, é o centro da mensagem cristã.


I- A CENTRALIDADE DA PREGAÇÃO DE PAULO


1. O ministério de pregação e o Cristo Crucificado. Sem menosprezar os demais escritores do Novo Testamento, indiscutivelmente, o apóstolo Paulo foi o maior teólogo cristão e doutrinador do Cristianismo. Suas cartas, baseadas na fidelidade aos ensinos de Cristo, lançaram os fundamentos das doutrinas cristãs. Embora Paulo não tenha convivido fisicamente com Jesus, ele recebeu toda a revelação do próprio Cristo (Gl 1.12) para pregar o Evangelho sem se opor aos ensinos dos outros apóstolos. Por intermédio desse ministério, judeus e gregos, orgulhosos de sua religiosidade e conhecimento, descobriram que a manifestação de sabedoria de Deus ao mundo é o “Cristo Crucificado”. Por isso, judeus e gentios são chamados por Deus para ver no “Crucificado” o único meio de salvação e de verdadeira sabedoria (1 Co 1.24).


2. A palavra da Cruz é a loucura da pregação. Em uma das cartas de Paulo, lemos: “Porque a palavra da cruz é loucura” (1 Co 1.18) Havia uma mentalidade na época paulina em que “a palavra da cruz” era uma afronta aos religiosos e filósofos. Por exemplo, acreditar que uma execução romana podia ser um instrumento pelo qual a salvação de pecadores fosse consumada, era tolice para eles. Nesse sentido, a cruz de Cristo não produziu atração, mas rejeição, pois era um instrumento de suplício e morte.


3. Para os judeus e gregos. A cruz era considerada loucura porque chocava a sabedoria humana. Enquanto os judeus queriam sinais físicos, milagres visíveis, os gregos desejavam argumentos filosóficos que mostrassem a lógica da mensagem. Assim, o conteúdo da mensagem de Paulo gerava escândalo para os judeus, pois a cruz não era um espetáculo suntuoso; e, ao mesmo tempo, contrariava a retórica erudita dos filósofos gregos por causa de sua simplicidade (2 Co 11.3). Entretanto, embora simples, a mensagem de Paulo era poderosa em Deus (1.18) A palavra da cruz preenche as necessidades da alma humana, enquanto a sabedoria humana não o faz. O Evangelho é poderoso para salvar o homem que crer. Logo, para os que perecem, a palavra da cruz é loucura, mas para nós, os cristãos, é o poder de Deus para salvar o ser humano.


SÍNTESE DO TÓPICO

Jesus Cristo, o Crucificado, é o centro de mensagem de Paulo


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Escreva na lousa a seguinte indagação: Por que a mensagem da Cruz é considerada loucura da pregação? De um tempo para que os alunos elaborem uma resposta. Após passar o tempo determinado, permite que cada aluno exponha a sua própria resposta. Aqui, não é importante saber se as respostas estão corretas. A ideia é introduzir a aula a partir do conhecimento prévio dos alunos. Depois das respostas deles faça a exposição deste primeiro tópico e, ao final, peça aos alunos que respondam à pergunta novamente, comparando com as respostas anteriores. A Escola Dominical é uma oportunidade de conhecer a cultura bíblica de modo proativo.


II - EXPRESSÕES-CHAVE NA DOUTRINA DE PAULO

Há algumas expressões de grande importância no ministério de pregação do apóstolo Paulo: “Evangelho de Cristo, “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto''. Vejamos:


1. “Evangelho de Cristo”. Além de aparecer nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), a palavra "evangelho” também aparece nas cartas de Paulo: “evangelho de Cristo” (Rm 1.16). Das 76 ocorrências dessa palavra no NT, 54 vezes a encontramos nas cartas paulinas. Por isso, podemos dizer que ela é central para a doutrina ensinada pelo apóstolo. No Novo Testamento, a palavra grega para “evangelho” e euangelion. O prefixo eu é uma forma neutra da palavra que significa “bom, bem feito”. Assim, a palavra “evangelho” significa boa-nova, boa notícia que se leva às pessoas. Nosso Senhor ordenou que fosse levada a boa-nova da sua doutrina a toda criatura (Mc 16.15) Paulo fez assim e, não por acaso, identificava sua pregação como “o evangelho de Deus” (1 Ts 2.2,8,9; 2 Co 11.7; Rm 11.15,16). O seu Evangelho era a manifestação do poder de Deus (Rm 1.16.17) É um poder divino e dinâmico que atua de maneira imediata na vida do pecador.


2. “Cristo Crucificado”. Em Gálatas 3.1, Paulo escreve: "Não foi diante dos olhos de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (NAA). A palavra de cruz, na lógica paulina, é o tema dominante na mensagem do Evangelho. Se o mundo julgava como loucura a mensagem do Messias Crucificado, o apóstolo afirmava que a mensagem era a mais sublime demonstração da sabedoria de Deus. Ora, a cruz traz uma ideia de fraqueza ou loucura a quem não crê, mas “poder” e “sabedoria” de Deus para os que creem no Senho. Esse contraste entre “sabedoria” e “loucura” está presente na mensagem de Paulo (1 Co 2.6). Os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina, pois estão escravos do pecado e, por isso, para eles essa sabedoria é loucura. Por isso que o Evangelho não foi anunciado por mera sabedoria humana, mas apresentado por meio de “Jesus Cristo, o Crucificado” (1 Co 2.2). Não podemos deixar de pregar o Cristo Crucificado. O tema da expiação dos pecados deve ser mais pregado e ensinado em nossas igrejas.

 

3. “Cristo Ressurreto”. Não há importância na morte de Cristo se Deus não o tivesse ressuscitado. Sem a ressurreição, a cruz não teria sentido. Em vão seria a nossa pregação sobre a morte de Jesus Cristo (1 Co 15.14). Por isso, o apóstolo descreve de maneira sublime: “Cristo, morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.3.4) A ressurreição de Cristo é reafirmada pelo apóstolo; ela completou a obra de salvação, consumando a nossa libertação do domínio do pecado e a nossa justificação diante do Senhor. Logo, a relação entre a cruz e o túmulo vazio de Jesus expressa o real significado da cruz. Ora, a crucificação e a ressurreição formam uma unidade. Portanto, nosso Senhor é proclamado como o Crucificado e, ao mesmo tempo, o Ressurreto.


SÍNTESE DO TÓPICO II

“Evangelho de Cristo” “Cristo crucificado” e “Cristo ressurreto são expressões-chave no doutrina de Paulo


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Paulo não se envergonhava porque pregava sobre as Boas Novas a respeito de Cristo, uma mensagem de salvação que tem o poder de transformar vidas e é destinada a todos, sem exceção. Quando você sentir-se constrangido, lembre-se do significado das Boas Novas. Se fixar sua atenção somente em Deus e naquilo que Ele está fazendo, não em sua inaptidão você não sentirá vergonha anunciar o evangelho. As Boas Novas revelam como Deus foi justo em seu plano para nos salvar e como podemos estar prontos e adequados para a vida eterna. Ao confiar em Cristo, nosso relacionamento com Deus torna-se perfeito” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro CPAD, 2003, p.1557).


CONHEÇA MAIS


A Cruz de Cristo


A cruz de Cristo está cheia do poder de Deus, porque foi o meio pelo qual Jesus realizou nossa salvação quando derramou o seu sangue e morreu por nós. Tentar explicar a cruz ou deduzir sua importância em termos de sabedoria e filosofia humanas implicará furtá-la do seu poder, ou seja, da sua capacidade de transformar os pecadores em santos. É exatamente isto que os teólogos liberais estão fazendo hoje. Para ler mais, consulte o “I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções”, editado pela CPAD, p.28.


III - OS EFEITOS DA MENSAGEM DA CRUZ


1. Uma vida no poder de Deus. A mensagem da cruz é uma mensagem de poder (1 Co 1.18). Por isso, devemos esperar a manifestação do poder ativo de Deus em nossa vida. O Senhor Jesus pode nos usar como instrumentos para salvar o pecador, curar enfermos e libertar as almas dos demônios (Mc 16.15-18). Os milagres de salvação, cura e libertação devem acompanhar a nossa vida no serviço do Reino de Deus. A mensagem que pregamos não é filosofia humana, mas o poder divino para a transformação da vida de quem crê no Evangelho (Rm 10.17).


2. Uma vida de humildade. Quem é sábio em Deus contrasta a sabedoria de cruz com a deste mundo (1 Co 1.20). Esta exclui a Deus, enaltece o narcisismo humano e recusa reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus; enquanto aquela nos faz prostrar diante de Deus (Mt 211), reconhecer a nossa miséria (Is 6.5) e descobrir quem verdadeiramente é Jesus, manso e humilde de coração (Mt 11.29). A mensagem da cruz nos constrange a viver a humildade.


3- Uma vida na dependência do Espírito. Nada melhor do que a mensagem da cruz para revelar quem nós somos (1 Co 2.3). Como o apóstolo Paulo (v3), devemos ter a plena consciência das nossas fraquezas humanas, limitações pessoais, medos interiores. Por isso, as Escrituras nos estimulam a jamais depender ou confiar em nós mesmos, mas exclusivamente do Espírito Santo (1 Co 2.4), O Espírito nos faz agir, ter criatividade e fazer as coisas de modo que glorifiquem a Deus. A mensagem da cruz nos ensina a depender exclusivamente do Espírito.


SÍNTESE DO TÓPICO III

Os efeitos da mensagem da cruz se revelam por meio de uma vida no poder de Deus, de humildade e dependência do Espírito Santo.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“[…] A cruz de Cristo está cheia do poder de Deus, porque foi o meio pelo qual Jesus realizou nossa salvação quando derramou o seu sangue e morreu por nós. Tentar explicar a cruz ou deduzir sua importância em termos de sabedoria e filosofia humanas implicaria furtá-la do seu poder, ou seja, da sua capacidade de transformar os pecadores em santos. É exatamente isto que os teólogos liberais estão fazendo hoje. Mas Paulo proclamou seu poder para salvar, libertar do pecado e de Satanás, curar, restabelecer a comunhão com Deus e o mesmo devemos fazer. O Espírito Santo tomara reais a cruz e o seu poder para os corações famintos (cf. Rm1.16). Deus sabe que a sabedoria humana não pode conhecê-lo. Em sua sabedoria, agradou-lhe usar a pregação do que o mundo chamou de tolice a fim de salvar os que creem. A pregação da cruz, junto com a declaração de que o Jesus crucificado e ressuscitado e o Senhor e Salvador L (HORTON, Stanley. I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.29).


CONCLUSÃO


A mensagem da igreja é a cruz de Cristo. Essa cruz dá conta do Cristo Crucificado e de Ressurreto. Essa mensagem traz escândalo ao mundo, mas poder para nós. Ela salva, cura e liberta o pecador, ao mesmo tempo que nos revela uma vida de poder de Deus, humildade e dependência do Espírito. A mensagem gloriosa da cruz transforma o homem inteira.


QUESTIONÁRIO


1. Que mentalidade havia na época de Paulo? 

Havia uma mentalidade na época paulina em que a palavra da cruz era uma afronta aos religiosos e filósofos.

 

2. Por que a cruz era considerada loucura? 

A cruz era considerada loucura porque chocava a sabedoria humana.


3. O que significa a palavra “Evangelho”? 

A palavra "evangelho'' significa “boa-nova”: boa notícia que se leva as pessoas.


4. Segundo a lição, por que os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina? 

Os homens não conseguem alcançar a sabedoria divina, pois estão escravos do pecado e, por isso, para eles é loucura.


5. O que a mensagem da cruz nos ensina? 

A mensagem da cruz nos ensina a depender do Espírito, não de nós mesmos.


VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...