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23 dezembro 2021

A DOUTRINA BÍBLICA DE PAULO SOBRE A VOLTA DO SENHOR

(Comentário do 2⁰ tópico da lição 13: A GLORIOSA ESPERANÇA DO APÓSTOLO).

Neste segundo tópico, falaremos sobre  a doutrina bíblica referente à volta do Senhor, que foi exposta pelo apóstolo Paulo, nas duas Epístolas aos Tessalonicenses. Há muita discussão teológica sobre este assunto e pontos de vistas diferentes no meio evangélico, sobre a forma que se dará a volta de Cristo. 

Alguns dizem que Jesus virá antes da Grande Tribulação e antes do milênio. Por isso, são chamados de pré-tribulacionistas e pré-milenistas ou pré-milenaristas; outros dizem que Jesus virá no meio da Grande Tribulação e antes do milênio.  Estes são chamados mid ou meso-tribulacionistas; há os que dizem que Jesus virá após a Grande Tribulação e são chamados de pós-tribulacionistas; há ainda alguns que dizem que não haverá um período de sete anos de Tribulação e um reinado literal de mil anos de Cristo. Segundo estes, estas expressões são simbólicas e indicam, respectivamente, as tribulações que a Igreja passa e que Cristo reina hoje através da Igreja. Estes são chamados de amilenistas ou amilenaristas. 

A Assembleia de Deus adota a posição pré-tribulacionista e pré-milenista. Cremos que a volta do Senhor se dará em duas fases: a primeira será o arrebatamento da Igreja, quando somente Senhor descerá do Céu e a Igreja será arrebatada ao  seu encontro nos ares, num abrir e fechar de olhos. A segunda fase, será a manifestação de Jesus em glória, quando Ele virá com a Igreja glorificada, visível a todos os homens. Entre uma fase e outra, haverá na terra, sete anos de Grande Tribulação. 

1. A volta do Senhor em 1 Tessalonicenses. Muitos cristãos no primeiro século, especialmente os de Corinto e Tessalônica acreditavam que Jesus voltaria durante a vida deles. Outros, eram influenciados pela cultura grega, que não acreditava na ressurreição do corpo. Com o passar dos anos, eles viam os seus entes queridos morrerem e Cristo não voltava. Eles, então, começaram a se preocupar com a situação dos crentes que haviam morrido. 

Paulo dedicou o capítulo 15 de 1 Coríntios e o capítulo 4 de 1 Tessalonicenses, para explicar sobre a ressurreição dos mortos e a vinda do Senhor. Agora, no capítulo 5 de 1 Tessalonicenses, ele inicia com a conjunção adversativa "mas", indicando uma continuidade do assunto anterior. Paulo diz que "não há necessidade de escrever-lhes sobre os tempos e as estações", não porque isso não seja importante, mas, porque não lhe foi revelado quando estas coisas aconteceriam. Sobre a vinda do Senhor, há dois extremos que o cristão evitar:

a. Dar lugar à curiosidade e tentar prever a data em que Cristo voltará. Jesus falou de vários sinais que antecederam a sua vinda e a maioria deles já se cumpriu. Portanto sabemos, pelas Escrituras, que a vinda do Senhor está próxima. Entretanto, o próprio Jesus disse que “ninguém sabe o dia, nem a hora, somente o Pai" (Mt 24.36). Ao longo da história, muitas seitas já marcaram a data da volta de Cristo e erraram. Guilherme Miller, fundador do Movimento Adventista marcou a data da volta de Cristo para 22 de outubro de 1844 e nada aconteceu. Charles Taze Russell, fundador das Testemunhas de Jeová, disse que Jesus votaria em 1914. Nada aconteceu e ele remarcou para 1915. De novo, nada aconteceu. Os seus sucessores marcaram a data para 1925, 1975, 1984 e 2000. Também erraram e pararam de marcar a data e inventaram a desculpa esfarrapada de que Jesus voltou espiritualmente. 

b. Ignorar a volta de Jesus. Se por um lado há os que vivem em constante expectativa, tentando marcar a data da volta de Cristo, no outro extremo há os incrédulos que vivem como se Cristo não fosse voltar, fincando raízes neste mundo e se preocupando apenas com as coisas terrenas. Não podemos esquecer que somos peregrinos aqui que estamos a caminho do nosso eterno lar. Jesus disse: "Eis que venho sem demora…"; "Eis que cedo venho…". (Ap 3.10; Ap 22.12). Ele virá e não tardará. 

2. As duas fases dessa vinda. Sobre a volta de Cristo, assim lemos na Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil:

"CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, momento este em que “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados...” (1 Ts 4.17); a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7).


Infelizmente, muitos crentes fazem confusão entre estes dois eventos, usando textos bíblicos que se referem à segunda fase da vinda de Cristo e aplicando-os ao arrebatamento. Com isso, dizem que Jesus Jesus virá após a Grande Tribulação. Ora se atentarmos para os textos bíblicos que falam da vinda do Senhor, teremos que admitir que se tratam de dois eventos diferentes. Vejamos:

Em Mateus 24.30, o Senhor Jesus disse: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória." Também em Apocalipse 1.7 diz: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém." Vemos nestes dois textos que o Senhor aparecerá no Céu, visível a todas as tribos da terra. O profeta Zacarias diz que Ele pisará sobre o Monte das Oliveiras e o monte se dividirá no meio: "Naquele dia, os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém, e o monte se dividirá ao meio, de leste a oeste, por um grande vale; metade do monte será removi­do para o norte, e a outra metade para o sul". (Zc 14.4). 

Entretanto, em 1 Coríntios 15.52, o apóstolo Paulo diz: "Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados". Ainda em 1 Tessalonicenses 4.16,17, Paulo diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." Nestes dois textos das Epístolas Paulinas fica claro que o Senhor virá rapidamente e a Igreja subirá ao seu encontro nos ares. Paulo usa a palavra grega "átomos" trazida por "num momento". Esta palavra significa a menor fração de tempo ou um milésimo de segundo. Seria impossível todas as tribos da terra, que não estão esperando o Senhor, vê-lo em tão pouco tempo e ainda se lamentarem sobre Ele. Paulo usa também a palavra grega "harpadzo", que significa "raptar inesperadamente com força", indicando que a Igreja será raptada rapidamente ao encontro do Senhor nos ares. 

Fica claro, portanto, que nos textos citados, a Bíblia está falando de duas situações diferentes: a primeira dela é o arrebatamento da Igreja, quando os mortos em Cristo e os santos do Antigo Testamento serão ressuscitados primeiro e, em seguida, os salvos que estiverem vivos serão transformados e subirão ao encontro do Senhor nos ares. A segunda situação, será a manifestação gloriosa do Senhor, no final da Grande Tribulação. Aí sim, Ele aparecerá nas nuvens com poder e grande glória e “todo o olho verá” (Ap 1.7). Nesta ocasião, Cristo voltará à terra, com a Igreja, vencerá os exércitos do Anticristo, livrará Israel e estabelecerá o seu reino milenial. (Ap 19.11-16).

3. Sobre a Grande Tribulação. A grande tribulação será um período de transição entre a dispensação da Graça e o Milênio, que terá a duração de sete anos. Este será o período mais terrível que o mundo irá atravessar: “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21). Logo após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo, também chamado de “o homem do pecado”, se manifestará e governará o mundo. Inicialmente, ele firmará um acordo de paz com todas as nações, inclusive com Israel. Entretanto, o seu domínio será segundo a “eficácia de satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira e com todo o engano da injustiça.” (2 Ts 2.9,10). O maior desses sinais é a chamada “abominação da desolação”. No meio da grande tribulação, ele revelará a sua verdadeira face. Ele colocará uma imagem de si mesmo no templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2 Ts 2.3,4; Ap 13.14,15). 

A Bíblia de Estudo Pentecostal traz um estudo com as principais características da Grande Tribulação: 

1) Será de âmbito mundial (Ap 3.10).

2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).

3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).

4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; Dn 9.27; Ap 13.12).

5) Os fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10).

6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).

7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17; 13.15).

8) Será um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).

9) A declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.

10) A grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).

11) Não devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver notas sobre estes versículos, que tratam da vinda de Jesus, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.

12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6–18. 


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. O Apóstolo Paulo, Lições de Vida e Ministério do Apóstolo do Gentios para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. Ed. 1, 2021.    

LOPES, Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Editora Hagnos. pag. 119-121.    

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 664. 

SILVA, Esequias Soares da. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pag. 185-187.    

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Rio de Janeiro: CPAD. pag. 663.   

SILVA, Severino Pedro da. Armagedom A Batalha Final. Editora CPAD. pag. 119-120.   

Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.632,33).    

Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, p.415.    

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Editora CPAD. pág. 1438-1439. 


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Pb. Weliano Pires


27 setembro 2021

INTRODUÇÃO AO 4⁰ TRIMESTRE DE 2021: A VIDA DO APÓSTOLO PAULO



Graças a Deus, estamos iniciando mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudaremos um trimestre temático, sobre a vida e o ministério do Apóstolo Paulo. 

 

O comentarista deste trimestre é o renomado pastor Elienai Cabral, nascido em vinte e três de dezembro de 1945, em Mafra - SC, e filho do pastor Osmar Cabral e de Jardelina Cabral. Pr. Elienai Cabral é conferencista internacional, teólogo, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD). Desde 1985 é comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; autor dos livros: Comentário Bíblico de Efésios, Mordomia Cristã, A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios, Comentário Bíblico de Romanos, A Síndrome do Canto do Galo, Josué – Um líder que fez diferença, Parábolas de Jesus e O Pregador Eficaz, todos publicados pela CPAD. Foi membro do Conselho Administrativo da CPAD e por vários mandatos presidiu a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Atualmente, é o Consultor Doutrinário da CPAD. 

 

O apóstolo Paulo, sem dúvida nenhuma, é o personagem mais importante da história do Cristianismo, depois do próprio Cristo. Foi ele o responsável por sistematizar as principais doutrinas cristãs e expandir o Cristianismo para além das fronteiras da Palestina. 

Não temos informações precisas sobre a data de nascimento do apóstolo Paulo. Mas, a tradição da Igreja romana afirma que ele nasceu no ano 9 d.C. Orlando Boyer, por sua vez, diz no Livro Pequena Enciclopédia Bíblica que foi no ano 1 d.C.

Paulo nasceu na Cidade de Tarso, capital da Cilícia, uma província romana, que fica no atual território da Turquia. Era filho de pais israelitas, descendentes da tribo de Benjamim, a mesma de Saul, que foi o primeiro rei de Israel. Por isso, o seu nome hebraico era Saulo, uma variante de Saul. Paulo era o seu nome romano. Ao contrário do que muitos dizem, o nome de Saulo não foi mudado para Paulo. Saulo era o nome, pelo qual, ele era conhecido na comunidade israelita e Paulo, o seu nome no Império romano. 

 

Os pais de Saulo, eram influentes e pessoas de posses. Isto porque Paulo foi enviado para Jerusalém para estudar a Lei mosaica, com o rabino Gamaliel, um dos mais influentes fariseus da época. Estudar naquela época custava muito caro. Além disso, Saulo era detentor do título de cidadão romano desde o nascimento. Este título era adquirido por uma boa quantia em dinheiro, ou por serviços relevantes prestados ao império.

 

Em Tarso, Saulo também estudou a filosofia grega. Em seus discursos no Livro de Atos e em suas epístolas, vemos várias citações dos filósofos gregos. Saulo também tinha conhecimento do direito romano. Em seus depoimentos a Festo, Félix e Agripa, isso fica bem evidente. O rei Agripa, ao ouvir o longo discurso de Paulo em sua própria defesa, exclamou: 

– Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!

 

O Espírito Santo usou todo o arcabouço religioso, cultural e acadêmico de Saulo, para torná-lo o apóstolo dos gentios. Paulo empreendeu três viagens missionárias pelo mundo conhecido da sua época, plantando Igrejas, discipulando e formando  novos obreiros. 

 

Paulo também foi muito usado pelo Espírito Santo na formação do Novo Testamento. Treze ou catorze (pois alguns consideram que ele escreveu também a Epístola aos Hebreus) dos vinte e sete livros do Novo Testamento foram escritos por ele. Paulo escreveu as Epístolas: aos Romanos, as duas epístolas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, 1 e 2 aos Tessalonicenses, 1 e 2 a Timóteo, a Tito e a Filemon.


Segue abaixo, um pequeno resumo das treze lições deste trimestre: 


Lição 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo

Na primeira lição estaremos o mundo do apóstolo Paulo em três aspectos: 

1. Os detalhes da vida de Paulo no império romano;

2. O aspecto cultural do apóstolo Paulo, no domínio do grego Koiné, na diversidade religiosa e filosófica, da cultura grega;

3. O aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. 

Estes três aspectos contribuíram muito para a propagação do Evangelho, tanto aos judeus quanto aos gentios. 

 

Lição 2 - Saulo de Tarso: o Perseguidor da Igreja

Esta lição destaca a vida de Saulo como grande perseguidor da Igreja, antes de conhecer a Cristo. Em Damasco e Jerusalém, com autorização das autoridades religiosas, Saulo empreendeu uma implacável caçada aos cristãos, arrastando homens e mulheres pelas ruas e conduzindo-os às prisões. Ele foi um dos responsáveis pela morte de Estevão. Vemos nesta lição que a perseguição contra a Igreja é, na verdade, uma perseguição contra o próprio Jesus. 


Lição 3 - A Conversão de Saulo de Tarso

Nesta lição, temos os detalhes da conversão de Saulo, o implacável perseguidor dos Cristãos, a Cristo. A conversão de Saulo foi um ato da Graça de Deus, pois, o próprio Jesus tomou a iniciativa de ir ao seu encontro, no caminho de Damasco, quando ele ia em busca de cristãos, para levá-los à prisão. Vemos também nesta lição que, a conversão do homem começa no arrependimento e prossegue pela transformação do seu caráter. Saulo nunca mais foi o mesmo, após o encontro com o Senhor.  No processo de conversão, o Espírito Santo transforma o intelecto, as emoções e as vontades do ser humano. 

 

Lição 4 - Paulo: a Vocação para Ser Apóstolo

Nesta lição falaremos sobre o chamado de Paulo para ser apóstolo. Paulo não conviveu com Jesus e não fez parte do colégio dos doze apóstolos. Mas, ele foi chamado pelo próprio Jesus para ser apóstolo. Esta chamada teve início na presciência de Deus, que é o atributo divino, pelo qual, Ele conhece o futuro antecipadamente. A visão do Cristo ressurreto mudou completamente a vida de Saulo. Depois, o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido, foi a escola de Deus para prepará-lo para o apostolado. 


Lição 5 - Jesus Cristo, e este Crucificado — A Mensagem do Apóstolo.

O cerne da mensagem de Paulo era o Cristo crucificado ou a cruz de Cristo. A ideia de alguém morrer crucificado para salvar os outros era considerada um escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas Paulo, não obstante, todo o seu conhecimento da Lei mosaica e da filosofia grega, não se ocupava com estes temas em suas pregações. As palavras chaves da sua pregação eram o Cristo crucificado e o Cristo ressurreto. O resumo da mensagem pregada por Paulo era: "Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio a este mundo para morrer pelos pecadores, dos quais eu sou o principal."


Lição 6 - Paulo no Poder do Espírito

Esta lição destaca o aspecto pentecostal do ministério do apóstolo Paulo. Paulo escrevendo aos Coríntios, disse quea sua mensagem não consistia em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Poder do Espírito Santo.” 

De fato, as suas viagens missionárias foram conduzidas pelo Espírito Santo. Houve lugares que ele foi, obedecendo à orientação do Espírito Santo e houve lugares, que o Espírito não permitiu que ele fosse. Onde ele passava, o Espírito Santo operava sinais e maravilhas através dele. 

Paulo teve o cuidado de esclarecer aos cristãos de Éfeso e também a Apolo, sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo. Depois, escrevendo a Timóteo, sobre os requisitos para o episcopado, Paulo falou que o bispo deve ser cheio do Espírito Santo. 


Lição 7 - Paulo: o Plantador de Igrejas

Paulo era um dos doutores da Igreja de Antioquia, junto com Barnabé e outros. Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo ordenou que a Igreja os separasse para uma obra que Ele havia chamado. A partir daí, a Igreja os despediu para a obra missionária. Paulo e Barnabé seguiram pelo mundo pregando nas sinagogas e nas praças e plantando Igrejas. 

Refletiremos também nesta lição sobre as características do plantador de Igrejas e os seus desafios no mundo atual.


Lição 8 - Paulo: o Discipulador de Vidas

Falaremos nesta lição sobre o trabalho do apóstolo Paulo como discipulador. O método de discipulado do apóstolo Paulo consistia em primeiro pregar aos pecadores e, em seguida, ensiná-los de forma sistematizada as Doutrinas Cristãs. 

Deve haver, por parte da liderança da Igreja, um equilíbrio entre a pregação evangelística aos pecadores e o discipulado aos crentes. O evangelismo busca as pessoas para Cristo, com a pregação do Evangelho. O discipulado, por sua vez, fornece as bases da Doutrina Cristã, para que a pessoa conheça, de fato, a Cristo e se torne um verdadeiro discípulo do Senhor. 


Lição 9 - Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados

Paulo tinha uma preocupação enorme com a escolha e formação de novos obreiros, que pudessem dar continuidade aos trabalhos por ele iniciados. Não à toa, ele escreveu as cartas pastorais a Timóteo e a Tito, pastores mais jovens, que eram seus cooperadores, dando-lhes orientações muito importantes para o exercício do ministério pastoral. Paulo sabia que o seu martírio era iminente, pois, a perseguição à Igreja, principalmente aos líderes, era intensa. 

Em seu discurso emocionado de despedida aos anciãos da Igreja de Éfeso, pouco tempo antes da sua prisão, Paulo fez importantes recomendações a eles, em relação à Igreja, para depois da sua partida. Paulo alertava constantemente aos novos obreiros acerca dos perigos representados pelos judaizantes e gnósticos. Fica aqui uma grande lição para os pastores mais antigos, para prepararem obreiros mais novos para os sucederem na liderança da Igreja, pois, não somos eternos. 


Lição 10 - Paulo e seu Amor pela Igreja

Nesta lição, abordaremos o amor que Paulo nutria pela Igreja de Cristo. Paulo dedicava um amor de pai para filho, a todas as Igrejas. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que sofria por eles “as dores de parto”, até que Cristo fosse gerado neles (Gl 4.19). O amor, a fé e a esperança são virtudes que aparecem sempre juntas nos escritos de Paulo. (1 Co 13.13; 1 Ts 1.3). No capítulo 13 da primeira Epístolas aos Coríntios, Paulo nos ensina que o amor é superior a todos os dons espirituais. Devemos seguir o exemplo de Cristo amar a Igreja do Senhor, nos doando por ela. 


Lição 11 - O Zelo do Apóstolo Paulo à Sã Doutrina

Estudaremos nesta lição, o zelo do apóstolo Paulo pela Sã Doutrina. Aliás, a expressão “Sã Doutrina” é um conceito de Paulo no Novo Testamento  (2 Tm 4.3-4) e se refere a todo o ensino dos apóstolos. Falaremos nesta lição sobre os conceitos de ortodoxia e heterodoxia. A ortodoxia é a doutrina que é coerente com os ensinos de Cristo e dos seus apóstolos. A heterodoxia é o oposto disso. São doutrinas de homens e de demônios. 

Falaremos ainda nesta lição sobre as ameaças e corrupção doutrinárias nos dias de Paulo, que eram as fábulas e genealogias intermináveis dos judaizantes, os cultos aos anjos, os costumes pagãos, o gnosticismo, etc. Por último, veremos que a Igreja é a guardiã da Sã Doutrina, ou a coluna e firmeza da verdade, nas palavras do apóstolo Paulo. O maior antídoto contra as heresias é o ensino sistemático da Palavra de Deus, principalmente, a Escola Bíblica Dominical, Escola Bíblica de Obreiros e Simpósios doutrinários. 


Lição 12 - A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte

O apóstolo Paulo, durante a sua vida, tinha plena consciência de que é inerente ao cristão, padecer por Jesus. Ele dizia que “trazia no corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6.17). Estas marcas se referiam aos açoites e sofrimentos que ele passou pelo Evangelho. 

Paulo também vivia em constante expectativa de que poderia morrer a qualquer momento por causa do Evangelho. Mas, ele tinha plena consciência de que a morte não era o fim para o cristão e, por isso, tinha coragem para enfrentar as ameaças de morte. 

Falaremos por último nesta lição, sobre as acusações mentirosas contra ele apóstolo Paulo e sobre a sua prisão no templo de Jerusalém. Paulo era acusado falsamente pelos judeus de ensinar aos judeus que viviam entre os gentios, a violarem a lei de Moisés e a não circuncidarem os seus filhos. Entretanto, mesmo que isso não representasse nada para a Salvação, não era isso que Paulo ensinava. Quando Paulo chegou ao Templo em Jerusalém e foi reconhecido pelos judeus, quase foi linchado. Só escapou, porque o comandante do Exército, Cláudio Lísias, mandou algemar Paulo, retirou-o imediatamente do local e o conduziu à Fortaleza Antonia, quando descobriu que se tratava de um cidadão romano. 


Lição 13 - A Gloriosa Esperança do Apóstolo Paulo

Nesta última lição, falaremos sobre a esperança gloriosa que Paulo tinha de em breve partir e estar com o Senhor. Segundo Paulo, isso é incomparavelmente melhor do que permanecer neste mundo, mesmo servindo a Deus e fazendo a Sua Obra. 

Falaremos sobre a consciência que Paulo tinha diante da morte. O  Espírito Santo já havia revelado a Paulo que a sua partida estava próxima. Ele estava preso, quando escreveu a segunda carta a Timóteo e sabia que seria executado. Mas, ele não se desesperou diante da morte e a enxergava como uma oferta a Deus. 

Trataremos da doutrina de Paulo sobre a vinda do Senhor. A lição fala também a respeito das duas fases da vinda do Senhor: O arrebatamento da Igreja e manifestação de Cristo, e sobre a grande tribulação. Por último, falaremos a respeito do significado da expressão "tempos e as estações" até a volta do Senhor. 

Nestes tempos trabalhosos, que a Igreja do Senhor atravessa, com a multiplicação da iniquidade, o esfriamento do amor e a proliferação de falsos mestres e falsos ensinos, a vida e o ministério do apóstolo Paulo tem muito a nos ensinar. 


Bons estudos! 


Deus os abençoe, 


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Pb. Weliano Pires


VENCENDO OS DIAS MAUS

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