Como pais, precisamos ficar atentos aos discursos e práticas que envolvem nossos filhos e netos. Há muitos eventos, disfarçados de festas culturais, mas que trazem grande opressão espiritual.
Por Elaine Cruz / Publicado no site Mulher Cristã
Todos temos percebido como vem aumentando a popularidade do dia das bruxas. Conhecido mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, onde é chamado de Halloween, este evento começou a ser introduzido em cursos de inglês e colégios bilíngues, mas está sendo incorporado a outros colégios, além de ser celebrado por meio de grupos de adultos.
A palavra "Hallow" é um termo antigo para "santo", e "eve" é o mesmo que "véspera". O termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro. Assim sendo, no dia 31 de outubro de cada ano, os celtas comemoravam o fim do verão e o início de um novo ciclo anual, e para eles, este dia era cheio de superstições, incluindo a crença de que os mortos ficavam vagando em busca de corpos humanos para incorporar.
Contudo com o passar dos anos, esta festa pagã passou a focar no culto aos mortos, envolvendo rituais macabros para celebrar o mundo dos mortos.
No Brasil, como em todo o mundo, este dia entrou no calendário de festas, e será celebrado no dia 31 de outubro. Neste dia as pessoas vão de porta em porta atrás de doces, e enfeitam as casas com adereços que celebram a morte, como caveiras e caixões. Contudo, assim como nos Estados Unidos e na Europa, vem aumentando a frequência de festas a fantasia em escolas, empresas e clubes.
O que mais me assusta, entretanto, é o fato de que algumas igrejas “evangélicas" têm se rendido a esta festa, fazendo eventos em torno do Halloween para crianças e jovens. Enfeitam as salas e salões com temas de morte, e as pessoas se fantasiam para o evento, colocando roupas de esqueleto, e usando camisetas com figuras que fazem alusão à morte e outras referências macabras. Algumas igrejas estão fazendo isto no Brasil, mais uma vez copiando igrejas norte americanas e europeias – que no ano passado usaram inclusive o culto de domingo para celebrar o Halloween!
É triste perceber o quanto nossos filhos e netos estão sujeitos a um evangelho cada vez mais confuso, em que o profano se mescla com o que é santo. Afinal, o Halloween é uma versão comercializada e infantilizada da bruxaria, que já está presente em muitos lares através de bonecas de bruxas, desenhos e jogos ditos infantis. E isto não é só uma aparência do mal, mas traz em seu bojo um grande disfarce de uma atuação maligna.
Como pais, precisamos ficar atentos aos discursos e práticas que envolvem nossos filhos e netos. Há muitos eventos, disfarçados de festas culturais, mas que trazem grande opressão espiritual. Não se trata só de balas e doces, mas da construção de valores em torno da vulgarização da morte, onde o mundo espiritual maligno é apresentado de forma lúdica, como se não fosse extremamente perigoso e maléfico.
Não podemos esperar que a igreja evangelize e oriente nossos filhos quanto ao que comprar e consumir. Precisamos acompanhar mais de perto os muitos brinquedos e eventos que eles participam, ressaltando os valores bíblicos, que são muitos claros: "Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor têm repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês." (Deuteronômio 18:10-12).
No Novo Testamento, ainda temos as histórias de Simão e de Elimas no livro de Atos, que nos advertem a respeito da seriedade do evangelho que pregamos, e apontam para o fato de que precisamos manter a fé genuinamente evangélica – e o evangelho fala de vida, de vida plena e eterna, e não de morte!
Jesus será, sempre, o caminho, a verdade e a vida!
Sobre a autora:
Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.
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