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13 outubro 2021

AS TRÊS FACULDADES INTERIORES TRANSFORMADAS NA CONVERSÃO


Quando damos ouvidos a voz do Espírito Santo e nos rendemos a Cristo, Ele transforma o nosso modo de pensar, os nossos sentimentos e os nossos desejos. A transformação operada pelo Espírito Santo não é apenas estética ou mudanças de hábitos em público. Ele opera uma profunda transformação em todo o nosso ser, mudando as três faculdades do nosso interior: intelectual, emocional e da vontade. 


1. Faculdade intelectual. Deus criou o ser humano perfeito e sem maldade, e com liberdade de escolha. Mas, com a entrada do pecado no mundo, a natureza humana foi corrompida. A forma de pensar do homem também foi afetada. Logo no início do Livro do Gênesis vemos o pensamento humano se voltando para o mal. Caim pensou mal a respeito do seu irmão e o matou. Ninrode pensou em edificar uma cidade e torre que chegasse até os céus e não se espalhar sobre a terra, contrariando a vontade de Deus. 

O intelecto humano, sem a ação do Espírito Santo, é essencialmente mal. Muitas religiões sugerem que o homem sida o seu pensamento. Mas, isso é um grande erro. O homem, de si mesmo, não pensa coisas boas. Se vivêssemos em uma anarquia, onde cada um pudesse fazer o que bem entendesse, seria um caos. Deus falou através do profeta Isaías: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.” (Is 55.8). Em Jeremias 17.9 lemos: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. 

Quando o homem passa a ter o conhecimento do pecado, através da pregação da Palavra de Deus e se rende a Cristo, o Espírito Santo transforma os seus pensamentos e ele reconhece a sua condição de miserável pecador. A partir desta transformação, o homem passa a ter a mente de Cristo. 


2. Faculdade das emoções. Assim como acontece com o pensamento humano, as suas emoções também foram afetadas pelo pecado. O homem longe de Deus tem sentimentos carnais, egoístas e malvados. O homem carnal odeia, deseja mal, inveja, cobiça e não sente nenhuma tristeza pelos pecados cometidos. Quando o Espírito Santo passa a morar em nós, Ele transforma os nossos sentimentos e passamos a amar, desejar o bem e não cobiçar as coisas alheias. 

Escrevendo aos Gálatas, no capítulo 5, a partir do versículo 16, Paulo faz um paralelo entre as obras da carne e o Fruto do Espírito Santo: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.” Paulo diz que há um combate entre a carne e o Espírito, e faz uma relação de comportamentos que são obras da carne e uma lista de nove virtudes que compõem o Fruto do Espírito. As obras da carne relacionadas aos sentimentos são as inimizades, porfias (contendas), emulações (ciúmes), iras, pelejas, dissensões, invejas e homicídios. 

O Espírito Santo transforma estes sentimentos carnais, produzindo no crente: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Com estes novos sentimentos, passamos a ser uma nova pessoa.


3. Faculdade da vontade. O homem é um ser dotado de vontade e Deus lhe concedeu o livre-arbítrio para escolher o que fazer. Com o pecado, esta vontade também foi deturpada e o homem passou a se afastar da vontade de Deus e fazer os desejos da sua natureza corrompida. Partindo deste princípio, os calvinistas ensinam que o homem perdeu também a capacidade de exercer a sua vontade. Entretanto, não é isso que a Bíblia ensina. 

O Espírito Santo trabalha no intelecto humano e em seus sentimentos, para levá-lo a reconhecer-se como pecador, que necessita de salvação. Mas a decisão de fazer ou não a vontade de Deus, continua sendo do homem. Se ele decidir abandonar a sua própria vontade carnal e fazer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, então, o Espírito Santo faz uma transformação na vontade humana e ele passa a querer fazer aquilo que agrada a Deus. 


Em vários textos bíblicos, encontramos Deus colocando diante do ser humano a decisão: 

“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” (Dt 30.19); 

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lc 9.23);

“...E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. (Ap 22.17c). [grifos meus].


Então, o Espírito Santo convence o ser humano, de que ele deve fazer a vontade de Deus e o capacita para isso, mas, Ele não decide por nós. Se decidirmos receber o perdão de Deus e servi-lo, aí sim, Ele muda as nossas vontades e nos coloca em sintonia com a  vontade de Deus. 



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Pb. Weliano Pires


12 outubro 2021

SAULO E A DOUTRINA BÍBLICA DA CONVERSÃO


Usando a conversão de Saulo como exemplo, falaremos da conversão como uma doutrina bíblica, que faz parte da soteriologia, ou Doutrina da Salvação. A conversão tem início no arrependimento e promove uma mudança geral no ser humano. Houve uma mudança radical na vida de Saulo. De perseguidor violento, implacável e movido pelo ódio, após o encontro com Jesus, Saulo passou a submeter-se totalmente à vontade de Deus. (Gl 2.20a).

1. A conversão começa no arrependimento. Muitas pessoas não sabem o que é arrependimento. Pensam que apenas o fato de confessar que errou e pedir perdão significa que se arrependeu. É comum, quando assassinos são presos, os jornalistas perguntarem se estão arrependidos. Os mais cruéis dizem que não e que fariam tudo de novo. Mas há os fingidos, que choram e se dizem arrependidos. Entretanto, se fossem soltos, continuariam fazendo a mesma coisa. 

A palavra arrependimento no grego é "metanoeo", que significa mudança de pensamento, tristeza pelo pecado praticado e disposição interior para mudar. Esta palavra deu origem à palavra portuguesa "metamorfose", que significa mudança na forma de ser. 

Se a pessoa não reconhece o pecado, não se entristece por ter pecado, ou não está disposta a mudar de atitude, não houve arrependimento. Às vezes, há apenas medo das consequências, ou fingimento para obter perdão. João Batista, Jesus e Pedro, iniciaram as suas pregações, conclamando o povo ao arrependimento. (Mt 3.2; Mc 1.15; At 2.38). 


2. A conversão de Saulo promoveu uma transformação pessoal. Após o encontro de Saulo com Jesus, no caminho de Damasco, ele nunca mais foi o mesmo. Saulo dialogou com o Cristo ressurreto e perguntou-lhe o que ele deveria fazer. A partir deste momento, iniciou-se o processo de transformação em seu interior. O arrogante e violento perseguidor, que torturava e aterrorizava as suas vítimas, após ser confrontado pelo Senhor, passou três dias orando, jejuando e aguardando as instruções sobre o que deveria fazer. Isto é a verdadeira conversão. 

Infelizmente, em nossos dias, algumas pessoas vem à Igreja com interesses egoístas, querendo que a Igreja atenda aos seus caprichos. Alguns que são famosos lá fora, querem chegar dando ordens e fazendo imposições à liderança da Igreja. Não abandonam as velhas práticas e não se submetem às orientações da Palavra de Deus. Não foi assim com Saulo. Ele aguardou as orientações do Senhor e quando Ananias chegou ele se submeteu às suas orientações. Saulo abandonou completamente a velha vida e passou a viver para Cristo. 


3. A conversão faz parte da doutrina bíblica da Salvação. A doutrina da salvação consiste em três aspectos: justificação, regeneração e santificação. Quando o homem ouve a Palavra de Deus e lhe dá crédito, imediatamente, ele é justificado, ou seja, ele é declarado justo diante de Deus, pelos méritos de Cristo. A partir daí, inicia-se o processo de regeneração, que é o novo nascimento ou a transformação da velha natureza. O Espírito Santo vai nos transformando diariamente, para sermos conforme o caráter de Cristo. Paralelo à regeneração, vem a santificação que é a separação de tudo que desagrada a Deus e a dedicação exclusiva a Ele.

Este processo tem início com o arrependimento. Se não houver arrependimento, não pode haver justificação, regeneração e santificação. A conversão, portanto, é uma manifestação externa da regeneração operada pelo Espírito no interior do homem, que implica em mudança de pensamento, vontade e ação, como veremos no próximo tópico. 


Sobre a questão da conversão, há um longo debate teológico. Há quatro pontos de vista diferentes sobre isso: Pelagianismo, semi-pelagianismo, calvinismo e arminianismo. Os dois primeiros são hereges e antibíblicos e os outros dois são considerados apenas divergências teológicas no meio evangélico. 


1. Pelagianismo. Doutrina ensinada por Pelágio, um monge do século IV d.C. Segundo Pelágio, os seres humanos nascem inocentes, sem a mancha do pecado original. Ele dizia também que Deus criou diretamente toda alma humana, livre do pecado. Pelágio acreditava que o homem que pecar, pode pelos próprio esforços, arrepender-se e ser salvo.

2. Semipelagianismo. Diferente de Pelágio, o semipelagianismo ensina que toda a humanidade foi manchada pelo pecado, mas não ao extremo de não podermos cooperar com a graça de Deus, com os nossos próprios esforços. 


3. Calvinismo. Doutrina ensinada pelo teólogo e reformador francês, João Calvino, que é resumida em cinco pontos, denominados pelo acrônimo TULIP, referentes às iniciais desses pontos em inglês:

a. Depravação total. Como resultado da queda de Adão, toda a raça humana foi afetada e é incapaz de salvar-se, inclusive de decidir se quer ser salvo. 

b. Eleição incondicional. Deus, na eternidade passada, elegeu algumas pessoas para a salvação e outras para a condenação.

c. Expiação limitada. Deus determinou que Cristo morreria apenas pelos eleitos. Todos a quem Deus elegeu e por quem Cristo morreu, serão salvos.

d. Graça irresistível.  Aqueles a quem Deus elegeu, Ele chama a si mesmo através da graça, sem que o homem possa recusar.

e. Perseverança dos santos. Aqueles a quem Deus elegeu e atraiu a Si mesmo através do Espírito Santo irão perseverar na fé. (Uma vez salvo, salvo para sempre). 


4. Arminianismo. Sistema de Teologia formulado por Jacob Armínio, teólogo da Igreja holandesa, que resolveu refutar o sistema de Calvino. Armínio também apresentou seu sistema em 5 pontos:

a. Capacidade humana, Livre-arbítrio. Embora todos sejam pecadores e incapazes de se salvarem a si mesmos, são livres para aceitar ou recusar a salvação que Deus oferece (por meio da Graça Preveniente).

b – Eleição condicional – Deus elegeu os homens que ele previu que teriam fé em Cristo, com base em sua presciência.

b. Expiação ilimitada – Cristo morreu por todos os homens e não somente pelos eleitos;

c – Graça resistível – Os homens podem resistir à Graça de Deus para não serem salvos;

d – Decair da Graça.  Homens salvos podem perder a salvação caso não perseverem na fé até o fim.


Nós da Assembleia de Deus seguimos o ponto de vista arminiano. Algumas pessoas confundem calvinismo com cessacionistas. Mas não é a mesma coisa. Há calvinistas que são pentecostais, como a Igreja Presbiteriana Renovada e há arminianos que não são pentecostais, como as Igrejas Batistas tradicionais.


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Pb. Weliano Pires


10 outubro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO


Na lição passada, estudamos sobre a vida de Saulo antes da sua conversão, como opositor e perseguidor implacável do Cristianismo. Falamos também sobre a perseguição aos cristãos nos dias atuais em muitos países, onde ainda é crime ser cristão. Por último falamos sobre a perseguição sistêmica aos cristãos, seja de forma política, cultural ou religiosa. 


Na lição desta semana, falaremos a respeito da conversão de Saulo de Tarso a Cristo. Esta conversão foi algo tão extraordinário e inimaginável, do ponto de vista humano, que qualquer pessoa da época que ouvisse esta notícia, não acreditaria, devido à perseguição implacável de Saulo aos Cristãos. O próprio Ananias, um discípulo que havia em Damasco e foi enviado pelo Senhor Jesus ao encontro de Saulo, questionou: 

- Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém.” (At 9.13). 


Na ocasião em que se deu a conversão de Saulo, ele se encontrava a caminho de Damasco, de posse de autorização do sumo sacerdote, para prender os cristãos que encontrasse em Damasco e os conduzir a Jerusalém. No meio do caminho, o Senhor Jesus foi pessoalmente ao encontro de Saulo. Um resplendor de luz, mais forte que a luz do sol do meio dia, cercou aquele algoz dos cristãos e ele caiu por terra, sem enxergar nada. O Senhor Jesus dialogou com Saulo e, a partir daquele momento, Saulo nunca mais foi o mesmo. 


No primeiro tópico, falaremos da conversão de Saulo como um ato da Graça de Deus. Veremos neste tópico que a conversão de Saulo se deu através de uma experiência sobrenatural e não através da evangelização. Devido à dureza de coração de Saulo, o próprio Senhor o cercou pessoalmente e o conduziu ao Evangelho, pois era um vaso escolhido para levar o Evangelho aos gentios. 


No segundo tópico, partindo da conversão de Saulo, falaremos da conversão como uma doutrina bíblica. Toda conversão começa do arrependimento e é parte da Doutrina da Salvação. Falaremos neste tópico sobre a definição de arrependimento e sobre a mudança radical que aconteceu na vida de Saulo. De perseguidor valente, implacável e movido pelo ódio, após o encontro com Jesus, Saulo passou a submeter-se totalmente à vontade de Deus. Posteriormente, ele mesmo disse: "...Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim." (Gl 2.20a). 


No terceiro e último tópico falaremos sobre as três faculdades interiores do ser humano, que são transformadas na conversão: faculdade intelectual, faculdade das emoções e faculdade da vontade. Em outras palavras, o Espírito Santo de Deus transforma o nosso modo de pensar, os nossos sentimentos e os nossos desejos. 


Vemos em todo o Novo Testamento, falar sobre arrependimento e conversão, como requisitos indispensáveis à Salvação. Tanto João Batista, quanto Jesus, iniciaram os seus ministérios falando sobre a necessidade de arrependimento. (Mt 3.3; Mc 1.15). Depois, no dia de Pentecostes, após o discurso de Pedro, as pessoas se comoveram e lhe perguntaram o que deveriam fazer. Imediatamente, Pedro lhes respondeu: 

- Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2. 38).


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Pb. Weliano Pires

08 outubro 2021

Lição 03: A Conversão de Saulo de Tarso


Texto Áureo:

“E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.3,4)


Verdade Prática:

A verdadeira conversão a Cristo leva em conta o arrependimento, a fé em Jesus e uma completa transformação no pensamento, vontade e ação do homem.


HINOS SUGERIDOS: 15, 18, 19 da Harpa Cristã


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 2.8; Tt 2.11 

A Graça de Deus opera na conversão

Terça – Rm 3.23-24 

A graça é um favor outorgado por Deus na conversão

Quarta – Ef 4.22 

Conversão é o despojamento do velho homem

Quinta – Ef 4.23,24 

Conversão é o revestimento do novo homem

Sexta – Jo 16.7-8 

O Espírito Santo atua para o arrependimento na conversão

Sábado – Sl 51.1; 2 Co 7.10 

A conversão manifesta a tristeza pelo pecado


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 9.1-9


1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo-sacerdote,

2 e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.

3 – E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.

4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me

persegues? 5- E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.

6 – E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.

7 – E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.

8 E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via ninguém. E guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.

9 – E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Ao se encontrar com Jesus Cristo no caminho para Damasco, Saulo teve a sua vida completamente regenerada. A sua faculdade intelectual foi regenerada, pois seu encontro com o Senhor trouxe-lhe luz à mente. Sua faculdade emocional foi afetada, pois ao longo da vida do apóstolo, vemos sua profunda tristeza em perseguir seus irmãos em Cristo. E, finalmente, a faculdade de sua vontade foi tocada. O apóstolo desejava apenas desgastar-se e deixar-se gastar pela causa do Evangelho. Assim, nada mais teria sentido para Paulo, senão, o de pregar o Cristo Crucificado. Que o Espírito Santo possa tocar nas faculdades intelectual, emocional e da vontade dos nossos alunos. Ore por isso. Clame por essa obra do céu.


OBJETIVO GERAL:

  • Asseverar que a salvação é por meio da graça, acompanhada de arrependimento e fé do pecador como resposta à salvação.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Apresentar a conversão de Saulo como ato da graça de Deus;

  • Relacionar a conversão de Saulo com a doutrina bíblica da conversão;

  • Elencar três faculdades interiores que são transformadas na conversão



INTRODUÇÃO


A conversão de Saulo de Tarso, indiscutivelmente, foi um dos mais importantes acontecimentos da história do Cristianismo. Saulo tornou-se um dos mais célebres defensores da doutrina de Cristo. Nesta lição, veremos como ele passou por uma mudança radical na forma de pensar acerca do nosso Senhor. No caminho para Damasco, de um modo poderoso, Jesus chamou à razão e entendimento de Saulo, e este mudou de atitude por meio de uma impactante experiência sobrenatural. Assim, se por um lado Cristo tomou a iniciativa; por outro, Saulo respondeu com arrependimento e fé.


PONTO CENTRAL: Jesus nos salva por meio da graça e nós respondemos com arrependimentos e fé.


I- A CONVERSÃO DE SAULO: UM ATO DA GRAÇA DE DEUS


1. A conversão de Saulo e sua experiência sobrenatural. Em Atos 9.3, Lucas narra a impactante experiência sobrenatural de Saulo no caminho para Damasco. Surpreendido pelo resplendor do céu, mais forte que a luz do sol do meio-dia, o perseguidor da igreja caiu por terra e ficou cego. Se pelos argumentos racionais Saulo não ouvia sobre Jesus, o Crucificado, “a luz que ofuscou seus olhos” trouxe a voz do próprio Senhor que o confrontou de forma impactante: “Saulo, Saulo, porque me persegues? (At 9.4). Com sua ida a Damasco, o perseguidor tinha a intenção de acabar de vez com os seguidores de Jesus, mas foi surpreendido por uma experiência sobrenatural pela qual nunca havia passado. Segundo seu próprio testemunho, o perseguidor viu literalmente a pessoa de Jesus, o Ressurreto, que o despojou de seu “ego” arrogante. Nessa visão, Saulo pôde compreender quem era Jesus e sua obra redentora no Calvário.


2. A iniciativa de Jesus para transformar a mente de Saulo. O impacto da visão resplandecente no caminho para Damasco tomou Saulo de surpresa. Sob o efeito do sucesso em Jerusalém contra os seguidores de Jesus, imbuído de uma coragem irracional, e bem relacionado com a casta sacerdotal, Saulo havia pedido “carta branca” das autoridades religiosas de Jerusalém para perseguir os seguidores de Jesus, com o mesmo rigor, em Damasco. Entretanto, dada a dureza do coração de Saulo, o Senhor tomou a iniciativa de sacudir a sua estrutura física, psicológica e espiritual, agindo pessoalmente na sua direção.


3. A graça salvadora se manifestou a Saulo. Na Carta aos Efésios 2.8, ele diz: “Pela graça sois salvos por meio da fé, isto não vem de vós, é dom de Deus”. Na epístola a Tito, diz também: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Logo, o ponto de partida da experiência de salvação de todos os homens é a graça de Deus. Essa graça é o favor imerecido de Deus em que sua justiça é satisfeita na morte expiatória de Jesus. Aqui, o mérito todo é de Cristo. Aos Romanos, ele escreve: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.23-24). Ou seja, a graça é favor outorgado por Deus aos pecadores que estão debaixo de sua ira. Evidentemente, a conversão de Saulo foi mais do que um convencimento intelectual sobre Jesus; ela foi fruto da obra regeneradora do Espírito Santo em sua vida, levando-o a confessar que Jesus era o Senhor e Salvador de sua vida.


SÍNTESE DO TÓPICO I

Jesus teve a iniciativa de transformar Saulo. Essa conversão se deu pelo impacto de uma experiência sobrenatural.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Para introduzir esta lição, fale um pouco do processo de conversão como a obra de salvação que Deus efetua no ser humano. Se Ele nos salva por graça mediante a fé, nós respondemos a essa graça com arrependimento e fé. Nesse sentido, com o auxílio da lousa, relacione as etapas em que essa obra é efetuada por Deus e no homem.


De Deus

No homem

Ele justifica

Na faculdade intelectual

Ele regenera

Na faculdade emocional

Ele santifica

Na faculdade da vontade


II- SAULO E A DOUTRINA BÍBLICA DA CONVERSÃO

1. A conversão começa no arrependimento. A palavra “arrepender-se” no grego bíblico é “metanoeo”, que significa “pensar de maneira diferente; sentir remorso”, uma disposição interior para mudar. No Novo Testamento, arrepender-se” traz a ideia de tristeza pelos próprios pecados, acompanhada de um desejo de corrigir o rumo. É a mudança na mente que induz à correção de caráter e de conduta moral (At 3.19); é a contrição do coração, o desejo de mudar de atitude quanto ao comportamento na vida cotidiana (Lc 15.10). Isso é obra do Espírito Santo (Jo 16.7,8). Portanto, a conversão é uma parte do processo de salvação do pecador. Ela assinala o início do despojamento do “velho homem” (Ef 4.22) e aponta para o revestimento do novo homem (Ef 4.24).


2. A conversão de Saulo promoveu uma transformação pessoal. Foi o que aconteceu com Saulo, pois a luz do resplendor do céu cegou-lhe os olhos carnais e o fez ver o Cristo ressuscitado, abrindo-lhe os olhos espirituais para conhecê-lo como Senhor e Salvador (9.3). Essa experiência sobrenatural e impactante o fez indagar ao Cristo ressuscitado sobre o que deveria fazer. De uma vontade egoísta e individualista, Saulo demonstra agora completa resignação à vontade soberana de Cristo (9.6).

 

3. A conversão faz parte da doutrina bíblica da Salvação. O choque da experiência sobrenatural do “resplendor de luz” sobre os seus olhos, transformou a mente de Saulo, levando-o a reconhecer o Cristo que, outrora tanto rejeitava, agora o fazia apóstolo (1 Co 15.8-10). Como vimos, a verdadeira conversão é a que nasce da tristeza para com o pecado e o reconhecimento de que o homem precisa “dar meia volta” para Deus. É uma mudança que tem raízes na obra regeneradora do Espírito Santo efetuada na vida do pecador. Como obra de Deus, a conversão é uma manifestação externa da regeneração operada pelo Espírito no interior do homem, que implica mudança de pensamento, vontade e ação; uma mudança que altera todo o curso da vida do pecador (Ef 4.25-30). É o ato divino pelo qual Deus faz com que o pecador volte para Ele em arrependimento e fé. Portanto, uma verdadeira conversão revela uma poderosa transformação na vida do convertido.


SÍNTESE DO TÓPICO II

A conversão do homem começa no arrependimento e perpassa a transformação pessoal.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador […]. A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5:17; CI 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado […]. e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1576).


CONHEÇA MAIS...


Sobre a conversão de Saulo


“Os versículos 3-9 [Atos 91 registram a conversão de Paulo fora da cidade de Damasco (cf. 2.3-16; 26.9-18). Que sua conversão ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v.11), fica claro à luz do seguinte: (1) Ele obedece às ordens de Cristo!…), Paulo é chamado ‘Irmão Saulo’ por Ananias […]. Para ler mais, consulte a “Bíblia de Estudo Pentecostal“, editada pela CPAD, pp.1648-49.


III- AS TRÊS FACULDADES INTERIORES TRANSFORMADAS NA CONVERSÃO

1. Faculdade intelectual. Nesse campo da alma, o homem muda o seu modo de pensar e reconhece sua condição de pecador. A Bíblia chama isso de “conhecimento do pecado”, conforme Romanos 3.20: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele [de Deus] pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”.


2. Faculdade das emoções. Nesse campo da alma, o pecador experimenta uma mudança de sentimentos na vida interior, onde se manifesta a tristeza pelo pecado contra um Deus santo e justo. Em 2 Coríntios 7.10 está escrito: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. No Antigo Testamento, o salmista Davi demonstra tristeza pelo seu pecado e roga por misericórdia: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Sl 51.1).


3. Faculdade da vontade. Se o homem está convencido em seu intelecto e sentimento a respeito do seu pecado, resta-lhe agora exercer a sua vontade. O pecador agora pode pensar, desejar e fazer o que deve ser feito para a glória de Deus (Fp 4.8,9). Como imagem de Deus, o homem foi dotado com a faculdade de escolher livremente. Entretanto, e infelizmente, o pecado fez a separação entre a vontade do homem e a de Deus. Por isso, o Espírito Santo atua para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8) para, então, tornar unir sua vontade com a de Deus. Há uma teoria que afirma que o homem perdeu completamente o livre-arbítrio por ocasião do pecado. Refutamos essa ideia. Com o auxílio da graça divina, e ajudado pelo Espírito Santo, o homem pode escolher, decidir e mudar de vida.


SÍNTESE DO TÓPICO III

As três faculdades interiores transformadas na conversão são a intelectual, a das emoções e a da vontade.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24) efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6 [João]). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17: Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus ’em verdadeira justiça e santidade’ (Ef 4.24). A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7.8: 5.12; 1 Co 2.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1576).


CONCLUSÃO


A conversão de Saulo foi provocada pelo impacto do resplendor de luz que ofuscou a sua visão e obrigou-o a reconhecer que não podia mais lutar contra Cristo. A conversão é, portanto, uma obra divina em que o homem responde com arrependimento e fé. Na conversão, a soberania de Deus “caminha de mãos dadas” com a responsabilidade humana. Por isso, o arrependimento e a fé conduzem o pecador a ser redimido pelo sangue de Cristo.


27 setembro 2021

INTRODUÇÃO AO 4⁰ TRIMESTRE DE 2021: A VIDA DO APÓSTOLO PAULO



Graças a Deus, estamos iniciando mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Desta feita, estudaremos um trimestre temático, sobre a vida e o ministério do Apóstolo Paulo. 

 

O comentarista deste trimestre é o renomado pastor Elienai Cabral, nascido em vinte e três de dezembro de 1945, em Mafra - SC, e filho do pastor Osmar Cabral e de Jardelina Cabral. Pr. Elienai Cabral é conferencista internacional, teólogo, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD). Desde 1985 é comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; autor dos livros: Comentário Bíblico de Efésios, Mordomia Cristã, A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios, Comentário Bíblico de Romanos, A Síndrome do Canto do Galo, Josué – Um líder que fez diferença, Parábolas de Jesus e O Pregador Eficaz, todos publicados pela CPAD. Foi membro do Conselho Administrativo da CPAD e por vários mandatos presidiu a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Atualmente, é o Consultor Doutrinário da CPAD. 

 

O apóstolo Paulo, sem dúvida nenhuma, é o personagem mais importante da história do Cristianismo, depois do próprio Cristo. Foi ele o responsável por sistematizar as principais doutrinas cristãs e expandir o Cristianismo para além das fronteiras da Palestina. 

Não temos informações precisas sobre a data de nascimento do apóstolo Paulo. Mas, a tradição da Igreja romana afirma que ele nasceu no ano 9 d.C. Orlando Boyer, por sua vez, diz no Livro Pequena Enciclopédia Bíblica que foi no ano 1 d.C.

Paulo nasceu na Cidade de Tarso, capital da Cilícia, uma província romana, que fica no atual território da Turquia. Era filho de pais israelitas, descendentes da tribo de Benjamim, a mesma de Saul, que foi o primeiro rei de Israel. Por isso, o seu nome hebraico era Saulo, uma variante de Saul. Paulo era o seu nome romano. Ao contrário do que muitos dizem, o nome de Saulo não foi mudado para Paulo. Saulo era o nome, pelo qual, ele era conhecido na comunidade israelita e Paulo, o seu nome no Império romano. 

 

Os pais de Saulo, eram influentes e pessoas de posses. Isto porque Paulo foi enviado para Jerusalém para estudar a Lei mosaica, com o rabino Gamaliel, um dos mais influentes fariseus da época. Estudar naquela época custava muito caro. Além disso, Saulo era detentor do título de cidadão romano desde o nascimento. Este título era adquirido por uma boa quantia em dinheiro, ou por serviços relevantes prestados ao império.

 

Em Tarso, Saulo também estudou a filosofia grega. Em seus discursos no Livro de Atos e em suas epístolas, vemos várias citações dos filósofos gregos. Saulo também tinha conhecimento do direito romano. Em seus depoimentos a Festo, Félix e Agripa, isso fica bem evidente. O rei Agripa, ao ouvir o longo discurso de Paulo em sua própria defesa, exclamou: 

– Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!

 

O Espírito Santo usou todo o arcabouço religioso, cultural e acadêmico de Saulo, para torná-lo o apóstolo dos gentios. Paulo empreendeu três viagens missionárias pelo mundo conhecido da sua época, plantando Igrejas, discipulando e formando  novos obreiros. 

 

Paulo também foi muito usado pelo Espírito Santo na formação do Novo Testamento. Treze ou catorze (pois alguns consideram que ele escreveu também a Epístola aos Hebreus) dos vinte e sete livros do Novo Testamento foram escritos por ele. Paulo escreveu as Epístolas: aos Romanos, as duas epístolas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, 1 e 2 aos Tessalonicenses, 1 e 2 a Timóteo, a Tito e a Filemon.


Segue abaixo, um pequeno resumo das treze lições deste trimestre: 


Lição 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo

Na primeira lição estaremos o mundo do apóstolo Paulo em três aspectos: 

1. Os detalhes da vida de Paulo no império romano;

2. O aspecto cultural do apóstolo Paulo, no domínio do grego Koiné, na diversidade religiosa e filosófica, da cultura grega;

3. O aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. 

Estes três aspectos contribuíram muito para a propagação do Evangelho, tanto aos judeus quanto aos gentios. 

 

Lição 2 - Saulo de Tarso: o Perseguidor da Igreja

Esta lição destaca a vida de Saulo como grande perseguidor da Igreja, antes de conhecer a Cristo. Em Damasco e Jerusalém, com autorização das autoridades religiosas, Saulo empreendeu uma implacável caçada aos cristãos, arrastando homens e mulheres pelas ruas e conduzindo-os às prisões. Ele foi um dos responsáveis pela morte de Estevão. Vemos nesta lição que a perseguição contra a Igreja é, na verdade, uma perseguição contra o próprio Jesus. 


Lição 3 - A Conversão de Saulo de Tarso

Nesta lição, temos os detalhes da conversão de Saulo, o implacável perseguidor dos Cristãos, a Cristo. A conversão de Saulo foi um ato da Graça de Deus, pois, o próprio Jesus tomou a iniciativa de ir ao seu encontro, no caminho de Damasco, quando ele ia em busca de cristãos, para levá-los à prisão. Vemos também nesta lição que, a conversão do homem começa no arrependimento e prossegue pela transformação do seu caráter. Saulo nunca mais foi o mesmo, após o encontro com o Senhor.  No processo de conversão, o Espírito Santo transforma o intelecto, as emoções e as vontades do ser humano. 

 

Lição 4 - Paulo: a Vocação para Ser Apóstolo

Nesta lição falaremos sobre o chamado de Paulo para ser apóstolo. Paulo não conviveu com Jesus e não fez parte do colégio dos doze apóstolos. Mas, ele foi chamado pelo próprio Jesus para ser apóstolo. Esta chamada teve início na presciência de Deus, que é o atributo divino, pelo qual, Ele conhece o futuro antecipadamente. A visão do Cristo ressurreto mudou completamente a vida de Saulo. Depois, o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido, foi a escola de Deus para prepará-lo para o apostolado. 


Lição 5 - Jesus Cristo, e este Crucificado — A Mensagem do Apóstolo.

O cerne da mensagem de Paulo era o Cristo crucificado ou a cruz de Cristo. A ideia de alguém morrer crucificado para salvar os outros era considerada um escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas Paulo, não obstante, todo o seu conhecimento da Lei mosaica e da filosofia grega, não se ocupava com estes temas em suas pregações. As palavras chaves da sua pregação eram o Cristo crucificado e o Cristo ressurreto. O resumo da mensagem pregada por Paulo era: "Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio a este mundo para morrer pelos pecadores, dos quais eu sou o principal."


Lição 6 - Paulo no Poder do Espírito

Esta lição destaca o aspecto pentecostal do ministério do apóstolo Paulo. Paulo escrevendo aos Coríntios, disse quea sua mensagem não consistia em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Poder do Espírito Santo.” 

De fato, as suas viagens missionárias foram conduzidas pelo Espírito Santo. Houve lugares que ele foi, obedecendo à orientação do Espírito Santo e houve lugares, que o Espírito não permitiu que ele fosse. Onde ele passava, o Espírito Santo operava sinais e maravilhas através dele. 

Paulo teve o cuidado de esclarecer aos cristãos de Éfeso e também a Apolo, sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo. Depois, escrevendo a Timóteo, sobre os requisitos para o episcopado, Paulo falou que o bispo deve ser cheio do Espírito Santo. 


Lição 7 - Paulo: o Plantador de Igrejas

Paulo era um dos doutores da Igreja de Antioquia, junto com Barnabé e outros. Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo ordenou que a Igreja os separasse para uma obra que Ele havia chamado. A partir daí, a Igreja os despediu para a obra missionária. Paulo e Barnabé seguiram pelo mundo pregando nas sinagogas e nas praças e plantando Igrejas. 

Refletiremos também nesta lição sobre as características do plantador de Igrejas e os seus desafios no mundo atual.


Lição 8 - Paulo: o Discipulador de Vidas

Falaremos nesta lição sobre o trabalho do apóstolo Paulo como discipulador. O método de discipulado do apóstolo Paulo consistia em primeiro pregar aos pecadores e, em seguida, ensiná-los de forma sistematizada as Doutrinas Cristãs. 

Deve haver, por parte da liderança da Igreja, um equilíbrio entre a pregação evangelística aos pecadores e o discipulado aos crentes. O evangelismo busca as pessoas para Cristo, com a pregação do Evangelho. O discipulado, por sua vez, fornece as bases da Doutrina Cristã, para que a pessoa conheça, de fato, a Cristo e se torne um verdadeiro discípulo do Senhor. 


Lição 9 - Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados

Paulo tinha uma preocupação enorme com a escolha e formação de novos obreiros, que pudessem dar continuidade aos trabalhos por ele iniciados. Não à toa, ele escreveu as cartas pastorais a Timóteo e a Tito, pastores mais jovens, que eram seus cooperadores, dando-lhes orientações muito importantes para o exercício do ministério pastoral. Paulo sabia que o seu martírio era iminente, pois, a perseguição à Igreja, principalmente aos líderes, era intensa. 

Em seu discurso emocionado de despedida aos anciãos da Igreja de Éfeso, pouco tempo antes da sua prisão, Paulo fez importantes recomendações a eles, em relação à Igreja, para depois da sua partida. Paulo alertava constantemente aos novos obreiros acerca dos perigos representados pelos judaizantes e gnósticos. Fica aqui uma grande lição para os pastores mais antigos, para prepararem obreiros mais novos para os sucederem na liderança da Igreja, pois, não somos eternos. 


Lição 10 - Paulo e seu Amor pela Igreja

Nesta lição, abordaremos o amor que Paulo nutria pela Igreja de Cristo. Paulo dedicava um amor de pai para filho, a todas as Igrejas. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que sofria por eles “as dores de parto”, até que Cristo fosse gerado neles (Gl 4.19). O amor, a fé e a esperança são virtudes que aparecem sempre juntas nos escritos de Paulo. (1 Co 13.13; 1 Ts 1.3). No capítulo 13 da primeira Epístolas aos Coríntios, Paulo nos ensina que o amor é superior a todos os dons espirituais. Devemos seguir o exemplo de Cristo amar a Igreja do Senhor, nos doando por ela. 


Lição 11 - O Zelo do Apóstolo Paulo à Sã Doutrina

Estudaremos nesta lição, o zelo do apóstolo Paulo pela Sã Doutrina. Aliás, a expressão “Sã Doutrina” é um conceito de Paulo no Novo Testamento  (2 Tm 4.3-4) e se refere a todo o ensino dos apóstolos. Falaremos nesta lição sobre os conceitos de ortodoxia e heterodoxia. A ortodoxia é a doutrina que é coerente com os ensinos de Cristo e dos seus apóstolos. A heterodoxia é o oposto disso. São doutrinas de homens e de demônios. 

Falaremos ainda nesta lição sobre as ameaças e corrupção doutrinárias nos dias de Paulo, que eram as fábulas e genealogias intermináveis dos judaizantes, os cultos aos anjos, os costumes pagãos, o gnosticismo, etc. Por último, veremos que a Igreja é a guardiã da Sã Doutrina, ou a coluna e firmeza da verdade, nas palavras do apóstolo Paulo. O maior antídoto contra as heresias é o ensino sistemático da Palavra de Deus, principalmente, a Escola Bíblica Dominical, Escola Bíblica de Obreiros e Simpósios doutrinários. 


Lição 12 - A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte

O apóstolo Paulo, durante a sua vida, tinha plena consciência de que é inerente ao cristão, padecer por Jesus. Ele dizia que “trazia no corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6.17). Estas marcas se referiam aos açoites e sofrimentos que ele passou pelo Evangelho. 

Paulo também vivia em constante expectativa de que poderia morrer a qualquer momento por causa do Evangelho. Mas, ele tinha plena consciência de que a morte não era o fim para o cristão e, por isso, tinha coragem para enfrentar as ameaças de morte. 

Falaremos por último nesta lição, sobre as acusações mentirosas contra ele apóstolo Paulo e sobre a sua prisão no templo de Jerusalém. Paulo era acusado falsamente pelos judeus de ensinar aos judeus que viviam entre os gentios, a violarem a lei de Moisés e a não circuncidarem os seus filhos. Entretanto, mesmo que isso não representasse nada para a Salvação, não era isso que Paulo ensinava. Quando Paulo chegou ao Templo em Jerusalém e foi reconhecido pelos judeus, quase foi linchado. Só escapou, porque o comandante do Exército, Cláudio Lísias, mandou algemar Paulo, retirou-o imediatamente do local e o conduziu à Fortaleza Antonia, quando descobriu que se tratava de um cidadão romano. 


Lição 13 - A Gloriosa Esperança do Apóstolo Paulo

Nesta última lição, falaremos sobre a esperança gloriosa que Paulo tinha de em breve partir e estar com o Senhor. Segundo Paulo, isso é incomparavelmente melhor do que permanecer neste mundo, mesmo servindo a Deus e fazendo a Sua Obra. 

Falaremos sobre a consciência que Paulo tinha diante da morte. O  Espírito Santo já havia revelado a Paulo que a sua partida estava próxima. Ele estava preso, quando escreveu a segunda carta a Timóteo e sabia que seria executado. Mas, ele não se desesperou diante da morte e a enxergava como uma oferta a Deus. 

Trataremos da doutrina de Paulo sobre a vinda do Senhor. A lição fala também a respeito das duas fases da vinda do Senhor: O arrebatamento da Igreja e manifestação de Cristo, e sobre a grande tribulação. Por último, falaremos a respeito do significado da expressão "tempos e as estações" até a volta do Senhor. 

Nestes tempos trabalhosos, que a Igreja do Senhor atravessa, com a multiplicação da iniquidade, o esfriamento do amor e a proliferação de falsos mestres e falsos ensinos, a vida e o ministério do apóstolo Paulo tem muito a nos ensinar. 


Bons estudos! 


Deus os abençoe, 


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Pb. Weliano Pires


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