(Comentário do 4⁰ tópico da Lição 5: A sutileza do materialismo e do ateísmo).
Estudamos nos tópicos anteriores, as definições de Materialismo e Ateísmo. Vimos que as raízes destas duas doutrinas malignas são a queda da raça humana e a cegueira espiritual. Depois falamos sobre os pressupostos destas doutrinas que são a negação da existência de Deus e a negação da singularidade do ser humano, reduzindo-o a um mero animal na cadeia evolutiva.
Como responder a estas aberrações? Quais são as armas de defesa, que dispomos, para proteger a Igreja do Senhor, destas filosofias destruidoras? O comentaristas nos apresenta duas armas poderosas e eficientes contra esses males: as verdades da Palavra de Deus e o uso correto da razão. Uma Igreja bem instruída na Palavra de Deus e que usa corretamente o seu raciocínio não será enganada por estas heresias de perdição.
1- Afirmando as verdades da Bíblia. O manual de doutrina e de conduta do verdadeiro cristão é a Bíblia Sagrada. Portanto, é a Palavra de Deus que tem a última palavra em qualquer assunto para nós. Estudamos no primeiro trimestre deste ano, sobre a Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Foram treze lições falando sobre a inerrância, inspiração divina, infalibilidade e estrutura da Bíblia Sagrada, a eterna Palavra de Deus.
Conforme já vimos anteriormente, o nosso Deus se revela às suas criaturas. Deus se revelou à humanidade de duas formas principais: na revelação geral, que acontece através das coisas criadas (Sl 19.1-4); e na revelação especial que se deu através das Escrituras Sagradas e na Pessoa Bendita de Nosso Senhor Jesus Cristo. As coisas criadas mostram que existe um Criador, que criou e governa tudo isso. As Escrituras Sagradas nos fornecem as informações fidedignas sobre Deus, a criação do Universo, a criação do homem, a sua queda e redenção, etc. E, o Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, tornou-se homem e veio a este mundo pessoalmente revelar Deus ao mundo. Deus, sendo absolutamente Santo, não poderia vir a este mundo, revestido da Sua Glória, pois, ninguém o suportaria. Por isso, Jesus esvaziou-se da Sua Glória, tomou a forma humana e veio a este mundo.
Neste ponto falaremos apenas da revelação especial de Deus através das Escrituras. No primeiro trimestre deste ano, estudamos o tema A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Foram treze lições dentro da matéria de Bibliologia, que é parte da teologia sistemática, que estuda a Bíblia Sagrada em seus mais diversos aspectos. Foram abordados os principais tópicos desta tão importante matéria, que é o estudo da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a criação do universo, a criação do homem, a sua queda e redenção. Tratamos nesta ocasião, da inspiração divina da Bíblia, a inerrância e infalibilidade da Bíblia, e sobre a estrutura e formação das Escrituras Sagradas.
Entre muitas outras revelações das Escrituras Sagradas temos as seguintes, que confrontam diretamente o Materialismo e o Ateísmo e as suas variações, que são o Marxismo cultural, evolucionismo, neoateísmo, etc.:
Deus é o Criador de todas as coisas que existem no Universo, visíveis e invisíveis, materiais e espirituais (Gn 1.1,2; Cl 1.16);
Deus é o sustentador e mantenedor do Universo. O funcionamento complexo do Universo não seria possível sem que um ser poderoso e inteligente o controlasse (Hb 1.3);
Deus contempla tudo o que acontece no Universo e nada foge do Seu controle (Sl 33.13-16);
As coisas que existem neste mundo foram criadas exatamente como são e não foram transformadas por supostas evoluções (Gn 1.11,12, 21, 25; Hb 11.3);
Deus criou o homem, conforme a sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Ou seja, Deus criou o homem, com personalidade, espiritualidade, expressividade e liberdade, conforme vimos no tópico anterior. Nenhum animal foi criado assim.
Deus criou um exército de anjos, que são seres espirituais. (Sl 148.5; 33.6; Ne 9.6; Hb 1.13,14).
Existe vida após a morte. Os justos ressuscitarão para a vida eterna e os ímpios para a condenação eterna (Dn 12.2; Ap 20.5,12,13).
2- Fazendo uso correto da razão. Negar a existência de Deus ou dizer que o homem é um mero animal que adquiriu algumas características a mais, seria considerado coisa de tolo há alguns séculos. Entretanto, em suas sutilezas, o inimigo procura dar uma roupagem científica a estas ideias malignas. Isso é ensinado nas escolas como se fosse ciência. Mas, na verdade, não é ciência e sim, cientificismo, que é o uso da ciência sem os seus verdadeiros critérios, com a finalidade de oferecer respaldo científico a ideias preconcebidas. Infelizmente, muitos teólogos fazem isso com a Bíblia também. Em vez de fazerem a exegese correta do texto bíblico e deixar que ele fale, trazem para o texto bíblico as suas ideias e tentam fundamentá-las nas Escrituras. Isso é chamado na teologia de “eisegese”.
Alguém já disse que é preciso ter muita fé para ser um ateu. Qualquer cientista com o mínimo de honestidade intelectual, não ousa dizer que não há Deus ou que o homem é um mero animal irracional que evoluiu. A nossa fé não é uma fé irracional e cega. Além da Verdade contida Bíblia que contesta frontalmente o Materialismo e o Ateísmo, podemos fazer uso também da razão. As evidências da existência de Deus e de que o homem um ser diferente dos animais estão por toda parte na natureza. Champlin escreveu:
“A fé cega, que não raciocina, é uma violação da integridade da personalidade humana, que é uma unidade complexa. Uma das muitas capacidades da personalidade humana é a do raciocínio, e todas as capacidades humanas devem ser empregadas na busca pela verdade.”
Tomaz de Aquino (1225-1274), teólogo e um dos maiores filósofos da história, demonstrou a existência de Deus com base na razão, em cinco formulações, que são chamadas de cinco vias:
O movimento. O universo está em constante movimento e para isso precisa de alguém que dê causa a esse movimento.
A causa eficiente. As coisas que existem no mundo não possuem em si mesmo a causa eficiente de sua existência, e são decorrentes do efeito de outra causa. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada.
O possível e o necessário. Tudo o que existe agora pode deixar de existir. Houve, portanto, um momento em que nada existia. É preciso admitir então que um Ser deu existência às coisas.
Os graus da perfeição. Há graus de perfeição nos seres. Uns são mais perfeitos que outros, são mais belos, são mais verdadeiros, etc. Tomás de Aquino partindo deste raciocínio, concluiu que deve existir um ser que tenha o padrão máximo de perfeição, que é a causa da perfeição dos demais seres.
O governo do mundo. Existe uma ordem no universo. Cada coisa cumpre uma função, um objetivo ou finalidade. Certamente, um ser inteligente e organizado planejou, criou e ordenou tudo isso.
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.
LIMA, Leandro Antonio de. Razão da esperança – Teologia para hoje. Editora Cultura Cristã. 1 Ed. 2006. pág. 27-28.
(HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou Mito? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.28).
CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 5. pág. 559-560.
https://blogdoenem.com.br/tomas-aquino-deus-existe-filosofia-enem/
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