12 julho 2022

A REVOLUÇÃO SEXUAL

Imagem: Brasil Paralelo.

COMENTÁRIO DO 1º TÓPICO DA LIÇÃO 3: A SUTILEZA DA IMORALIDADE SEXUAL.


A revolução sexual está intrinsecamente relacionada ao Iluminismo e, principalmente, ao movimento feminista. Devido ao seu ápice ter sido nos anos 60, mais especificamente em maio de 1968, a maioria das pessoas pensam que a revolução sexual teve início nessa época. Mas as teorias desse movimento de liberdade ou libertinagem sexual, remontam aos séculos XVIII e XIX. Por volta de 1789, durante a Revolução Francesa, alguns pensadores, como o biólogo Aldres Kinsey, Marquês de Sade (de cujo nome vem a palavra sadismo, que é o prazer pelo sofrimento alheio), William Godwin, Mary Wollstonecraft e Percy Shelley, foram escritores subversivos e depravados, que naquela época já publicaram teorias sexuais libertinas, defenderam o aborto, o incesto, a pornografia e outras abominações. Por outro lado, atacavam o Cristianismo e o casamento. 


A segunda fase da Revolução Sexual se deu a partir de 1960. Valendo-se do rádio, televisão e outros meios de comunicação, os ideólogos deste pensamento libertino difundiram as suas idéias em forma de contracultura. Nesta fase foram criados difundidos os contraceptivos, os preservativos, os objetos eróticos e as técnicas de aborto. Tudo isso tinha o objetivo de estimular o sexo sem compromisso e contestar a família tradicional e a sexualidade restrita ao casamento. 


Em 2 de maio de 1968 aconteceu o histórico protesto de estudantes franceses contra as divisões de dormitórios masculinos e femininos nos alojamentos das universidades. Este movimento ficou conhecido pela frase: “É proibido proibir”. Grupos políticos de esquerda e artistas famosos, que também eram contrários à moralidade judaico-cristã, se uniram a estes protestos de estudantes, defendendo a liberdade sexual, as drogas e a rebeldia. Este movimento de artistas ficou conhecido como Movimento Hippie. Usavam roupas opostas aos modelos tradicionais, os homens usavam barbas e cabelos grandes e abusavam das drogas. Muitos destes artistas morreram de overdose. 


1- Um novo paradigma para a sexualidade. Há dois equívocos em relação à sexualidade humana, que que devem ser rejeitados: o primeiro é a ideia de que o sexo é mau e deve ser evitado. O segundo é a libertinagem sexual, ou o sexo compromisso e sem nenhum princípio. O sexo é algo puro e prazeroso, criado por Deus, não apenas para a procriação como alguns pensam. Deus criou o relacionamento sexual com duplo propósito: a multiplicação da espécie humana e o prazer dentro do casamento. 


Quando Deus criou o primeiro casal, Ele estabeleceu princípios para o relacionamento sexual: “Por isso deixará o homem, seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e serão os dois numa só carne” (Gn 2.24). A palavra hebraica traduzida por unir-se neste texto é "tabar", que significa estar juntos numa relação sexual. Na língua grega o apóstolo Paulo citou este mesmo texto, em Efésios 5.31 e usou a palavra "proscalau", que significa intimidade sexual. Existe outra palavra grega "calau", que se refere ao acasalamento dos animais, que é feito sem sentimentos e sem princípios morais. 


Este paradigma judaico-cristão moldou a sociedade ocidental durante muitos séculos, principalmente os países de origem católica e protestante. Os parâmetros das relações sexuais eram aqueles que estão expostos na Bíblia, ou seja, o relacionamento sexual era heterossexual, monogâmico e restrito ao casamento, que era vitalício. A sociedade não via como normal outras práticas diferentes disso e aqueles que praticavam a imoralidade, o faziam às escondidas, pois era algo vergonhoso e reprovado pela sociedade, embora fora do meio religioso, esse padrão era exigido apenas das mulheres. Muitos homens se relacionavam com prostitutas antes do casamento e tinham amantes após o casamento. 


2- A quebra de um “tabu”. Com o advento da revolução sexual e a cultura da contestação do Cristianismo e seus valores, a sociedade ocidental aos poucos foi se afastando deste padrão judaico-cristão e mergulhando na promiscuidade e perversão sexual. As telenovelas passaram a exibir comportamentos que até então, eram tidos como imorais, como o uso de anticoncepcionais, o divórcio, a infidelidade conjugal, o sexo entre solteiros, o aborto, a prática homossexual, etc. 


Outro fator que contribuiu para o aumento da imoralidade foi o crescimento da indústria pornográfica, através de fotos, vídeos e contos eróticos, envolvendo práticas sexuais pervertidas e contrárias aos princípios cristãos. Inicialmente, apenas os homens consumiam esse tipo de publicação, de forma privada. Muitos rapazes escondiam revistas embaixo do colchão, ou em locais onde a mãe e as irmãs não tivessem acesso. Com o passar dos anos, as mulheres também passaram a usar esse tipo de material. Hoje em dia, pasmem, até pessoas que se dizem evangélicas, fazem uso de material pornográfico.  


A divulgação dessa cultura promíscua, aos poucos foi criando na sociedade ocidental, a ideia de que os valores cristãos são retrógrados, ou tabus a serem quebrados. Até mesmo nas escolas é ensinada essa cultura de liberdade sexual. A ideia de manter-se puro e casar virgem é ridicularizada entre a juventude, a ponto de jovens terem vergonha de confessar que ainda são virgens. 


Os governos distribuem preservativos até para adolescentes em hospitais e escolas. A única ressalva que se faz hoje em dia é para que se previnam em relação a doenças sexualmente transmissíveis (DST) e evitem a gravidez precoce. A ex-ministra Damares Alves, que é evangélica, foi muito criticada porque recomendou aos adolescentes a abstinência sexual como prevenção.  


REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

VALADÃO, Márcio. Sexo, Bênção ou Maldição. Editora Profetizando Vida.

MAZZAROLO, Izidoro. Homossexualidade e Sexualidade na Bíblia – Alguns tópicos para debate.

PEARCEY, Nancy. Ama o teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.11,12).


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Pb. Weliano Pires

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