04 maio 2021

O COLÉGIO APOSTÓLICO

Jesus teve muitos discípulos e seguidores. Por onde Ele passava, muitos o seguiam. Certa vez, Ele enviou setenta discípulos a evangelizar. Mas, nem todos os seus discípulos eram apóstolos, somente doze deles foram escolhidos por Jesus para serem apóstolos.

Neste primeiro tópico, vamos ver a definição da palavra apóstolo, quem era o colégio apostólico e quais as características singulares dos doze apóstolos escolhidos por Jesus. 

1. O termo “apóstolo”. A palavra grega “apóstolos” significa alguém que foi enviado ou um mensageiro. Em sentido mais específico, é alguém que foi enviado para uma missão particular. 

Jesus é o apóstolo por excelência, pois, Ele foi enviado a este mundo pelo Pai com uma missão específica de dar a sua vida para salvar aqueles que nele cressem (Hb. 3.1). Em seus discursos, Ele sempre dizia, que havia sido enviado pelo Pai e estava fazendo a vontade daquele que o enviará.

Da mesma forma, Jesus escolheu um grupo de doze discípulos e os ‘enviou’ (apostollein). “...chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos.” (Lc 6.13). Os apóstolos foram chamados e enviados por Jesus para uma missão específica. 

2. O colégio apostólico. Quando falamos de "Colégio apostólico", estamos nos referindo ao grupo de doze de discípulos que o Senhor Jesus convocou, para serem os seus auxiliares diretos em seu ministério terreno e estabelecerem a sua Igreja, logo após a sua ascensão. 

Os apóstolos eram homens comuns e cheios de falhas. Um deles, Judas Iscariotes, traiu Jesus, vendendo-o trinta moedas de prata. Pedro o negou por três vezes e todos o abandonaram no momento da crucificação. 

Após a ressurreição, Jesus soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. Depois, no dia de Pentecostes, eles foram revestidos de poder, com exceção de Judas Iscariotes, que se desviou e cometeu suicídio. 

Após a ascensão de Jesus, os apóstolos se reuniram para escolher um substituto para Judas. Lançaram sortes entre José, chamado Barsabás, e Matias. No sorteio, Matias foi o escolhido. Estudiosos da Bíblia entendem que Pedro se precipitou, pois, Deus não lhe mandou escolher substituto, pois, os apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus. 

3. A singularidade dos doze. O colégio apostólico foi chamado diretamente por Jesus para lançar a Doutrina da Igreja, que eles receberam diretamente do Senhor, seja pessoalmente ou por revelação e inspiração do Espírito Santo. Os Livros do Novo Testamento foram quase todos escritos por apóstolos ou sob a supervisão de algum deles. 

O colégio apostólico é único e tem algumas características exclusivas:

a. Foram convocados pessoalmente por Jesus (Mt 10.1; Lc 6.13).

b. Andaram com Jesus e aprenderam com Ele durante todo o seu ministério terreno. Mc 6.7; Jo 6.66-71; At 1.21-23).

c. Receberam autoridade exclusiva de Jesus. (Jo 20.21-23).

d. Viram Jesus ressuscitado. (At 1.22,22). 

Sendo assim, entendemos que o Colégio apostólico não teve sucessão, pois, não existem mais apóstolos com estas características. 

Pb. Weliano Pires


03 maio 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 06: O MINISTÉRIO DE APÓSTOLO

 

Vimos na lição passada, os três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Esta categoria de dons manifesta a mensagem de Deus à Igreja. Por isso, são chamados de Dons de expressão ou de elocução.

Estudamos o conceito, a relevância e os propósitos do dom de profecia; Falamos sobre o conceito, a finalidade e a atualidade do dom de variedade de línguas; Por último, falamos sobre o dom de interpretação de línguas, que é a habilidade de interpretar, em nosso próprio idioma, aquilo que foi pronunciado em línguas.

Nas cinco primeiras lições, nós estudamos sobre os dons espirituais. Na primeira lição tivemos uma aula introdutória sobre sobre dons espirituais e ministeriais, com o tema: E deu dons aos homens. 

Na segunda aula, vimos qual é o real propósito dos dons espirituais. Os dons espirituais não são dados ao crente para elitizá-lo, ou torná-lo superior aos demais. Também não são indicadores da espiritualidade de ninguém. São dádivas concedidas por Deus à ao crente, para edificar  a si mesmo e à Igreja do Senhor. 

Nas três aulas seguintes falamos sobre as três categorias dos dons espirituais, que são: Dons de revelação, dons de poder e dons de elocução. Esta divisão da lista de dons mencionada em 1 Coríntios 12, serve apenas para facilitar a nossa compreensão do assunto e não significa que há apenas nove dons do Espírito Santo. 

A partir desta aula, até à lição 12, estudaremos sobre os dons ministeriais descritos em Efésios 4.11: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Estudaremos também sobre os dons de Presbítero, Bispo ou Ancião e sobre o diaconato, que, embora não estejam nesta relação de dons ministeriais, são amplamente mencionados no Novo Testamento. Na última lição, faremos uma revisão e conclusão do assunto estudado neste trimestre, falando sobre a multiforme sabedoria de Deus. 

Na lição desta semana, estudaremos sobre o ministério de apóstolo, que é o primeiro da lista mencionada pelo apóstolo Paulo em Efésios 4.11. No primeiro tópico da lição veremos a definição da palavra apóstolo e as características singulares do Colégio dos doze apóstolos. 

O segundo tópico é dedicado ao apóstolo Paulo. Veremos um pouco da sua história antes da sua conversão; o seu encontro com Jesus no caminho de Damasco que resultou na sua conversão; e todo o legado teológico e missionário do apóstolo dos gentios. 

No terceiro e último tópico falaremos sobre o ministério de apóstolo na atualidade. Há diferentes pensamentos sobre esta questão. Por um lado, há os cessacionistas, que negam a existência deste ministério nos dias atuais, assim como negam a atualidade dos dons espirituais. Por outro lado, há os que se autodeclaram apóstolos, como forma de se considerarem superiores aos demais. Tem também a questão da sucessão apostólica, que a Igreja Católica atribui aos seus papas, como forma de justificar o poder papal. Veremos neste tópico também, a existência de outros apóstolos fora do colégio dos doze apóstolos.

Pb. Weliano Pires

02 maio 2021

Lição 6: O Ministério de Apóstolo


Data: 09 de Maio de 2021

TEXTO ÁUREO:

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11).

VERDADE PRÁTICA:

O dom do apostolado foi concedido por Deus à igreja com o propósito de expandir o Evangelho de Cristo.

HINOS SUGERIDOS: 96, 149, 355.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 3.1 - Jesus o apóstolo por excelência
Terça - 2 Co 12.12 - Sinais do apostolado
Quarta - At 2.42 - A doutrina dos apóstolos
Quinta - 1 Tm 1.1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo
Sexta - 1 Co 4.9 - Apóstolo, uma missão sacrifical
Sábado - Lc 6.12-16 - Os doze apóstolos de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:  Efésios 4.7-16.

7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

8 - Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.

9 - Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?

10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.

11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

13 - até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.

14 - Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

15 - Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

16 - Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

INTERAÇÃO COM O PROFESSOR

Prezado professor, já estudamos nas lições anteriores os dons espirituais de poder, de elocução e de revelação. A partir da lição desta semana você terá a oportunidade ímpar de estudar e ensinar a respeito dos dons ministeriais. Estes dons se encontram relacionados em Efésios 4.11. Estas dádivas divinas são igualmente importantes e necessárias para que a igreja cumpra a sua missão neste mundo e os crentes cresçam “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2Pe 3.18). Sabemos que o ministério apostólico, segundo os moldes do colégio dos doze, não existe mais, todavia o dom ministerial descrito em Efésios 4.11 continua em plena vigência. Por isso precisamos orar para que Deus levante apóstolos a fim de que o Evangelho seja pregado a todas as nações.

OBJETIVOS:
  • Analisar biblicamente o colégio apostólico.
  • Descrever o ministério apostólico de Paulo.
  • Conscientizar-se a respeito da apostolicidade atual.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a lição de forma dinâmica, faça a seguinte indagação: “Quais são os dons ministeriais?” Ouça os alunos com atenção e em seguida leia a relação descrita em Efésios 4.11. Depois, utilizando o quadro abaixo, explique a respeito do termo apóstolo e faça um pequeno resumo a respeito deste dom. Enfatize que Deus continua levantando apóstolos em nosso tempo. Conclua orando para que o Senhor distribua este dom entre os seus alunos.


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Apóstolo: Do gr. apostolos, enviado.

A partir da lição desta semana estudaremos os Dons Ministeriais distribuídos por Deus à sua Igreja, objetivando desenvolver o caráter cristão da comunidade dos santos, tornando-o semelhante ao de Cristo (Ef 4.13). De acordo com as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, são cinco os dons ministeriais concedidos por Deus à Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (1Co 12.27-29).  

Veremos o quanto esses ministérios são necessários à vida da igreja local para cumprir a missão ordenada pelo Senhor ante o mundo e, simultaneamente, crescer “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18). Mostrando a sequência de Efésios 4.11, iniciaremos o estudo pelo dom ministerial de apóstolo.

I. O COLÉGIO APOSTÓLICO

1. O termo “apóstolo”. O Dicionário Bíblico Wycliffe informa que o termo grego apostolos origina-se do verbo apostellein, que significa “enviar”, “remeter”. A palavra apóstolo, portanto, significa “aquele que é enviado”, “mensageiro”, “oficialmente comissionado por Cristo”. Ao longo do Novo Testamento, o verdadeiro apóstolo é enviado por Cristo igualmente como o Filho foi enviado pelo Pai com a missão de salvar o pecador com autoridade, poder, graça e amor. O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e obra de Jesus, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).

2. O colégio apostólico. Entende-se por colégio apostólico o grupo dos doze primeiros discípulos de Jesus convidados por Ele a auxiliarem o seu ministério terreno. O Salvador os separou e nomeou. Os primeiros escolhidos não eram homens perfeitos, mas foram vocacionados a levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20). De acordo com Stanley Horton, eles foram habilitados a exercer “o ministério quando do estabelecimento da Igreja” (At 1.20,25,26). Em outras palavras, os doze apóstolos constituíram a base ministerial para o desenvolvimento e a expansão da Igreja no mundo. Mas antes, como nos mostra a Palavra de Deus, receberam o batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-46).

3. A singularidade dos doze. Aqui é importante ressaltar que o apostolado dos doze tem uma conotação bem singular em relação aos demais encontrados em Atos e também nas epístolas paulinas.

a) Eles foram convocados pessoalmente pelo Senhor. Multidões seguiam Jesus por onde Ele passava (Mt 4.25), e muitos se tornavam seguidores do Mestre. Mas para iniciar o trabalho da Grande Comissão, apenas doze foram convocados pessoalmente por Ele (Mt 10.1; Lc 6.13).

b) Andaram com Jesus durante todo o seu ministério. Desde o batismo do Senhor até a crucificação, os doze andaram com o Mestre, aprenderam e conviveram com Ele (Mc 6.7; Jo 6.66-71; At 1.21-23).

c) Receberam autoridade do Senhor (Jo 20.21-23). Os doze receberam de Jesus um mandato especial para prosseguirem com a obra de evangelização. Eles foram revestidos de autoridade de Deus para expulsar os demônios, curar os enfermos e pregar o Evangelho à humanidade (Mc 16.17,18; cf. At 2.4).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O verdadeiro apostolado é centrado única e exclusivamente em Jesus Cristo, pois Ele é o Apóstolo enviado pelo Pai.

II. O APÓSTOLO PAULO

1. Saulo e sua conversão. Saulo foi um judeu de cidadania romana, educado “aos pés de Gamaliel”, e também um importante mestre do judaísmo (At 22.3,25). Ele era intelectual, fariseu e foi perseguidor dos cristãos. Entretanto, a caminho de Damasco, em busca dos cristãos que haviam fugido devido à perseguição em Jerusalém, e com carta de autorização para prendê-los, Saulo teve uma experiência com o Cristo ressurreto (At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transformada a partir desse encontro pessoal com Jesus. De perseguidor, passou a perseguido; de Saulo, o fariseu, a Paulo, o apóstolo dos gentios.

2. Um homem preparado para servir. Dos vinte e sete livros do Novo Testamento, treze foram escritos pelo apóstolo Paulo. Quão grande tratado teológico encontramos em sua Epístola aos Romanos! O seu legado teológico foi grandioso para o cristianismo. Mas para além da intelectualidade teológica, o apóstolo dos gentios levou uma vida de sofrimento por causa da pregação do Cristo ressurreto. Eis a declaração apostólica que denota tal verdade: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7).

3. “O menor dos apóstolos”. O apóstolo Paulo não pertencia ao colégio dos doze. Ele não andou com Jesus em seu ministério terreno nem testemunhou a ressurreição do Senhor — requisitos indispensáveis para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, o apóstolo reconheceu que não merecia ser assim chamado, pois considerava-se um “abortivo”, como que nascido fora de tempo, o menor de todos (1Co 15.8,9). Entretanto, o Senhor se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinou-lhe todas as coisas. O apóstolo recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Gl 1.6-24; 1Co 11.23). Embora o colégio apostólico tenha reconhecido o apostolado paulino (Gl 2.6-10; 2Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eram o selo do seu ministério apostólico (1Co 9.2).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Paulo viu o Cristo ressurreto. Esta era a sua credencial apostólica.

III. APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)

1. Ainda há apóstolos? No sentido estrito do termo, e de acordo com a sua singularidade, apóstolos como os doze não mais existem. A Palavra de Deus diz que durante o milênio, os doze se assentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes também estarão registrados nos doze fundamentos da cidade santa (Ap 21.12-14). Logo, o colégio apostólico foi formado por um grupo limitado de discípulos, não havendo, portanto, uma sucessão apostólica.

2. Apóstolos fora dos doze. A carta aos Efésios apresenta a vigência do dom ministerial de apóstolo. O teólogo Stanley Horton informa-nos que “o Novo Testamento indica que havia outros apóstolos que também haviam sido dados como dons à Igreja. Entre estes se acham Paulo e Barnabé (At 14.4,14), bem como os parentes de Paulo, Andrônico e Júnia (Rm 16.7)”. Ao longo do Novo Testamento, e no primeiro século da Igreja, o termo apóstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial distribuído à igreja local (Dicionário Vine).

3. O ministério apostólico atual. Não há sucessão apostólica. Esta é uma doutrina formada pela igreja romana e, infelizmente, copiada por algumas evangélicas para justificar a existência do poder papal. O ministério dos doze não se repete mais. O que há é o ministério de caráter apostólico. Atualmente, missionários enviados para evangelizar povos não alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecidos como verdadeiros apóstolos de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey (cognominado “pai das missões modernas”), Hudson Taylor, D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg, “irmão André” e tantos outros, em tempos recentes, foram verdadeiros desbravadores apostólicos. Cidades e até países foram impactados pela instrumentalidade desses servos de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Segundo Efésios 4.11 o dom ministerial de apóstolo está em plena vigência na igreja atual.

CONCLUSÃO

Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe atualmente. Entretanto, o dom ministerial de apóstolo citado por Paulo em Efésios 4.11 está em plena vigência. Pastores experimentados, evangelistas e missionários que desbravaram os rincões do nosso país ou em países inimigos do Evangelho, são pessoas portadoras desse dom ministerial. São os verdadeiros apóstolos da Igreja de Cristo hoje.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012.
HORTON, Stanley M. (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1 ed., RJ: CPAD, 1996.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Jesus é o supremo Sumo Sacerdote e Apóstolo (Hb 3.1). A palavra apóstolo era usada, no entanto, para qualquer mensageiro nomeado e comissionado a algum propósito. Epafrodito foi um mensageiro (apóstolo) nomeado pela igreja em Filipos e enviado a Paulo (Fp 2.25). Os companheiros de Paulo eram os mensageiros (apóstolos) enviados pelas igrejas e por elas comissionados (2Co 8.23).

Os doze, apenas, eram apóstolos específicos. Depois de uma noite em oração, Jesus os escolheu do meio de um grupo de discípulos e os chamou apóstolos (Lc 6.13). Pedro recomendou que os doze tinham um ministério e supervisão especiais (At 2.20,25,26), provavelmente tendo em mente a promessa de que eles futuramente julgariam (governariam) as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). Sendo assim, nenhum apóstolo foi escolhido, depois de Matias, para estar entre os doze. Nem foram nomeados substitutos, quando estes foram martirizados. Na Nova Jerusalém há apenas 12 alicerces, com os nomes dos 12 apóstolos inscritos neles (Ap 21.14). Os doze, portanto, eram um grupo limitado, e realizavam uma função especial na pregação, no ensino e no estabelecimento da Igreja, além de testificar da ressurreição de Cristo, com poder. Ninguém mais pode ser um apóstolo no sentido em que eles foram” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012, p.287).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
 
Subsídio Teológico

APÓSTOLO

Os apóstolos foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente testificaram que Jesus era o Senhor ressurrecto (Lc 24.45-48; 1Jo 1.1-3). Os pré-requisitos para a substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22. A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14-16; At 1.13) corresponde à lista dos doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19. Mateus lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por Jesus. Tadeu (em Mateus e Marcos) era idêntico a Judas o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no episódio da transfiguração (Mt 17.1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os companheiros de Jesus e proclamar o Evangelho (Mc 3.14). Durante o ministério de Jesus, os doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada por outros (Lc 10.1).

Aparentemente, a posição dos apóstolos não foi fixada permanentemente antes da ressurreição (Mt 19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.15-18). O Cristo ressurreto fez deste grupo seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição, apóstolos e testemunhas permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como missionários, os instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-48), e completou o processo com o envio do Espírito Santo no Pentecostes (Lc 24.49; At 1.1-8; 2.1-13). No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensinadores e líderes da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.1 — 11.18), Tiago o substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios.

Os membros da igreja são sacerdotes, reis, servos de Deus e santos que usam seus dons para a edificação da igreja como um todo (1Co 12.1-11; 1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.8,10; 7.3) e, como os apóstolos, são mediadores de Cristo (Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48) e reinarão com Ele (Ap 3.21).

Os apóstolos, porém, através do testemunho de sua palavra, sempre serão a norma e os arautos do fundamento sobre o qual Cristo edifica a sua igreja (Ef 2.20; Ap 18.20; 21.14). Os apóstolos são as primeiras dádivas de Cristo para a sua igreja (Ef 4.11) e os ministros estabelecidos por Deus na igreja (1Co 12.28,29)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wydiffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.162).

29 abril 2021

Estudo da lição 05: Dons de elocução


 

O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS


Imagem: Portal EBD


Conforme vimos no tópico anterior, através do dom de variedade de línguas, o crente é capacitado pelo Espírito Santo a entregar uma mensagem de Deus, em uma língua desconhecida dele. Por isso, há a necessidade do dom de interpretação de línguas, que complementa o dom de variedade de línguas. 

1. Definição do dom. É a capacidade concedida pelo Espírito Santo, para interpretar no próprio idioma, uma mensagem pronunciada em língua estranha. É importante destacar que interpretar não é traduzir. É decifrar ou decodificar uma mensagem transmitida em língua desconhecida. A tradução está relacionada às palavras, frases e idiomas. A interpretação está relacionada à mensagem. 
A interpretação é algo sobrenatural, tanto quanto o dom de variedade. Assim como falar em línguas não é ser poliglota e sim, falar línguas que a pessoa desconhece, interpretar não é ser um tradutor. É trazer o significado de uma mensagem do Espírito, que foi transmitido em uma linguagem que a pessoa desconhece, tanto quem fala, como aquele que interpreta. 

2. Diferença entre o dom de interpretação e o de profecia. Os dons de interpretação e o de profecia são parecidos, pois ambos trazem uma mensagem de Deus à Igreja.
A diferença é que no dom de profecia, a mensagem vem diretamente no idioma de quem a ouve e no dom de interpretação, primeiro a mensagem é transmitida em língua estranha e depois interpretada. 

Pb Weliano Pires


28 abril 2021

O DOM DE VARIEDADE DE LÍNGUAS

 

Imagem do blog Sal e luz

A evidência inicial do Batismo do Espírito Santo é falar em línguas, conforme o Espírito Santo concede. (At 2.4). No dia de Pentecostes, todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar novas línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Depois, na casa de Cornélio, enquanto Pedro pregava, o Espírito Santo desceu sobre os ouvintes e eles falaram em línguas. (At 10.46). Em Éfeso também, Paulo falou sobre o batismo no Espírito Santo a um grupo de doze crentes que conheciam apenas o batismo de João. Após Paulo impor as mãos sobre eles, foram cheios do Espírito Santo e falaram línguas e profetizaram (At 19.1-7).

Entretanto, o falar em línguas do batismo no Espírito Santo é diferente do dom de variedade de línguas, que faz parte dos dons de elocução. Este dom não é dado a todos, como o batismo no Espírito Santo, mas, é dado a cada um, para aquilo que for útil. (1 Co 12.11,30). Segundo escreveu o saudoso missionário e escritor, Eurico Bergstén, na Revista Lições Bíblicas, do 1º trimestre de 2004, “...Enquanto as línguas como sinal são concedidas a todos os que são batizados com o Espírito Santo (At 2.4; 10.46; 19.6), o dom de variedade de línguas não é dado a todos os que são batizados; tudo depende da soberania, do propósito e da vontade do Espírito Santo (1Co 12.11) e em resposta à busca zelosa do crente (1Co 12.31; 14.1).”  

1. O que é o dom de variedades de línguas? É uma capacidade sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, para falar em uma língua desconhecida da pessoa que fala. Esta fala pode conter uma oração, glorificação a Deus, ou uma mensagem profética. 

Existem dois aspectos do dom de variedade de línguas: Glossolalia e Xenolalia. Glossolalia é uma língua sobrenatural e desconhecida de quem fala e de quem ouve. Xenolalia é uma língua humana, desconhecida apenas de quem fala, mas que pode ser conhecida de outra pessoa que ouve. Entretanto, ambas não são aprendidas. 

2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? A Bíblia demonstra pelo menos cinco finalidades do dom de variedade de línguas. O Pr. Elinaldo Renovato de Lima as descreve em detalhes, no livro de apoio. Segue abaixo um resumo destas finalidades: 

a. Edificação pessoal. O dom de variedade de línguas edifica a princípio, o espírito da pessoa que fala. (1 Co 14.4). 

b. Edificação da Igreja. Serve também para a edificação de outras pessoas, mas, para isso, é necessário que haja o dom de interpretação. (1 Co 14.26).

c. Glorificação a Deus. No dia de Pentecostes, as pessoas ouviam em sua própria língua, os discípulos “falando das grandezas de Deus.” (At 2.11).

d. Comunicação sobrenatural com Deus. Na oração em línguas, o crente pode se comunicar com Deus, na língua dos anjos. (1 Co 13.1).

e. Sinal para os descrentes. O dom de variedade de línguas também é um sinal para os descrentes, desde que haja interpretação. Paulo recomenda que, se não houver intérprete, a pessoa deve falar consigo mesmo e com Deus, para a edificação própria. (1 Co 14.28). 

3. Atualidade do dom. O Livro de Atos dos Apóstolos mostra em abundância, não apenas o ensino como a prática dos dons espirituais na Igreja. Na história da Igreja, também há inúmeros relatos da manifestação do dom de variedade de línguas. Este relato a seguir, publicado pelo Pr. Isael de Araújo, é um exemplo marcante disso: 

“Em sua obra “História das Assembleias de Deus no Brasil”, página 67, Emílio Conde relatou que no primeiro batismo nas águas na cidade de Macapá (AP), em 25 de dezembro 1917, a nova convertida Raimunda Paula de Araújo, ao sair das águas foi batizada com o Espírito Santo: Ela falou em línguas estranhas com tanto poder, que os assistentes encheram-se de temor de Deus. Os judeus negociantes da cidade haviam comparecido ao batismo. Um deles, Leão Zagury, ficou tão emocionado e maravilhado com a mensagem que ouvira que não se conteve e clamou em alta voz no meio da multidão: ‘Eis que vejo a glória do Deus de Israel, pois esta mulher está falando a minha língua’. O judeu não era crente. Porém, Deus, através da crente Raimunda, falou-lhe em hebraico”. (ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007, p.332).

Assim como os outros dons espirituais, o dom de variedade de línguas continua sendo atual. Deus continua usando os seus servos em variedade de línguas para a edificação pessoal, na adoração, oração e louvor e também para a edificação da Igreja, junto com o dom de interpretação de línguas, que veremos no próximo tópico.  

Pb. Weliano Pires

27 abril 2021

DOM DE PROFECIA (1Co 12.10)

Imagem: Biblioteca dos Pregadores

 

1. Definição etimológica. A palavra profeta em hebraico é “nabi”, que significa alguém que proclama uma mensagem recebida, sob orientação de outra pessoa; um porta-voz; um mensageiro. Esta palavra ocorre cerca de 300 vezes no AT e pode se referir aos profetas do Senhor, ou aos falsos profetas. Em grego, a palavra usada para profeta é “prophetes”, de “pro” (antes) e “phemi” (falar), portanto, alguém que anuncia antecipadamente, eventos futuros. 

2. A profecia no Antigo Testamento. Segundo o saudoso pastor Antonio Gilberto, cerca de 30% do texto bíblico consiste em profecia, preditiva ou proclamativa. O Ministério profético do Antigo Testamento durou cerca de 400 anos. Havia duas categorias principais de profetas: os literários e os não literários. Os profetas literários ou canônicos são os que deixaram as suas profecias escritas e fazem parte do texto bíblico. Os não literários são aqueles que entregaram as suas mensagens verbalmente e, se deixaram escritos, são desconhecidos. Entre os não literários temos os profetas nominados, como Abraão, Gade, Micaías, Aías, etc. Os anônimos são chamados na Bíblia de um profeta, um homem de Deus, etc. 

3. A profecia no Novo Testamento. No Novo Testamento temos o dom ministerial de profeta (Ef 4.11), que vamos estudar na lição 07 e o Dom de profecia, que é o nosso assunto neste tópico. Estes dons, embora sejam parecidos, não são a mesma coisa. O ministério de profeta no Novo Testamento não consiste em prever o futuro e sim “em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.” (At 3.12-26; 1Co 14.3). (Bíblia de Estudo Pentecostal).

O Dom de profecia, por sua vez, é uma capacidade concedida pelo Espírito Santo, para falar uma mensagem verbal, em nome de Deus, em um idioma conhecido de quem fala e de quem ouve, com o objetivo de edificar, exortar e consolar. 

2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia não cessou com o fechamento do cânon, como dizem os cessacionistas. Deus continua usando os seus servos em profecia, para falar com a sua Igreja, em casos particulares que não são alcançados especificamente pela pregação bíblica. Entretanto, é preciso ter cuidado para não considerar a profecia como um acréscimo à Bíblia, como fazem algumas seitas. 

O dom de profecia é tão importante, que o apóstolo Paulo recomendou os Coríntios a buscá-lo e falou para a Igreja de Tessalônica não desprezar as profecias. (1 Co 14.1; 1 Ts 5.20). Por outro lado, Paulo alertou que deveria haver ordem e decência no exercício deste e dos demais dons espirituais. (1 Co 14.40); que a profecia seja feita uma de cada vez; e a Igreja deve julgá-la. (1 Co 14.29).

As profecias possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Precisamos buscar o discernimento de espíritos, como vimos em lição anterior, para saber a origem da profecia. As profecias hoje não são iguais às do Antigo Testamento e precisam ser julgadas, para saber se estão de acordo com a Palavra de Deus.

3. Propósitos do dom de profecia. O propósito do dom de profecia é tríplice (1 Co 14.3): 

a. Edificar (1 Co 3.9). Esta palavra no grego é "oikodome" e está relacionada a edificar no sentido de construir um edifício. Em sentido figurado, a palavra  é usada para se referir à formação espiritual do discípulo de Jesus, pois, a Igreja é comparada a um edifício. Paulo disse, no entanto, que ninguém pode por outro fundamento, além do que já foi posto, que é Cristo. 

b. Exortar. A palavra exortar no grego é “parakalao” e significa literalmente “chamar para fora”, para ajudar, encorajar, orientar e ensinar. Exortar, portanto, é motivar alguém a seguir a Cristo da maneira correta, aconselhando, ensinando e, se necessário for, repreendendo. A Nova Versão Internacional traduz esta palavra por encorajar. 

c. Consolar. A palavra consolação no grego é “paraklesis”, de “para” (ao lado de) e “Kaleo” (chamar) e tem o sentido de “consolar”, "ajudar'', "dar consolo”, estimular”. Jesus usou a palavra "parakletos", que tem a mesma origem e significa um mediador, ajudador, advogado ou conselheiro, para se referir ao Espírito Santo.

4. Equívocos que devem ser evitados em relação ao dom de profecia. O pastor Elinaldo Renovato de Lima, comentarista deste trimestre,  em seu livro de apoio, “Dons Espirituais e Ministeriais”, publicado pela CPAD, descreve quatro erros que devem ser evitados em relação ao Dom de Profecia, que eu os resumo abaixo: 

a. Usar o dom de profecia para liderar a Igreja. A liderança da Igreja foi outorgada aos pastores. Cabe a ele cuidar do rebanho do Senhor e tomar as decisões, conforme as orientações da Palavra de Deus. 

b. Usar o dom de profecia com oráculo. Muitas pessoas confundem o dom de profecia com vidência e passam a considerar alguém que tem este dom com algum guru, para fazer consultas. O mais grave é que muitos profetizam por dinheiro e presentes. 

c. Usar o dom de profecia para doutrinar a Igreja.  A Palavra de Deus é o nosso único manual de fé e conduta. Nenhuma profecia pode acrescentar, retirar ou alterar aquilo que está escrito. Todas as profecias precisam estar de acordo com a Palavra de Deus. Além disso, compete aos pastores e mestres da Igreja, a função de doutrinar a Igreja, como veremos em lições posteriores. 

d. Usar o de profecia desordenadamente. Em 1 Coríntios 14.40, falando sobre os dons espirituais, Paulo disse que “tudo deve ser feito com ordem e decência”. Infelizmente, muitas pessoas acham que não há limites para a profecia e a usam de forma desordenada, atrapalhando a pregação, a liderança da Igreja e criando confusão para as famílias. Há pessoas que profetizam mentiras sobre casamentos e curas de enfermidades, que depois confirma-se que era mentira. 


Assim como existem os verdadeiros profetas do Senhor, usados por Deus para edificar, exortar e consolar a Igreja, existem também os falsos profetas, que causam confusão na Igreja do Senhor. Os pastores precisam estar em constante oração e buscar o discernimento do Espírito Santo, para não se deixar enganar. Não podem permitir que a Igreja de Deus seja dirigida por profecias, ou que supostos profetas queiram doutrinar a Igreja.


Pb. Weliano Pires

26 abril 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: DONS DE ELOCUÇÃO

Vimos na lição passada os três dons da categoria Dons de poder: o dom da fé, os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Explicamos o significado de fé, os diferentes tipos de fé, a fé como um dom espiritual e os exemplos bíblicos do dom da fé.

Falamos também sobre os Dons de curar, explicando porque a expressão “dons de curar” está no plural; falamos sobre a relação entre a cura e a redenção e sobre a importância da cura divina nos dias atuais. 

Por último, explicamos o significado do Dom de operação de maravilhas. Mostramos alguns exemplos bíblicos deste dom e as distorções que se fazem na atualidade em relação aos dons de curar e de operação de maravilhas. 

Na lição desta semana, estudaremos os três da categoria dos dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Esta categoria de dons manifesta a mensagem de Deus à Igreja. Por isso, são chamados de "dons de expressão ou de elocução". O termo elocução segundo o dicionário significa a ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras; ou o modo de expressar-se, oralmente ou por escrito.

No primeiro tópico, falaremos a respeito do dom de profecia. Falaremos neste tópico, sobre o conceito bíblico do dom de profecia, estabelecendo a diferença entre o ministério profético do Antigo Testamento e o dom de profecia. 

Mostraremos também a relevância deste dom para a Igreja do Senhor. Paulo recomendou que esse dom fosse buscado pela Igreja de Corinto e falou para a Igreja de Tessalônica não desprezar as profecias. (1 Co 14.1; 1 Ts 5.20). Entretanto, o apóstolo alertou que deveria haver ordem e decência no exercício deste e dos demais dons espirituais. (1 Co 14.40) Paulo recomendou que a profecia seja feita uma de cada vez e a Igreja deve julgá-la. (1 Co 14.29).

Por último, ainda o primeiro tópico falaremos sobre os propósitos do dom de profecia, do ponto de vista bíblico, que é edificar, exortar e consolar a Igreja. O dom de profecia não tem o mesmo propósito das profecias canônicas do Antigo Testamento. Naquela época não existia ainda a Palavra de Deus escrita na íntegra, Havia apenas o pentateuco, que são os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Sendo assim, a palavra dos profetas, seja oral ou escrita era considerada a Palavra de Deus. O dom de profecia, no entanto, não tem a prerrogativa de doutrinar a Igreja ou liderá-la. A doutrina da Igreja é estabelecida pela Bíblia Sagrada e a sua liderança está a cargo do pastor da Igreja. 

No segundo tópico, falaremos sobre o dom de variedade de línguas. Mostraremos o conceito do dom de variedade de línguas, a finalidade deste dom e a sua atualidade.  Ao contrário do que dizem os cessacionistas, o dom de variedade línguas, assim como os outros dons espirituais não ficaram restritos ao período apostólico. 

No terceiro e último tópico, falaremos sobre o dom de interpretação de línguas, que é um complemento do dom de variedade de línguas. O dom de interpretação das línguas é a habilidade de interpretar, em nosso próprio idioma, aquilo que foi pronunciado em línguas. Porém, não se trata de tradução e sim de interpretação ou decifração da mensagem. 

Veremos ainda no terceiro tópico a diferença entre o dom de profecia e o de interpretação de línguas. Enquanto a profecia é transmitida diretamente na linguagem do ouvinte, o dom de interpretação depende que alguém esteja falando em línguas. 

Pb. Weliano Pires

 

18 Anos de Casados: Bodas de Turquesa


Nosso casamento atingiu a maioridade

Pela pedra turquesa é representado

Pedra preciosa, que em sua tonalidade 

É um símbolo do mar e do céu azulado


O mar, em dois extremos pode estar 

Agitado, com grande tempestade

Ou pode estar calmo e não ameaçar

Oferecendo brisa e serenidade.


O Céu pode estar azul e ensolarado

Ou encoberto por nuvens e chuvoso

À noite, pode estar azul e estrelado

Ou pode estar escuro e nebuloso.


Assim como nestas representações

Ao longo dos anos, nós passamos

Por turbulências, lutas e aflições

Mas, momentos bons desfrutamos


Nestes dezoito anos crescemos

Com as dificuldades enfrentadas

Muitas coisas, juntos aprendemos

E a nossa união foi aperfeiçoada


Reafirmo hoje o meu compromisso

De te amar sempre e eternamente

No amor a você, não serei omisso

Te amarei plena e intensamente. 


Com muito amor, 


Weliano Pires Neto


A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

(Comentário do 2° tópico da Lição 8: A promessa de paz) Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, falaremos da paz ilusória deste mundo. Veremos ...