27 julho 2019

O grande legado de um homem de Deus


Moisés, o servo do SENHOR, morreu ali, em Moabe, como o Senhor dissera.
O SENHOR o sepultou em Moabe, no vale que fica diante de Bete-Peor, mas, até hoje ninguém sabe onde está localizado seu túmulo.
Moisés tinha cento e vinte anos de idade quando morreu; todavia, nem os seus olhos nem o seu vigor tinham se enfraquecido.
Os israelitas choraram Moisés nas campinas de Moabe durante trinta dias, até passar o período de pranto e luto.
Ora, Josué, filho de Num, estava cheio do Espírito de sabedoria, porque Moisés tinha imposto as suas mãos sobre ele. De modo que os israelitas lhe obedeceram e fizeram o que o Senhor tinha ordenado a Moisés.
Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face, e que fez todos aqueles sinais e maravilhas que o Senhor o tinha enviado para fazer no Egito, contra o faraó, contra todos os seus servos e contra toda a sua terra.
Pois, ninguém jamais mostrou tamanho poder como Moisés, nem executou os feitos temíveis que Moisés realizou aos olhos de todo o Israel.”
(Deuteronômio 34.5-12)


Moisés nasceu no Egito, em um período muito difícil para Israel. Ele era da descendência de Levi, o terceiro filho de Jacó. Era filho de um casal chamado Anrão e Joquebede.
Na ocasião do seu nascimento, o seu povo era escravo no Egito. Como estavam aumentando muito, o rei do Egito deu ordem para que as parteiras matassem os meninos que nascessem e deixassem viver apenas as meninas. Porém, as parteiras temeram a Deus e desobedeceram à ordem absurda do rei. O rei, então, muito enfurecido, ordenou aos soldados que jogassem as crianças do sexo masculino no rio ao nascerem.
Quando Moisés nasceu, a sua mãe o escondeu por três meses, para evitar que fosse morto. Mas, como não podia mais escondê-lo, colocou-o em uma arca, vedou-a com betume para não entrar água e colocou-o no Rio. A sua irmã Miriam, que era uma adolescente, ficou olhando de longe, para ver o que iria acontecer.
A filha de Faraó foi banhar-se no rio e ouviu o choro da criança. Pediu à sua serva que abrisse a arca, para ver o que tinha dentro e deparou-se com um lindo bebê. Nesse momento, a irmã de Moisés se apresentou e perguntou se a princesa gostaria que ela encontrasse uma mulher para amamentar e criar o menino para ela. Imediatamente, ela disse que sim e a jovem foi chamar a mãe do menino, que o criou com todo amor.
Depois que cresceu, Moisés resolveu visitar o seu povo nos campos de trabalhos forçados em que eram oprimidos. Lá, viu um egípcio espancando um dos seus parentes. Furioso com aquela covardia, Moisés matou o agressor e escondeu o corpo na areia.
No dia seguinte, Moisés retornou ao acampamento e viu dois israelitas brigando. Tentou apartar a briga, argumentando que eles não deveriam brigar, pois eram irmãos. O agressor respondeu a Moisés:
- Ora, quem te colocou como juiz entre nós? Estás querendo me matar, como fizeste ontem com o egípcio?
O caso chegou ao rei do Egito e Moisés teve que fugir, para não ser morto.
Nesta fuga, Moisés foi até à terra de Midiã. Casou-se por lá e passou a cuidar das ovelhas do seu sogro. Viveu quarenta anos nessa terra.
Certo dia, quando cuidava das ovelhas, subiu a um monte e percebeu que uma sarça queimava, mas, não era consumida pelo fogo. Achando estranho aquele fenômeno, Moisés resolveu se aproximar e ver o que estava acontecendo.
Do meio do fogo, ouviu uma voz que lhe dizia:
- Moisés, Moisés! Não te chegues para cá! Tire as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que estás pisado é terra santa.
- Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Tenho visto a aflição do meu povo no Egito e resolvi livrá-los.
Neste diálogo, Deus ordenou que Moisés retornasse ao Egito e falasse com Faraó, para que libertasse o povo de Israel da escravidão. Evidentemente, Moisés temeu e sentiu-se incapaz de realizar tão difícil tarefa. Mas, Deus insistiu que ele teria que ir, na companhia de Aarão seu irmão e eles foram.
Chegando ao Egito, Moisés foi rever os seus parentes e contou-lhes tudo, sobre o plano de libertação que Deus lhe delegara.
Quando falaram a Faraó, este se mostrou endurecido e não quis libertar o povo. Foi preciso Deus mandar dez pragas sobre o Egito, mostrando o seu grande poder: as águas se transformaram em sangue, vieram enxames de moscas, piolhos, gafanhotos, rãs, saraivas, úlceras nas pessoas, doenças e morte de animais, trevas e a morte de todos os primogênitos do Egito. Nenhuma destas pragas atingiu o povo de Israel.
Depois da última praga, Faraó resolveu libertar o povo. Os egípcios, apressados para que os israelitas deixassem o Egito, deram tudo o que eles pediram. Saíram do Egito neste dia, seiscentos mil israelitas, sem contar as mulheres e crianças.
Deus endureceu o coração do Faraó e este resolveu perseguir os israelitas. Chegando em frente ao Mar Vermelho, o povo de Israel se desesperou, pois, havia montanhas dos dois lados, Faraó e o seu exército vinham atrás e o mar estava à frente. Mas, Deus ordenou que Moisés estendesse a vara sobre o mar e este se abriu.
Israel passou pelo meio do mar em terra seca. Deus dificultou a passagem dos egípcios, arrancando-lhe as rodas dos carros. Quando Israel terminou de atravessar, o mar se fechou, sob as ordens de Moisés, e os egípcios morreram afogados.
Durante quarenta anos, Deus permitiu que o povo de Israel peregrinasse no deserto, sob a liderança de Moisés. Houve muita murmuração por parte deles e Deus fez grandes milagres. Nesse período, Deus lhes enviou, diariamente, uma comida chamada Maná; transformou águas amargas em água doce; mandou codornizes; fez brotar água da rocha para eles beberem; e guiou-os, de dia com uma coluna de nuvem e de noite com uma coluna de fogo, para protegê-los, respectivamente do calor e do frio do deserto.
Devido à rebeldia, ingratidão e constantes murmurações daquela geração que saíra do Egito, Deus determinou que eles não entrariam na terra prometida, com exceção de Josué e Calebe, que permaneceram fiéis ao Senhor. Até Moisés, devido à sua solidariedade ao povo e por ter desobedecido à voz de Deus, quando este mandou que falasse à rocha para que vertesse água e Moisés bateu na rocha, também não entrou na terra prometida.
Entretanto, a história de Moisés termina de forma emocionante. Deus avisou-lhe que ele não entraria na terra prometida e escolheu Josué como seu sucessor. Mas, Deus levou Moisés ao monte Nebo para ver a terra prometida. Após vê-la, Moisés morreu e foi sepultado pelo próprio Deus, na terra de Moabe. Até hoje, ninguém sabe onde ele foi sepultado.
Moisés não deixou herança para os seus sucessores. Morreu no deserto. Mas, deixou um legado de fé, trabalho, amor, mansidão, liderança e fidelidade ao Senhor. O texto bíblico diz que “nunca mais se levantou em Israel, profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera cara a cara.” Isto significa que Moisés tinha uma proximidade muito grande com Deus. Moisés foi usado por Deus, para fazer grandes milagres. O seu corpo nunca perdeu o vigor, mesmo aos cento e vinte anos, quando morreu.
Quando nós morremos, podemos deixar herança ou legado. A herança são os bens materiais, que deixamos para os nossos descendentes. Logo elas passarão para as mãos de outros e se acabarão. Legalmente, o legado é uma herança deixada para alguém, através de um testamento. Mas, simbolicamente, o legado é o nosso exemplo de vida. O nosso legado será aquilo, pelo que seremos lembrados, após a nossa partida.
O que as pessoas dirão de nós, após a nossa partida? Seremos um exemplo a ser imitado? Normalmente em velórios, diante da comoção, as pessoas costumam elogiar o falecido e falam até coisas que não são verdadeiras. Mas, entre os conhecidos, a verdade prevalece. Todos se lembrarão daquilo que nós representamos para eles.

Esforcemo-nos para deixar um bom exemplo de vida para a nossa posteridade.

Pb. Weliano Pires





10 julho 2019

O Sacerdócio Levítico e o Ministério Cristão

“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: 

- Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.  Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço.  Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.” (Atos 6.1-4)


Muitos evangélicos, especificamente pastores, confundem o Ministério Cristão com o Sacerdócio Levítico e, por conta disso, há muita confusão e problemas desnecessários, nas administrações de Igrejas.

Diante da experiência ministerial de alguns líderes evangélicos, eu sou apenas um menino, pois, mesmo sendo presbítero há onze anos, eu nunca dirigi uma Igreja, embora já tenha auxiliado a vários pastores e atuo como professor da Escola Bíblica Dominical há dezenove anos.

O fato é que o atual modelo de administração eclesiástica, especificamente o assembleiano do qual faço parte, está falido e muito distante dos parâmetros da Igreja Primitiva.

Ora, o Sacerdócio da Antiga Aliança não é o modelo de liderança para a Igreja. Há muitas diferenças entre ambos e eu gostaria de colocar as principais abaixo:

1) Os sacerdotes eram mediadores entre Deus e a Congregação de Israel. Os sacerdotes, especificamente o Sumo sacerdote, eram tipos de Cristo e, como tal, faziam o papel de mediadores entre o povo de Israel e Deus. Os ministros do Novo Testamento não exercem este ofício.

2) Os sacerdotes exerciam papel de juízes. Os sacerdotes, especificamente no período teocrático, como nos casos de Eli e Samuel, exerciam o papel de juízes da Nação, não apenas em questões religiosas, mas, em questões civis e criminais. Este também não é papel dos ministros da Nova Aliança, pois, isso é papel do estado.

3) O sacerdócio da Antiga Aliança era hereditário e automático. Todos os filhos de Aarão eram naturalmente sacerdotes e o filho mais velho era o sucessor automático do Sumo sacerdote. Na Nova Aliança não existe isso. Os ministros são chamados individualmente por Deus, sem critérios genealógicos.

4) O sumo sacerdote era o administrador do Templo e os sacerdotes os seus auxiliares. Não podiam ter outras atividades além do sacerdócio e não tinham herança em Israel. As demais tribos os sustentavam através dos dízimos e ofertas. Estas contribuições eram semelhantes aos impostos nos dias de hoje.


Isto posto, faço agora algumas considerações sobre os ministros da Nova Aliança, à luz dos escritos do Novo Testamento:

1) Os Ministros do Evangelho no Novo Testamento não são considerados mediadores entre Deus e os homens. Este papel é exercido por Jesus (1 Tm 2.5). O ministro do Novo Testamento é um servo da Igreja.

2) Os pastores do Novo Testamento não são juízes de questões civis e criminais. As questões que os pastores tratavam eram teológicas e referentes à doutrina ou ao pecado.

3) Os pastores do Novo Testamento não eram administradores de Igrejas. Este papel era exercido pelos diáconos. Em Atos 6, na instituição dos diáconos, Pedro deixa claro que não é razoável que os pastores deixem a pregação do Evangelho e a oração, para cuidar de assistência social. Lamentavelmente, hoje vemos pastores, que deveriam estar pregando o Evangelho, visitando doentes e orando, sendo secretário, tesoureiro, cuidando de construção, sendo deputados e uma série de atividades que nada tem a ver com a função de pastor no Novo Testamento.

4) Os Ministros do Novo Testamento não são donos ou dominadores da Igreja. Pedro falou que os Presbíteros devem apascentar o rebanho de Deus, não como dominadores, mas, servindo de exemplo ao rebanho.

5) Os Ministros do Novo Testamento não são intocáveis ou inquestionáveis. A ideia de líderes mundiais que não podem ser questionados nem dar satisfação dos seus atos a ninguém, não está no Novo Testamento. Paulo repreendeu a Pedro em Antioquia, quando este se afastou dos gentios para não 'se queimar com os judeus'. Pedro também teve que se explicar para a Igreja em Jerusalém, após ter batizado Cornélio e comido em sua casa.


Para concluir, eu acho que as Igrejas precisam urgentemente, restabelecer o modelo do Novo Testamento, onde os pastores cuidavam da parte espiritual, orando, ensinando e evangelizando; e a parte administrativa e assistencial era feita pelo diaconato.


É preciso urgentemente acabar com as capitanias hereditárias, nepotismo eclesiástico, ditaduras, estrelismo e politicagens convencionais. Isto é incompatível com a pureza e simplicidade do Evangelho.


Que Deus nos guarde!


Pb. Weliano Pires

27 maio 2019

A construção da Arca da Aliança

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
Segunda-feira


Blog do Erivelton Figueiredo

“Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; o seu comprimento era de dois côvados e meio; e a sua largura de um côvado e meio; e a sua altura de um côvado e meio. E cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora; e fez-lhe uma coroa de ouro ao redor; E fundiu-lhe quatro argolas de ouro nos seus quatro cantos; num lado duas, e no outro lado duas argolas; E fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; E pôs os varais pelas argolas aos lados da arca, para se levar a arca”. (Êxodo 37: 1-5).

Uma arca provisória foi construída por Moisés, sob orientação de Deus, para guardar as duas tábuas de pedra onde estavam escritas a Lei de Deus, já que as primeiras tábuas tinham sido quebradas. A Bíblia não nos fala absolutamente nada a respeito do destino final desta arca, mas de qualquer forma, ela não é a mesma arca conhecida como a “Arca da Aliança”. A Arca da Aliança foi construída por Bezalel com medidas especificas e totalmente recoberta de ouro, tanto por dentro quanto por fora.

Sem a intenção de forçar uma exegese quanto à simbologia desta “arca provisória” construída por Moisés sob orientação divina, contudo, ela nos remete a um significado simples e óbvio – Essa arca provisória, feita totalmente de madeira, era uma figura da humanidade. Por si mesma, ela nunca poderia proteger o homem caído da ira de Deus e, por isso, outra arca foi necessária para esse propósito, uma arca cuja humanidade estivesse revestida em divindade e blindada, do fogo da ira de Deus, por um revestimento de ouro puro. Não havia nada que o homem em seu estado caído podia fazer para proteger a si mesmo, de modo que o Senhor, em Sua misericórdia, enviou um homem perfeito para receber, em lugar de toda a humanidade, a força total da justa ira de Deus.

A Arca da Aliança foi construída com medidas exatas de largura, altura e comprimento, tendo como matéria prima a madeira de acácia e foi completamente revestida de ouro, por dentro e por fora. As paredes e a base da Arca da Aliança formavam um receptáculo distinto, ou baú. A Arca da Aliança e sua “tampa” ou o Propiciatório eram peças distintas, ou seja, não formavam eles uma única peça, porém, ambos se completavam. O Propiciatório, ou kapporeth em hebraico, ou hilasterion, em grego, foi feito totalmente de ouro e não era fixado por prendedores ou dobradiças na Arca da Aliança, em vez disso, ficava assentado sobre uma “coroa”, ou borda de ouro, nas laterais da Arca da Aliança.

A Arca da Aliança era a única “mobília” do Tabernáculo terrestre em que os levitas não podiam tocar, nem mesmo para colocar ou retirar os varais para transporte, isso era tarefa exclusivamente dos sacerdotes. A simbologia da Arca da Aliança aponta para a realidade que é: Seu revestimento de ouro representa a glória de Deus sendo manifestada. Representa, também o Trono de Deus onde havemos de comparecer; As Tábuas da Lei, neste lugar nunca mais se quebraram, demonstrando que Deus vela pela sua palavra; O pote com uma porção de Maná, representa o alimento inesgotável que provem de Deus e não se deteriora com o tempo; e, por fim, a vara de Arão representa o ornamento de uma nova vida, e que jamais murchará. Tipifica também um ministério frutífero.


Referências:

– A Extraordinária Santidade de Deus – Jeremy James

25 maio 2019

O caminho foi aberto para a comunhão com Deus

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
SÁBADO

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras”. (Mateus 27.51)

No Sinai, ao “entregar” o modelo do Tabernáculo terrestre a Moisés, Deus ao especificar o material, as medidas e as cores das cortinas queria alertar o homem de que um limite estava posto entre ambos. A cortina que separava o lugar Santo do lugar Santíssimo muito mais que uma divisa, apontava para a condição daquele que intentava penetrar por ela. Ela não era um aviso de risco de vida, mas, muito mais que isso, ela indicava uma condição necessária de vida, mesmo por que, os que já se encontravam diante dela, ali estavam pela misericórdia de YHWH.
A atitude insana de Adão foi o que motivou a separação entre Criador e criatura. Deus, em razão de Seus atributos, jamais aceitará diante de Si alguém que não se submeta, voluntariamente, à Sua vontade. Por isso, no Tabernáculo terrestre, cuja edificação foi designada como sendo a “Casa de Deus”, o acesso era restrito aos sacerdotes e sumo sacerdote, sendo que, no lugar Santíssimo apenas o sumo sacerdote estava autorizado a entrar.
O lugar Santíssimo era a recâmara da “Casa de Deus”. Era o lugar de maior intimidade. Era o lugar onde estava o “trono” do Senhor. E, assim, como em qualquer habitação, onde os quartos falam de um lugar privativo em que apenas os que são autorizados podem entrar, o lugar Santíssimo tinha essa mesma característica – era o lugar da intimidade de Deus. Entrar ali sem a devida autorização era um ato indesculpável. E o véu, que fazia a separação dos ambientes, não era inviolável, porém ele demarcava um limite.
Ao que estava autorizado a transpor o véu, no caso o sumo sacerdote, pesava sobre si a responsabilidade de ser o “mediador” entre o pecador arrependido e o Deus Misericordioso e, mais do que isso, ele tinha que assegurar que o sacrifício oferecido fosse aceito por Deus e, no caso da recusa da oferta, nenhuma justificativa podia apontar o mediador como culpado da recusa. O véu da separação fala de uma exigência divina – nenhum homem, por si mesmo, está autorizado a chegar diante de Deus sem um mediador.
Jesus, ao consumar sua obra na cruz, rasgou este véu que separava o homem de Deus, contudo, ainda que esta barreira visível não mais exista, ela permanece impressa na consciência do pecador arrependido. Desta forma, ainda que o nosso “Mediador” – Jesus Cristo, esteja intercedendo todo o tempo por nós, quando nos inclinamos para os desejos de nossa natureza carnal, irremediavelmente, nos separamos do Deus Santo.
Jesus Cristo como Sumo Sacerdote removeu, de uma vez por todas, o véu da separação. O pecador arrependido não precisa mais temer a morte por estar diante da face de Deus. O caminho foi aberto de uma forma definitiva e irrevogável concedendo a todo o que crê na obra realizada pelo Sumo Sacerdote – Jesus, acesso livre ao trono do Pai.

(Erivelton Figueiredo)

24 maio 2019

O caminho foi aberto para o Santíssimo


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
Sexta-feira

“E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”. (Marcos 15.37-38)

As duas últimas declarações de Jesus na cruz nos asseguram de que Ele não foi submetido à fúria dos religiosos da época ou ao poder político dos romanos sem o Seu consentimento. Tudo quanto o nosso Senhor padeceu, desde os vitupérios até aos sofrimentos físicos, foi em consequência de uma única razão – livrar a humanidade do juízo divino. “Está consumado!” e “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” nos asseguram que Jesus não foi assassinado, mas que entregou a sua vida espontaneamente por nós. Jesus não foi um mártir, mas, sim um sacrifício voluntário pelos pecados do mundo. Jesus sob o peso de todas as maldições não caminhou até o Calvário como um derrotado, antes, no seu mais profundo íntimo, sua jornada até a cruz foi como a de um Rei na iminência de ser coroado.

O véu que separava os dois ambientes na Tenda do Tabernáculo delimitava um espaço, no qual, nenhum homem estava apto a entrar. Somente mediante expressa autorização de YHWH é que o sumo sacerdote em um dia especifico do ano estava autorizado a penetrar por aquele véu e chegar-se ante a face de Deus.

O linho fino retorcido apontando para as duas naturezas do Cristo, o nosso Senhor e Salvador Jesus, nos diz que somente os que vivem em comunhão plena com Ele estão aptos a distingui-las. A natureza divina e humana de Jesus estão de tal forma unidas em si, que o homem natural não consegue fazer essa distinção. Muitos não conseguem entender que Jesus não podia realizar o que realizou se não fosse um homem em toda a sua plenitude. Não que Ele precisava sentir o que sentimos, mas que a justiça de Deus fosse satisfeita, para que a Lei do Senhor sendo santa, justa e boa fosse cumprida.

Os querubins bordados no véu tinham um significado espiritual. Ainda que estivessem apenas bordados sobre o tecido, eles imprimiam em quem os visse um ensino didático – Aquele lugar estava resguardado. Isso significava que qualquer pessoa que atrevidamente ousasse transpor aquele véu, estava pondo em risco a própria vida. Era, sumariamente, proibido entrar no Lugar Santíssimo sem as devidas “credenciais”.

Após a queda de Adão no Édem, onde ele sendo o representante da humanidade, vivia em plena comunhão com Seu criador, Deus estabeleceu que alguém deveria, a partir daquele episódio representar a humanidade que, agora estava expulsa de diante da Sua face. Apesar de ter sido o próprio homem quem, por sua desobediência, pôs uma barreira entre si e Deus, todavia, não está facilitado ao próprio homem removê-la. Assim, alguém o representaria diante de Deus.

Na antiga aliança, quem fez o papel de representante do homem foi o sumo sacerdote, ainda que fosse tão inelegível quanto qualquer outro homem, Deus o aceitava, desde que estivesse em pleno cumprimento de todas as exigências divinas. Na nova aliança, Jesus assumiu essa função e, cumprindo em Si mesmo todas as exigências de Deus no que diz respeito ao sacrifício, Ele não somente transpôs o véu, melhor que isso, Ele o removeu.

(Erivelton Figueiredo)


23 maio 2019

Jesus, o Sumo Sacerdote Eterno

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
Quinta-feira

(Blog do Erivelton Figueiredo)

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9: 24-28)

Independentemente do conceito que damos para definir “sacerdote”, tanto o significado quanto a função, em si mesmo, no sentido bíblico aponta para uma pessoa totalmente idônea, sobre a qual repousa a responsabilidade de representar o homem diante de Deus. Essa representação não se dava apenas por apelos e argumentações verbais, ela teria, impreterivelmente, que vir acompanhada de sacrifícios para, com isso, assegurar que Deus agiria em favor do necessitado. Diante disto, entendemos que o sacerdote não podia comparecer diante de Deus com as mãos vazias, um sacrifício tinha que ser apresentado.

Jesus como a realidade do que o Tabernáculo terrestre representava, é o Sumo Sacerdote que se apresentou (no sentido de que Ele entrou uma única vez, e permanece lá) diante da face do Pai Celestial com intercessões, apelos e rogos em favor dos pecadores e, levou consigo a evidência do sacrifício realizado, ou seja, o sangue espargido sobre o propiciatório não era o de bodes e touro cuja eficácia estava limitada a somente esconder os delitos do pecador, mas, Jesus entra no Santíssimo Lugar triunfantemente com outro elemento cujo aspecto, origem e eficácia são irrecusáveis aos olhos do nosso Deus – o próprio sangue.

O sumo sacerdote, na antiga aliança, não era uma autoridade que se destinava as questões estritamente religiosas. Como bem estudamos em lições de trimestres passados, o sumo sacerdote na antiga aliança respondia também por questões de características sociais e ambientais cuja abrangência era de cunho nacional. Nas questões sociais, entre tantas, ele supervisionava muitas doenças e seus tratamentos; supervisionava as questões litigiosas; e, supervisionava as questões judiciais. E, nas questões de caráter ambiental, era responsabilidade do sumo sacerdote manter o equilíbrio homem-natureza. Então, assim, o sumo sacerdote era uma figura de extrema necessidade entre o povo e, tudo quanto fazia tinha que ser de forma imparcial.

A morte do sumo sacerdote, na antiga aliança, tinha de ser anunciada às cidades de refúgio em todo o país. Isso era de suma importância para algumas pessoas, pois, significava a soltura de todos os confinados aos limites das cidades de refúgio por serem culpados de homicídio acidental. A morte de um homem trazia benefícios para os que, em alguns casos, “legitimamente” tinham violado a Lei de Deus. A morte de Jesus não trouxe benefícios somente a algumas pessoas, porém, a humanidade foi beneficiada de forma generosa e abundante.

Jesus, como nosso Sumo Sacerdote, tem em Si todas as prerrogativas do seu cargo. Como Sumo Sacerdote, Ele não só apela pelos nossos pecados, mas, intercede por tudo aquilo que diz a respeito a nós e o que nos pertence.

22 maio 2019

O aviso de Deus para o sacerdote


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
QUARTA-FEIRA

 “Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”. (Levítico 16.2)

Existem algumas pessoas, e, digo isso apontando para o meio evangélico, que olham para o nosso Deus e o vêem como um verdugo. Sim! Existem crentes que julgam que Deus está em ponto de executar juízos sem a mínima misericórdia pelo pecador. O texto bíblico de hoje, ao contrário do que algumas pessoas interpretam, nos conduz mais para um conselho de Deus ao sacerdote, do que uma ameaça. A Palavra de Deus em todo o tempo nunca soou como sendo um acordo com o homem pecador, mas, a sua característica sempre foi de ultimato. O motivo da orientação dada por Deus ao sacerdote se fundamenta no fato de que todo e qualquer homem, nunca terá, em si mesmo, mérito para chegar diante da presença de Deus, nem mesmo Arão, eleito sacerdote através da presciência e soberana vontade do nosso Deus.

A consagração do sacerdote no passado, não se atrelava somente a “perfeição” física do candidato. Não era somente o aspecto físico que capacitava à pessoa, antes, todo o conjunto era analisado – físico, moral, intelectual, psíquico e espiritual. O ritual de consagração do sacerdote no passado – sangue na ponta das orelhas e nos polegares, nos indicam que, em nossos dias, todo serviço executado na obra de Deus, independentemente de quem o realiza, deve estar fundamentado no sacrifício de Jesus na cruz. O aviso de morte é para alertar que o assunto é sério. Deus não impõe aos que aceitam Jesus como Senhor e Salvador, o trabalho na Sua seara, porém, aos que se submetem ao chamado, devem observar com rigor, as exigências dEle.

Muitos ministérios estão em evidente derrocada por que, em alguns casos foram erguidos sobre um fundamento inconsistente ou, melhor dizendo, um fundamento estranho ao da doutrina dos apóstolos e, em outros casos, esse fundamento foi mudado no decorrer da história. Por causa disto, em vez de entrarem na presença de Deus com ousadia confiados na obra que Jesus realizou, estão entrando na presença de Deus com atrevimento, desprezando voluntariamente as exigências do nosso Senhor e, a conseqüência disto é, inevitavelmente, a morte.

Ainda que ousado e atrevido sejam sinônimos em nossa língua, na perspectiva bíblica, elas se distinguem no comportamento do individuo. Ousar tem como significado, na Bíblia, agir confiando no que outro fez. Neste sentido, estamos falando da obra que Cristo realizou. Esta obra nos permite ser ousados quanto ao entrar na presença de Deus. Já o atrevimento, nos leva a agir arrogantemente por nossa própria capacidade.

(Erivelton Figueiredo)

21 maio 2019

O serviço dos sacerdotes

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
TERÇA-FEIRA
 “Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo”. (Hebreus 9.6-7)

Temos estudado, no decorrer destes dias, sobre o Tabernáculo terrestre e, como temos falado, todo o Tabernáculo é um tipo da obra que Jesus realizou para redenção do pecador; aponta, também, para a obra que o Espírito Santo realiza no crente; alguns detalhes do Tabernáculo bem como a liturgia levítica, também, apontam para a igreja de Cristo; e, outros detalhes, em certo aspecto, apontam para o crente em si.  A responsabilidade dos sacerdotes e levitas, em seus ofícios sacerdotais, está intrinsecamente ligada às responsabilidades que cada crente tem individualmente e coletiva para com a própria salvação.

Para entender melhor isso, voltemos um pouco no estudo e relembremos que quando o povo israelita estava na sua peregrinação pelo deserto, o Senhor requisitou a construção do Tabernáculo. Deus ordenou que fosse construído um santuário para que o povo pudesse distinguir entre as coisas sagradas e as coisas mundanas. Ele precisava de um lugar consagrado, separado das demais coisas, para que fosse adorado integralmente. Esta edificação, ainda nos nossos dias, se faz necessária. As exigências do nosso Deus quanto à separação, à consagração de “um lugar” para Ele habitar no meio de nós, continuam válidas, elas são “estatuto perpétuo”.

Ora, quando alcançamos tal entendimento, então, nós vemos claramente que como filhos de Deus que somos, esta é a ordenança que temos: construir dentro de nós um lugar santo onde Ele possa estar em privacidade conosco; um lugar onde Ele possa fala individualmente conosco; um lugar onde Ele vai tratar pessoalmente conosco e nos dirigir pelos desertos desta vida, da mesma forma como fez com seus servos no passado. Então, outra coisa não se pode depreender, senão a que somos um “verdadeiro santuário” de Deus – “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.

Bom, já que nos tornamos o “santuário” de Deus, além de sermos os únicos responsáveis pela sua manutenção, no sentido de não permitir que seja profanado, nós temos, também, o compromisso, assim como os sacerdotes no passado, de realizar por este “santuário”, apenas, aquilo que agrada o nosso Deus, tudo que realizamos pelo nosso corpo tem que ser para a glorificação do nome do nosso Deus.

De uma forma mais esclarecedora, estamos dizendo que o “santuário” pode até nos pertencer (o corpo é nosso), contudo, por estar consagrado ao nosso Deus, o seu uso deve estar limitado aos desejos do nosso Deus.

(Erivelton Figueiredo)


20 maio 2019

Descrevendo o lugar Santíssimo

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
SEGUNDA-FEIRA

(Blog do Erivelton Figueiredo)

“Depois farás um véu de azul, e púrpura, e carmesim, e de linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E colocá-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata. Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo, E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do testemunho no lugar santíssimo, e a mesa porás fora do véu, e o candelabro defronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; mas a mesa porás ao lado do norte. Farás também para a porta da tenda, uma cortina de azul, e púrpura, e carmesim, e de linho fino torcido, de obra de bordador. E farás para esta cortina cinco colunas de madeira de acácia, e as cobrirás de ouro; seus colchetes serão de ouro, e far-lhe-ás de fundição cinco bases de cobre.”  (Êxodo 26: 31-37)

O véu dividia a tenda em dois compartimentos, o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. Este véu também era conhecido como Grande Véu. A passagem por este véu era proibida a não ser no dia da expiação do Povo de Israel. O véu era tão espesso e tão fortemente costurado que, segundo os estudiosos, precisaria de dez homens para poder rasgá-lo. Deus mandou fazer véu de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido com querubins bordados. Este Véu foi colocado sobre quatro colunas de madeira de acácia coberta de ouro cujas bases eram de prata e era ligado ao teto por colchetes de ouro.

Como todas as coisas do Tabernáculo tem uma simbologia, este véu que fazia a separação dos ambientes dentro da tenda e sua composição nos aponta para o seguinte: LINHO RETORCIDO – Representando a humanidade de Jesus, sua pureza, perfeição e sofrimento; AZUL – Demonstra um Cristo celestial, sua natureza divina e a infinitude das bênçãos celestiais; PÚRPURA – Representa a realeza de Cristo e seu senhorio; e, CARMESIM – Tipifica o sangue de Cristo vertido no calvário e sua capacidade para salvar do poder do pecado pois seu sangue nos purifica de todo o pecado. A transposição deste véu era restrita ao Sumo Sacerdote. Cristo abriu o caminho para o céu. Este véu fora rasgado por Deus quando da crucificação de Jesus Cristo no calvário – “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras”.

Este véu marcava a linha divisória entre Deus e o homem. E, de um ponto de vista estritamente geográfico, ele cobria apenas alguns metros de espaço, mas como uma realidade espiritual, era uma barreira insuperável que homem algum poderia atravessar. Os Sacerdotes podiam chegar até o segundo véu e somente o Sumo Sacerdote podia passar por ele e, isso era feito somente em um dia designado, uma vez por ano. Ele não tinha absolutamente qualificação alguma, ou direito algum, de passar pelo véu, exceto a autoridade que lhe foi dada por Deus. Como homem, ele era tão inelegível como qualquer outra pessoa. A autoridade para fazer isso derivava unicamente de seu ofício como Sumo Sacerdote, no exercício do qual ele representava a pessoa de Cristo.

Ao rasgar o véu, Deus estava dizendo ao mundo que a separação entre Ele e o homem tinha sido removida por meio do pagamento feito por Seu Filho no Calvário. A palavra grega traduzida como “Está consumado” é tetelestai, que significa literalmente “Liquidado”, ou “Quitado”. ALELUIA!


Referências:
– Tipologia do Tabernáculo – José Ferraz
– A Extraordinária Santidade de Deus – Jeremy James

19 maio 2019

Lição 7: O lugar Santo

SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO/CPAD

Apresentar um verdadeiro serviço e uma verdadeira adoração a Deus é o que esta lição propõe. Semelhantemente aos sacerdotes,que deviam ter zelo no serviço e adoração apresentados no Lugar Santo, devemos ter essa mesma perspectiva na Nova Aliança.

O resumo da lição

O Lugar Santo era um local de serviço e de adoração, conforme apresenta o primeiro tópico da lição. O segundo descreve as peças que compunham o Lugar Santo: o Castiçal de Ouro, a Mesa com os Pães da Proposição e o Altar do Incenso. E o terceiro tópico apresenta os dois véus do Tabernáculo: (1) o primeiro, que fazia a divisão entre o Pátio e o Lugar Santo; e (2) o segundo, que fazia a divisão entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.

A fim de apresentar a urgência do tema central da presente lição, leia este texto: “O mundo derruba e desfaz tudo. Os cristãos edificam. Mas, para fazermos assim, nós mesmos devemos ser edificados primeiro. Falar em línguas edifica a nós pessoalmente (1Co 14.4,14,17,18). Se não formos edificados, estaremos ministrando com vasos vazios. A vida devocional de muitos cristãos modernos é lastimavelmente fraca. A oração e a adoração são nossas fortalezas interiores. Mas, se buscarmos somente a nossa edificação pessoal, ficaremos espiritualmente como esponjas que absorvem água em sem passá-la adiante. Precisamos esforçar-nos para edificar outras pessoas” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, p.479).

Aplicações da lição

À luz do texto acima, e de cada tópico da lição, podemos fazer as seguintes reflexões:

1. Qual é o nosso serviço e como contribuímos para a adoração pública em nossa igreja local?

2. Como tem sido a nossa vida de intercessão a Deus? Intercedemos por nossos irmãos? Ou por nossa igreja? Levamos a sério a nossa vida de intercessão e de serviço a Deus?

3. Valorizo a oportunidade de, em Cristo, entrar livremente na presença de Deus?

Num contexto onde muita coisa é descartável e a qualidade do tempo não é valorizada, devemos nos perguntar a respeito do que fazemos na igreja local, se temos consciência da real dimensão acerca do que é uma vida de serviço e de adoração a Deus. Ao fazer essas reflexões, você pode apresentar exemplos de irmãos e irmãs que se destacaram no serviço a Deus.

18 maio 2019

Obra de sacrifício e oração

Leitura Bíblica Diária
Sábado, 18 de maio de 2019

 “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” 
“Orai sem cessar” 
“Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti; Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
(Hebreus 5: 7; I Tessalonicenses 5: 17; João 17: 1-9)

O segredo da oração é orar em secreto. Livros sobre oração são excelentes, mas são insuficientes. Livros sobre cozinhar podem ser muito bons, porém se tornam inúteis se não houver alimentos para se fazer algo prático; assim também é a oração. Pode-se ler uma biblioteca de livros sobre oração e não obter, como resultado, nenhum poder para orar. Precisamos aprender a orar, e para isso, é preciso orar.

Enquanto estiver sentado numa cadeira, pode-se ler o melhor livro do mundo sobre saúde física e, ao mesmo tempo, ir definhando cada vez mais. Igualmente, podemos ler sobre oração, admirar a perseverança de Moisés, ficar espantados diante das lágrimas e dos gemidos do profeta Jeremias – e ainda não estar prontos, nem para o be-a-bá da oração intercessória. Como uma bala de rifle que nunca foi usada jamais apanhará uma presa, tampouco o coração que ora sem carga do Espírito conseguirá em tempo algum alcançar resultados. (L. Ravenhil)

Todas as pessoas enfrentam crises. Cada pessoa pode enfrentar um tipo de crise ou mais, São elas: crises na família, na vida profissional, na saúde e a crise espiritual. Talvez a crise espiritual seja a pior delas, pois ela poderá nos afastar de Deus.

O Espírito Santo inspira as palavras que são ditas em cada oração que fazemos. Elas saem do nosso coração de forma fácil quando estamos em perfeita sintonia com Deus. E isso que agrada a Deus: a nossa fuga das vãs repetições. Repetições de frases, orações ou “rezas” decoradas não agradam a Deus. Ele quer sentir o que sai do nosso coração. Em Mateus 6:7 Jesus disse: “E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, porque presumem que pelo muito falar serão atendidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidades, antes que lho peçais”.

Seria impossível para os cristãos, no decorrer da história da Igreja, enfrentar os tribunais, as arenas, as fogueiras, os pelotões de fuzilamento, nas prisões, a fome, a sede, a perseguição, a incompreensão, e tantos outros males, se não fosse a certeza de que não estavam sozinhos, mas sentiam uma mão que lhe segurava e uma voz suave a lhes dizer: “coragem meu amigo, pois estou aqui para lhe conceder a vitória, e logo mais estarei contigo!” (W. Bandeira)

Assim, encerrando o estudo desta semana, o Altar do Incenso aponta para o lugar de adoração sincera. É o lugar onde Deus recebe nossas orações. É um tipo de Jesus como nosso fiel intercessor e, também, é um tipo do Espírito Santo que nos auxilia em nossas orações.

(Erivelton Figueiredo)

A PAZ QUE JESUS PROMETEU

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A promessa de paz) .  Ev. WELIANO PIRES  No terceiro tópico, falaremos da Paz prometida por Jesus. Ver...