“Moisés,
o servo do SENHOR, morreu ali, em Moabe, como o Senhor dissera.
O SENHOR o sepultou em Moabe, no vale que fica diante de Bete-Peor, mas,
até hoje ninguém sabe onde está localizado seu túmulo.
Moisés tinha cento e vinte anos de idade quando morreu; todavia, nem os
seus olhos nem o seu vigor tinham se enfraquecido.
Os israelitas choraram Moisés nas campinas de Moabe durante trinta dias,
até passar o período de pranto e luto.
Ora, Josué, filho de Num, estava cheio do Espírito de sabedoria, porque
Moisés tinha imposto as suas mãos sobre ele. De modo que os israelitas lhe
obedeceram e fizeram o que o Senhor tinha ordenado a Moisés.
Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor
conheceu face a face, e que fez todos aqueles sinais e maravilhas que o Senhor
o tinha enviado para fazer no Egito, contra o faraó, contra todos os seus
servos e contra toda a sua terra.
Pois, ninguém jamais mostrou tamanho poder como Moisés, nem executou os
feitos temíveis que Moisés realizou aos olhos de todo o Israel.”
(Deuteronômio 34.5-12)
Moisés
nasceu no Egito, em um período muito difícil para Israel. Ele era da
descendência de Levi, o terceiro filho de Jacó. Era filho de um casal chamado
Anrão e Joquebede.
Na ocasião
do seu nascimento, o seu povo era escravo no Egito. Como estavam aumentando
muito, o rei do Egito deu ordem para que as parteiras matassem os meninos que
nascessem e deixassem viver apenas as meninas. Porém, as parteiras temeram a
Deus e desobedeceram à ordem absurda do rei. O rei, então, muito enfurecido,
ordenou aos soldados que jogassem as crianças do sexo masculino no rio ao
nascerem.
Quando
Moisés nasceu, a sua mãe o escondeu por três meses, para evitar que fosse
morto. Mas, como não podia mais escondê-lo, colocou-o em uma arca, vedou-a com
betume para não entrar água e colocou-o no Rio. A sua irmã Miriam, que era uma
adolescente, ficou olhando de longe, para ver o que iria acontecer.
A filha de
Faraó foi banhar-se no rio e ouviu o choro da criança. Pediu à sua serva que
abrisse a arca, para ver o que tinha dentro e deparou-se com um lindo bebê.
Nesse momento, a irmã de Moisés se apresentou e perguntou se a princesa gostaria que ela encontrasse uma mulher para amamentar e criar o menino para ela.
Imediatamente, ela disse que sim e a jovem foi chamar a mãe do menino, que o
criou com todo amor.
Depois que
cresceu, Moisés resolveu visitar o seu povo nos campos de trabalhos forçados em que eram oprimidos. Lá, viu um egípcio espancando um dos seus parentes. Furioso
com aquela covardia, Moisés matou o agressor e escondeu o corpo na areia.
No dia
seguinte, Moisés retornou ao acampamento e viu dois israelitas brigando. Tentou
apartar a briga, argumentando que eles não deveriam brigar, pois eram irmãos. O
agressor respondeu a Moisés:
- Ora, quem
te colocou como juiz entre nós? Estás querendo me matar, como fizeste ontem com
o egípcio?
O caso
chegou ao rei do Egito e Moisés teve que fugir, para não ser morto.
Nesta fuga,
Moisés foi até à terra de Midiã. Casou-se por lá e passou a cuidar das ovelhas
do seu sogro. Viveu quarenta anos nessa terra.
Certo dia,
quando cuidava das ovelhas, subiu a um monte e percebeu que uma sarça queimava,
mas, não era consumida pelo fogo. Achando estranho aquele fenômeno, Moisés
resolveu se aproximar e ver o que estava acontecendo.
Do meio do
fogo, ouviu uma voz que lhe dizia:
- Moisés,
Moisés! Não te chegues para cá! Tire as sandálias dos teus pés, porque o lugar
em que estás pisado é terra santa.
- Eu sou o
Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Tenho visto a aflição do meu povo no Egito
e resolvi livrá-los.
Neste
diálogo, Deus ordenou que Moisés retornasse ao Egito e falasse com Faraó, para
que libertasse o povo de Israel da escravidão. Evidentemente, Moisés temeu e
sentiu-se incapaz de realizar tão difícil tarefa. Mas, Deus insistiu que ele teria
que ir, na companhia de Aarão seu irmão e eles foram.
Chegando ao
Egito, Moisés foi rever os seus parentes e contou-lhes tudo, sobre o plano de
libertação que Deus lhe delegara.
Quando
falaram a Faraó, este se mostrou endurecido e não quis libertar o povo. Foi
preciso Deus mandar dez pragas sobre o Egito, mostrando o seu grande poder: as
águas se transformaram em sangue, vieram enxames de moscas, piolhos,
gafanhotos, rãs, saraivas, úlceras nas pessoas, doenças e morte de animais,
trevas e a morte de todos os primogênitos do Egito. Nenhuma destas pragas
atingiu o povo de Israel.
Depois da
última praga, Faraó resolveu libertar o povo. Os egípcios, apressados para que
os israelitas deixassem o Egito, deram tudo o que eles pediram. Saíram do Egito
neste dia, seiscentos mil israelitas, sem contar as mulheres e crianças.
Deus
endureceu o coração do Faraó e este resolveu perseguir os israelitas. Chegando
em frente ao Mar Vermelho, o povo de Israel se desesperou, pois, havia
montanhas dos dois lados, Faraó e o seu exército vinham atrás e o mar estava à
frente. Mas, Deus ordenou que Moisés estendesse a vara sobre o mar e este se
abriu.
Israel
passou pelo meio do mar em terra seca. Deus dificultou a passagem dos egípcios,
arrancando-lhe as rodas dos carros. Quando Israel terminou de atravessar, o mar
se fechou, sob as ordens de Moisés, e os egípcios morreram afogados.
Durante
quarenta anos, Deus permitiu que o povo de Israel peregrinasse no deserto, sob
a liderança de Moisés. Houve muita murmuração por parte deles e Deus fez
grandes milagres. Nesse período, Deus lhes enviou, diariamente, uma comida
chamada Maná; transformou águas amargas em água doce; mandou codornizes; fez
brotar água da rocha para eles beberem; e guiou-os, de dia com uma coluna de
nuvem e de noite com uma coluna de fogo, para protegê-los, respectivamente do
calor e do frio do deserto.
Devido à
rebeldia, ingratidão e constantes murmurações daquela geração que saíra do
Egito, Deus determinou que eles não entrariam na terra prometida, com exceção
de Josué e Calebe, que permaneceram fiéis ao Senhor. Até Moisés, devido à sua
solidariedade ao povo e por ter desobedecido à voz de Deus, quando este mandou
que falasse à rocha para que vertesse água e Moisés bateu na rocha, também não
entrou na terra prometida.
Entretanto,
a história de Moisés termina de forma emocionante. Deus avisou-lhe que ele não
entraria na terra prometida e escolheu Josué como seu sucessor. Mas, Deus levou
Moisés ao monte Nebo para ver a terra prometida. Após vê-la, Moisés morreu e
foi sepultado pelo próprio Deus, na terra de Moabe. Até hoje, ninguém sabe onde
ele foi sepultado.
Moisés não
deixou herança para os seus sucessores. Morreu no deserto. Mas, deixou um legado
de fé, trabalho, amor, mansidão, liderança e fidelidade ao Senhor. O texto
bíblico diz que “nunca mais se levantou em Israel, profeta algum como Moisés, a quem o
Senhor conhecera cara a cara.” Isto significa que Moisés tinha uma
proximidade muito grande com Deus. Moisés foi usado por Deus, para fazer
grandes milagres. O seu corpo nunca perdeu o vigor, mesmo aos cento e vinte
anos, quando morreu.
Quando nós
morremos, podemos deixar herança ou legado. A herança são os bens materiais,
que deixamos para os nossos descendentes. Logo elas passarão para as mãos de
outros e se acabarão. Legalmente, o legado é uma herança deixada para alguém,
através de um testamento. Mas, simbolicamente, o legado é o nosso exemplo de vida.
O nosso legado será aquilo, pelo que seremos lembrados, após a nossa partida.
O que as
pessoas dirão de nós, após a nossa partida? Seremos um exemplo a ser imitado?
Normalmente em velórios, diante da comoção, as pessoas costumam elogiar o
falecido e falam até coisas que não são verdadeiras. Mas, entre os conhecidos,
a verdade prevalece. Todos se lembrarão daquilo que nós representamos para
eles.
Esforcemo-nos
para deixar um bom exemplo de vida para a nossa posteridade.
Pb. Weliano Pires
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