24 maio 2019

O caminho foi aberto para o Santíssimo


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
Sexta-feira

“E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”. (Marcos 15.37-38)

As duas últimas declarações de Jesus na cruz nos asseguram de que Ele não foi submetido à fúria dos religiosos da época ou ao poder político dos romanos sem o Seu consentimento. Tudo quanto o nosso Senhor padeceu, desde os vitupérios até aos sofrimentos físicos, foi em consequência de uma única razão – livrar a humanidade do juízo divino. “Está consumado!” e “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” nos asseguram que Jesus não foi assassinado, mas que entregou a sua vida espontaneamente por nós. Jesus não foi um mártir, mas, sim um sacrifício voluntário pelos pecados do mundo. Jesus sob o peso de todas as maldições não caminhou até o Calvário como um derrotado, antes, no seu mais profundo íntimo, sua jornada até a cruz foi como a de um Rei na iminência de ser coroado.

O véu que separava os dois ambientes na Tenda do Tabernáculo delimitava um espaço, no qual, nenhum homem estava apto a entrar. Somente mediante expressa autorização de YHWH é que o sumo sacerdote em um dia especifico do ano estava autorizado a penetrar por aquele véu e chegar-se ante a face de Deus.

O linho fino retorcido apontando para as duas naturezas do Cristo, o nosso Senhor e Salvador Jesus, nos diz que somente os que vivem em comunhão plena com Ele estão aptos a distingui-las. A natureza divina e humana de Jesus estão de tal forma unidas em si, que o homem natural não consegue fazer essa distinção. Muitos não conseguem entender que Jesus não podia realizar o que realizou se não fosse um homem em toda a sua plenitude. Não que Ele precisava sentir o que sentimos, mas que a justiça de Deus fosse satisfeita, para que a Lei do Senhor sendo santa, justa e boa fosse cumprida.

Os querubins bordados no véu tinham um significado espiritual. Ainda que estivessem apenas bordados sobre o tecido, eles imprimiam em quem os visse um ensino didático – Aquele lugar estava resguardado. Isso significava que qualquer pessoa que atrevidamente ousasse transpor aquele véu, estava pondo em risco a própria vida. Era, sumariamente, proibido entrar no Lugar Santíssimo sem as devidas “credenciais”.

Após a queda de Adão no Édem, onde ele sendo o representante da humanidade, vivia em plena comunhão com Seu criador, Deus estabeleceu que alguém deveria, a partir daquele episódio representar a humanidade que, agora estava expulsa de diante da Sua face. Apesar de ter sido o próprio homem quem, por sua desobediência, pôs uma barreira entre si e Deus, todavia, não está facilitado ao próprio homem removê-la. Assim, alguém o representaria diante de Deus.

Na antiga aliança, quem fez o papel de representante do homem foi o sumo sacerdote, ainda que fosse tão inelegível quanto qualquer outro homem, Deus o aceitava, desde que estivesse em pleno cumprimento de todas as exigências divinas. Na nova aliança, Jesus assumiu essa função e, cumprindo em Si mesmo todas as exigências de Deus no que diz respeito ao sacrifício, Ele não somente transpôs o véu, melhor que isso, Ele o removeu.

(Erivelton Figueiredo)


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