25 maio 2019

O caminho foi aberto para a comunhão com Deus

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
SÁBADO

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras”. (Mateus 27.51)

No Sinai, ao “entregar” o modelo do Tabernáculo terrestre a Moisés, Deus ao especificar o material, as medidas e as cores das cortinas queria alertar o homem de que um limite estava posto entre ambos. A cortina que separava o lugar Santo do lugar Santíssimo muito mais que uma divisa, apontava para a condição daquele que intentava penetrar por ela. Ela não era um aviso de risco de vida, mas, muito mais que isso, ela indicava uma condição necessária de vida, mesmo por que, os que já se encontravam diante dela, ali estavam pela misericórdia de YHWH.
A atitude insana de Adão foi o que motivou a separação entre Criador e criatura. Deus, em razão de Seus atributos, jamais aceitará diante de Si alguém que não se submeta, voluntariamente, à Sua vontade. Por isso, no Tabernáculo terrestre, cuja edificação foi designada como sendo a “Casa de Deus”, o acesso era restrito aos sacerdotes e sumo sacerdote, sendo que, no lugar Santíssimo apenas o sumo sacerdote estava autorizado a entrar.
O lugar Santíssimo era a recâmara da “Casa de Deus”. Era o lugar de maior intimidade. Era o lugar onde estava o “trono” do Senhor. E, assim, como em qualquer habitação, onde os quartos falam de um lugar privativo em que apenas os que são autorizados podem entrar, o lugar Santíssimo tinha essa mesma característica – era o lugar da intimidade de Deus. Entrar ali sem a devida autorização era um ato indesculpável. E o véu, que fazia a separação dos ambientes, não era inviolável, porém ele demarcava um limite.
Ao que estava autorizado a transpor o véu, no caso o sumo sacerdote, pesava sobre si a responsabilidade de ser o “mediador” entre o pecador arrependido e o Deus Misericordioso e, mais do que isso, ele tinha que assegurar que o sacrifício oferecido fosse aceito por Deus e, no caso da recusa da oferta, nenhuma justificativa podia apontar o mediador como culpado da recusa. O véu da separação fala de uma exigência divina – nenhum homem, por si mesmo, está autorizado a chegar diante de Deus sem um mediador.
Jesus, ao consumar sua obra na cruz, rasgou este véu que separava o homem de Deus, contudo, ainda que esta barreira visível não mais exista, ela permanece impressa na consciência do pecador arrependido. Desta forma, ainda que o nosso “Mediador” – Jesus Cristo, esteja intercedendo todo o tempo por nós, quando nos inclinamos para os desejos de nossa natureza carnal, irremediavelmente, nos separamos do Deus Santo.
Jesus Cristo como Sumo Sacerdote removeu, de uma vez por todas, o véu da separação. O pecador arrependido não precisa mais temer a morte por estar diante da face de Deus. O caminho foi aberto de uma forma definitiva e irrevogável concedendo a todo o que crê na obra realizada pelo Sumo Sacerdote – Jesus, acesso livre ao trono do Pai.

(Erivelton Figueiredo)

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