07 outubro 2025

A MARAVILHOSA OBRA DE DEUS

(Comentário do 1º tópico da Lição 02: O Corpo, a maravilhosa obra da criação de Deus)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, falaremos do corpo como uma obra maravilhosa de Deus. Inicialmente, veremos que o corpo humano foi formado por Deus , a partir de uma matéria prima que havia sido criada por Ele: o pó da terra.  Na sequência, veremos que Deus, o autor da vida, criou também o corpo da mulher, usando uma das costelas do homem que havia criado. Por fim, falaremos da formação integral de cada ser humano, com corpo, alma e espírito, no ventre materno. 

1. Do pó da terra. O texto de Gênesis 2.7 nos diz: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra…” Muitos cientistas ateus e materialistas questionam esta possibilidade e fazem zombarias, achando simplista demais. Mas, é sabido que os elementos químicos presentes no corpo humano, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo e outros, também estão presentes no pó da terra. 

O corpo humano possui uma estrutura bem articulada, com funcionamento tão perfeito que desafia a compreensão humana, inclusive a ciência moderna, com todos os seus avanços. O comentarista mencionou a complexidade das células, órgãos e tecidos do nosso corpo. De fato, o nosso corpo funciona de forma impressionante! 

O nosso cérebro possui neurônios finíssimos, protegidos por uma caixa de ossos. Se qualquer deles se romper, as consequências são devastadoras para o restante do corpo. O nosso sangue percorre vários quilômetros diariamente, bombeado pelo coração sob uma pressão adequada, levando nutrientes e aquecimento a todos os órgãos do corpo. Se a pressão for maior ou menor, o corpo terá problemas. 

Como Deus fez uma estrutura tão perfeita e complexa, usando apenas o pó da terra? Ora, o Deus que criou do nada, um Universo tão vasto e complexo, com mais de um bilhão de galáxias e sustenta todas as coisas pelo seu imenso poder, não teria nenhuma dificuldade de transformar o pó da terra em um corpo humano e fazê-lo funcionar, colocando nele a alma e o espírito. 

2. Deus, o Autor da vida. Deus é o autor da vida, em todos os estágios. No princípio, Ele criou o corpo do homem usando uma matéria prima que Ele mesmo havia criado: o pó da terra. Depois, Ele criou a mulher usando o corpo do homem. Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, fez a primeira cirurgia, retirando uma das suas costelas e fez a mulher. 

A mulher não é menor do que o homem e, assim como este, também foi criada por Deus. Homem e mulher foram criados à imagem de Deus, conforme à sua semelhança. Ambos são iguais em importância e dignidade. Não é apenas o ser humano do sexo masculino que é imagem e semelhança de Deus. Como ser humano, homem e mulher são iguais perante Deus. 

O corpo da mulher é também uma obra prima das mãos de Deus, com a mesma complexidade e perfeição no funcionamento que tem o corpo masculino. Entretanto, Deus os fez com várias diferenças estruturais e funções diferentes. Não há dúvidas de que, fisicamente, o homem supera a mulher em força. A sua constituição anatômica é diferente. A força física, a estrutura muscular e óssea do corpo masculino são superiores às do corpo feminino. Na questão sexual, também há muitas diferenças entre homens e mulheres. 

Os adeptos da ideologia de gênero insistem que ninguém nasce homem ou mulher, que isso é uma “construção social”. Mas, isso é negar a realidade. Por mais que façam mutilações ou introduzam substâncias químicas e hormônios masculinos, o corpo da mulher continuará sendo feminino. Se encontrarem uma ossada de um corpo de mulher cem anos após a sua morte, o DNA comprovará que era um corpo feminino.

3. A individualizada formação integral. Embora Deus não continue criando os corpos dos bebês que nascem, Ele continua sendo o criador e doador da vida. Ele criou o primeiro casal e deu-lhe a capacidade de se reproduzir e ordenou que se multiplicassem, através da fecundação do óvulo. A vida pertence a Deus e só é possível gerar vida, a partir de uma vida. Um corpo sem vida não pode gerar outra vida. Há muitas discussões filosóficas, jurídicas, religiosas e biológicas sobre o início da vida humana. Alguns acham que o direito à vida deve ser concedido apenas após o nascimento e aos que podem ter uma vida digna. Entretanto, a vida é propriedade de Deus e somente Ele tem o direito de tirá-la (1 Sm 2.6).

Deus criou o primeiro casal na fase adulta e deu-lhes a capacidade de se reproduzir. Mas, a nova vida gerada é um também um ato criativo de Deus e pertence a Ele: "Pois em ti está a fonte da vida; graças à tua luz, vemos a luz." (Sl 36.5). Do ponto de vista bíblico, a vida tem início no momento da fecundação. A Biologia também mostra que a vida começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide.

Falando ao profeta Jeremias, o Senhor disse: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta." (Jr 1.5). Na mesma linha de pensamento, o salmista diz no Salmo 139.16: "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia."

Por esta razão, nós os  cristãos, somos contra o aborto em qualquer circunstância. Os defensores do aborto vêem em uma gravidez apenas um amontoado de células e defendem que a mulher deve ter o direito de eliminar a criança que ainda não nasceu, como se fosse uma parte indesejada do seu corpo. Entretanto, Deus que é presciente e soberano, vê ali nações que se formarão, profetas, reis, pastores e até o Salvador do mundo, que foi fecundado no ventre da sua mãe, e foi também um embrião e um feto. Somos igualmente contrários à eutanásia, à eugenia, ao suicídio, à tortura e a qualquer tipo de atentado à vida humana. Quem pratica ou apoia estas coisas, não pode ser considerado cristão.

Os defensores do aborto criaram o slogan "meu corpo, minhas regras", como defesa da liberdade de fazer o que quiserem com o corpo e, com isso, julgam ter o direito de escolher abortar ou não. Entretanto, no caso do aborto, não é o corpo da mãe que está em discussão e sim, um novo ser que está em seu ventre, cuja vida pertence a Deus. Matar um ser humano não é e não pode ser, uma decisão da mãe. O novo ser no ventre materno não é uma extensão do corpo da mãe e não tem culpa das circunstâncias que o levaram a ser gerado. Portanto, não pode pagar com a vida pelas decisões erradas de outrem.

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