(SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD)
Nesta lição, estudaremos sobre a alma, parte imaterial que constitui o ser humano. A alma é o centro da razão, da emoção e da vontade. Tudo o que somos, pensamos e fazemos é decorrente da nossa alma. Isso inclui a formação do nosso caráter. Além de compreendermos os atributos da alma, precisamos nos ater aos cuidados que devemos ter com a saúde dela. A Palavra de Deus nos adverte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23). Nesta passagem, como em outras do Antigo Testamento, a expressão “coração” vem do hebraico leb e significa o ser interior, a mente, o lugar dos desejos, das emoções e paixões humanas. O conselho de Provérbios para o servo de Deus é ter cautela e não permitir que os enganos da natureza humana superem o compromisso com a Palavra de Deus. Nesse sentido, todo aquele que deseja fazer a vontade de Deus, deve submeter sua alma (coração) à disciplina pautada pelas Escrituras Sagradas, e não por sua vontade própria. Jesus ensinou: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). Logo, a alma humana, enquanto local de vontades e desejos, tenderá a buscar as coisas que mais lhe agradam e trazem conforto. Isso, muitas vezes, entra em oposição com a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (cf. Rm 12.2).
Ainda de acordo com o Dicionário Vine (CPAD): “O ‘coração’ é o lugar da consciência e do caráter moral. Como é que a pessoa responde à revelação de Deus e do mundo que o cerca? Jó responde: ‘Não me remorderá o meu coração em toda a minha vida’ (Jó 27.6). No lado oposto, ‘o coração doeu a Davi’ (2Sm 24.10). O ‘coração’ é a fonte das ações humanas: ‘Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos, tenho feito isto’ (Gn 20.5,6). Davi andou ‘em verdade, e em justiça, e em retidão de coração’ (1Rs 3.6) e Ezequias andou ‘com coração perfeito’ (Is 38.3) diante de Deus. ‘Só aquele que é limpo de mãos e puro de coração’ (Sl 24.4) pode ficar na presença de Deus. [...] O ‘coração’ representa o ser interior do homem, o próprio homem. Neste sentido, é a fonte de tudo o que ele faz (Pv 4.4). Todos os seus pensamentos, desejos, palavras e ações fluem do fundo do seu ser. Contudo, o homem não pode entender o próprio ‘coração’ (Jr 17.9). À medida que o homem prossegue em seu próprio caminho, seu ‘coração’ fica cada vez mais duro. Mas Deus circuncidará (cortará a impureza de) o ‘coração’ do seu povo, de forma que ele venha a amá-lo e obedecê-lo de todo o seu ser (Dt 30.6)” (2015, pp.83,84). Isto posto, que nosso coração seja nutrido com as virtudes do Espírito Santo, de modo que tenhamos razão, sentimento e vontade guiados por Deus.
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