22 agosto 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 9: A SUTILEZA DO MOVIMENTO DOS DESIGREJADOS


Ao longo da sua história, a Igreja Cristã teve que lidar com várias heresias e modismo que visam afastá-la dos padrões bíblicos e enfraquecer a sua força: o movimento judaizante, o gnosticismo, o arianismo, o pelagianismo, o movimento do G-12, o triunfalismo, a confissão positiva, a teologia da prosperidade, a marcação da volta de Jesus etc. Deus sempre levantou apologistas para desmascarar e combater estas distorções. 


Esta lição fala sobre um movimento nocivo que tem crescido assustadoramente, principalmente após a pandemia, que é o movimento dos desigrejados. São pessoas que se dizem cristãs, mas não estão ligadas a nenhuma Igreja. Procuram desqualificar a Igreja local e negam a sua necessidade. Os desigrejados são contrários à Igreja como organização, alegando que a Igreja Primitiva se reunia nas casas e não era institucionalizada. 


Os desigrejados criticam as construções de templos, as contribuições à Igreja e a existência de pastores. Segundo eles, a Igreja Primitiva não possuía templos. Ora, a Igreja nos primeiros séculos não possuía templos, porque vivia sob intensa perseguição tanto dos judeus quanto do Império romano. Também não era uma pessoa jurídica, porque naquela época não existiam instituições formais como hoje. Entretanto, isso não significa que não era uma organização. A Igreja tinha a sua liderança formada por apóstolos, profetas, evangelistas, presbíteros, diáconos, pastores e mestres (Ef 4.11; At 6.1-6; At 14.23). Tinha o seu código doutrinário (At 2.42-47) e disciplinar (1 Pe 3.5,6; 2 Ts 3.6). Atualmente, uma Igreja para funcionar precisa ter CNPJ e alvará de funcionamento. Para isso, precisa ter o seu estatuto e os responsáveis pela administração da Igreja.


A Igreja é a família de Deus (Ef 2.19). Em uma família, os seus membros se reúnem, se confraternizam e ajudam uns aos outros. Mas toda família precisa ter regras e liderança. A Igreja local também é responsável por cumprir as ordenanças do Senhor Jesus à sua Igreja, que são o batismo em águas e a Ceia do Senhor. Como alguém iria cumprir estas ordenanças bíblicas, se não houver uma organização local e uma liderança eclesiástica, como querem os desigrejados? 


A Igreja local também funciona como uma agência do Reino de Deus em um bairro ou cidade. Nela acontecem os cultos para pregação do Evangelho, ensino da Palavra de Deus, palestras, louvores, etc. Tudo isso é benéfico para a vida espiritual do crente e para a evangelização dos perdidos. Além disso, os templos proporcionam um local adequado e confortável para cultuar a Deus, sem perturbar a vizinhança. Infelizmente, ainda não temos condições de construir todos os nossos templos com todas as instalações necessárias, porque nem todos contribuem. 


REFERÊNCIAS:


RAYMUNDO, César Francisco. Manual do Desigrejado: Como sobreviver fora das denominações religiosas. Revista Cristã Última Chamada – Edição de 30 Junho de 2018.

TETZNER, Gerson Welmer; NERBAS, Paulo Moisés. Os desigrejados: Um estudo do fenômeno e da influência da Igreja no aumento do número de cristãos sem vínculo institucional. Editora Concórdia. pag. 22-24.

Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p.348.

HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1°ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.550.


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Pb. Weliano Pires



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