15 agosto 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 8: A SUTILEZA DO ENFRAQUECIMENTO DA IDENTIDADE PENTECOSTAL


O Movimento Pentecostal foi um movimento de reavivamento da Igreja Cristã, que iniciou-se nos Estados Unidos, mais precisamente na Rua Azusa, em Los Angeles, no estado da Califórnia, liderado por um pastor batista, afrodescendente e filho de ex-escravos, chamado William Seymour. Após um mês de intensa oração e jejum, houve uma manifestação espontânea do Espírito Santo sobre aqueles irmãos e invadiu as Igrejas dos Estados Unidos. 


A imprensa da época noticiou o fato com zombaria e as Igrejas tradicionais também faziam duras críticas, chamando o movimento de “tumba dos fanáticos”.  Com este movimento houve também um despertar missionário. Vários missionários foram para outros países pregar o Evangelho, entre eles, Daniel Berg e Gunnar Vingren que vieram para o Brasil e fundaram a Assembléia de Deus, em junho de 1911. 


Desde o início do Movimento Pentecostal e também da Assembléia de Deus no Brasil, estabeleceu-se a convicção da atualidade do batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em línguas e a atualidade dos dons espirituais. A ideia de que os dons espirituais cessaram após o fim da era apostólica foi introduzida pelo teólogo Agostinho, Bispo de Hipona, e perdurou por muitos séculos, ultrapassando, inclusive, o início da Reforma Protestante. Somente no início do Século XX, surgiu o Movimento Pentecostal como uma resposta do Espírito Santo a esse desvio doutrinário, pois a Igreja necessita do revestimento de poder, para pregar com ousadia o Evangelho aos perdidos. 


Infelizmente, nos dias atuais esse ensino pentecostal tem dado sinais de enfraquecimento. Muitos teólogos, inclusive do meio pentecostal, negam que o falar em línguas seja a evidência do batismo no Espírito Santo e confundem o falar em línguas com o dom de variedade de línguas. Isso acaba tirando o desejo de alguns crentes de buscar o batismo no Espírito Santo, pois acreditam que é desnecessário ou que não é para todos. 


Mais do que nunca precisamos manter a chama pentecostal acesa, pois os dias são de intensas trevas e o crente precisa estar revestido do poder do Espírito Santo para fazer a obra do Mestre. Entretanto, não podemos confundir a manifestação dos dons espirituais com meninices, fanatismo e práticas que não tem nada a ver com o pentecostes bíblico. 


REFERÊNCIAS: 


GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

SOUZA, Ronaldo Rodrigues de. Teologia Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. pág. 179-180.

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.

OLIVEIRA, Raimundo F. de. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.


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Pb. Weliano Pires


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