Esta lição está diretamente ligada à lição anterior, onde falamos sobre o movimento dos desigrejados, pois, este movimento ataca tanto a institucionalização da Igreja, quanto a existência de liderança e de contribuições financeiras. Vivemos em um mundo extremamente materialista, onde a avareza e a valorização do "ter", em detrimento do "ser", tem sido cada vez maior. Isso tem afetado também a Igreja.
Por causa deste materialismo predominante no mundo, muitas pessoas vem à Igreja não com o intuito de servir a Deus, mas a fim de barganhar com Deus. O falso evangelho da barganha ensina que Jesus, ao morrer na Cruz, conquistou "direitos" para o crente, cabendo a este agora reivindicar estes supostos direitos e "tomar posse daquilo que é seu." Partindo deste pressuposto, essas pessoas oferecem os seus dízimos, ofertas e votos na Igreja, não por gratidão a Deus ou para ver a obra de Deus crescer. As suas contribuições são vistas como "investimentos" que "obriga" Deus a multiplicar os seus bens.
Do ponto de vista bíblico, os dízimos e ofertas não são instrumentos de barganha com Deus. Também não é uma prática legalista para a salvação, pois ninguém será salvo pelas obras e sim, pela graça de Deus, mediante a fé. Se por um lado, há os que tentam barganhar com Deus, através das suas contribuições, há também os que atacam a prática do dízimo, alegando que era uma prática da Lei mosaica e, portanto, não se aplica à Igreja. Entretanto, vemos na Bíblia que o dízimo é anterior à lei e que há os mesmos mesmos princípios e finalidades dos dízimos do Antigo Testamento para a Igreja cumprir, como o sustento dos obreiros, a ajuda aos necessitados e as despesas com a obra do Senhor. Tudo o que a Igreja possui hoje, foi adquirido com os dízimos e ofertas dos fiéis.
Por isso, nesta lição falaremos sobre a doutrina bíblica da Mordomia Cristã. A palavra mordomia, com o passar dos anos, perdeu o seu sentido original. Quando se fala em mordomia, as pessoas entendem que é viver no conforto e ter regalias. Entretanto, nos tempos bíblicos, mordomo era um servo de confiança do patrão, que era responsável pelo abastecimento da casa ou fazenda. A base da doutrina bíblica da mordomia cristã, está no fato de que não somos donos de nada, somos apenas administradores dos bens que Deus nos concede e deles prestaremos contas.
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo. As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.
CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 4. pág. 359.
RENOVATO, Elinaldo. Tempo, bens e talentos: Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. 1 Ed 2019. Editora CPAD. pag. 13-15.
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Pb. Weliano Pires
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