(Comentário do primeiro tópico da Lição 6).
Etimologicamente, a palavra família vem do latim “famulus”, que designava todo o agrupamento humano em uma casa, envolvendo o senhor da casa, a sua esposa, os seus filhos e os seus servos. No grego, a palavra usada para família é "oikos", que significa "casa", com o sentido de lar, ou agrupamento de parentes consanguíneos. Em hebraico, a palavra “mishpāḥâ” traduzida por família, refere-se a uma subdivisão de um grupo maior, um clã, tribo ou mesmo uma nação.
1- Uma instituição divina. A família é uma instituição divina, pois foi criada por Deus. Depois de criar o primeiro homem, Deus disse que não seria bom o homem viver só e decidiu criar a mulher para ser a sua companheira. O Criador criou o primeiro casal, uniu-os e ordenou que se multiplicassem e povoassem a terra. (Gn 1.26-28).
Quando dizemos que Deus criou a família, estamos dizendo que Ele idealizou e projetou a família e não apenas formou o primeiro casal. Numa construção, o arquiteto elabora o projeto e faz a sua planta. Os engenheiros colocam o projeto em prática e erguem a construção, coordenando a mão de obra dos operários.
Deus foi o arquiteto da família, pois Ele criou o projeto. Foi também engenheiro e construtor, pois formou o primeiro casal e os uniu. Na conversa que Jesus teve com os fariseus sobre o divórcio, Ele falou: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem”. (Mt 19.6b). Aqui, o Senhor reconhece que a instituição divina da família.
Portanto, a família não é uma construção social, como dizem os inimigos da família. Não foi uma necessidade econômica do ser humano, ou uma criação burguesa para reproduzir a força de trabalho do proletariado, como dizem os marxistas. Evidentemente, os princípios estabelecidos por Deus para a família foram distorcidos após a queda da raça humana, como veremos no próximo tópico.
2- A célula mater da sociedade. A família é também a célula máter da sociedade, ou seja, é a base para a formação do nosso caráter tanto no aspecto social como espiritual. É o primeiro grupo social com quem o indivíduo tem contato. É neste grupo social que aprendemos a nos alimentar, falar, andar, etc. A família é anterior ao estado e à própria Igreja. Pode existir família sem Igreja, mas não pode existir Igreja sem família, pois a Igreja é formada por famílias.
A destruição da família, portanto, representa a destruição da própria sociedade. Por isso, o inimigo luta para destruir a família na forma que Deus a estabeleceu. A intenção do inimigo é reduzir o ser humano à condição de animal irracional, que apenas se reproduz, mas não mantém nenhum vínculo na idade adulta e não necessita de princípios morais e de fé como o ser humano que é um ser racional, criado à imagem e semelhança de Deus.
Deus ordenou aos filhos de Israel que transmitissem aos seus filhos a história da libertação da escravidão, os milagres e os estatutos da lei que Ele ordenou a Moisés (Dt 6.6-9). Isso nos mostra que, a intenção de Deus ao criar a família, era também proporcionar um ambiente onde as novas gerações pudessem ser ensinadas na doutrina do Senhor, para que o conhecimento de Deus não se perdesse com o tempo. Deus também prometeu abençoar a família daqueles que temem ao Senhor e andam nos seus caminhos. (Sl 128). O Salmista também falou no Salmo 127 que os filhos são herança do Senhor. Então, a família é a base da sociedade não apenas na formação do indivíduo como um membro da sociedade, mas também na formação espiritual. Infelizmente, na atualidade, a maioria dos pais não temem a Deus e, portanto, não ensinam aos seus filhos o relacionamento com o Criador.
REFERÊNCIAS:
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Editora CPAD. 1ª edição: 2013. pág. 40-42.
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.102.
SOARES, Esequias. Casamento, divórcio e sexo à luz da Bíblia. Editora CPAD. pág. 13-14.
CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 680.
LOPES, Hernandes Dias. Mateus: Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 583-584.
MOUNCE, Robert H. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo. Baseado na Edição Contemporânea de Almeida. Editora Vida Nova. pág. 191.
CHAMPLIN, Russell Norman. Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 29.
CLARKE, Adam. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
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Pb. Weliano Pires
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