16 outubro 2024

A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA

(Comentário do 1° tópico da Lição 03: As promessas de Deus para a Igreja)

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, o título fala da natureza da promessa de Deus à Igreja. Entretanto, o comentarista não discorre sobre a natureza da promessa de Deus à Igreja, que pode ser no aspecto espiritual ou material. Ele fala de três promessas bíblicas para a Igreja. A primeira delas é a promessa de sinais sobrenaturais que confirmam a pregação da Igreja. A segunda promessa é o revestimento de poder, como capacitação sobrenatural para a Igreja realizar a sua missão. Em terceiro lugar, o comentarista fala de promessas espirituais para uma instituição espiritual, que é a Igreja, e menciona três símbolos da Igreja: o Corpo de Cristo, o templo de Deus e a Noiva de Cristo. 


1. A promessa de sinais sobrenaturais. Depois da ressurreição, antes de subir ao Céu, o Senhor Jesus reuniu os seus discípulos, para orientá-los sobre a missão que eles iriam realizar, após a sua ascensão aos céus. Segundo o relato de Mateus, o Senhor Jesus disse aos seus discípulos:  "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.19,20). Esta ordem de Jesus é conhecida como a Grande Comissão, pois é a principal missão da Igreja na terra. 


Esta grande comissão de Jesus à Sua Igreja contém os seguintes objetivos: 

a) Fazer discípulos. O verbo grego aqui é "mathēteuō". A versão Almeida Revista e Corrigida traduziu este verbo por "ensinai" e a versão Revista e Atualizada traduziu por "fazei discípulos". Isso significa discipular, ou ensinar as pessoas a serem discípulos de Jesus.

b) Batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo e a Ceia do Senhor são duas ordenanças de Cristo à Igreja. Muitas pessoas tentam minimizar a importância do batismo. Mas, quando Jesus mandou os discípulos pregarem o Evangelho, mandou também batizar. O batismo não salva, mas, ele é uma demonstração pública de que a pessoa morreu para o pecado e nasceu de novo. Na ordem de Jesus, fazer discípulo vem antes de batizar. Isso significa que não se deve batizar quem ainda não se converteu.

c) Ensinar a guardar tudo o que Ele mandou. Refere-se aos pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (At 2.42; 4.1,2; 5.21,28). A Igreja tem a obrigação de ensinar sistematicamente as doutrinas bíblicas aos novos crentes, para que eles estejam firmados na Palavra de Deus e não bem doutrinas humanas. 

d) Jesus garantiu a sua presença nessa comissão até o fim. Jesus é o fundamento da Igreja. Ele disse que "sem Ele, nada poderíamos fazer" (Jo 15.4). Jesus subiu ao Céu, mas, não nos deixou órfãos. Ele continua conosco, na Pessoa do Espírito Santo, nos guiando, protegendo e fazendo a obra de salvação. Nós somos apenas instrumentos dele, mas, é Ele que opera tudo em todos. 


No relato de Marcos, junto com esta missão, o Mestre fez-lhes também uma promessa de que sinais sobrenaturais iriam acompanhar aqueles que nele cressem: expulsão de demônios, falar em outras línguas, imunidade contra serpentes e bebidas mortíferas, e curas divinas (Mc 16.17,18). Evidentemente, estes e outros sinais sobrenaturais iriam acontecer dentro do contexto missionário, segundo a vontade do Senhor. Jesus não prometeu que os discípulos sairiam pelo mundo fazendo mágicas para se exibir, pegando em serpentes ou ingerindo veneno. O propósito destes sinais é glorificar a Deus e confirmar a mensagem do Evangelho. 


Estes sinais sobrenaturais foram vistos abundantemente na Igreja Primitiva. Pedro e João, por exemplo, ao entrar no templo, receberam um pedido de esmolas de coxo e Pedro respondeu: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto te dou. Em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, Levanta-te e anda”. (At 3.6). Imediatamente, o homem andou, saltou e entrou com eles no templo glorificando a Deus. Este milagre provocou um grande alvoroço em Jerusalém e as autoridades religiosas interrogaram os apóstolos por causa disso. Pedro fez um longo e ousado discurso e multidões de pessoas se converteram a Cristo. 


Outros milagres também foram realizados por Pedro, Estevão, Filipe e Paulo. De sorte que a pregação do Evangelho está diretamente ligada aos sinais que o Senhor Jesus opera na vida daqueles que nele crêem. Esta promessa não ficou no passado, como dizem os cessacionistas, pois Jesus é o mesmo e o Evangelho também é o mesmo. Onde quer que este Evangelho for pregado com fé e seriedade, Deus continuará confirmando a mensagem com a realização de sinais sobrenaturais.


2. A promessa de revestimento de poder. O evangelista Lucas registrou também a promessa do revestimento do Poder do Espírito Santo, como condição indispensável para os discípulos realizarem esta grande comissão. No final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos, podemos perceber que o revestimento do poder do Espírito Santo é uma necessidade e não uma opção: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.” (At 1.4).


Nestes dois textos o Senhor Jesus deixou claro para os seus discípulos, que eles precisavam ser revestidos de poder, antes de iniciar a missão da Igreja em Jerusalém. Os discípulos ficaram em oração, aguardando o cumprimento da promessa da descida do Espírito Santo. No Dia de Pentecostes, estando eles reunidos no cenáculo, em oração, todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas e profetizar. A partir daquele momento, eles nunca mais foram os mesmos. Passaram a pregar ousadamente o Evangelho, sem nenhum temor. 


Ao longo da história da Igreja também não foi diferente. As missões da Igreja sempre foram mais eficientes e significativas no meio pentecostal, pois, os pentecostais ficam na total dependência do Espírito Santo, que confirma a pregação com os sinais e maravilhas. O Movimento Pentecostal já passa dos cem anos no mundo e a sua contribuição para a obra missionária é notável em vários países, principalmente nos locais mais difíceis. A pregação do Evangelho não é um discurso vazio, ou o ensino de filosofias para se dar bem na vida. É uma mensagem poderosa de confronto contra o pecado e as hostes espirituais da maldade e, portanto, necessita do revestimento do Poder do Espírito Santo. 


3. Promessas espirituais para uma instituição espiritual. A Igreja não é um simples ajuntamento de pessoas que têm as mesmas crenças e costumes. Ela não é uma instituição humana, pois foi instituída pelo Senhor Jesus. Ele garantiu que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). A Igreja pertence ao Senhor e, portanto, é considerada invencível. Ao longo da história, vários personagens, instituições e governos tentaram das mais variadas formas, calar e extinguir a Igreja. Mas, a Igreja segue a sua marcha triunfante, rumo ao Céu. Quando falamos da Igreja que foi instituída por Jesus, não nos referimos a organizações humanas e sim, ao conjunto de todos os que foram salvos por Jesus. 


O comentarista citou algumas figuras que são usadas no Novo Testamento para se referir à Igreja. Estas figuras são usadas para nos fazer compreender a Igreja, sua natureza e missão: Noiva de Cristo, Esposa de Cristo, Corpo de Cristo e Templo de Deus. As imagens da Igreja como Noiva e Esposa de Cristo falam do relacionamento da Igreja com Cristo e retratam a pureza, amor, fidelidade, cuidado e proteção. A imagem da Igreja como o corpo de Cristo significa que a Igreja é um organismo bem ajustado, cujos membros estão ligados à cabeça, que é Cristo, e trabalham em harmonia pelo funcionamento do corpo. Há também figuras que descrevem a Igreja como habitação de Deus, que são o Templo e Casa de Deus. Estas duas figuras revelam que Deus habita na Sua Igreja e não em templos feitos por mãos humanas. É um imenso privilégio fazer parte da Igreja do Deus Vivo e ser Sua habitação. 


Sendo a Igreja um organismo vivo e espiritual, há promessas espirituais de Deus para a sua Igreja, conforme vimos nos subtópicos anteriores, que serão confirmadas na missão da Igreja durante a sua jornada terrena. Há também as promessas para a eternidade, como veremos no próximo tópico. Estas, sem dúvida, são as promessas mais importantes para a Igreja. O Novo Testamento sempre deixou muito claro que a nossa esperança não está neste mundo. O apóstolo Paulo disse que “se esperarmos em Cristo somente nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. (1 Co 15.19).


REFERÊNCIAS:


RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 37.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1639. 

RHODES, Ron. Reconhecendo as Promessas de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 24-25

15 outubro 2024

Parabéns, Professor!


Professor, hoje é teu dia
Presto minha homenagem
Com gratidão e alegria
Ao distinto personagem 
Que com grande galhardia
Promove a aprendizagem. 

Ensina-nos o alfabeto 
Também a matemática 
A ler e escrever correto 
Respeitando a gramática 
Do vernáculo e dialetos  
Valendo-se da didática

As Ciências, a História 
O Inglês, a Geografia 
Disciplinas obrigatórias 
Química e Biologia 
Estão nessa trajetória
Junto com a Sociologia 
 
O professor está presente 
Nestas e noutras disciplinas 
Fazendo paulatinamente 
Com o conteúdo que ensina
A transformação da mente
Com o saber que se aglutina

Ser professor é missão 
É para os vocacionados
É mais que uma profissão
Para ser remunerado 
Professor é dedicação 
E eterno aprendizado 

No campo espiritual 
Também temos professores 
Na Escola Bíblica Dominical 
Que ensinam outros valores 
Com a Doutrina Celestial
Que transforma pecadores. 

Deus abençoe e proteja todos os professores! 

Ev. WELIANO PIRES

14 outubro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 03: AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA


Ev. WELIANO PIRES


Nesta lição estudaremos sobre as promessas de Deus que foram feitas exclusivamente para a Igreja de Cristo. A Igreja foi idealizada por Deus, antes da fundação do mundo. Trata-se do conjunto de todos aqueles que foram salvos por Jesus, em qualquer época, independente da denominação. Nós os pentecostais cremos na atualidade de todas promessas que foram feitas para a Igreja do primeiro século. Jesus prometeu aos seus discípulos dar-lhes a Vida Eterna, revesti-los de poder para realizarem a missão que Ele lhes confiou e prometeu estar com eles todos os dias até à consumação dos séculos. Mas foram impostas condições para que estas promessas se cumpram. 

No primeiro tópico, o título fala da natureza da promessa de Deus à Igreja. Entretanto, o comentarista não discorre sobre a natureza da promessa de Deus à Igreja, que pode ser no aspecto espiritual ou material. Ele fala de três promessas bíblicas para a Igreja. A primeira delas é a promessa de sinais sobrenaturais que confirmam a pregação da Igreja. A segunda promessa é o revestimento de poder, como capacitação sobrenatural para a Igreja realizar a sua missão. Em terceiro lugar, o comentarista fala de promessas espirituais para uma instituição espiritual, que é a Igreja, e menciona três símbolos da Igreja: o Corpo de Cristo, o templo de Deus e a Noiva de Cristo. 

No segundo tópico, falaremos de três promessas de Deus à Igreja, sendo duas para a eternidade e uma para esta vida. A primeira promessa é a Vida Eterna, a todos aqueles que crerem em Jesus. A segunda promessa é a repetição de uma das promessas faladas no tópico anterior, que é o revestimento de poder. Aqui, o autor destaca a atualidade desta promessa. A terceira promessa é a glorificação do nosso corpo que ocorrerá no ato da ressurreição, ou na transformação do corpo dos que estiverem vivos, na ocasião do arrebatamento da Igreja. 

No terceiro tópico, falaremos das condições para a Igreja viver as promessas de Deus. A primeira condição é crer, pois as promessas de Deus não se cumprem na vida de incrédulos. Sem fé, é impossível agradar a Deus. A segunda condição é permanecer fiel ao Senhor, independente das circunstâncias. As promessas de Deus só se cumprem na vida dos que são fiéis a Ele. A terceira condição é obedecer a Deus. A fé genuína gera obediência, pois quem não obedece a Deus é porque não creu de verdade em Suas promessas. Deus valoriza mais a obediência do que os sacrifícios (1 Sm 15.22).


REFERÊNCIAS:
RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 37.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1639. 
RHODES, Ron. Reconhecendo as Promessas de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 24-25

12 outubro 2024

A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL

(Comentário do 3º tópico da Lição 02: As Promessas de Deus para Israel)

Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos da promessa de salvação do povo de Israel. Trataremos inicialmente da queda de Israel, que não conseguiu cumprir o seu papel de nação sacerdotal perante as outras nações. Na sequência, falaremos da tristeza do apóstolo Paulo, descrita no capítulo 9 da Epístola aos Romanos, por causa do povo de Israel, por não terem reconhecido a Cristo. Por último, falaremos da promessa escatológica de salvação de Israel. 

1- A queda de Israel. Israel falhou como nação sacerdotal, para levar a mensagem de Deus e ser exemplo para outras nações. Deus lhes enviou o Messias para salvar não apenas a eles, mas a toda a humanidade. Entretanto, Israel não reconheceu o seu Messias. Por causa disso, este papel profético e sacerdotal foi dado à Igreja. Entretanto, precisamos tomar cuidado para não abraçar a chamada teologia da substituição, que ensina que Israel foi substituído pela Igreja e, portanto, as promessas de Deus para Israel se cumprirão na Igreja. Isto não tem fundamento bíblico. 

Israel e a Igreja são dois povos distintos e após o arrebatamento da Igreja, Deus voltará a tratar com Israel. Deus não rejeitou o povo de Israel. As promessas incondicionais que foram feitas por Deus a Abraão, continuam de pé e serão cumpridas no Milênio. Deus concederá a Israel todo o território que prometeu a Abraão, que vai desde o Egito até o Iraque. Haverá também a construção do novo templo e Israel voltará a ser uma nação sacerdotal para todo o mundo. 

2- A tristeza de Paulo por Israel. O capítulo 9 de Romanos menciona a tristeza do apóstolo Paulo por causa da incredulidade de seu povo, por terem rejeitado o Messias. Em sua profunda tristeza, o apóstolo chega a dizer que desejaria estar separado de Cristo, por amor dos seus irmãos israelitas. Na sequência, Paulo faz menção às bênçãos dos Israelitas como a adoção de filhos, a glória, a aliança, a Lei, o culto e as promessas. Entretanto, isso não lhes confere a salvação. Do ponto de vista espiritual, Israel está na mesma situação dos demais incrédulos de outras nações que rejeitam a Cristo. 

Atualmente, embora Israel tenha promessas de Deus para o futuro, na questão da salvação, eles não serão salvos apenas por serem israelitas. A Bíblia deixa muito claro que a salvação é somente pela Graça de Deus, mediante a fé em Cristo. Também não será obtida pelas obras ou por merecimento (Ef 2.8-10). Sendo assim, o fato de ser israelita, não confere nenhum privilégio para a salvação. Os israelitas que não receberem a Cristo como Senhor e Salvador, infelizmente, serão condenados. 

3- Promessa de salvação a Israel. No livro do profeta Ezequiel, capítulo 37, o profeta descreveu a visão que ele teve de um vale de ossos secos. O Senhor lhe perguntou se aqueles ossos poderiam voltar a viver e Ezequiel respondeu: “Senhor Jeová, Tu o sabes”. O Senhor, então, mandou que ele profetizasse àqueles ossos secos, para que nascessem carnes e nervos sobre eles e assim aconteceu. Entretanto, estes corpos permaneceram sem vida e  imóveis. O Senhor mandou que Ezequiel profetizasse para que entrasse espíritos naqueles corpos e eles reviveram. 

Depois disso, o Senhor disse a Ezequiel que aqueles ossos eram a casa de Israel. A primeira parte da profecia refere-se à restauração de Israel como nação, que já começou em 1948 com a criação do Estado de Israel e será concluída no Milênio. Na última parte da profecia, o Senhor diz: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor.” (Ez 37.14). Esta parte é uma referência à restauração espiritual da nação de Israel, que ocorrerá também no Milênio, quando acontecerá a conversão nacional de Israel. Nesse tempo Israel irá reconhecer Jesus como o Seu Messias e serão salvos. 

10 outubro 2024

Outras promessas a Israel

(Comentário do 2° tópico da Lição 02: As Promessas de Deus para Israel). 

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico, falaremos de outras promessas que foram feitas a Israel, sendo três delas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, e outra através do profeta Isaías. A primeira destas promessas foi o filho prometido a Abraão, sendo ele e sua esposa avançados em idade e ela estéril. A segunda promessa foi um filho prometido a Isaque, cuja esposa também era estéril, do qual viria a nação de Israel. Veremos também a renovação da promessa a Jacó, o filho mais novo de Isaque, que teve dois filhos, mas o primogênito vendeu o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas. Por último, falaremos da promessa do Reino do Messias, feita através do profeta Isaías. 

1- A promessa de um filho a Abraão. Deus iniciou o Seu projeto de nação, chamando um idoso de 75 anos, que vivia na Antiga Mesopotâmia, na cidade de Ur dos Caldeus, chamado Abrão (Gn 12.1). Para tornar a situação ainda menos provável, a esposa deste homem tinha 65 anos e era estéril. Qualquer pessoa que recebesse uma promessa de ser pai de uma grande nação, estando nestas condições, diria que seria impossível. 

Um homem de 75 anos ser pai, embora seja raro, é possível. Mas, no caso da mulher, segundo os especialistas, o período reprodutivo se encerra com a menopausa, que acontece em média entre os 45 e 50 anos. No caso de Sara, além da idade avançada, ela era estéril, pois nunca teve filhos antes. Deus pretendia deixar claro para o casal que a criação desta nação era algo extraordinário, que só ocorreria por um milagre de Deus.

Dez anos se passaram, desde a chamada de Abrão e nada de filhos. A esposa de Abrão acabou se precipitando e sugeriu que ele tivesse um filho com Hagar, a sua escrava egípcia, que era um costume daquela época. Abraão aceitou a proposta sem questionar e teve um filho, a quem deu o nome de Ismael (Gn 16.1-16).

Deus apareceu novamente a Abrão, mudou o seu nome para Abraão e o nome de sua esposa Sarai, para Sara, e enfatizou a promessa de que ele seria pai de um filho da sua esposa (Gn 17.5-19). O nome da criança seria Isaque e dele viria a descendência da promessa. Abraão creu na promessa e isso lhe foi imputado por justiça. Quando Abrão estava com 100 anos e a sua esposa, Sara, com 90 anos, Isaque nasceu (Gn 21.5), cumprindo-se a promessa de Deus. 

2- A promessa de um filho a Isaque. Isaque, o filho da promessa, ainda era solteiro, quando Sara sua mãe faleceu. Abraão casou-se novamente com uma mulher chamada Quetura e teve seis filhos dela, que deram origem a outras nações. Mas a promessa de Deus de fazer de Abraão uma grande nação, seria através de Isaque. Por isso, em sua velhice, Abraão chamou o seu mordomo Eliezer, o servo de confiança da casa, e fez um juramento com ele, para que fosse aos seus parentes na Mesopotâmia e trouxesse de lá, uma esposa para Isaque. 

O damasceno Eliezer reuniu um grupo de camelos e presentes e se dirigiu à terra natal de Abraão, não em Ur dos Caldeus, pois a família dele havia saído de lá e se mudado para Harã. No meio do caminho, Eliezer fez uma oração e um voto a Deus, para que Deus lhe mandasse a moça certa ao seu encontro. Tudo aconteceu conforme ele havia falado com Deus e ele encontrou Rebeca, filha de Betuel e Milca, ambos sobrinhos de Abraão. 

Rebeca se dispôs a acompanhar Eliezer e ir ao encontro de Isaque para casar-se com ele, sem conhecê-lo, nem mesmo por foto, pois isso ainda não existia. Isaque e Rebeca se casaram, mas assim como Sara, ela também era estéril. Isaque orou a Deus durante 20 anos para que Ele abrisse a madre de Rebeca. 

Não temos no Gênesis, de forma explícita, Deus prometendo um filho a Isaque, como Ele fez a Abraão em mais de uma ocasião. Entretanto, Deus prometeu a Isaque que multiplicaria a sua descendência, da mesma forma que havia feito a Abraão. Isaque creu nas promessas de Deus e perseverou na oração. Diferente dos seus pais, ele não tentou outros meios de gerar um filho e foi o único monogâmico dos três patriarcas, tendo apenas Rebeca como esposa. 

Deus ouviu a oração de Isaque e concedeu ao casal, os gêmeos Esaú e Jacó. Ainda no ventre, os gêmeos lutavam entre si e Rebeca foi perguntar ao Senhor o que significava aquilo. Deus respondeu que havia duas nações em seu ventre e o maior seria servo do menor. Isso significa que Deus havia escolhido Jacó, o filho menor, para dar continuidade ao Seu projeto de fazer de Abraão uma grande nação. 

3- A promessa renovada. Deus falou Isaque e reafirmou as promessas feitas ao seu pai Abraão, de que ele seria pai de uma grande nação e que daria todas aquelas terras aos seus descendentes. Assim como Abraão, Isaque também viveu como nômade, habitando em tendas e não teve terras, durante a sua vida. 

Diferente de Abraão, que Deus confirmou que o filho da promessa era Isaque, no caso de Isaque ele tinha a promessa de seria pai de uma grande nação, mas ele tinha dois filhos da sua esposa: Esaú e Jacó. Isaque amava a Esaú, por ser o primogênito e por ser um habilidoso caçador, que lhe fazia pratos saborosos. Rebeca, por sua vez, preferia Jacó, o filho mais novo, talvez por causa da informação dada por Deus de que Jacó seria o escolhido para ser o pai da nação mais forte. 

Percebendo que Isaque tinha preferência por Esaú e iria dar-lhe a bênção da primogenitura, Rebeca arquitetou um plano maquiavélico, para que Isaque desse a bênção Jacó a bênção. Isaque chamou Esaú e pediu que ele fosse ao campo buscar uma caça da sua preferência e lhe preparasse um saboroso prato e, na ocasião, ele receberia a benção. 

Rebeca ouviu a conversa e tramou um plano maquiavélico para enganar Isaque e fazê-lo abençoar Jacó, em vez de Esaú (Gn 27.5-10). Rebeca mandou, então, que Jacó lhe trouxesse um cabrito, para que ela o preparasse para Isaque. Em seguida, vestiu Jacó com um couro peludo de animais para ficar parecido com Esaú. Assim, ambos enganaram Isaque.  Por direito, a primogenitura pertencia a Esaú, porém, ele a havia desprezado e vendido ao seu irmão por um prato de lentilhas.

Por causa deste engano de Jacó, Esaú planejou matá-lo. Orientado por seus pais, Jacó deixou a terra dos seus pais e fugiu para Padã-Arã, onde moravam os parentes da mãe dele. No caminho, Jacó teve um sonho, no qual ele via uma escada que a terra ao Céu e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Em seguida, ouviu a voz de Deus, que reafirmou a ele as promessas feitas a Abraão e Isaque, e disse que daria aquela terra que ele estava deitado aos seus descendentes. 

Jacó seguiu o seu caminho e foi-se a Padã Arã, morar com o seu tio materno Labão. Logo no primeiro momento, encantou-se por Raquel, a filha mais nova do seu tio. Labão propôs que ele trabalhasse sete anos para casar-se com Raquel. Jacou cumpriu a proposta, mas foi enganado por seu tio e teve que casar-se primeiro com Lia e trabalhar outros sete anos por Raquel. Das duas filhas de Labão, Lia e Raquel, e das respectivas servas delas, Zilpa e Bila, Jacó teve doze filhos e uma filha. 

Depois de ser enganado por Labão várias vezes, Jacó seguiu a orientação de Deus e voltou para a terra dos seus pais junto com a numerosa família. Viveu lá por vários anos e depois mudaram-se para o Egito, onde o seu filho José se tornou o governador. Após a morte de José, os descendentes de Jacó foram escravizados por 430 anos, mas Deus os libertou e os conduziu à terra prometida. Os doze filhos deram origem às doze tribos de Israel. A tribo de Levi foi a tribo sacerdotal e não teve herança na terra que Deus deu a Abraão, Isaque e Jacó. A tribo de José se dividiu em duas: Manassés e Efraim. A tribo de Judá foi escolhida por Deus para ser a tribo, através da qual viria o Messias. 

4- Promessa do Reino do Messias.  Conforme vimos no tópico anterior, Deus prometeu a Abraão que na sua descendência seriam benditas todas as famílias da terra. Esta promessa seria reafirmada muitos séculos depois pelos profetas, que falaram sobre o seu nascimento, os seus sofrimentos e o seu Reino eterno. Evidentemente, o povo de Israel não entendeu estas profecias, pois pensavam se tratar de um reino político, para guerrear contra os seus inimigos. 

O profeta que mais falou sobre esta promessa, com muitos detalhes, foi o profeta Isaías. Por isso, ele é chamado de “Profeta Messiânico”. O profeta Isaías profetizou o nascimento virginal do Messias, dizendo: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho e será chamado Emanuel”. (Is 7.14). Mateus citou o cumprimento desta profecia no nascimento de Jesus (Mt 1.23). Isaías profetizou também que o Messias nasceria da descendência de Jessé: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” (Is 11.1). Por fim, Isaías profetizou também vários detalhes dos sofrimentos do Messias (Is 53).

08 outubro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 02 – PROMESSAS DE DEUS PARA ISRAEL


Ev. WELIANO PIRES

Nesta segunda lição, estudaremos as promessas de Deus relacionadas à nação de Israel. Deus chamou um homem chamado Abrão, que vivia em Ur dos Caldeus, na antiga Mesopotâmia, e ordenou que ele saísse da sua terra e do meio dos seus parentes, para ir a uma terra que Deus iria lhe mostrar. Em contrapartida, Deus prometeu fazer da sua descendência uma grande nação, na qual seriam benditas todas as famílias da terra. Assim, Deus conduziu todo o processo de formação da nação de Israel e a estabeleceu como uma nação sacerdotal entre todas as demais. 


No primeiro tópico, falaremos da promessa divina de criar uma grande nação, que foi a nação de Israel. Primeiro, falaremos da promessa feita a Abrão de fazer dele uma grande nação. Segundo, veremos a promessa de Deus de abençoar Abrão, engrandecer o seu nome e fazer dele uma benção. Não era apenas uma promessa materialista, mas um testemunho para todos os povos. Terceiro, falaremos da promessa de Deus de abençoar aos que abençoarem a Israel e de amaldiçoar os que o amaldiçoarem. Por último, falaremos da promessa feita a Abrão, de que nele seriam benditas todas as famílias da terra, que é uma referência à vinda do Senhor Jesus a este mundo. 


No segundo tópico, falaremos de outras promessas que foram feitas a Israel, sendo três delas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, e outra através do profeta Isaías. A primeira destas promessas foi o filho prometido a Abraão, sendo ele e sua esposa avançados em idade e ela estéril. A segunda promessa foi um filho prometido a Isaque, cuja esposa também era estéril, do qual viria a nação de Israel. Veremos também a renovação da promessa a Jacó, o filho mais novo de Isaque, que teve dois filhos, mas o primogênito vendeu o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas. Por último, falaremos da promessa do Reino do Messias, feita através do profeta Isaías. 


No terceiro tópico, falaremos da promessa de salvação do povo de Israel. Trataremos inicialmente da queda de Israel, que não conseguiu cumprir o seu papel de nação sacerdotal perante as outras nações. Na sequência, falaremos da tristeza do apóstolo Paulo, descrita no capítulo 9 da Epístola aos Romanos, por causa do povo de Israel, por não terem reconhecido a Cristo. Por último, falaremos da promessa escatológica de salvação de Israel, que ocorrerá no Milênio. 


REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 37. 
LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 407.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD , 2009, pp. 282, 283.

06 outubro 2024

TIPOS E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 01: As Promessas de Deus). 

Ev. WELIANO PIRES 

No terceiro tópico, falaremos dos tipos e propósitos das promessas de Deus. Primeiro, falaremos das promessas incondicionais, que são aquelas que independem de circunstâncias, de tempo ou da ação humana. Depois, falaremos das promessas condicionais, que são aquelas que estão condicionadas a vários fatores como a obediência, o tempo e circunstâncias. Por último, falaremos de três propósitos das promessas de Deus, que são estabelecer alianças de Deus com o ser humano, oferecer novas oportunidades aos seres humanos por meio de pessoas justas e zelar pelo cumprimento da Palavra. 

1- Promessas incondicionais. Muitas pessoas dizem que tem promessas de Deus e, “quem tem promessa, não morre.” É preciso tomar cuidado com esse tipo de afirmação, pois na Epístola aos Hebreus, lemos que “muitos morreram sem alcançar a promessa.” (Hb 11.39). Quando estudamos sobre as promessas de Deus, precisamos ter em mente que há dois tipos de promessas da parte de Deus: as promessas incondicionais e as condicionais.

As promessas incondicionais são promessas, cujo cumprimento, não depende de nenhuma circunstância, como o tempo, ou as atitudes do destinatário dessas promessas. As promessas condicionais, por sua vez, dependem de condições que foram estabelecidas pelo próprio Deus, como veremos no próximo subtópico. 

Neste subtópico, falaremos das promessas incondicionais, mostrando alguns exemplos delas na Bíblia. As promessas incondicionais foram feitas por Deus para atender aos seus desígnios e se cumprirão no tempo determinado por Ele, independente das ações do homem. Todas as promessas incondicionais serão cumpridas, aconteça o que acontecer, pois foram garantidas por Deus, sem a imposição de condições. O comentarista citou vários exemplos de promessas incondicionais que estão na Bíblia. 

A primeira destas promessas incondicionais, mencionada na Bíblia, é a vinda do Salvador ao mundo. Em Gênesis 3.15, na sentença que Deus decretou contra a serpente, Ele prometeu que nasceria um descendente da mulher que iria ferir a cabeça da serpente. Esta promessa foi repetida por todo o Antigo Testamento, com mais detalhes, como por exemplo, em Isaías 7.14: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamará o seu nome EMANUEL”. Muitas promessas incondicionais na Bíblia estavam relacionadas a esta, como a chamada de Abrão, a formação da nação de Israel, a preservação da descendência de Davi, etc. Estas promessas se cumpriram e não estavam condicionadas à obediência do homem. 

Há ainda outras promessas incondicionais que foram feitas no Antigo Testamento, que ainda não se cumpriram, mas certamente irão se cumprir, como por exemplo, a restauração espiritual de Israel e a posse de toda a terra que Deus prometeu a Abraão, Isaque e Jacó. Embora Israel já tenha conquistado boa parte daquela terra nos de Josué, e ampliado durante os reinados de Davi e Salomão, nunca conquistaram a totalidade do território prometido por Deus aos patriarcas. Isso só acontecerá durante o Milênio, quando Jesus estabelecer o seu Reino e todo o Israel se converter. 

No Novo Testamento também há várias promessas incondicionais de Deus à Sua Igreja, que irão acontecer, mesmo que muitos não creiam e desobedeçam à Palavra de Deus. A primeira destas promessas é o arrebatamento da Igreja, que acontecerá a qualquer momento. Como disse o apóstolo Pedro, “o Senhor não retarda a Sua promessa, mas é longânimo para convosco, pois não quer que alguns se percam”. (2 Pe 3.9). Não sabemos quando Jesus virá, mas certamente Ele virá buscar a Sua Igreja. 

Além da promessa do Arrebatamento da Igreja, há outras que virão junto com esta, como a ressurreição dos mortos em Cristo e a transformação dos salvos que estiverem vivos nesta ocasião. Há também outras promessas que virão depois desta, como as bodas do Cordeiro no Céu, a Grande Tribulação na terra, o Milênio, a prisão de Satanás, a sua soltura temporária para enganar as nações, o Juízo Final e a Vida Eterna. Todas estas coisas acontecerão, independente das ações do homem. 

2- Promessas condicionais. As promessas condicionais são promessas que Deus faz e impõe condições para que elas se cumpram. Se os requisitos colocados por Deus não forem cumpridos pelos destinatários destas promessas, elas não se cumprirão. Isso não significa, de forma alguma que Deus tenha falhado, pois Ele é absolutamente infalível, como vimos no tópico anterior. 

Há muitas promessas condicionais registradas na Bíblia. Algumas se cumpriram, pois os destinatários cumpriram as condições estabelecidas, mas outras não foram cumpridas pois as pessoas não seguiram o que Deus estabeleceu. Por exemplo, Deus prometeu saúde plena ao povo de Israel (Êx 15.26). Mas esta promessa estava condicionada a Israel ouvir atentamente a voz do Senhor, fazer o que é reto e guardar todos os seus mandamentos. Como os israelitas não fizeram isso, muitas enfermidades vieram sobre eles e a promessa não foi cumprida. É importante também esclarecer que esta promessa foi feita a Israel e não à Igreja. 

Em Deuteronômio 28 há uma série de promessas feitas a Israel, condicionadas também à obediência aos mandamentos do Senhor. Deus prometeu abençoá-los na cidade e no campo, abençoar a produção agrícola e os animais, livrá-los dos inimigos, colocá-los como cabeça e não como cauda, etc. Tudo isso aconteceria, se eles obedecessem aos mandamentos do Senhor. Como eles não obedeceram, estas promessas não se cumpriram. No mesmo capítulo há as promessas de punição, em caso de desobediência, como a maldição em todas as áreas, o surgimento de várias enfermidades, a derrota perante os inimigos e o cativeiro. Estas promessas, tanto as relacionadas à obediência quanto à desobediência, também não foram destinadas à Igreja e sim a Israel, como veremos na próxima lição. 

No Novo Testamento, há também promessas condicionais, como o perdão dos pecados, que está condicionado ao arrependimento e ao perdão das ofensas do próximo. A promessa de permanecer no amor de Deus, também está condicionada à guarda dos mandamentos do Senhor. Vale lembrar que estes mandamentos não são os dez mandamentos, como querem os adventistas, pois aqueles mandamentos e os demais mandamentos da Lei (que não são apenas dez) foram dados a Israel e não à Igreja. 

3- O propósito das Promessas de Deus. Deus não faz promessas por acaso, ou para satisfazer o ego humano. As promessas de Deus cumprem propósitos específicos traçados por Ele mesmo. O comentarista colocou aqui três propósitos das promessas de Deus: 
a) Fazer alianças com o ser humano. Ao longo dos séculos, Deus fez várias alianças com o ser humano. Deus fez aliança com o primeiro casal no Éden, que chamamos de Aliança Edênica. Após a Queda, veio a Aliança feita com Adão, chamada de Aliança Adâmica. Depois do Dilúvio, Deus fez outra aliança com Noé, chamada de Aliança Noética. Fez também a aliança com Abraão, que é chamada de Aliança Abraâmica, ou Patriarcal. Vieram também outras alianças, como a Aliança Mosaica, feita com Moisés no Sinai, e a Aliança Davídica, feita com Davi. Por último, Deus fez a Nova Aliança estabelecida por Cristo, que é superior a todas as outras e é sempiterna. 

b. Oferecer novas oportunidades ao ser humano. Em todas estas Alianças, há promessas de Deus, que são cumpridas fielmente. É sempre o homem que falha em uma aliança com Deus. Após a falha humana, Deus em sua infinita misericórdia, reconsidera o destino do ser humano e faz outras promessas, dando-lhe oportunidade de salvação por meio de uma aliança feita com um justo, como no caso de Noé, para não exterminar totalmente o gênero humano. A última destas alianças foi feita através do Seu Filho Jesus Cristo. Esta jamais será reconsiderada, pois não há outra oportunidade de salvação fora de Cristo (Jo 14.6; At 4.12).

c. Zelar pelo cumprimento da Sua Palavra e aprofundar o relacionamento com o homem. Conforme vimos no tópico anterior, Deus tem compromisso com a Sua Palavra e nada do que Ele falou cairá por terra. Deus conhece o futuro por antecipação e quando promete algo, Ele sabe que irá cumprir. Não é como o ser humano que promete as coisas, mas está sujeito aos imprevistos, que fogem do seu controle. 

As promessas de Deus também aprofundam o relacionamento de Deus com o ser humano. O nosso Deus é um Ser Pessoal, que se relaciona com a Sua criação. O Deus da Bíblia não é como o deus do Deísmo, que criou o Universo, estabeleceu leis para este funcionar sozinho e se afastou dele. Não! O nosso Deus fala conosco e se envolve com os nossos problemas. Não é também um deus impessoal e insensível como o deus do Panteísmo, que é apenas uma energia boa, que está presente no universo. 

REFERÊNCIAS: 

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 36. 
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD,2012, p. 22. 
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611. 
BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS-CHAVE: HEBRAICO E GREGO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2009 

05 outubro 2024

AS PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS

(Comentário do 2° tópico da Lição 01: As Promessas de Deus) 

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico, falaremos dos fundamentos das promessas de Deus. Primeiro veremos que a palavra promessa está presente em toda a Bíblia. Na sequência, veremos que as promessas bíblicas se fundamentam na infalibilidade de Deus, que é um dos seus atributos incomunicáveis. Por último, veremos que Deus zela por Sua Palavra e garante o cumprimento das suas promessas. 

1- A Promessa na Bíblia. Segundo o dicionário Michaelis, a palavra promessa deriva do latim “promissa” e significa o compromisso assumido consigo mesmo ou com alguém de fazer algo. Na contabilidade, há um documento chamado “nota promissória” que é uma promessa de pagamento de uma dívida, contendo o valor da dívida, os nomes e as assinaturas do emitente e do beneficiário, e a data em que a dívida será paga. Do ponto de vista humano, as promessas dependem de muitos fatores para serem cumpridas, pois o homem é limitado e falível e há muitas coisas que não estão sob o seu controle. 

Na Bíblia as promessas estão presentes por toda parte, pois a Bíblia é um livro de promessas. No Antigo Testamento, não há uma palavra específica para “promessa”. A palavra mais usada é “dabhar”, que significa falar, responder, declarar, prometer, manifestar, relatar, etc. O Novo Testamento usa a palavra grega “epangelia”, que significa anúncio, promessa ou mensagem (Hb 10.23). Esta palavra tem a mesma raiz da palavra euangelio (Evangelho), que significa “boa notícia”.

Em relação a Deus, promessa é um compromisso assumido por Ele de que fará alguma coisa no futuro. Em sua presciência, Deus se refere ao futuro como se fosse presente, pois Ele conhece todas coisas. Há uma longa discussão no meio teológico sobre isso. Há teólogos que dizem que Deus apenas conhece antecipadamente o que irá acontecer, mas não determina os acontecimentos. Outros pensam que Ele não apenas conhece o futuro por antecipação, mas determina tudo o que o que irá acontecer. 

Seja como for, o fato é que a presciência de Deus é um grande mistério para nós, que somos seres limitados. As promessas de Deus são, na verdade, a garantia de que elas serão cumpridas. Deus não precisa de nada ou de ninguém para cumprir aquilo que Ele prometeu, pois tudo depende única e exclusivamente dele. Se Deus prometeu, não há porque duvidar ou desconfiar do cumprimento. Entretanto, como veremos no próximo tópico, há promessas para as quais o próprio Deus estabeleceu condições e circunstâncias para que elas se cumpram. 

2- Deus é infalível. O principal fundamento de que as promessas de Deus não falham é a infalibilidade de Deus. O nosso Deus possui atributos exclusivos, que nenhum outro ser os possui, chamados de atributos incomunicáveis, que são: onipotência, onipresença, onisciência, autoexistência, unicidade, eternidade, infinitude, soberania e imutabilidade. 

Sendo Deus imutável em sua natureza e caráter, Ele não pode falhar jamais. As suas promessas também não podem falhar, pois se falhasse, seria a negação da imutabilidade de Deus. Quando Deus promete que fará alguma coisa, Ele está colocando o Seu próprio Nome como garantia, pois Ele é infalível e imutável. Este assunto será expandido na última lição, quando falaremos da infalibilidade das promessas de Deus. 

3- Deus zela (vela) por sua Palavra. Neste subtópico, falaremos do segundo fundamento para o cumprimento das promessas de Deus, que é a infalibilidade da Sua Palavra. No texto de Isaías 55.11, o Senhor falou: “assim será a palavra que sair da minha boca ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” Isto nos mostra que Deus não promete alguma coisa por acaso, ou para satisfazer o ego humano. As suas promessas tem propósitos específicos, que atendem aos seus desígnios, conforme veremos no próximo tópico. 

O comentarista menciona também a garantia dada por Deus a Jeremias de que Ele vela por Sua Palavra para cumprir. O profeta Jeremias teve a visão de uma vara de amendoeira e o Senhor lhe perguntou o que ele estava vendo. Jeremias respondeu que via uma vara de amendoeira e o Senhor lhe respondeu: “Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr 1.11,12). 

Devemos nos perguntar, qual a relação que há entre uma vara de amendoeira e o Senhor velar pelo cumprimento da Sua Palavra. Há uma relação muito próxima entre as palavras hebraicas traduzidas por amendoeira e velar. As palavras hebraicas shaqad (amêndoa) e shaqed (velar, vigiar) têm a mesma raiz e são muito parecidas na escrita e na pronúncia. Assim, o Senhor usa um jogo de palavras, para explicar a Jeremias que Ele mantém total vigilância para que as suas palavras se cumpram. O Senhor Jesus reafirmou a infalibilidade da Palavra de Deus quando disse: “passarão o Céu e a terra, mas as minhas Palavras não hão de passar”. (Mt 24.35). 

REFERÊNCIAS:

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 36. 
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD,2012, p. 22. 
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611. 
BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS-CHAVE HEBRAICO E GREGO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2009. 

04 outubro 2024

UM CONVITE DE DEUS

(Comentário do primeiro tópico da Lição 01: As promessas de Deus).

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, tomando como base o capítulo 55 do Livro do profeta Isaías, discorreremos sobre o tema “um convite de Deus”. O capítulo 55 de Isaías é um convite de Deus a Israel, para que desfrute das suas bênçãos e ao mesmo tempo, uma promessa de salvação. Na sequência, com base no versículo 06 do mesmo capítulo, veremos que é preciso buscar ao Senhor, enquanto há a possibilidade de achá-lo. Por último, com base no versículo 07, falaremos da necessidade de arrependimento. O arrependimento foi a base das pregações de João Batista, de Jesus e dos apóstolos. 


1- Um convite, uma promessa. Neste tópico, o comentarista faz um comentário expositivo do texto de  Isaías 55.6-13, que é o texto da Leitura bíblica em classe. O profeta Isaías filho de Amoz, cujo nome significa “Yahweh é salvação”, profetizou no Reino do Sul (Judá), durante quatro reinados: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Foi o profeta que mais falou sobre o Messias e por isso é conhecido como “profeta messiânico”. Isaías foi chamado por Deus para profetizar, no ano em que morreu o rei Uzias, aproximadamente 740 a.C. Não se sabe se Isaías já pregava publicamente antes deste chamado divino. Segundo a tradição judaica, Isaías era primo do rei Uzias e teria sido morto “serrado ao meio” durante o reinado de Manassés. 


O Livro do profeta Isaías contém várias profecias de julgamentos, do capítulo 1.1 a 35.10. Entretanto, entre estes julgamentos há também várias profecias de esperança, relacionadas à vinda do Messias (Is 9.1-7; 10.20-11.16; 35.1-10; 42.1-25; 49.1-26; 50.1-11; 52.13-15; 53.1-12). Dos capítulos 36 ao 39 é dedicado um espaço ao reinado de Ezequias, falando das ameaças do rei da Assíria, a destruição do exército de Senaqueribe, a doença e cura de Ezequias e a vinda dos embaixadores da Babilônia a Jerusalém. 


Nos capítulos 40 ao 66 há promessas de consolo, salvação e restauração de Jerusalém, no final do cativeiro babilônio. Dentro deste espaço, abre-se um parêntese para falar do Servo do Senhor, que é o Messias, e dos seus sofrimentos (49.1-26; 50.1-11; 52.13-15; 53.1-12). O mais importante é que estas promessas referentes à restauração de Jerusalém no final do cativeiro bailônico, foram feitas cerca de 100 anos antes do povo ir ao cativeiro. Isaías profetizou entre os anos 740 e 680 a.C. e o cativeiro babilônio teve início em 605 a.C. 


O capítulo 55 de Isaías inicia-se com um convite de Deus a todos os que têm sede, para que venham às águas e comprem, sem dinheiro, vinho e leite (Is 55.1). Inicialmente, este convite em linguagem figurada, foi dirigido aos exilados da Babilônia, mas este convite foi reiterado pelo Senhor Jesus a todos, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mt 11.28). Em João 7.37, novamente, o Senhor convida os sedentos a virem a Ele e saciarem a sua sede: “...Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”. No final do Apocalipse, o Senhor faz novamente o convite aos sedentos, depois de ressuscitado e glorificado: “...Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Ap 22.17).


Os convites de Deus vem sempre acompanhados de uma promessa, seja para esta vida ou para a eternidade. É interessante notar que os convites de Deus e as suas promessas nestes casos são feitos de forma gratuita. Deus chama o povo sedento para que venham às águas e comprem “sem dinheiro e sem preço”. Da mesma forma, Jesus oferece a água da vida, “de graça”. Lamentavelmente, muitas pessoas aparecem vendendo as bênçãos de Deus ou exigindo coisas para alcançá-las, que Deus nunca exigiu. A Igreja Católica exigia ofertas em troca de indulgências ou perdão de pecados na Idade Média. Atualmente também, muitos que se dizem evangélicos, oferecem bênçãos em troca de votos, ofertas, sacrifícios e compras de produtos “ungidos”. Mas, as bênçãos de Deus nunca estiveram à venda. 


O comentarista destaca o versículo 11, que faz menção ao poder da Palavra de Deus: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”. É na Palavra de Deus que as Suas promessas estão firmadas, pois a Sua Palavra não pode voltar atrás, sem cumprir o propósito para o qual ela foi enviada. Em tempos de eleições, vemos muitas promessas mirabolantes feitas por políticos, que sabemos que nunca serão cumpridas. Muitos maridos e esposas também fazem promessas que serão descumpridas, por motivos diversos. Mas com Deus não é assim. Quando Deus fala, Ele cumpre, pois Ele não pode mentir. Falaremos mais sobre este assunto no próximo tópico. 


2- É preciso buscar ao Senhor. Na continuidade do capítulo 55, o comentarista fala sobre o versículo 6, que é bem conhecido: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Em toda a Bíblia, há vários textos conclamando o povo de Deus a buscá-lo, garantindo que aqueles que o buscam, encontram. O nosso Deus está acessível em qualquer horário e lugar, a todos os que o buscam. Esta busca deve ser feita através da oração e relacionamento sincero com Deus. 


O Senhor falou ao profeta Jeremias: “Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jr 33.3). Em outra parte do Livro de Jeremias, o Senhor diz: “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). O Senhor prometeu responder, perdoar e sarar a terra, se o seu povo o buscasse: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2 Cr 7.14). 


No Novo Testamento, a recomendação para o povo de Deus buscá-lo em oração também está presente em muitos textos. O Senhor Jesus recomendou aos seus discípulos para buscarem a Deus em oração: “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.” (Lc 11.9,10). O apóstolo Paulo também recomendou os Tessalonicenses a orarem sem cessar (I Ts 5.17). Orientou também os Efésios a “orarem em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito…” (Ef 6.18).


É interessante destacar que a recomendação bíblica é para buscar ao Senhor e não apenas as suas bênçãos, como muitos fazem atualmente. Muitas pessoas não querem saber de buscar a Deus e ter relacionamento com Ele. Mas quando a situação se complica e não sabem mais o que fazer, correm para a Igreja para pedir oração e fazer campanhas para receber milagres de Deus. Quem ama a Deus não age assim, pois busca a Deus pelo que Ele é e não apenas pelo que Ele pode oferecer. 


3- É preciso se arrepender. Depois de orientar o povo a buscar a Deus enquanto se pode achar no versículo 6, no versículo 7 o Senhor estabelece como deve ser esta busca: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Quando buscamos a Deus de forma sincera, a primeira coisa que o Espírito Santo faz em nosso coração, é nos convencer do pecado e da necessidade de arrependimento e conversão. 


Não é possível alguém buscar a Deus sem reconhecer os próprios pecados e abandoná-los, pois o pecado separa-nos de Deus (Is 59.2). O pecador arrependido reconhece perante Deus que pecou, sente-se indigno de estar em sua presença e implora o seu perdão. O arrependimento, no entanto, só se torna possível, mediante a ação poderosa do Espírito Santo em nosso interior. É Ele que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Nenhum ser humano, por si mesmo, iria reconhecer que é pecador e pedir o perdão de Deus.


Infelizmente, muitos não sabem o que é arrependimento e pensam que o fato de confessar que errou e pedir perdão significa que se arrependeu. Mas, não basta reconhecer o erro e pedir perdão para haver arrependimento. A palavra arrependimento no grego é "metanoia", que é a junção de duas palavras gregas, “meta” (mudança) e “nous” (pensamento). Portanto, arrependimento significa mudança de pensamento, tristeza pelo pecado praticado e disposição interior para mudar. 


Se a pessoa não reconhece o pecado, não se entristece por ter pecado, ou não está disposta a mudar de atitude, significa que não houve arrependimento. Às vezes, há apenas o medo das consequências, ou fingimento para obter perdão. Quando há arrependimento verdadeiro acontece a conversão que é a mudança de direção. A conversão é o resultado prático do arrependimento. Quando a pessoa se arrepende muda o pensamento e, consequentemente, muda as atitudes. 


REFERÊNCIAS 


RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 36. 

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD,2012, p. 22. 

PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611. 

02 outubro 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: AS PROMESSAS DE DEUS


Ev. WELIANO PIRES

Nesta primeira lição temos uma abordagem introdutória do tema do trimestre. Apresentaremos os conceitos básicos das promessas de Deus, os tipos de promessas de Deus que aparecem na Bíblia e os propósitos destas promessas. Por não conhecerem estas coisas muitas pessoas interpretam erroneamente algumas promessas bíblicas, querendo aplicá-las às suas próprias vidas e acabam se frustrando, esperando aquilo que Deus não lhes prometeu. 

No primeiro tópico, tomando como base o capítulo 55 do Livro do profeta Isaías, discorreremos sobre o tema “um convite de Deus”. Veremos que o capítulo 55 de Isaías é um convite de Deus a Israel, para que desfrute das suas bênçãos. Ao mesmo tempo, é uma promessa de salvação. Na sequência, com base no versículo 06 do mesmo capítulo, veremos que é preciso buscar ao Senhor, enquanto há a possibilidade de achá-lo. Por último, com base no versículo 07, falaremos da necessidade de arrependimento. O arrependimento foi a base das pregações de João Batista, de Jesus e dos apóstolos. 

No segundo tópico, falaremos dos fundamentos das promessas de Deus. Primeiro veremos que a palavra promessa está presente em toda a Bíblia e apresentaremos vários exemplos de promessas  no Antigo e no Novo Testamento. Na sequência, veremos que as promessas bíblicas se fundamentam na infalibilidade de Deus, que é um dos seus atributos incomunicáveis. Deus cumpre o que Ele promete, porque Ele é infalível. Por último, veremos que Deus zela por Sua Palavra e garante o cumprimento das suas promessas. 

No terceiro tópico, falaremos dos tipos e propósitos das promessas de Deus. Primeiro, falaremos das promessas incondicionais, que são aquelas que independem de circunstâncias, de tempo ou da ação humana. Depois, falaremos das promessas condicionais, que são aquelas que estão condicionadas a vários fatores como a obediência, o tempo e circunstâncias. Por último, falaremos dos propósitos das promessas de Deus, que são diversos, entre eles salvar a raça humana do pecado, estabelecer alianças de Deus com o ser humano, oferecer novas oportunidades aos seres humanos por meio de pessoas justas, etc. 

REFERÊNCIAS 

RENOVATO, Elinaldo. As promessas de Deus: Confie e viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024. 
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, Ed. 99, p. 36. 
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD,2012, p. 22. 
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611. 

A VERDADEIRA ADORAÇÃO

Subsídio da Revista Ensinador Cristão /CPAD.  O episódio relatado nesta lição destaca um dos ensinamentos mais preciosos do Evangelho: a ver...