23 agosto 2024

A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU E O ÓDIO DE HAMÃ

(COMENTÁRIO DO 3º TÓPICO DA LIÇÃO 08: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU).

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos a resistência de Mardoqueu a se curvar diante de Hamã. Esta postura de Mardoqueu acabou provocando um ódio mortal por parte de Hamã, a ponto de resolver exterminar todo o povo judeu, que vivia na Pérsia, conforme veremos na proxima lição. É possível que este ódio tenha sido motivado por inimizades intergeracionais entre israelitas e amalequitas. 


1- Reverenciado por todos. Com a ascensão de Hamã ao cargo mais elevado do Império Persa, o rei ordenou que todos os seus servos se “inclinassem e se prostrassem” diante dele (Et 3.2). Em obediência a esta ordem do rei, todos os servos do rei se inclinavam e se prostraram perante Hamã por onde ele passava, sem nenhuma resistência. Mardoqueu, no entanto, não se curvava, nem se prostrava, em hipótese alguma, e todos viam que ele não o fazia.


O texto bíblico não esclarece os motivos que levaram Mardoqueu a tomar esta atitude radical, de descumprir o decreto do rei e não se curvar diante de Hamã. O comentarista sugere que foi uma questão religiosa, por lealdade a Deus e coloca aqui o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, segundo o qual, provavelmente a honra era imerecida, ou havia elementos que confrontavam a adoração dos judeus única e exclusivamente a Deus. Este foi o caso dos companheiros de Daniel, em Daniel 3. 


Entretanto, no caso dos companheiros de Daniel, havia uma ordem expressa para adorar a imagem de Nabucodonosor e isso era proibido na Lei Mosaica. Não é este o caso aqui, pois não havia nenhuma ordem para adorar Hamã. Também não havia nenhuma proibição na lei de se curvar diante uma autoridade. A própria Ester se curvou diante de Assuero e provavelmente, Mardoqueu também tenha se curvado, pois este era um costume na Pérsia e ele era leal ao rei.


2- A condição de judeu. Os servos do rei, vendo a atitude de Mardoqueu em relação a Hamã, o indagaram dizendo: Por que transgrides o mandado do rei? (Et 3.3). Os dias foram passando e os questionamentos se repetiam, mas Mardoqueu não lhes dava ouvidos e não se curvava diante de Hamã. Os servos do rei, finalmente contaram o caso a Hamã, com o objetivo de ver se Mardoqueu manteria a sua palavra diante de Hamã, pois ele havia declarado que era judeu (Et 3.4). 


Quando Hamã confirmou que, realmente, Mardoqueu não se intimidava e não se inclinava perante ele, se encheu de ira contra ele. Ao descobrir que Mardoqueu era judeu, o ódio de Hamã foi elevado ao nível máximo. A partir desse momento, ele decidiu matar não apenas Mardoqueu, mas resolveu destruir todos os judeus do Império  (Et 3.4-6). Este será o assunto da nossa próxima lição. 


3- Inimizades intergeracionais. O ódio mortal de Hamã contra Mardoqueu e contra o povo judeu, evidentemente não foi apenas pela resistência de Mardoqueu em honrá-lo. Se fosse esse o caso, ele teria decretado a morte apenas de Mardoqueu e o problema estaria resolvido. O caso aqui era de um ódio histórico, vindo de várias gerações. A inimizade dos amalequitas para com Israel iniciou-se quando Israel estava no deserto, em direção à terra prometida (Êx 17.1-16). Os amalequitas pelejaram contra Israel e foram derrotados. 


Na ocasião, o Senhor falou para Moisés registrar esta agressão de Amaleque contra Israel e prometeu exterminá-los. Os anos se passaram e, nos dias de Saul, Deus ordenou que Saul os destruísse completamente. Mas, Saul não obedeceu a ordem de Deus. Samuel matou o rei Agague, mas, muitos amalequitas fugiram e houve outras guerras entre israelitas e amalequitas (I Cr 4.41-43). Quando alguém não obedece a ordem de Deus sempre haverá consequências. 


O comentarista nos chama a atenção para a questão de conflitos que atravessam várias gerações, sejam por questões econômicas, ou por brigas familiares.Em Pernambuco, o estado em que nasci e fui criado, eu mesmo já vi muitos casos de famílias que brigaram, e várias pessoas dos dois lados foram assassinadas. Muitos tiveram que fugir para não serem mortos. 


O mais grave é que até mesmo em algumas Igrejas acontecem disputas entre grupos familiares, ou em grupos chamados de “panelinhas”. São pessoas que alimentam rancor e vivem em constantes disputas. Até obreiros se envolvem em disputas por cargos e em convenções, e vivem em guerras constantes. Ora, isso é obra da carne e é incompatível com a vida cristã. Jesus disse que são “bem aventurados os pacificadores, pois eles serão chamados filhos de Deus”. (Mt 5.9). Que Deus nos guarde destas coisas. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.0

22 agosto 2024

HAMÃ É EXALTADO PELO REI

(COMENTÁRIO DO 2º TÓPICO DA LIÇÃO 08: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU) 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da exaltação de Hamã, um descendente dos amalequitas, que odiava os judeus. Hamã foi exaltado pelo rei e era reverenciado por todos. Com isso, Mardoqueu ficou aparentemente esquecido. O seu ato heróico de lealdade ao rei caiu no esquecimento. Entretanto, ele continuou as suas funções e não se abalou emocionalmente. 


1- Um novo personagem. Depois do ato heróico de Mardoqueu que salvou a vida do rei Assuero, como vimos no tópico anterior, eis que surge no capítulo 3 do Livro de Ester um novo personagem, chamado Hamã, que foi elevado ao principal posto do Império Persa, ficando subordinado apenas ao rei. O texto não fornece maiores informações sobre ele, nem as razões pelas quais ele foi tão elevado. 


No primeiro versículo do capítulo 3 de Ester, lemos o seguinte: “Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pôs o seu assento acima de todos os príncipes que estavam com ele.” O texto nos fornece o nome do pai de Hamã, Hamedata, mas não sabemos nada a respeito dele. Diz também que ele era agagita. Esta palavra é conhecida e está associada a Agague, rei dos amalequitas. Com base neste termo, o historiador judeu, Flávio Josefo afirma que Hamã era amalequita. 


A Nova Versão Internacional (NVI) diz que Hamã era descendente de Agague, em vez de agagita. Agague era o título do rei dos amalequitas e nos dias de Saul, este rei foi despedaçado por Samuel, depois que Saul desobedeceu a ordem de Deus para executar tanto o rei Agague como os amalequitas, por causa do que eles fizeram a Israel no deserto (1 Sm 15.1-3). Saul foi à guerra e venceu os amalequitas, mas poupou o rei e trouxe os despojos, contrariando a ordem de Deus. Quando Samuel chegou, repreendeu-o e lhe disse que, por causa desta desobediência, Deus o havia rejeitado para que não continuasse como rei (1 Sm 15.23). Em seguida, Samuel mandou trazer Agague e o executou (1 Sm 15.32,33). Isso explica o ódio que Hamã tinha pelos judeus, como veremos no próximo tópico. 


Outra informação importante que o texto nos traz, é que Hamã era um dos príncipes, que foi elevado “acima de todos os príncipes que estavam com ele”. Isto significa que ele era um dos príncipes, não no sentido de ser filho do rei, mas que provavelmente era um dos governadores de províncias do Império Persa. A Nova Almeida Atualizada (NAA) diz que ele foi elevado acima dos demais oficiais. Seja como for, o fato é que ele era um homem importante do governo que foi elevado ao cargo de primeiro-ministro ou grão-vizir, como era chamado naqueles tempos. 


O comentarista diz que Hamã era muito rico e coloca a referência de Ester 3.9, que diz que Hamã prometeu ao rei, colocar dez mil talentos de prata (375 toneladas) nas mãos daqueles que executassem os judeus, que iriam para os tesouros do rei. Entretanto, o texto não se refere à riqueza de Hamã e sim, aos bens dos judeus que seriam assassinados. Sem dúvida, Hamã era rico, pois era um dos principais nobres do Império Persa e se tornou o homem mais importante depois do rei. Mas esta riqueza mencionada não era a dele. 


2- Um herói (aparentemente) esquecido. Com a exaltação de Hamã, todas as atenções do palácio se voltavam para ele, é claro. Com isso, toda a lealdade e heroísmo de Mardoqueu, embora tenham sido registrados no livro das crônicas do palácio, caíram no esquecimento. Mardoqueu tornou-se um herói sem medalha e um ilustre desconhecido no palácio. Ninguém mais se lembrava do que ele havia feito. 


Em uma situação assim, é normal a pessoa se sentir injustiçada e desmotivada de continuar fazendo o que é certo, pois sente que ninguém lhe dá valor. O comentarista chama a nossa atenção para o perigo da pessoa entrar em um crise emocional e até espiritual por causa disso. De fato, temos casos assim na Bíblia. 


O profeta Elias, por exemplo, era extremamente zeloso para com Deus e enfrentou o casal de ímpios cruéis, Acabe e Jezabel, arriscando a própria vida. Quando ele pensou que estava tudo resolvido e que, finalmente, ele seria aplaudido pelo povo de Israel, após a morte dos profetas de Baal e Aserá, recebeu uma ameaça de morte, vinda de Jezabel. Diante desta ameaça, ele fugiu para o deserto e, desolado, pediu a Deus a morte (1 Rs 19.4). Mas Deus ouviu as suas queixas, fortaleceu-o e deu-lhe novas tarefas. Pouco tempo depois, o arrebatou aos céus. 


Temos também o caso do salmista Asafe, citado pelo comentarista, que quase se desviou, ao ver que os ímpios prosperavam e ele não (Sl 73.2-17). Nos dias do profeta Malaquias também, as pessoas diziam que era inútil servir a Deus, pois percebiam que os soberbos eram felizes e os ímpios prosperavam. Entretanto, receberam a resposta de Deus dizendo: “Eles tentam a Deus e escapam… Mas, há um memorial diante de Deus para com aqueles que o temem… Eles serão meus… serão para mim como joias. Eu os pouparei, como um homem poupa o seu filho”. (Ml 3.11-18). Deus está vendo tudo, meus irmãos! Nada passa despercebido diante dele.  


3- Evitando frustrações. Segundo a Psicanálise, a frustração “é a condição emocional alterada de quem vê contrariada, a satisfação de um desejo pulsional ou atividade satisfatória”. Em outras palavras, frustração é o aborrecimento por não ter ou não realizar algo que se acha merecedor. Uma pessoa frustrada é sempre alguém que não está contente com aquilo que é e tem.


Mardoqueu, mesmo após o seu ato heróico, continuou as suas atividades no palácio, sem receber nenhuma recompensa, nem mesmo um elogio pelo excelente trabalho realizado. Entretanto, não vemos no relato bíblico, em momento algum, ele reclamando por não ter sido reconhecido. 


A frustração muitas vezes está relacionada à vaidade e ao egoísmo. Uma pessoa vaidosa sente constante necessidade de ser elogiada e admirada. Quando isso não acontece fica aborrecida. O egoísta, por sua vez, acha que tudo deve girar em torno dele e sempre acha que merece mais do que tem. Por conta disso, vive sempre frustrado. 


Outra coisa que leva muitas pessoas à frustração é o excesso de expectativas e utopias. Estas pessoas vivem uma realidade paralela e criam expectativas irreais. Por exemplo, uma pessoa que ganha um salário mínimo, não estuda, não investe em nada e sonha em ser um milionário. Evidentemente irá se frustrar. A Bíblia nos ensina a contentar-nos com aquilo que temos e dar graças a Deus por tudo (Rm 12.16; 1 Ts 5.18).


É importante também não confundir contentamento com conformismo e inércia. Não é porque estamos contentes com o que temos e não nutrimos altas expectativas, que vamos viver a vida sem perspectivas e sem nenhum projeto para o futuro. Existem crentes que pensam que pelo fato da vinda de Jesus estar próxima e não sermos daqui, não devemos construir nada aqui. Eu conheço um irmão que dizia que não iria estudar, pois Jesus vai voltar em breve e não queria perder tempo com isso. Ora, ninguém sabe quando Jesus voltará. Ele pode voltar agora, mas pode demorar cem anos. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.0

21 agosto 2024

MARDOQUEU DESCOBRE UMA CONSPIRAÇÃO CONTRA O REI

(COMENTÁRIO DO 1º TÓPICO DA LIÇÃO 08: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU) 


Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, veremos os detalhes da descoberta do plano de dois guardas para assassinar o rei Assuero. Mardoqueu descobriu um plano em curso para matar o rei e revelou-o a Ester, que transmitiu a informação ao rei. Após investigar as informações, o rei mandou executar os conspiradores. O caso foi registrado nas crônicas do rei, mas Mardoqueu acabou sendo esquecido. 


1- Os bastidores do poder. Quem foi Mardoqueu ou Mordecai? O nome Mardoqueu deriva do latim Mardocheus, que foi utilizado na versão latina da Bíblia, chamada Vulgata, traduzida por Jerônimo. Mordecai, por sua vez, deriva do grego Mardocaios, utilizado na versão grega Septuaginta. O nome que aparece no texto hebraico é Mordecai, que significa “pequeno Marduque”. Marduque era o principal deus dos babilônios, considerado o deus protetor da Babilônia. 


Este fato nos leva a pensar o que levaria um judeu a ter um nome como este. Isso aconteceu, porque durante o domínio babilônico, o rei Nabucodonosor mandou que trocassem os nomes dos jovens que faziam parte da elite do povo judeu, para que eles perdessem a identidade, a fim de impedir qualquer possibilidade de resistência. Isso aconteceu também com Daniel, Hananias, Misael e Azarias, que tiveram os seus nomes mudados, respectivamente, para Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede Nego (Dn 1.6,7). 


O texto bíblico nos informa que Mardoqueu era da tribo de Benjamim, filho de Jair e neto de Simei, cujo pai se chamava Quis. Provavelmente era da descendência de Saul, pois o pai de Saul também se chamava Quis e era tribo de Benjamin (Et 2.5).  O pai de Mardoqueu era irmão de Abiail, o pai de Ester. Os pais de Ester faleceram quando ela era criança e Mardoqueu, sendo seu primo mais velho, sentiu-se na obrigação de adotá-la como filha. 


Mardoqueu nasceu no cativeiro da Babilônia, trabalhava como porteiro do palácio de Susã e era muito leal ao rei. Conforme nos disse o comentarista, é muito comum em ambientes de poder, haver disputas, discórdias e ressentimentos, que se não forem tratados, acabam em tragédias. No palácio de Assuero não foi diferente. Dois guardas, chamados Bigtã e Teres se indignaram contra o rei e tramaram um plano para o assassinarem. Como Mardoqueu estava entre eles acabou descobrindo o plano assassino. 


Mardoqueu poderia fazer como muitas pessoas fazem, e dizer que não tinha nada a ver com isso, ou que não iria se meter em confusão. Mas o seu senso de justiça e a sua lealdade ao rei, feizeram com ele procurasse Ester para denunciar o plano. Ele não fazia parte do primeiro escalão e não tinha acesso ao rei. Por isso, comunicou o fato a Ester, que era a sua filha adotiva. Ester, mesmo sendo rainha, continuou obedecendo ao seu pai adotivo e levou o caso ao rei, em nome de Mardoqueu, e não quis o mérito da denúncia para si. 


Infelizmente, muitas pessoas que estão em cargos de destaque, não agem assim. Há os que ficam sabendo de um plano assim e se omitem, com medo de se expor. Assuero era um rei pagão que dominava o povo judeu. Se Mardoqueu fosse alguém egoísta, teria deixado que ele fosse assassinado. Ester, se fosse egoísta, teria omitido o nome de Mardoqueu e buscado a honra para si. Normalmente, os bajuladores fazem isso, omitindo ou denegrindo o trabalho dos outros, para se promoverem.


2- A investigação. De posse da informação trazida por Mardoqueu, a rainha Ester comunicou o fato ao rei. O rei certamente confiava em Ester, pois como vimos na lição passada, ela conquistava a todos por onde passava. Mesmo assim, o rei mandou investigar o caso para saber se era verdade, antes de mandar executar os dois guardas que pretendiam matá-lo. 


Aqui o comentarista chama a nossa atenção para o fato de sermos prudentes em relação às informações que recebemos e confirmar a veracidade, para não cometer injustiças. Lamentavelmente, na atualidade, muitas reputações são destruídas com base em fofocas de redes sociais. O pior é que isso tem atingido também o meio evangélico. Tem até canais de “fuxico gospel”, cujo objetivo é destruir reputações e divulgar escândalos de pastores e cantores. O mais grave é que muitos crentes não procuram saber se os escândalos  realmente aconteceram e compartilham esse tipo de notícia. 


Na Igreja local, os pastores e líderes de departamentos precisam tomar cuidado, para não serem contaminados por fofocas, e não tomarem decisões precipitadas. É prudente sempre averiguar a veracidade dos fatos e dar aos acusados o direito de defesa. Este procedimento evitará que se cometam injustiças, ou que a Igreja seja processada como tem acontecido em alguns lugares. 


A Lei Mosaica exigia duas ou três testemunhas, para que alguém fosse condenado. O apóstolo Paulo também recomendou a Timóteo que não aceitasse denúncia contra presbíteros, a não ser que houvesse duas ou três testemunhas. Na Constituição Federal, também está prescrito que “todos são inocentes, até que seja comprovada a culpa”. Portanto, não se pode acusar ou disciplinar alguém sem provas, com base no que ouviu falar. Quem acusa, tem a obrigação de provar. 


3- O registro dos fatos. Este ato heróico de Mardoqueu, de denunciar o plano de assassinato salvou a vida do rei, ficou registrado no livro das crônicas do palácio. Esta prática era comum na antiguidade. Havia uma espécie de livro de relatório, onde os acontecimentos importantes das cortes eram registrados e ficavam guardados para consultas posteriores. Não era como hoje que é tudo digitalizado e há banco de dados oficiais. 


É importante que façamos o que é correto, independente de sermos vistos, ou que as nossas ações sejam registradas e reconhecidas. Se os registros humanos falharem, os de Deus jamais falharão. Haverá recompensa de Deus para as nossas boas ações, assim como haverá punições para aqueles que fazem o mal. O escritor da Epístola aos Hebreus escreveu que “Deus não é injusto para se esquecer da nossa obra e  trabalho de amor”. (Hb 6.10).


Há muitos crentes, inclusive obreiros, que se chateiam porque não são vistos ou porque o seu trabalho não é reconhecido e  recompensado pela Igreja. Ora, o Senhor Jesus ensinou exatamente o contrário disso, dizendo que devemos fazer as boas obras sem alardes, pois o Pai Celestial vê em secreto e nos recompensará. Ele criticou os escribas e fariseus que faziam questão de orar, jejuar e dar esmolas à vista de todos, para serem elogiados. Jesus disse que aqueles que agem assim já receberam a sua recompensa aqui. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.

19 agosto 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU

Ev. WELIANO PIRES

RESUMO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada, estudamos sobre a deposição da rainha Vasti e a ascensão de Ester.  Vimos o contraste entre duas mulheres: a rainha Vasti e a jovem judia Ester. A rainha Vasti foi deposta do posto de rainha por desobedecer a uma ordem expressa do rei para que comparecesse ao palácio. Ester, uma jovem judia, órfã de pai e mãe, tornou-se rainha por obedecer às orientações do seu primo e pai adotivo, Mardoqueu. 


No primeiro tópico, falamos do banquete do rei Assuero e da recusa da rainha Vasti a participar deste. Trouxemos algumas informações biográficas do rei Assuero e os detalhes do banquete que ele ofereceu a todos os nobres do seu reino e chefes das províncias, a fim de mostrar-lhes as grandezas do seu reino. Falamos também de dois banquetes oferecidos: um que foi oferecido publicamente pelo rei Assuero  a todo o povo de Susã. Por último, falamos do convite do rei Assuero à rainha Vasti, para que viesse ao palácio com a coroa real, para que os seus nobres vissem a sua beleza. 


No segundo tópico, vimos os detalhes da recusa da rainha Vasti a comparecer ao banquete, descumprindo a ordem do rei, que culminou na sua deposição do posto de rainha. Na sequência, falamos da aplicação da lei contra Vasti. O rei ficou furioso com a recusa de Vasti, mas suportou o constrangimento público e consultou submeteu o caso aos sábios do palácio. Por último, falamos da sentença proferida com base no conselho de Memucã, um dos sábios que recomendou ao rei a deposição da rainha.


No terceiro tópico, vimos os detalhes da ascensão de Ester, ao posto de rainha do império persa. O processo de sucessão da rainha Vasti durou cerca de quatro anos. Não havia restrições legais quanto à origem étnica e racial das candidatas ao posto de rainha da Pérsia. A única exigência era que fossem virgens e belas. Mesmo assim, Mardoqueu orientou Ester a que não revelasse as suas origens judaicas e ela obedeceu.


LIÇÃO 08: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU


INTRODUÇÃO


Nas próximas cinco lições, estudaremos os fatos envolvendo dois personagens importantes do Livro de Ester: Mardoqueu e Hamã. Os fatos descritos nesta lição se deram após a ascensão de Ester ao posto de rainha da Pérsia. A palavra chave desta lição é resistência, o oposto da lição passada que era obediência. 

Mardoqueu era primo e pai adotivo de Ester. Ele vivia no palácio em Susã e descobriu um plano de dois guardas do rei Assuero para o assassinarem. Por lealdade ao rei, ele contou o plano a Ester e salvou a vida do rei. O caso foi registrado nas crônicas do palácio, mas, ficou esquecido. 

Hamã era um descendente de Agague, rei dos amalequitas que chegou ao posto de primeiro-ministro da Pérsia e odiava os judeus. Irritado porque Mardoqueu não se curvava perante ele, e sabendo que era judeu, Hamã arquitetou um plano maligno para exterminar todos os judeus que viviam na Pérsia. 


TÓPICOS DA LIÇÃO


No primeiro tópico, veremos os detalhes da descoberta do plano de dois guardas para assassinar o rei Assuero. Mardoqueu descobriu um plano em curso para matar o rei e revelou-o a Ester, que transmitiu a informação ao rei. Após investigar as informações, o rei mandou executar os conspiradores. O caso foi registrado nas crônicas do rei, mas Mardoqueu acabou sendo esquecido. 


No segundo tópico, falaremos da exaltação de Hamã, um descendente dos amalequitas, que odiava os judeus. Hamã foi exaltado pelo rei e era reverenciado por todos. Com isso, Mardoqueu ficou aparentemente esquecido. O seu ato heróico de lealdade ao rei caiu no esquecimento. Entretanto, ele continuou as suas funções e não se abalou emocionalmente. 


No terceiro tópico, veremos a resistência de Mardoqueu a se curvar diante de Hamã. Esta postura de Mardoqueu acabou provocando um ódio mortal por parte de Hamã, a ponto de resolver exterminar todo o povo judeu, que vivia na Pérsia, conforme veremos na próxima lição. É possível que este ódio tenha sido motivado por inimizades intergeracionais entre israelitas e amalequitas. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.


17 agosto 2024

ESTER: A JUDIA SE TORNA RAINHA EM TERRA ESTRANHA

(Comentário do 3° tópico da lição 07: A deposição da rainha Vasti e a ascensão de Ester)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, veremos os detalhes da ascensão da jovem judia Ester, ao posto de rainha do império persa. O processo de sucessão da rainha Vasti durou cerca de quatro anos. Não havia restrições legais quanto à origem étnica e racial das candidatas ao posto de rainha da Pérsia. A única exigência era que fossem virgens e belas. Mesmo assim, Mardoqueu orientou Ester a que não revelasse as suas origens judaicas e ela obedeceu.


1- Quatro anos depois. Conforme vimos no tópico anterior, o rei Assuero ficou muito irritado, com a recusa da rainha Vasti em atender a sua convocação e a depôs do posto de rainha. Entretanto, a escolha da nova rainha não aconteceu de imediato. Segundo o comentarista, demorou ainda quatro anos para o rei escolher a nova rainha, após a deposição de Vasti. Entretanto, a decisão de escolher a nova rainha aconteceu três anos depois. A coroação de Ester aconteceu quatro anos após o banquete (Et 1.3; 2.16). Mas ela passou por um tratamento de beleza por um período de um ano (Et 2.12).

Conforme colocou o comentarista, segundo a opinião dos estudiosos do assunto, esta escolha se deu após a derrota do Império Persa para os gregos, em 480 a.C. na Batalha de Salamina. Esta batalha naval aconteceu na Ilha grega de Salamina e, por isso, leva este nome. Nesta batalha os persas sofreram grande derrota e as suas forças navais quase foram destruídas. 

Os persas haviam lutado contra os gregos, dez anos antes, em 490 a.C., na batalha de Maratona, na tentativa de anexar a Grécia ao Império Persa, ainda no reinado de Dario I, pai de Assuero. Na batalha de Salamina, Assuero tentou se vingar, mas apesar do exército persa ser superior ao grego, os persas foram derrotados nesta batalha. Um mensageiro correu 42,195 km até Atenas, para levar a notícia da vitória grega. Chegando lá, devido ao longo percurso, sofreu um ataque cardíaco e acabou morrendo. Por conta disso, uma corrida de 42 km é chamada de Maratona. 


2- O universo da escolha. O processo de escolha da nova rainha é semelhante ao conto de fadas da Cinderela, onde uma moça órfã, que era humilhada pela madrasta e suas filhas, acabou sendo escolhida pelo rei para ser a nova rainha. No caso de Ester, foi um pouco diferente, pois apesar dela ser órfã, ela foi muito amada pelo seu primo Mardoqueu, o seu pai adotivo. O seu nome hebraico era Hadassa, que significa murta, uma planta de folhas perfumadas e belas flores, que eram usadas para confeccionar grinaldas e perfumar os ambientes dos nobres. Ester era o seu nome persa, que deriva de Stara, “estrela”, ou de Ishtar, uma deusa babilônia. 

A jovem Hadassa (Ester) fazia parte de um grupo de judeus nascidos no cativeiro babilônico. Este cativeiro durou setenta anos e teve o seu fim decretado pelo imperador Ciro, mas muitos judeus não retornaram à sua terra. Temos poucas informações sobre as origens de Ester. Sabemos apenas que ela era filha de um homem chamado Abiail, que era tio de Mardoqueu (Et 2.14), que ela perdera os pais na infância, e que fora criada por seu primo Mardoqueu (Et 2.7). O texto bíblico nos informa também que Mardoqueu era da tribo de Benjamim e neto de Simei, irmão de Saul (Et 2.5).

O rei Assuero governava cento e vinte e sete províncias. Certamente havia muitas mulheres belas e filhas de pessoas nobres nestas províncias, que ele poderia escolher para ser a nova rainha. Ele poderia também escolher alguma princesa de outras nações, que era uma prática comum na época. Entretanto, ele resolveu realizar um concurso, no qual todas as virgens e belas do seu reino poderiam participar, sem nenhuma restrição de etnia ou raça. 

Evidentemente, isso era plano Deus, pois de outra forma, uma simples plebeia, de origem judaica, como Ester, jamais seria escolhida para ser a rainha da Pérsia. O nosso Deus é presciente e conhece o futuro por antecipação. Ele já sabia que anos mais tarde viria um decreto para exterminar o povo judeu e que a presença de uma rainha judia seria determinante para salvar o seu povo. 


3- A obediência de Ester. Ao saber desta convocação, Mardoqueu preparou Ester, que era muito bela, para também participar do concurso e orientou-a a não revelar a sua origem judaica. Não sabemos a razão de Mardoqueu preferir omitir a origem de Ester, pois, não era uma exigência do rei. Ao chegar ao palácio, Ester conquistou a simpatia de Hegai, o responsável pelas moças. Ela era uma moça bela, é claro, mas não foi só isso que ela conquistou a todos, inclusive o rei. Ester tinha uma graça especial que vinha de Deus. 

Ester fez como Mardoqueu lhe orientou e não revelou a sua origem. Por providência divina, ela foi a escolhida para ser a nova rainha. Esta escolha não foi por acaso, ou simplesmente por sua beleza, pois certamente haviam muitas moças belas, filhas dos nobres. Quando o rei a viu, amou-a mais do que às demais e colocou a coroa em sua cabeça. A escolha de Ester foi uma providência de Deus, para salvar o seu povo do extermínio. 

O segredo da escolha de Ester está em sua obediência, submissão e humildade. Ela não exigia explicações para obedecer. Cumpriu à risca tudo o que seu pai adotivo lhe orientou. No palácio, ela seguiu à risca todas as orientações de Hegai. Quando foi se apresentar ao rei, ela não pediu nada além daquilo que Hegai, o oficial responsável pelo harém, sugeriu (Et 2.15). 

Em nossa vida cristã, devemos nos empenhar para obedecer a Deus e às pessoas que Ele colocou para nos liderar. Infelizmente, em nossos dias, as pessoas têm dificuldades com obediência e submissão. Querem fazer tudo do seu jeito. Mas Deus não tem tanto prazer em sacrifícios e sim em obediência. O obedecer é melhor do que sacrificar (1 Sm 15;22). Por isso, jamais devemos pensar que seremos abençoados por Deus, se estivermos em desobediência e rebelião. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.39

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 687

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.696

15 agosto 2024

VASTI RESISTE À ORDEM DO REI E É DEPOSTA

(Comentário do 2° tópico da lição 07: A deposição da rainha Vasti e a ascensão de Ester)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, temos os detalhes da recusa da rainha Vasti a comparecer ao banquete, descumprindo a ordem do rei, que culminou na sua deposição do posto de rainha. O rei estava embriagado quando fez o convite à rainha, mas quando tomou a decisão de destituí-la do cargo, consultou antes os sábios e juristas do seu reino, que o aconselharam a fazer isso.


1- A recusa da rainha. O texto bíblico não apresenta os motivos da recusa de Vasti à ordem do rei para que ela comparecesse à sua presença, para ter a sua beleza exibida aos convidados. Há muitas especulações neste sentido. Alguns sugerem que ela não compareceu porque não concordou com o fato do rei está embriagado. Esta desculpa, porém, não faria sentido, pois ela também estava em um banquete regada a muito vinho. Outros dizem que ela estaria grávida de Artaxerxes, que foi o sucessor de Assuero no trono, e não queria ser vista assim. É uma possibilidade, mas naqueles tempos, a gravidez era motivo de orgulho e não de vergonha. Há ainda os que dizem que seria por pudor ou decência da Vasti, que teria ficado constrangida por ser tratada como objeto. Entretanto, não há nada no texto bíblico que dê margem para isso e, se ela for mesmo a Améstris, citada na literatura grega, isso seria mais improvável ainda. Esta rainha é mencionada como uma mulher astuta e cruel. Uma pessoa assim não estaria preocupada com reputação. 


2- A aplicação da lei. Assuero ficou furioso com a recusa da rainha. Mas ele controlou a sua fúria e suportou a vergonha pública a que foi submetido. Depois, com calma, decidiu consultar os juristas da corte para saber o que poderia ser feito, do ponto de vista legal. Se por um lado, ele errou quando se embriagou diante dos seus nobres, expôs o seu poder e queria expor também a esposa como um objeto, por outro lado, ele foi prudente ao aplicar a punição. Todas as autoridades, sejam elas civis, militares, ou eclesiásticas, deveriam agir assim diante dos conflitos que surgirem. Ninguém é obrigado a saber tudo e não deve aplicar punições ou tomar decisões com base nas emoções e sim, com base na lei. No caso de autoridades da Igreja tudo deve ser feito com base na Palavra de Deus. 


3- A sentença de Vasti. No império medo persa as leis eram muito valorizadas, a ponto de nem mesmo o rei poder revogá-las. Diante da consulta do rei Assuero, sete príncipes chegados do rei, que cuidavam dos assuntos jurídicos da corte, se reuniram para analisar esta questão. Memucã, o principal deles, orientou o rei para que depusesse a rainha do posto. Segundo ele, a atitude de Vasti era um mau exemplo para as mulheres e traria sérios problemas à autoridade do rei. Se ele não tinha autoridade nem sobre a própria esposa, como poderia governar o Império Persa! O rei seguiu o conselho e depôs a rainha do seu cargo. 


Não quero aqui, de forma alguma, defender a atitude soberba e inconsequente do rei Assuero, ao exibir o seu poder, as suas riquezas e principalmente a sua esposa. Mas, a atitude da rainha Vasti de desobedecer e afrontar o rei, também não foi correta. Ela poderia fazer como Abigail que, de forma sábia, humilhou-se diante de Davi e impediu uma tragédia (1 Sm 25.22-32). Mesmo tendo um marido tolo, Abigail fez a coisa certa e impediu que todos da sua família fossem mortos, por causa da arrogância dele.


Deus concedeu ao homem a liderança da família e a mulher deve submeter-se a esta liderança. A mulher sábia edifica a sua casa e a tola a destrói com as próprias mãos (Pv 14.1). O homem, por sua vez, deve amar a sua esposa com amor sacrificial, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. No caso dos obreiros, Paulo coloca como requisito que governem bem a sua casa, pois quem não consegue governar a sua família não está apto para liderar a Igreja (1Tm 3.4,5).


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.39

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 687

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.696

O GRANDE LIVRAMENTO

(Comentário do 3° tópico da lição 12: O banquete de Ester – Denúncia e livramento)   Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos do gra...