31 agosto 2024

O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO MODERNO

(Comentário do 3º tópico da Lição 09: A conspiração de Hamã contra os judeus) 


Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos do perigo e da crueldade do antissemitismo moderno. Veremos as faces do antissemitismo ao longo da história. Na sequência, falaremos das três faces do antissemitismo que são: nacional, religioso e racial. Por último, falaremos do Antissemitismo moderno. Lamentavelmente, após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel em 2023, vemos o renascimento do ódio aos judeus, principalmente por parte de intelectuais de esquerda e autoridades brasileiras.  


1- Faces do antissemitismo. A palavra antissemitismo literalmente significa a hostilidade aos povos semitas, ou aos descendentes de Sem, que era um dos filhos de Noé. Entretanto, o uso recorrente desta palavra está relacionado ao ódio, preconceito e aversão ao povo judeu. É uma forma de xenofobia, intolerância religiosa e racismo. O termo antissemitismo foi criado no final do Século XIX, para explicar, de forma científica, o ódio aos judeus. Devido à confusão que o termo antissemita poderia causar, pois englobaria todos os povos semitas e não apenas o povo judeu, alguns autores preferem usar o temo Judeufobia, que seria o ódio aos judeus. 


O ódio ao povo de Israel e as tentativas de exterminá-lo não é novo. Ao longo da história, várias nações já tentaram exterminar este povo. Mesmo antes de Israel se tornar uma nação, quando era apenas uma povo que veio de Canaã para o Egito, houve a tentativa de Faraó de impedir o crescimento deste povo, ordenando o assassinato de todas as crianças israelitas do sexo masculino, logo no nascimento. 


Deus, através de Moisés, libertou Israel da escravidão no Egito e o conduziu à terra prometida. Ainda no deserto, Israel enfrentou o ódio de Moabe, Amaleque e outros reis. Depois que entrou na terra prometida, por causa da desobediência de Israel, Deus permitiu que várias nações subjugassem a Israel, no período dos juízes. No período da monarquia, vários reinos destilaram ódio contra Israel e intentaram destruir este povo. Enquanto eles obedeceram a Deus, foram poupados, mas foram alertados de que a desobediência os levaria ao cativeiro. 


Com a divisão do reino, após a morte de Salomão, todos os reis do Reino do Norte foram ímpios e sofreram muitas derrotas. Finalmente, em 722 a.C. quando Salmaneser, rei da Assíria, dominou Israel, durante o reinado de Oséias por três anos e, depois de notar que havia conspiração por parte do rei de Israel, transportou todo o povo para a Assíria. Além de transportar o povo de Israel para o cativeiro, o rei da Assíria trouxe outros povos, para habitarem na região. Estes povos deram origem aos samaritanos. (2 Rs 17.3-6; 24). 


No Reino do Sul, houve vários reis piedosos, como Asa, Josafá, Jotão, Ezequias e Josias. Mas alguns foram ímpios como Roboão, Jeorão, Acaz, Manassés Amom, Jeoaquim e Zedequias.  Por causa disso, Nabucodonosor, rei da Babilônia, dominou o povo de Judá, em 605 a.C. Nesta ocasião, foram levados para a Babilônia o rei Jeoaquim, Daniel, os seus companheiros e outros membros da família real. No lugar de Jeoaquim, Nabucodonosor deixou o seu filho Joaquim, como um vassalo da Babilônia em Jerusalém. Porém, ele se rebelou e também foi levado para a Babilônia em 597 a.C. Com o rei Joaquim foram levados mais sete mil judeus, entre eles, o profeta Ezequiel. No lugar de Joaquim, Nabucodonosor deixou o seu tio Zedequias como vassalo da Babilônia. Por último, em 586 a.C., o exército babilônico invadiu Jerusalém, queimou a cidade, destruiu o templo, deixando milhares de mortos e levou o povo para o cativeiro. Ficaram na terra de Judá apenas alguns idosos e deficientes na mais absoluta miséria. 


Este cativeiro do Reino do Sul durou setenta anos, até o ano 539 a.C., quando o imperador Ciro, da Pérsia, emitiu um decreto e os judeus foram autorizados a voltarem para a sua terra. Não era ainda a liberdade e a independência, pois eles continuaram sob o domínio persa. Muitos deles se adaptaram à vida no exílio e continuaram vivendo em comunidades judaicas, fora da sua pátria. Isso continuou com os domínios grego e romano, que vieram depois da Pérsia. Foi neste contexto, que os judeus se depararam com o ódio descomunal de Hamã contra eles, a ponto de querer exterminá-los em único dia, sem causa. 


Durante o período interbíblico, o povo judeu foi vítima do ódio de Antíoco Epifânio IV,  que era da dinastia selêucida e governou a Síria entre 175 a.C. e 164 a.C. Este governante tinha um ódio terrível dos judeus e tentou o unificar o seu reino, proibindo a religião judaica e impondo a adoração aos deuses gregos. No ano 168 a.C., ele invadiu Jerusalém, ergueu um altar a Zeus no templo e mandou sacrificar um porco, animal considerado imundo pela Lei mosaica. Os judeus zelosos se recusaram a praticar estas abominações e foram mortos impiedosamente. Isso provocou a chamada revolta dos Macabeus, que recebeu este nome por causa de Judas Macabeus, líder desta revolta. 


A última diáspora do povo judeu aconteceu no ano 70 d.C. Depois de uma revolta iniciada em 66 d.C., pelo grupo dos Zelotes contra Roma, com vários assassinatos e atentados terroristas, o general romano Tito invadiu Jerusalém e destruiu a cidade. Os judeus que não foram mortos fugiram e se espalharam pelo mundo. Os israelitas que fugiram permaneceram espalhados pelo mundo por 1878 anos, até o ano de 1948, quando foi criado o Estado de Israel. 


Esta, sem dúvida, foi a maior e mais longa diáspora judaica, pois permanece até aos dias atuais. Mesmo depois do ressurgimento do estado de Israel, ainda há mais judeus vivendo fora, do que na terra de Israel. Depois da destruição de Jerusalém pelos romanos e expulsão dos judeus da sua terra, este povo ficou sem pátria, espalhado pelo mundo. 


2- Antissemitismo religioso, nacionalista e racial. Durante o período que o povo judeu permaneceu espalhado pelo mundo sem pátria, eles foram vítimas do antisemitismo, por motivos diferentes. O comentarista nos apresentou aqui as três faces do antissemitismo que são: antissemitismo religioso, nacionalista e racial. No tópico anterior, o Comentarista falou apenas do antissemitismo religioso, deixando os outros dois para este tópico. Eu preferi reunir as três faces do antissemitismo aqui, para facilitar o entendimento. 


a. Antissemitismo religioso. É o ódio contra o povo judeu por causa da sua religião, ou por eles se recusarem a seguir outra religião. Neste aspecto, após perderem a sua pátria, os judeus já sofreram muitas perseguições religiosas e foram considerados culpados de vários acontecimentos trágicos. O principal deles foi a morte de Cristo. O ódio aos judeus por este motivo é chamado de deicídio, ou seja, são acusados pela morte do Filho de Deus. 


Em 1349, os judeus foram acusados também de serem responsáveis pela peste negra. Ao longo da história, surgiram também lendas contra judeus, como a de que eles sacrificavam crianças. Estas lendas se propagaram pela Europa, fazendo a população os odiar. Por causa disso, os judeus eram expulsos de  cidades européias. 


Os judeus também foram vítimas da chamada Santa Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, da Igreja Católica. Na tentativa de combater o que a Igreja considerava heresia e forçar a conversão ao Cristianismo, o Papa mandava torturar pessoas de outras religiões para forçá-los a negar a sua fé. Os que não negavam eram queimados vivos. Nesta ocasião, muitos judeus foram torturados e mortos. 


O antissemitismo religioso nasceu, principalmente, a partir de interpretações equivocadas da Bíblia. Neste aspecto, não se limitou aos católicos. Mesmo após a Reforma Protestante, o ódio aos judeus continuou. Martinho Lutero também odiava os judeus e defendeu em um tratado de 1543, a perseguição aos judeus, a queima de sinagogas e escolas judaicas, a destruição de símbolos religiosos judaicos e a proibição de pregações de rabinos.


b. O antissemitismo nacionalista. Esta face do antissemitismo se desenvolveu a partir do final do Século XIX e início do Século XX, nos países do leste europeu. Neste aspecto, o antissemitismo é uma espécie de xenofobia, que é a aversão ao estrangeiro, com a argumentação de que eles estão tomando os nossos empregos e prejudicando a nossa economia. Os judeus foram considerados culpados pelos problemas econômicos de vários países do leste europeu e, por isso, sofriam represálias nestes países. 


c. O antissemitismo racial. Esta face do antissemitismo, assim como os demais tipos de racismo, tem origem na famigerada ideia de que existem raças superiores a outras. Aliás a ideia de raças deve ser rechaçada, pois só existe uma raça, que é a humana. Este tipo de antissemitismo chegou ao seu clímax com o Nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha. 


Hitler tinha a ideia maligna de uma raça superior, chamada de ariana. Com essa ideia, ele tinha em mente, “purificar" a sociedade alemã, de seres indesejáveis como deficientes físicos, esquizofrênicos, epiléticos, paralíticos e psicopatas. Para isso, elaborava listas destas pessoas e as transferia dos hospitais para os centros de eutanásia, onde eram mortos através da inalação de gases tóxicos. 


A ideia de purificar a raça humana é chamada de “eugenia”, que é a seleção de seres humanos com base nas características hereditárias, com o objetivo de “melhorar” as futuras gerações. A palavra “eugenia” é de origem grega e significa “bem nascido”. A eugenia estava presente não apenas na Alemanha, mas em vários países, inclusive no Brasil. Nos Estados Unidos, a eugenia estava prevista na Constituição. 


Partindo da ideia de raça superior, o Nazismo considerou os judeus como uma raça que deveria ser eliminada, assim como os negros, ciganos e outros. Quando assumiram o poder, os nazistas saíram do discurso antissemita para a perseguição aos judeus. O primeiro passo foi retirar a cidadania de todos os judeus. Depois passaram a boicotar os negócios dos judeus e, na chamada “Noite dos Cristais”, os alemães foram autorizados pelo governo a atacar residências judaicas e destruir sinagogas. Por fim, os nazistas aprisionaram os judeus em campos de trabalhos escravos em condições precárias. Aos poucos, eles eram mortos por fuzilamento e por inalação de gases tóxicos. Estima-se que o número de judeus pelos nazistas chegou aos seis milhões de pessoas. 


Além da questão racial, havia também outros fatores que disseminaram o ódio dos alemães pelo povo judeu, como o fato deles serem minoria na Alemanha, mas terem um alto poder aquisivo e elevado nível cultural. Além disso, havia teorias conspiratórias, que diziam que havia um complô internacional de judeus para dominar o mundo. Por isso, os alemães culparam os judeus pela derrota na Primeira Guerra Mundial. 


3- Antissemitismo hoje. Do ano 70 d.C. a 1948, os judeus não tinham pátria e viviam espalhados em comunidades judaicas, em vários países. Neste espaço de tempo, eles foram vítimas do ódio por vários motivos, como já vimos, até a tentativa cruel de eliminação, pelos nazistas. No final do Século XIX, devido ao crescimento do antissemitismo, surgiu na Europa um movimento político chamado Sionismo, que defendia a criação de um estado, para abrigar o povo judeu na terra que pertenceu a eles durante muitos séculos. O idealizador deste movimento foi o jornalista húngaro, Theodor Herzl, com a sua obra "O Estado Judeu". 


Em 1897, foi organizado na Suíça, o primeiro Congresso Mundial Sionista para debater o assunto. Foi aprovado neste congresso: o envio de uma comissão para a Palestina, para avaliar a possibilidade de ocupação da terra; os judeus deveriam ocupar a mesma terra, da qual haviam fugido; e a compra das terras que seriam ocupadas. Finalmente, em 27 de novembro de 1947, na primeira Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro, Osvaldo Aranha, foi aprovada a criação do Estado de Israel. Em 14 de maio de 1948 foi publicado o primeiro Diário Oficial de Israel. As tropas britânicas deixaram o local e Israel tornou-se novamente um estado independente.


Esperava-se que, após a criação do Estado de Israel, finalmente este povo tivesse o direito de viver em paz. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. Desde a fundação do Estado de Israel, as nações árabes tentam, a todo custo, eliminá-lo. A primeira tentativa foi em 1967, na chamada “Guerra dos seis dias”, quando dez países árabes se uniram para destruir Israel e foram derrotados. Depois disso, Israel já sofreu vários ataques de grupos terroristas e precisa estar atento a todo instante  e reforçar a sua defesa, para não ser varrido do mapa. Recentemente, o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto, chegou a sugerir que Israel se mudasse para a Europa. O Irã, Iraque, Líbano e outros países do Oriente Médio não apenas odeiam Israel, como apoiam e fornecem armas para grupos terroristas o atacarem. 


O mais recente ataque cruel e chocante contra Israel aconteceu em outubro de 2023, quando o grupo terrorista Hamas, em um dia de paz em Israel, atacou covardemente vários alvos civis israelenses. Neste ataque, invadiram residências, mataram idosos e crianças e levaram mais de 200 pessoas reféns. Alguns ainda permanecem reféns e outros foram mortos. Neste e em outros ataques praticados contra Israel, as críticas são sempre dirigidas à reação de Israel e nunca aos seus inimigos. O governo brasileiro, por exemplo, além de nunca se referir ao Hamas como um grupo terrorista, condenou duramente os atos de defesa de Israel. O atual presidente brasileiro chegou ao cúmulo de comparar as ações de Israel contra o terrorismo, ao holocausto. Isso provocou a revolta do primeiro ministro de Israel que o considerou persona non grata em Israel. 


O antissemitismo tem se acentuado principalmente entre políticos de esquerda, não apenas no meio político, mas também no meio acadêmico, sindical e na imprensa. Intelectuais, sindicalistas e jornalistas defendem abertamente o Hamas e outros inimigos do povo judeu. Em alguns lugares, aconteceram ataques gratuitos contra alvos judeus. Na Bahia, por exemplo, uma comerciante judia sofreu um ataque dentro da sua loja. Mais grave ainda é ver pessoas que se dizem evangélicas, atacando Israel em nome de uma ideologia política. Não é isso que a Bíblia nos recomenda. Temos a recomendação bíblica de orar por Israel (Sl 122.6).


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-40.

HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.109-10. 

30 agosto 2024

A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER

(Comentário do 2º tópico da Lição 09: A conspiração de Hamã contra os judeus).

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos da tristeza de Mardoqueu, de Ester e dos judeus, após o rei determinar o extermínio completo do povo judeu. Este decreto violento, causou pânico nas comunidades judaicas de todo o Império Persa. Veremos também que, Assuero e Hamã se puseram a beber, após terem enviado cartas às províncias, determinando o extermínio dos judeus. Por outro lado, Mardoqueu, Ester e todo o povo judeu se encheram de tristeza. Por último, falaremos da crise que se instalou nas comunidades judaicas, as quais se uniram em lamentação, oração e jejum, por livramento. 


1- O pavor da violência. Depois de convencer o rei Assuero, usando toda a sua astúcia e oportunismo, a eliminar todo o povo judeu, Hamã recebeu carta branca para agir. O rei lhe entregou o seu anel, que era o carimbo oficial do rei, para que ele levasse a cabo o seu plano genocida contra os judeus. 


Hamã mandou redigir cartas a serem enviadas a todas as províncias do Império Persa, contendo a sentença de morte a todos os judeus. Segundo a ordem de Hamã deveriam ser mortos todos os judeus de todas as idades: crianças, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres. Foi determinado um dia para que o genocídio fosse realizado em um único dia, que seria o dia 13 do mês de Adar, o décimo segundo mês do calendário judaico, que corresponde a fevereiro/março no nosso calendário. 


O ódio havia tomado o coração de Hamã. Não se tratava apenas de ira contra Mardoqueu, conforme já falamos. Ao saber das origens israelitas de Mardoqueu, Hamã, que era amalequita, certamente resolveu se vingar daquilo que foi feito nos dias de Saul. Mardoqueu era da mesma tribo de Saul, a tribo de Benjamim. O seu bisavô também se chamava Quis, igual ao pai de Saul. 


A ordem de Hamã é semelhante à ordem dada a Saul, para eliminar todo o povo amalequita. A diferença é que Saul recebeu ordem de Deus para eliminar os amalequitas, mas não deveria pegar os seus bens. Além disso, os amalequitas eram inimigos históricos dos Israelitas. Hamã, além de mandar matar todo o povo judeu, ordenou que se tomassem os seus bens. 


Era uma violência gratuita, pois o povo judeu não havia cometido nenhum crime contra o rei. Não havia nenhum histórico de rebelião deles contra os persas. Ao contrário, os judeus receberam autorização para retornar à sua terra e reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém. Mas, boa parte deles estavam bem estabelecidos na Babilônia e resolveram permanecer lá sob o domínio persa. 


Entre a expedição do decreto de Hamã para eliminar os judeus e a data escolhida para a execução, havia um período de onze meses. A sentença estava dada e eles sabiam que as leis persas não poderiam ser revogadas, nem mesmo pelo rei. Diante desta situação trágica, o pânico tomou conta de todo o povo judeu em todas as províncias. Não poderia ser diferente, pois eles sabiam que todos seriam mortos no dia determinado e não tinham a quem recorrer. 


2- Bebida, confusão e tristeza. Além de ser extremamente mau, por determinar o extermínio de um povo, sem que tivessem praticado nenhum ato de rebelião e sem haver uma situação de guerra, Hamã era também muito frio e insensível. A vida para ele não valia nada. Depois de enviar as cartas para todas as províncias da Pérsia, marcando um dia para o extermínio geral dos judeus, ele se assentou com o rei para beber vinho. 


Desde a queda, a maldade humana tem sido alarmante. Caim, por exemplo, matou o próprio irmão, sem que ele tivesse feito nada, unicamente por inveja. Depois de assassinar o irmão, ele seguiu a sua vida normalmente, como se não tivesse acontecido nada. Quando Deus lhe perguntou sobre o seu irmão, ele fingiu-se de desentendido e respondeu a Deus: 

– Não sei! Porventura sou eu o guarda do meu irmão?


Da mesma forma, Lameque, bisneto de Caim, o primeiro polígamo registrado na Bíblia, era um assassino frio. Ele matou dois homens por motivos fúteis e vangloriou-se disso, recitando uma poesia para as suas duas mulheres, dizendo: 

– Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar. (Gn 4.23). 


Enquanto Hamã e o rei Assuero bebiam vinho, como se nada estivesse acontecendo, nas províncias da Pérsia havia muita confusão e tristeza. Os próprios moradores de Susã e de todo o império, que conviviam pacificamente com os judeus, não entenderam esta ordem absurda, pois não havia nenhuma justificativa para tamanha atrocidade. Entre os judeus o clima era de angústia, lamento e desespero. Mardoqueu rasgou as suas vestes, cobriu-se de cinzas, vestiu-se de saco e saiu clamando em voz alta pelas ruas. A rainha Ester quando o viu nesta situação, mandou roupas para que ele as vestisse, mas ele se recusou. Em situações assim, somente Deus pode nos socorrer e foi exatamente isso que aconteceu. 


3- Crise e clamor. Os judeus receberam a autorização de Ciro, o grande, para voltarem à sua terra e reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém. Entretanto, o número de judeus que retornaram não chegou a 50 mil. Muitos estavam em uma situação confortável no cativeiro e decidiram ficar. Mesmo os que retornaram, estavam mais preocupados em cuidar da própria vida, deixando de lado a responsabilidade de reconstruir o templo. 


Agora, todos estavam condenados à morte e resolveram clamar a Deus com oração, jejuns e lamentos. Se todos os judeus tivessem obedecido a voz de Deus e retornado a Jerusalém com Zorobabel, Esdras e Neemias, nada disso teria acontecido. Quando não obedecemos a voz de Deus e fazemos as coisas do nosso jeito, os prejuízos são inevitáveis. Deus sabe o que faz e quando Ele nos dá uma ordem, é melhor obedecer. 


O comentarista chama a nossa atenção aqui para o fato de orarmos somente quando estamos em situação de risco. A Bíblia nos ensina a buscar ao Senhor em todo tempo e nos revestir de toda a armadura de Deus, para estarmos prontos para resistir nos dias maus e ficar firmes depois da luta (1 Ts 5.17; Ef 6.10-18). Enquanto estivermos neste mundo, estaremos em guerra constante contra as hostes espirituais da maldade. Um soldado vive em treinamento constante, para estar preparado, caso aconteça algum conflito. Um exército não pode se preparar apenas quando a guerra começar. Da mesma forma é o crente neste mundo. Precisa orar e vigiar em todo tempo, mantendo a sua comunhão com Deus, não apenas em tempos de crise. 


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-40.

HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.109-10

28 agosto 2024

O PLANO ODIOSO DE HAMÃ

(Comentário do 1º tópico da Lição 09: A conspiração de Hamã contra os judeus).

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos do plano odioso de Hamã para exterminar todos os judeus. Veremos que este plano maligno era baseado em intrigas e patologias do poder. A conduta de Mardoqueu incomodou os seus colegas de trabalho e, por isso, eles o denunciaram a Hamã. Falaremos também da abrangência do plano de Hamã, que incluía o extermínio dos judeus de todo o domínio persa. Por último, falaremos da astúcia e oportunismo de Hamã para convencer o rei, de que os judeus eram um povo desleal e rebelde que deveria ser extinto. 


1- Intrigas e patologias do poder. Neste subtópico, o comentarista volta ao tema das intrigas no ambiente de poder. No primeiro tópico da lição passada, ele já havia tratado deste assunto, quando falou dos bastidores do poder, na ocasião da descoberta por Mardoqueu, de um plano para assassinar o rei Assuero. Ali, o comentarista falou que é muito comum em ambientes de poder, haver disputas, discórdias e ressentimentos, que se não forem tratados, acabam em tragédias.


Não sabemos a razão dos companheiros de trabalho de Mardoqueu estarem incomodados com o fato dele não se curvar diante de Hamã. Não parece ser apenas uma preocupação com a ordem do rei, pois isso, mais cedo ou mais tarde, o próprio Hamã iria descobrir, visto que Mardoqueu era o único que não se curvava e o fazia publicamente. Possivelmente, eles tinham inveja ou não gostavam de Mardoqueu e queriam destruí-lo. 


Isso são situações corriqueiras entre aqueles que trabalham com poderosos. Como diz o adágio popular “é cobra engolindo cobra”. Entretanto, Mardoqueu tinha uma postura diferenciada nesse ambiente hostil. O seu senso de justiça o levou a denunciar o plano assassino contra o rei Assuero. Mesmo não tendo sido recompensado, nem mesmo elogiado por isso, continuou fazendo o seu trabalho normalmente. 


Hamã era o oposto de Mardoqueu. Era um sujeito megalomaníaco, que se embriagou com o poder que recebera do rei Assuero. Quando recebeu a denúncia da resistência de Mardoqueu em se prostrar perante ele, Hamã ficou transtornado de ódio. A sua reação foi absurdamente desproporcional ao ato de Mardoqueu. Se o problema era a desobediência de Mardoqueu, a atitude natural de uma autoridade seria enquadrá-lo de acordo com os princípios legais. Mas, o seu ódio foi tão grande que resolveu exterminar não apenas Mardoqueu, mas todo o seu povo, que não tinha nada a ver com a situação. 


Aqui o comentarista, acertadamente, chama a nossa atenção para a questão do abuso de autoridade. Algumas pessoas dizem que o poder corrompe, mas eu penso que o poder apenas revela quem realmente as pessoas são. Há um adágio popular que diz: “Quer conhecer alguém, dê-lhe poder”. Isso é a mais pura verdade. Há pessoas que, enquanto são pobres e não exercem nenhuma posição de liderança, parecem ser humildes. Mas, basta subir um pequeno degrau, que já começam a pisar nos demais. 


É perfeitamente possível, exercer autoridade sem ser autoritário. Para isso, basta seguir apenas aquilo que está na lei, respeitar o direito de cada um e jamais levar as questões para o lado pessoal. O abuso de poder acontece, quando se ultrapassa os limites da lei, para impor a sua própria vontade. O apóstolo Paulo orientou os senhores cristãos a “abandonarem as ameaças contra os seus servos, sabendo que o Senhor de todos está nos céus e não faz acepção de pessoas”. (Ef 6.9).


Isso vale também para as autoridades da Igreja. O apóstolo Pedro, orientou os pastores a “pastorearem o rebanho de Deus, não por força, ganância, ou como tendo domínio sobre ele, mas de boa vontade, de ânimo pronto e servindo de exemplo ao rebanho”. (1 Pe 5.2,3). No caso dos pastores, os limites da sua atuação não são apenas as leis do seu país, mas a Palavra de Deus. Existem coisas que podem até ser permitidas pela lei, mas se a Palavra de Deus condena, não devem ser praticadas pelos líderes da Igreja. 


2- A extensão do plano. Hamã deixou extravasar todo o seu ódio, não apenas por Mardoqueu, mas por todos os judeus. Isso não incluía apenas os judeus que viviam em Susã, mas de todas as províncias do Império Persa. Aqui o comentarista descreve toda a abrangência geográfica deste plano genocida, fazendo menção da extensão do império persa, nos dias de Assuero. 


A extensão territorial do Império Persa, conforme as descrições das nações descritas na Bíblia, percorre a uma distância em linha reta de aproximadamente 4 mil quilômetros. Isso equivale, por exemplo, à distância do Rio de Janeiro a Portugal. A região de Jerusalém e Samaria também faziam parte do Império Persa. 


Os judeus tiveram permissão do rei Ciro para voltar a Jerusalém e reconstruir o templo, mas não tinham conquistado a liberdade total. Eles continuavam sob o domínio persa. Sendo assim, até mesmo os judeus que retornaram a Jerusalém estavam incluídos na sentença de morte decretada por Hamã, com o aval do rei Assuero. 


3- Astúcia e oportunismo. Além de ser megalomaníaco e cruel, Hamã era também astuto e oportunista. O seu modo de agir segue o padrão de Satanás, cujas ações são caracterizadas pelo engano e por esconder as suas reais intenções. Lendo o Livro de Ester, nós entendemos que Hamã decidiu eliminar todos os judeus, movido pelo ódio, não apenas por causa da atitude de Mardoqueu, mas também um ódio intergeracional, entre amalequitas e israelitas, como vimos na lição passada. 


Hamã foi astuto e oportunista, pois escondeu as suas reais motivações perante o rei, para convencê-lo a autorizar o extermínio dos judeus. Em momento algum ele falou que pretendia matar os judeus por causa da desobediência de Mardoqueu. Se ele tivesse falado isso, evidentemente, o rei não iria autorizar este genocídio. No máximo ele iria determinar uma punição a Mardoqueu. 


Para conseguir convencer o rei, Hamã fez todo um rodeio, desconstruindo a imagem do povo judeu e colocando-os na condição de um povo rebelde e inimigo do Império, que não cumpria as leis persas. Ora, Assuero estava em guerra contra os gregos e havia sido derrotado na batalha de Salamina. Tudo o que ele não precisava naquele momento era de um povo rebelde espalhado pelas províncias da Pérsia, que poderia se juntar aos seus inimigos. 


Para completar o seu oportunismo, Hamã ofereceu uma fortuna para os cofres do rei, caso ele autorizasse o genocídio do povo judeu. Ele ofereceu dez mil talentos de prata, que equivale a 350 toneladas de prata, segundo a explicação do comentarista, isso representava dois terços da renda anual do Império Persa. Considerando que o grama da prata nos dias atuais está em torno de R$ 5,00, uma tonelada seria 5 milhões de reais. 350 toneladas de prata, seria algo em torno de  1 bilhão e setecentos e cinquenta milhões de reais. Não é possível saber se Hamã possuía esta fortuna, ou se ele estava contando com os bens que seriam confiscados dos judeus. 


O comentarista aponta também que Assuero se mostrou um governante facilmente manipulável. De fato, ele foi manipulado por Hamã, tanto pela astúcia em colocar os judeus como inimigos do Império, como pela fortuna oferecida. Se ele fosse um rei que não se deixa manipular, teria mandado investigar, se realmente esse povo era aquilo mesmo, como fez com a denúncia de Mardoqueu. Como pode uma autoridade dar carta branca para um genocídio desse, com base na opinião de uma única pessoa?! Um verdadeiro líder, jamais pode agir dessa forma. Um líder que preza pela justiça, oferece sempre o direito de defesa e checa todas as informações que lhe chegam, antes de tomar decisões sérias.


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-40.

HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.109-10

27 agosto 2024

Não viva de frustrações

 

Por WELIANO PIRES


Um dos grandes problemas da geração atual é a frustração. As pessoas estão sempre correndo atrás de sonhos e de conquistas, mas estão sempre frustrados, com a sensação de derrota. Esta situação tem levado muitas pessoas à depressão e até a cometeram suicídio.

Segundo a Psicanálise, a frustração “é a condição emocional alterada de quem vê contrariada, a satisfação de um desejo pulsional ou atividade satisfatória”. Em outras palavras, a frustração é o aborrecimento por não ter, ou não realizar algo que se acha merecedor. Uma pessoa frustrada é sempre alguém que não está contente com aquilo que é e tem. 

A frustração muitas vezes está relacionada à vaidade e ao egoísmo. Uma pessoa vaidosa sente constante necessidade de ser elogiada e admirada. Quando isso não acontece, fica aborrecida. O egoísta, por sua vez, acha que tudo deve girar em torno dele e sempre acha que merece mais do que tem. Por conta disso, vive sempre frustrado. 

Outra coisa que leva muitas pessoas à frustração é o excesso de expectativas e utopias. Estas pessoas vivem uma realidade paralela e criam expectativas irreais. Por exemplo, uma pessoa que ganha um salário mínimo, não estuda, não investe em nada e sonha em ser um milionário. Evidentemente irá se frustrar. A Bíblia nos ensina a contentar-nos com aquilo que temos e dar graças a Deus por tudo (Rm 12.16; 1 Ts 5.18).

É importante também não confundir contentamento com conformismo e inércia. Não é porque estamos contentes com o que temos e não nutrimos altas expectativas, que vamos viver a vida sem perspectivas e sem nenhum projetos para o futuro. 

Existem crentes que pensam que pelo fato da vinda de Jesus estar próxima e não sermos daqui, não devemos construir nada aqui. Eu conheço um irmão que dizia que não iria estudar, pois Jesus vai voltar em breve e ele não queria perder tempo com isso. Ora, ninguém sabe quando Jesus voltará. Ele pode voltar agora, mas pode demorar cem anos.

Para não viver em constante frustração, chateado por não ter conseguido aquilo que pensamos que merecemos, devemos sempre agradecer a Deus pelo que Ele nos deu e viver a vida com contentamento.

Precisamos ter sonhos e perspectivas para o futuro? Claro! Mas não devemos viver de utopias e expectativas surreais. Descansemos em Deus, pois Ele está no controle de tudo e tem cuidado de nós. 


Pense nisso! 


WELIANO PIRES é bacharel em teologia, articulista, blogueiro evangélico, professor da Escola Bíblica Dominical e evangelista da Assembléia de Deus, Ministério do Belém em São Carlos-SP. 

Introdução à Lição 9: A conspiração de Hamã contra os judeus


Ev. WELIANO PIRES


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA 


Na lição passada estudamos o tema: A resistência de Mardoqueu. Vimos a história de conspiração, lealdade e ódio, envolvendo dois personagens importantes do Livro de Ester: Mardoqueu e Hamã. Mardoqueu era um judeu que trabalhava no palácio do rei Assuero e descobriu um plano para assassinar o rei. Hamã era descendente de Agague, rei dos amalequitas, que odiava o povo judeu e acabou sendo exaltado ao cargo mais importante do império persa. Mardoqueu recusou-se a se curvar diante de Hamã e isso desencadeou um ódio mortal de Hamã contra o povo judeu. 


TÓPICOS DA LIÇÃO 


No primeiro tópico, vimos os detalhes da descoberta de um plano para assassinar o rei Assuero. Mardoqueu descobriu este plano, revelou-o a Ester, que transmitiu a informação ao rei. O rei mandou executar os conspiradores. O caso foi registrado nas crônicas do rei, mas Mardoqueu acabou sendo esquecido. 


No segundo tópico, falamos da exaltação de Hamã, um descendente dos amalequitas, que odiava os judeus. O ato heróico de Mardoqueu e a sua lealdade ao rei caíram no esquecimento. Entretanto, ele continuou as suas funções e não se abalou emocionalmente. 


No terceiro tópico, vimos a resistência de Mardoqueu a se curvar diante de Hamã. Isso provocou um ódio mortal por parte de Hamã, a ponto de resolver exterminar todo o povo judeu, que vivia na Pérsia. Este ódio era motivado por inimizades intergeracionais, pois Hamã era descendente dos amalequitas e Mardoqueu era israelita. 


Lição 9: A conspiração de Hamã contra os judeus


INTRODUÇÃO 


Esta lição é uma consequência dramática dos fatos estudados na lição passada. Por causa da resistência de Mardoqueu em curvar-se diante de Hamã, este elaborou um plano diabólico para exterminar todo o povo judeu do império persa. Partindo deste plano, falaremos também das diversas tentativas de eliminar o povo judeu ao longo da história, inclusive o antissemitismo atual. 


TÓPICOS DA LIÇÃO 


No primeiro tópico, falaremos do plano odioso de Hamã para exterminar todos os judeus. Veremos que este plano maligno era baseado em intrigas e patologias do poder. A conduta de Mardoqueu incomodou os seus colegas de trabalho e, por isso, eles o denunciaram a Hamã. Falaremos também da abrangência do plano de Hamã, que incluía o extermínio dos judeus de todo o domínio persa, inclusive os judeus que havia retornado a Jerusalém. Por último, falaremos da astúcia e oportunismo de Hamã para convencer o rei de que os judeus eram um povo desleal e rebelde e, portanto, deveria ser extinto. 


No segundo tópico, falaremos da tristeza de Mardoqueu, de Ester e dos judeus, após o rei determinar o extermínio completo do povo judeu. Este decreto violento, causou pânico nas comunidades judaicas de todo o Império Persa. Veremos também que, Assuero e Hamã se puseram a beber, após terem enviado cartas às províncias, determinando o extermínio dos judeus. Por outro lado, Mardoqueu, Ester e todo o povo judeu se encheram de tristeza. Por último, falaremos da crise que se instalou nas comunidades judaicas, as quais se uniram em lamentação, oração e jejum, por livramento. 


No terceiro tópico, falaremos do perigo e da crueldade do antissemitismo moderno. Veremos as faces do antissemitismo ao longo da história. Na sequência, falaremos dos tipos de Antissemitismo que são: nacional, religioso e racial. Por último, falaremos do Antissemitismo moderno. Lamentavelmente, após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel em 2023, vemos o renascimento do ódio aos judeus, principalmente por parte de intelectuais de esquerda e autoridades brasileiras.  


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág. 40. 

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-40.

HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.109-10

O GRANDE LIVRAMENTO

(Comentário do 3° tópico da lição 12: O banquete de Ester – Denúncia e livramento)   Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos do gra...