08 março 2024

O MODO DE CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

(Comentário do 3º tópico da Lição 10: A Ceia do Senhor, a segunda ordenança da Igreja). 
Ev. WELIANO PIRES 
No terceiro tópico, falaremos do modo de celebrar a Ceia do Senhor. Veremos o significado da expressão paulina “participar indignamente” do Corpo e do Sangue do Senhor. Depois veremos que a Ceia do Senhor deve ser um ato de profunda reverência. Por último, veremos que a celebração da Ceia do Senhor, apesar de falar de morte, deve ser uma celebração festiva, pois Cristo morreu, mas ressuscitou. 
1. O que é participar “indignamente”? Quando o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, repreendendo-os sobre a forma irreverente e egoísta que eles celebravam a Ceia, ele falou: “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor”. (1 Co 11.27-29). 
O apóstolo usou duas vezes a expressão “comer e beber indignamente” a Ceia do Senhor. Muitas pessoas interpretam esta expressão como uma referência à conduta diária da pessoa durante o mês, que o tornaria indigno de participar da Ceia do Senhor. Mas se fosse este o caso, todos nós seríamos indignos pois somos falhos e cometemos pecados, seja por pensamentos, palavras ou obras. Claro que não vivemos mais na prática do pecado, mas estamos sujeitos a falhar. 
A expressão indignamente, como disse o comentarista, é um advérbio de modo, ou seja, é uma palavra que modifica o sentido dos verbos comer e beber. No versículo 29, Paulo explica que participar indignamente seria comer e beber, não discernindo o corpo do Senhor. Era isso que os Coríntios faziam, comendo a Ceia do Senhor, como se fosse uma refeição qualquer, com egoísmo e desunião. 
2. Uma celebração reverente. Nenhum de nós é digno de participar da Ceia do Senhor por nossos próprios méritos. É o Senhor que nos santifica e nos faz dignos de sermos participantes desta celebração. Isso é resultado da Graça de Deus, ou seja, o seu favor para conosco, sem que nós o merecêssemos. Aliás tudo o que recebemos de Deus é por Sua Graça. 
Entretanto, não podemos pensar que pelo fato de não sermos dignos porque somos falhos, podemos continuar vivendo na prática do pecado e participar da Ceia do Senhor. O mesmo Deus que é amoroso, misericordioso e bom, também é fogo consumidor. Deus é absolutamente santo e não pode tolerar que alguém viva como ímpio e continue participando da mesa do Senhor. 
Quando falou sobre os alimentos oferecidos aos ídolos, Paulo disse que “... não podemos participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”. (1 Co 10.28). Quando participamos da Ceia do Senhor, estamos em comunhão com Ele e com os nossos irmãos. Portanto, não podemos participar desta celebração, servindo a outros deuses ou brigando com os irmãos. 
3. Celebração festiva. Na Ceia do Senhor, nós celebramos a morte do Senhor, mas também a sua ressurreição. A morte de Cristo não pode ser vista pelo cristão com melancolia. Em sua morte, Cristo triunfou sobre a morte e nos garantiu a vida eterna. Portanto, celebramos a morte de Cristo junto com a ressurreição, pois Ele não está mais na Cruz. A morte não foi capaz de detê-lo. 
Com este sentimento de vitória sobre a morte, nós celebramos a Ceia do Senhor. Por isso, é um momento de grande alegria para os salvos, saber que o nosso Senhor foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus e prometeu que voltará para nos levar para estarmos para sempre com Ele. Glória a Deus!
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 41, 1º Trimestre de 2024.
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pp.573, 574, 577).
SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017

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