19 março 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 12: O PAPEL DA PREGAÇÃO NO CULTO

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada estudamos sobre o culto cristão, que é santo e visa agradar e glorificar a Deus. Há pessoas que pensam que cada um pode cultuar a Deus da maneira que quiser, mas não é isso que a Bíblia ensina. O culto cristão deve ser oferecido a Deus, com santidade, reverência e ordem, visando a adoração ao Senhor e a edificação da Igreja. 

No primeiro tópico, falamos sobre a natureza do culto a Deus. Vimos que o culto é um serviço a Deus. Vimos também que o culto a Deus também deve ser solene, ou seja, com respeito e majestoso. O apóstolo Paulo expôs aos coríntios, princípios que devem regulamentar o culto, para que haja decência, ordem e edificação. 

No segundo tópico, falamos do propósito do culto. O culto cristão deve sempre glorificar a Deus e não agradar a quem quer que seja. Deve ser cristocêntrico e não antropocêntrico. Em muitos lugares não se cultua, nem tampouco se glorifica a Deus. Fazem reuniões profanas e irreverentes, tanto na forma quanto na essência. Além de glorificar a Deus, o culto cristão deve também edificar a Igreja. 

No terceiro tópico, falamos da liturgia do culto, que é uma referência à sequência de atos realizados durante o culto. A leitura e exposição bíblica devem ter primazia em nossa liturgia. Falamos também da adoração entusiástica no culto, ou seja, a manifestação dos dons espirituais, com revelação, línguas e interpretação. Por último, falamos da adoração nos cultos pentecostais, que sempre chamaram a atenção pela alegria espontânea e barulho dos crentes, glorificando a Deus em voz alta, falando em línguas e profetizando. Entretanto, devemos observar o ensino de Paulo aos Coríntios, no capítulo 14, sobre a necessidade de ordem e decência no culto. 

LIÇÃO 12: O PAPEL DA PREGAÇÃO NO CULTO

INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos a importância da pregação da Palavra de Deus no culto cristão. Nos primórdios da Igreja Cristã, a pregação da Palavra de Deus e a oração eram as principais ocupações dos apóstolos (At 6.2, 4). Os apóstolos pregavam a Palavra de Deus aos que não eram crentes e ensinavam constantemente o que receberam do Senhor Jesus. Infelizmente, na atualidade, a pregação da Palavra de Deus tem sido negligenciada e substituída por cânticos, entretenimento e autoajuda. Em uma Igreja onde não se prega a Palavra de Deus, a tendência é os membros caírem no pecado e morrerem espiritualmente. 

No primeiro tópico falaremos do ministério da Palavra e seu propósito. Falaremos da pregação como uma proclamação, com o propósito revelar Deus às pessoas, seja aos que ainda não são crentes, através da pregação evangelística. Na sequência falaremos do caso da conversão de Lídia, uma comerciante de Filipos que ouviu a pregação do apóstolo Paulo e, enquanto ela o ouvia, o Senhor abriu-lhe o coração e ela creu. Por último, falaremos da pregação como instrução. Após a conversão, os novos crentes precisam aprender as doutrinas bíblicas e crescerem espiritualmente. Para isso, se faz necessário o ensino sistemático da Palavra de Deus. Tanto Jesus como os apóstolos, dedicaram boa parte do seu ministério ao ensino da Palavra de Deus. 

No segundo tópico, falaremos da importância do ministério da Palavra. O ministério da Palavra é o instrumento usado pelo Espírito Santo para a edificação da Igreja. Outro aspecto importante do Ministério da Palavra é a formação de valores. Vivemos em uma sociedade hostil aos valores do Reino de Deus e se não formarmos uma cosmovisão (visão de mundo) cristã, a nossa Igreja se amoldará aos padrões do mundo e, consequentemente, se afastará de Deus, como aconteceu com a Europa e Estados. A teologia liberal e o secularismo os afastou de Deus. É preciso resistir aos padrões desta geração incrédula e perversa e para isso, precisamos ser orientados pela Palavra de Deus. 

No terceiro tópico, falaremos da fundamentação do Ministério da Palavra. O ministério da Palavra não consiste em fábulas e animações de auditórios. Como não poderia ser diferente, a nossa pregação deve ser cristocêntrica, ou seja, deve ter Cristo como o centro e não o homem. Filipe chegou a Samaria e pregava “a Cristo” (At 8.5). Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse que propôs nada saber, senão a Cristo e este crucificado (1 Co 2.2). O segundo fundamento da pregação cristã é que ela deve ser bíblica. Devemos pregar o que está na Bíblia, devidamente interpretado. Infelizmente, o que se prega atualmente em muitas Igrejas é autoajuda, triunfalismo, prosperidade neste mundo, antropocentrismo e outros modismos que não têm nenhum fundamento nas Escrituras. 

REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.

ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 41, 1º Trimestre de 2024.

CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, págs. 99, 103.

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